sábado, 24 de março de 2018

LIÇÕES BÍBLICAS - 2° TRIMESTRE DE 2018


No 2º Trimestre letivo de 2018, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “Valores Cristãos – Enfrentando as questões morais do nosso tempo”. Ao longo do trimestre trataremos de temas voltados para a Ética Cristã, orientando como a Igreja deve encarar as questões morais do nosso tempo. São temas que dizem respeito aos valores cristãos e suas práticas em conformidade com as Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus, que é a regra e prática fundamental da Igreja de Jesus Cristo. São temas preciosíssimos que merecem toda atenção e dedicação por parte das lideranças das igrejas locais em nosso país, pois é notório que procedimentos contrários à moral e aos valores cristãos estão sendo isentos de qualquer controle, entrando sorrateiramente em muitas igrejas locais. Somente através dos valores cristãos e do discernimento da cultura mundana, o crente encontrará forças para resistir os apelos do mundanismo na pós-modernidade.

As lições serão comentadas pelo Pr. Douglas Baptista, líder da Assembleia de Deus no Distrito Federal, e estão distribuídas sob os seguintes temas: Parte inferior do formulário

Lição 1 - O Que é Ética Cristã.

Lição 2 - Ética Cristã e Ideologia de Gênero.

Lição 3 - Ética Cristã e Direitos Humanos.

Lição 4 - Ética Cristã e Aborto.

Lição 5 - Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia.

Lição 6 - Ética Cristã e Suicídio.

Lição 7 - Ética Cristã e Doação de Órgãos.

Lição 8 - Ética Cristã e Sexualidade.

Lição 9 - Ética Cristã e Planejamento Familiar.

Lição 10 - Ética Cristã e Vida Financeira.

Lição 11 - Ética Cristã, Vícios e Jogos.

Lição 12 - Ética Cristã e Política.

Lição 13 - Ética Cristã e Redes Sociais.

Ética é uma questão que tem atormentado o mundo atual, em todos os campos da vida humana. Seja na política, seja nas artes, seja na ciência, seja na economia, todos os povos estão observando um clamor, uma exigência por padrões éticos. Cada vez um maior número de pessoas está a exigir dos líderes, dos cientistas, dos empresários, dos trabalhadores, enfim, de todos os segmentos da população, que haja uma atitude ética nos procedimentos e relacionamentos humanos. Com efeito, quando se fala em ética, fala-se em conduta ideal do indivíduo. Como investigadora da conduta ideal, a ética propõe questões que avaliam os passos do homem apreciadas do ponto de vista do bem e do mal. Sendo assim, seu estudo foge do âmbito estritamente humano e passa a ser motivo de aferição fundamentada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, que não muda ao sabor das circunstâncias.

O clamor por ética reflete o grande vazio espiritual que tem sido vivido pela humanidade, pois a discussão sobre a falta de ética que hoje se verifica em todos os setores da vida humana, nada mais é que uma universal constatação de que os seres humanos perderam o rumo, o norte, que andam de um lado para outro como ovelhas desgarradas que não têm pastor (Mt.9:36), exatamente porque se recusaram a seguir a Deus e a observar os Seus mandamentos.

O resultado da desobediência do homem e da sua tentativa de construir para si padrões de conduta alheios à vontade de Deus resultou nos grandes dilemas que hoje, como em nenhum outro momento da história humana, vivemos nesta "grande aldeia global" em que se tornou o nosso planeta, dilemas estes que, não raro, abalam a fé de muitos servos de Deus que, à revelia da própria Palavra de Deus, acabam cedendo a padrões, princípios e procedimentos que são radicalmente contrários à vontade do Senhor.

O ser humano, imerso no pecado (Rm.3:9-12,23), separado de Deus (Is.59:2), cegado pelo deus deste século (2Co.4:4), não pode ter senão comportamentos e condutas que desagradam a Deus, estabelecendo-se, pela arrogância dos homens, um relativismo ético, ou seja, um conjunto de condutas e de regras de comportamento que se alteram conforme a conveniência e de acordo com as circunstâncias, a gerar uma tolerância ilimitada, um verdadeiro caminho largo, em que tudo é permitido (Mt.7:13).

O resultado disto é o surgimento de um vazio espiritual, de uma falta de orientação e de princípios, