3º
Trimestre/2017
Texto Base:
Deuteronômio 6:4; Gênesis 1:1.
Há muitos deuses criados
pelos homens ou pelo maligno, mas o Deus da Bíblia é o único Deus verdadeiro,
soberano, criador dos céus, da Terra, dos homens e de todas as coisas. As
pessoas ímpias têm dificuldade em aceitar a indispensável ideia da existência
real do Ser Supremo, que existe antes do tempo e fora do tempo. O ser humano
com a mente prejudicada pelo pecado, prefere acreditar que Deus não existe e
que se trata de uma invenção das pessoas religiosas, com o objetivo de manter
as pessoas sob seu controle, com normas e regras, estabelecidas pelas
religiões. Infelizmente, muitos estão enganando e sendo enganados pelos ensinos
materialistas e ateístas, como bem disse o apóstolo Paulo: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal
para pior, enganando e sendo enganados” (2Tm.3:13).
Os cientistas, em geral,
sentem-se obrigados a crer no que é estabelecido nas teorias sobre as origens
da vida, do homem e de todos os demais seres e coisas que existem no universo.
Para eles, há mais lógica em aceitar a não provada e falaciosa Teoria da
Evolução do que aceitar o que a Bíblia diz sobre as origens de tudo. É mais
fácil um cientista aceitar e propalar o absurdo de que o homem veio de um
macaco, que, por sua vez, surgiu de um réptil, que surgiu de um anfíbio, que se
originou de um peixe ou vertebrado, que, por sua vez, surgiu de um
invertebrado, que teve origem num animal unicelular ou protozoário, do que
aceitar o que a Bíblia diz que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança.
No entanto, após todos os
séculos de pesquisa, de teoria em teoria, até hoje, não foi encontrado um único
elo entre os estágios da chamada evolução das espécies. Somente a Bíblia tem a
resposta mais consistente, segura e compatível com a origem da vida e dos seres
criados: "No princípio, criou Deus os céus e a terra. E disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os
peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra,
e sobre todo réptil que se move sobre a terra" (Gn.1:1,26). Deus, o Deus
da Bíblia, é o Criador, o Preservador, o Senhor e o Salvador do Homem. É o Deus
que é Juiz do Universo, e chamará os homens à prestação de contas no tempo do
fim. A crença ou não no Deus da Bíblia é fator marcante, decisivo e
determinante, não só do comportamento do homem na Terra, como do seu destino,
na eternidade.
I. O ÚNICO DEUS
VERDADEIRO
1.O Shemá. “Ouve, Israel, o SENHOR,
nosso Deus, é o único Senhor” (Dt.6:4). Esta simples declaração de Moisés
iniciou o que hoje é comumente referido como o Shemá (palavra hebraico para “ouvir”). Foi citado por Jesus
Cristo como parte do primeiro e grande mandamento da lei (cf. Mc.12:29,30). Há
aqui um significado teológico importante, porque a mensagem não se restringe
apenas ao monoteísmo, mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só;
diz respeito tanto à "singularidade" quanto à "unidade" de
Deus (Zc.14.9; Sl.86.10). Essa é a confissão de fé do judaísmo e, ainda hoje,
os judeus religiosos recitam-na três vezes ao dia.
No Shemá, Moisés pode ter simplesmente dito aos israelitas que o
verdadeiro Deus, seu Deus, era para estar em primeiro - em mais alta
prioridade - em seus corações e mentes. A jovem nação tinha saído da escravidão
de uma cultura egípcia na qual se acreditava em muitos deuses, e eles estavam
prestes a entrar numa terra cujos habitantes estavam mergulhados na adoração de
vários supostos deuses e deusas da fertilidade, da chuva, da guerra, das
jornadas, etc. Através de Moisés, Deus advertiu severamente os israelitas sobre
os perigos de abandoná-lo para seguir os falsos deuses.
2. O monoteísmo. É a crença em um só Deus;
se distingue do politeísmo, a crença em vários deuses. O primeiro mandamento do
Decálogo é: “Não terás outros deuses
diante de mim” (Êx.20:3). Deus é enfático: Israel não devia adorar, nem
invocar nenhum dos deuses doutras nações. Deus lhe ordenou a temer e a servir
somente a Ele (Josué 24:14,15). Aqui está a essência do monoteísmo judaico. É o
fundamento da vida em Israel, a base de toda a lei e de toda a Bíblia. Jesus
ratificou o monoteísmo judaico, e também afirmou que o Deus Javé de Israel,
mencionado em Deuteronômio 6:4-6, é o mesmo Deus que Ele revelou à humanidade
(João 1:18), a quem todos os cristãos servem e amam acima de todas as coisas
(Mc.12:29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus do cristianismo, é o
nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e gentios o mesmo Deus
revelado por Jesus - "O Deus de
nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas
aquele Justo, e ouças a voz da sua boca" (At.22:14).
"Não terás
outros deuses diante de mim" atinge diretamente a idolatria. Quando Deus fez essa proibição,
Seu povo estava envolvido com o bezerro de ouro (Êxodo 32). Os ídolos são
artifícios em forma de imagens, eles nada são, não têm nenhum préstimo, nada
entendem, confundem-se, têm olhos e não veem, têm ouvidos e não escutam, têm
lábios e não falam, têm cabeça e não pensam, têm braços que não se movimentam e
pés que não andam; são deuses inúteis e sem vida, condenados ao ridículo.
Repetidas vezes encontramos a loucura da idolatria em termos sarcásticos e
enfáticos (Jr.2:26-28; 10:1-16; Is.40:18-20; 41:4-7; 44:9-20; Sl.115; 135:15-18).
Quando esquecemos a
aliança do Senhor nosso Deus e negligenciamos a devoção diária, podemos ser
levados a substituí-lo por alguma imagem esculpida ou por algo de que o Senhor
nos proibiu (Dt.4:23). Apostasia, esquecimento ou mornidão espiritual são as
doenças preponderantes deste século. Quando o Deus vivo e verdadeiro é
olvidado, volta-se para a superstição, misticismo e os cultos esotéricos, que
têm prosperado muito em nossos dias.
Repetidas vezes os
profetas se levantaram contra a idolatria do povo de Deus (cf. Is.57:5-8; Jr.2:20,24;
3:6; Ez.6:1-14), condenando de forma específica a prostituição espiritual nos
"lugares altos", em Israel e Judá. As trágicas consequências da
desobediência ao Primeiro Mandamento foram: pestilência, morte, fome, rejeição,
deportação, pragas e, pior, separação da comunhão com o Senhor.
Conforme Deuteronômio
11:16, existem quatro quedas consecutivas no caminho da idolatria: o engano do
coração, o desviar-se, o servir a outros deuses e, finalmente, o prostrar-se
diante deles. O dinheiro e o poder estão entre os "deuses" deste
século. Mamom foi o único "deus" que o nosso Senhor chamou pelo nome.
Muitos são os elementos produzidos por Mamom: o "deus" dinheiro, a
competição, o "deus" televisão, o "deus" internet, o “deus”
smartphone, o consumismo, etc. O convite de Deus para o seu povo é o de amá-lo
de todo coração, com toda a força do pensamento e de toda a alma. Ele é o único,
verdadeiro e eterno Deus das nossas vidas. Feliz o homem que guarda seu coração
no caminho do Senhor.
“Não terás
outros deuses diante de mim” (Êx.20:3). Para nós cristãos, este mandamento importa pelo
menos três princípios:
Ø A nossa adoração deve ser dirigida exclusivamente a Deus. Não deve haver jamais
adoração ou oração a quaisquer “outros deuses”, espíritos ou pessoas falecidas,
nem se permite buscar orientação e ajuda da parte deles (Lv.17:7; Dt.6:4;
1Co.10:19,20).
Ø Devemos plenamente nos consagrar a Deus. Somente Deus, mediante
sua vontade revelada e Palavra inspirada, pode guiar a nossa vida (Mt.4:4).
Ø Nós cristãos devemos ter como propósito na vida: amar a Deus de todo o
coração, de toda a alma e de todas as nossas forças, confiando nEle para nos
conceder aquilo que é bom para a nossa vida (Mt.6:33; Fp.3:8; Cl.3:5).
II. CRIAÇÃO X
EVOLUÇÃO
1. O modelo
criacionista. O criacionismo é a posição que propõe ser a origem do Universo e da vida
resultado de um ato criador intencional. Os criacionistas defendem a existência
de um Criador de todas as coisas e que houve uma ação direta dele num tempo
determinado para que tudo no universo fosse criado. Para os criacionistas,
existe um Agente externo responsável pela criação de todas as coisas completas
e acabadas; esse Agente externo é Deus.
Nós cremos que toda a
natureza, o universo e o próprio homem são obras do Criador. Por que cremos que
o mundo foi criado por Deus? Simplesmente porque a Palavra de Deus assim o diz.
Cremos e aceitamos todos os testemunhos respaldados pelas declarações na Bíblia
Sagrada. Como podemos saber que todas as coisas foram criadas por Deus? Pela
revelação na Palavra de Deus que comunica aos homens os desígnios, as ações e
verdades relativas a Deus e à Sua criação.
Os cristãos creem que a
Bíblia é a Palavra de Deus pela revelação do Espírito Santo e porque as
promessas nela escritas têm se cumprido. Creem em Jesus como o Filho de Deus,
que morreu para o perdão da humanidade e foi ressuscitado dentre os mortos,
porque a vida, a morte e ressurreição dele são fatos relatados nos quatro
Evangelhos por testemunhas oculares. Esses testemunhos provêm de pessoas
qualificadas e consideradas autoridades em assuntos sagrados.
2. O modelo evolucionista. É uma teoria que tem por
base pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da seleção
natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O evolucionismo ensina
que a matéria é eterna, preexistente. A partir daí, mediante processos naturais
e por transformação gradual, os seres passaram a existir. Propõe uma visão
determinista, na qual o meio torna-se o selecionador da melhor variedade dentre
os seres. Entretanto, essa teoria é simplesmente uma hipótese sem evidência
científica. Não há nenhuma evidência, nem sequer no registro geológico, a
apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente já evoluiu doutro tipo. Pelo
contrário, as evidências existentes apoiam a declaração da Bíblia, que Deus
criou cada criatura vivente “conforme a sua espécie” (Gn.1:21,24,25).
Segundo o método
científico, toda conclusão deve basear-se em evidências incontestáveis,
oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No
entanto, nenhuma experiência foi idealizada, nem poderá sê-lo, para testar e
comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético
“grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das
formas mais simples às mais complexas.
Os evolucionistas
sustentam que a matéria é eterna e dela se originou todas as coisas, até as
vidas mais complexas, e que o universo é resultado do Big bang, uma explosão que teria ocorrido há bilhões e bilhões de
anos e originado todas as galáxias e as várias formas de vida (vegetal, animal
e humana).
O pastor Silas Malafaia,
em seu livro Criação x Evolução, diz
que o Dr. Mareei Schvvartzemberg, professor da Universidade de Paris, fez um
cálculo sobre a real possibilidade de a evolução ser um fato científico, e
verificou que há uma chance de dez elevado a dois bilhões de zeros. Isto
significa que não existe chance nenhuma. Pergunta-se: se o que não pode ser
observado e experimentado não pode ser considerado científico, como os
evolucionistas chegaram à conclusão de que há bilhões e bilhões de anos houve
uma explosão que originou o universo? Eis a primeira divergência entre a teoria
evolucionista e o método científico; afinal, há bilhões de anos não havia
ninguém para testemunhar essa possível explosão. Logo, a teoria evolucionista
não passa de uma especulação. E, como tal, não está de acordo com os critérios
de observação e experimentação estipulados pelo método científico.
A evolução não pode ser
considerada ciência por dois motivos: (a) porque os defensores da evolução
julgam que os processos evolutivos não são observáveis, perceptíveis, para o
ser humano; (b) porque o suposto Big Bang
que, segundo eles, teria ocorrido há bilhões de anos, não foi testemunhado por
ninguém; ninguém existia, logo não poderia estar presente para registrar esse
fato.
Constata-se, então, que o
Big bang é uma teoria concebida pela
mente engenhosa dos cientistas; algo que não pode ser cientificamente
comprovado. Logo, a linha de raciocínio defendida pelos evolucionistas sobre a
origem do universo não pode ter valor científico. É apenas mais uma teoria, uma
especulação. Portanto, a teoria evolucionista é uma pseudociência, ou seja, uma
falsa ciência.
A evolução, em todas as
áreas, é coisa do homem, por ser imperfeito. Exemplos:
Ø No mundo marítimo, o
homem, primeiro deve ter flutuado sobre as águas, agarrado num tronco de
madeira. Depois fez do tronco uma canoa, uma jangada, uma barcaça, um navio à
vela ou movido à remos; chegou, depois de muito tempo, ao grande
transatlântico. A construção naval evoluiu.
Ø No campo aeronáutico, do
14 Bis de Santos Dummont ao “A380” (novo avião fabricado pela Airbus); foram
mais de 100 anos de evolução.
Os evolucionistas se
enganam por não conhecerem Deus, nem sua perfeição, nem o seu poder criativo.
III. A CRIAÇÃO
Deus é real e Ele se
revela ao homem de diferentes maneiras, porém uma das formas que Ele se revela
a nós é mediante a sua criação. O relato da criação da terra, do céu e do
homem, não é uma alegoria; é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu
exatamente como a Palavra de Deus afirma.
1. A criação do
Universo. Deus
criou o Universo do nada. A narrativa do primeiro capítulo de Gênesis deve ser
entendida à luz do contexto bíblico. E o ponto de partida da criação é: “No princípio
criou Deus os céus e a Terra”(Gn.1:1). Deus trouxe o Universo à existência do
nada e de maneira instantânea, pela sua soberania e livre vontade - “Porque
falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl.33:9).
Nós cremos que toda a
natureza, o universo e o próprio homem são obras do Criador. Por que cremos que
o mundo foi criado por Deus? Simplesmente porque a Palavra de Deus assim o
diz: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados;
de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb.11:3).
Nós cremos e aceitamos
todos os testemunhos respaldados pelas declarações na Bíblia Sagrada, que
comunica aos homens os desígnios, as ações e verdades relativas a Deus e à Sua
criação - “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu
criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Ap.4:11).
2. A narrativa da criação em Gênesis 1. Em Gênesis 1 a 11,
Moisés descreve, com objetividade, a atuação do Criador do universo e do homem.
Segundo o conceito criacionista, a origem do mundo conecta-se à verdade bíblica
de que, no princípio, Deus criou os céus e a Terra (Gn.1:1; Ex.20:11; Sl.90).
Logo, a Palavra de Deus refuta a ideia de um surgimento acidental e apresenta o
Senhor como autor da criação de todas as coisas (Ec.3:11). O Deus trino e
eterno criou o universo e o sustenta por intermédio do Seu poder soberano (João
1:1-3; Cl.1:16,17; Hb.11:3).
O Altíssimo tudo criou a
partir da sua Palavra. Ele, simplesmente, disse: “Haja”, e os elementos vieram
à existência (Gn.1:3; Sl.33:6). Por sua ordem, o sistema solar e os reinos,
vegetal e animal, ganharam vida. Afirmou Moisés por revelação divina: “Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a
terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou...” (Êx.20:11).
Veja, em resumo, o quadro demonstrativo da criação:
1º dia
|
Luz (dia e noite).
|
Gn.1:3-5
|
O AMBIENTE PROPÍCIO
PARA A VIDA
|
2º dia
|
Céu, atmosfera e mares.
|
Gn.1:6-8
|
|
3º dia
|
Terra e vida vegetal.
|
Gn.1:9-13
|
VIDA VEGETAL
|
4º dia
|
Os corpos celestes que
iluminam a Terra.
|
Gn.1:14-19
|
|
5º dia
|
Os animais do mar e as
aves
|
Gn.1:20-23
|
VIDA ANIMAL
|
6º dia
|
Os mamíferos, os répteis
e o homem.
|
Gn.1:24,25
|
3. Propósito e alvo da criação. Deus criou os
Céus e a Terra:
a) para manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus
manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl.19:1).
Ao olharmos a totalidade do cosmos criado – desde a imensa expansão do
universo, à beleza e à ordem da natureza – ficamos tomados de temor reverente
ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.
b) para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da
natureza – por exemplo, o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva e a
neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves –
rendem louvores ao Deus que os criou (Sl.98:7-9; 148:1-10).
c) para prover um lugar onde o seu propósito e alvo para a humanidade
fossem cumpridos:
Ø Deus criou Adão e Eva à
sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal com o ser humano por toda
a eternidade. Deus projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e
espírito), que possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se
espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e
gratidão.
Ø Deus desejou de tal
maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu
tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer aos seus
mandamentos, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das
consequências do pecado (cf. Gn.3:15). Daí Deus teria um povo para sua própria
possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em
retidão e santidade diante dEle (Is.60:21; 61:1-3; Ef.1:11,12; 1Pd.2:9).
Ø A culminação do propósito
de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da
história com estas palavras: “... com eles habitará, e eles serão o seu povo, e
o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap.21:3).
4. Evidências de que existe um Criador: Deus. De acordo com as
Escrituras Sagradas, a existência de Deus é fato incontestável. Não há
preocupação alguma por parte da Bíblia em provar a existência de Deus, pois
desde o primeiro versículo já se subtende essa maravilhosa realidade: “No princípio,
criou Deus os céus e a terra” (Gn.1:1). Como também é uma realidade confirmada
por João 1:1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus”. E o autor aos Hebreus concluiu: “Pela fé, entendemos que os mundos,
pela Palavra de Deus, foram criados” (Hb.11:3). Que maravilhosa realidade! De
eternidade em eternidade Ele é Deus (Sl.90:2).
Há evidências na natureza
e em todas as coisas criadas, especialmente no ser humano, feito à imagem e
semelhança de Deus, de que existe um Criador eterno, onisciente e onipotente
que projetou tudo o que existe, cuidando de cada detalhe dessa complexa e
inter-relacionada criação. Vejamos algumas evidências, dentre muitas.
a) A natureza manifesta a glória de Deus.
Você já parou para refletir sobre a grandeza do universo? Já se deu conta de
sua complexidade e de seus mistérios? Ao lermos a história da criação na
Bíblia, verificamos que a Terra foi sabiamente criada por Deus e que não é obra
do acaso a posição dela no sistema solar, de forma que durante o dia ela fosse
iluminada pelos raios do Sol e à noite peia lua e as estrelas.
Ø A distância da Terra em relação ao Sol. O planeta Terra está a uma distância média
do Sol de aproximadamente 149,1 milhões de quilômetros. O suficiente para a
manutenção da vida animal e vegetal. Porém, se estivesse à mesma distância de
Vênus (108,2 milhões de quilômetros) ou de Mercúrio (57.910 milhões de
quilômetros) em relação ao Sol, certamente a vida animal e vegetal seria
queimada pelo calor. A distância da Terra em relação ao Sol não é uma obra do
acaso, é obra de Deus, o Criador!
Ø Se a Terra tivesse a mesma distância que tem os planetas Marte (227.940 milhões de
quilômetros), ou de Plutão (591.3520 milhões de quilômetros), em relação ao
sol, o frio seria tão intenso que não poderia existir vida.
Ø A atmosfera terrestre. Ela possui uma espessura ideal para impedir que milhões de meteoritos
penetrem nela a uma velocidade de 30 mil quilômetros por hora. Já imaginou se a
Terra não tivesse uma densidade atmosférica adequada? Naturalmente, sofreríamos
diariamente um bombardeio de meteoros que mataria toda a vida animal e vegetal.
Esta proteção é obra do acaso?
Ø A distância da Terra em relação à Lua. Já parou para pensar por que a lua está a
uma distância de 384 mil quilômetros da Terra? Se este satélite natural
estivesse a pelo menos 80 mil km de nós, as águas do mar, devido ao fluxo das
marés, inundariam os continentes duas vezes por dia. A distância da lua em
relação à Terra não é uma obra do acaso!
Ø O diâmetro da Terra. Se o diâmetro da Terra fosse igual ao da lua, ela não teria capacidade
para "reter" as águas e tão pouca a atmosfera. E o que aconteceria
se a Terra tivesse o dobro de seu tamanho? Se a Terra fosse duas vezes maior, a
pressão atmosférica seria tão violenta que tornaria impossível a existência de
vida em nosso planeta. O diâmetro da Terra não é uma obra do acaso. Foi
calculado e estipulado com perfeição por Deus.
Ø E a rotação da Terra? Um giro completo que a Terra dá em torno de seu próprio eixo corresponde
a um dia de 24 horas. Se esse tempo de rotação fosse diminuído em um décimo, os
dias e as noites seriam dez vezes mais longos, o Sol queimaria toda a vegetação
durante o dia, e nenhum ser vivo resistiria ao frio excessivo da noite. O tempo
de rotação da Terra também não é obra do acaso!
Sabe por que tudo isso
não é obra do acaso? Porque foi Deus quem criou e Ele mesmo deu testemunho
disto: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou...”(Isaías 43:13); “Eu fiz a Terra
e criei nela o homem, eu o Senhor o fiz, as minhas mãos estenderam os céus e a
todos os seus exércitos dei as minhas ordens”(Isaías 45:12).
É impossível, após
constatar a grandeza do universo, concluir que a natureza é uma obra do acaso.
O universo deve ser entendido como obra engenhosa, uma obra sabiamente
planejada pelo Criador. É o projeto de um Deus tremendo, poderoso,
incomparável, único e absoluto.
b) A complexidade da criação aponta para a
grandiosidade do Criador. Não é apenas o universo que é complexo. Cada coisa, cada vida, por mais
simples que pareça, possui uma complexidade tão grande que, por mais que se
estude a respeito dela sempre fica algo por saber.
Ø Atente, por exemplo, para
a estrutura de uma ameba (animal unicelular que somente pode ser visto com o
auxílio do microscópio). Apesar de sua estrutura ser simples, comparada a de
outros organismos multicelulares, as informações genéticas sobre uma ameba
seriam capazes de preencher mais de mil vezes a Enciclopédia Britânica.
Ø E o cérebro humano? É
outro exemplo da sabedoria criadora de Deus. O cérebro é uma estrutura
extremamente complexa. Pesando em média 1,4 kg nos homens e nas mulheres 1,
2kg, esse potente "microcomputador'' possui cerca de cem bilhões de
neurônios com incalculáveis ramificações interligadas. Nenhuma empresa no mundo
tem estrutura suficiente para criar uma rede de comunicação capaz de armazenar
um número de informações tão grandes como o cérebro humano. Essa
"máquina" perfeita seria obra do acaso? A resposta, obviamente, é
não!
c) formato arredondado da Terra. Um outro fato
interessante. Antes do humanismo e do advento das ciências, acreditava-se que a
Terra era plana e o centro do universo. Pessoas eram excomungadas da igreja
católica e até queimadas se dissessem o contrário. Contudo, a Bíblia já
proclama este fato há muito tempo. Em Isaías 40:2, é dito que o Senhor estava
assentado sobre o globo da Terra. Este texto foi escrito em hebraico há
aproximadamente 2.700 anos. Já nessa época a Bíblia falava que a Terra era
redonda!
d) E quanto ao Genoma humano? O Projeto Genoma Humano,
criado em 1990 com o apoio de 18 países, inclusive do Brasil, mapeou bilhões de
bases químicas de DNA (Ácido Desoxirribonucleico), concluindo que todos os
homens descendem de um único homem que viveu na África Oriental. Portanto,
todos os seres humanos descendem de um ancestral comum. Esse fato é anunciado
na Bíblia há milhares de anos. Em gênesis, vemos que Deus criou Adão e, a partir
dele, Eva. Desse casal descende toda humanidade. Em outras palavras, a Bíblia é
a Palavra de Deus revelada ao homem. Nela, está a verdade infalível e absoluta
de quem conhece todas as coisas.
É por isto que cremos no
que é revelado na Bíblia. É por isto que temos convicção de que o mundo e tudo
o que nele há foi criado por Deus. É por isso também que não cremos em
evolucionismo. Porque tudo o que é revelado na Bíblia passa no teste da
veracidade ao longo dos séculos, e só poderia ter sido revelado por Alguém que
conhece muito bem a Sua criação, o passado, o presente, o futuro; Alguém
Todo-poderoso que estabeleceu as leis que regem o universo e sabe exatamente
como elas funcionam.
Nós, cristãos, assim como
os judeus, cremos que as Escrituras Sagradas são a revelação de Deus para o
homem saber que nada surgiu por obra do acaso. Todo o universo foi criado pela
sabedoria e onipotência de Deus.
5. A criação do
ser humano. A distinção entre o ser humano e as criaturas inferiores implica na
declaração de que "Deus criou o homem à sua imagem". No sexto dia da
criação, o Senhor Deus estabeleceu o pacto quanto à criação do ser humano.
Disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e
domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e
sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra” (Gn.1:26). O
ser humano (Adão) é a coroa da criação de Deus (1Co.11:7), pois tem, como
missão, governar tudo quanto o Senhor fizera (Gn.1:28).
A Criação do homem difere
das outras criações. Quando Deus criou os animas, os peixes as estrelas, o sol
e a lua, Ele utilizou o verbo, a palavra para criar tudo no universo infinito e
na terra; exemplo: ”E disse Deus: haja luz”; “e disse Deus haja um firmamento
no meio das águas, e haja separação entre águas e águas”; “E Disse Deus: haja
luminares no firmamento do céu...”(Gn.1:3,6,14). Porém, na criação do homem
Deus utilizou de material já existente para fazer o corpo físico, e na parte
espiritual soprou em suas narinas, e o homem tornou-se alma vivente (Gn.2:7).
O homem foi criado
superior aos outros seres vivos. Quando Deus criou o homem, ele já havia criado
todos os outros seres vivos, as plantas, os peixes, os animais, e por isso Deus
fez o homem superior a tudo o que existia até então, e os deu ao homem, e disse
para ele dominar sobre os peixes do mar, sobre todas as aves do céu, e sobre
todos os animais que se arrastam sobre a terra(Gn.1:28). O homem desde a sua
criação já era superior a tudo na terra; entre o homem e as demais criaturas
existiam uma grande diferença, o homem possuía um nível muito elevado
intelectual, moral e religioso (Gn.1:31,2:19,20, Salmos 8:4-8).
Não podemos entender que
o homem seja apenas uma criação de Deus. O homem é mais que uma criatura, pois
existe entre o homem e Deus uma relação mais profunda, mais significativa. O
homem foi criado para viver numa situação familiar com Deus, numa íntima
comunhão. Mas, devido à sua queda deliberada no Éden, transgredindo à vontade
divina (1Tm.2.14), a criação ficou submissa à vaidade (Rm.8:20-22).
O evolucionismo ensina
que todas as formas de vida tiveram sua origem em uma só forma e que as
espécies mais elevadas surgiram de uma forma inferior. Muitos acreditam que o
homem tem sua origem em macaco antropoide atualmente em existência, que ao
longo de milhões de anos evoluiu mudando de forma até chegar no seu estado mais
elevado que o homem, o que segundo eles, explica a existência do homem das
cavernas, que seria uma das fases da evolução do homem. Na verdade, não há
descobertas cientificas ou arqueológico para dar sustentação a nenhuma destas
teorias. O macaco mais inteligente não passa de um irracional. Desta feita,
apesar de sua linguagem científica, não passa o evolucionismo de uma loucura:
ignora a Deus e ao seu infinito poder. Trata-se, como diz a Bíblia, de uma
falsa ciência (1Tm.6:20).
CONCLUSÃO
Embora nenhum ser humano tenha
testemunhado a obra da criação, sabemos, pelas Escrituras Sagradas, que Deus
criou o mundo por meio da Sua Palavra. Ele disse: “Haja! Venha à existência!”,
e os elementos e as criaturas foram surgindo conforme Ele havia projetado. Mas,
ao criar o homem disse: “Façamos”. Em outras palavras, Deus se envolveu
pessoalmente na criação do ser criado à imagem e semelhança dele, o homem, a coroa
da criação. Muitas pesquisas
cientificas consideradas verdade hoje, amanhã poderão revelar-se falsas; com a
luz das novas descobertas, ninguém jamais poderá jogar por terra nenhuma das
verdades bíblicas. Isto porque Aquele que criou todas a coisas, conhece todos
os mistérios do universo e do ser humano. Assim cremos!
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Luciano
de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) -
William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 71. CPAD.
Pr. Esequias Soares. A Razão de nossa Fé. CPAD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Os perigos da Teoria
da Evolução. PortalEBD_2007.
Pr. Silas Malafaia. Criação x Evolução. Editora
Central Gospel.
Pr. Elinaldo Renovato de Lima. Deus e a Bíblia.
2008.
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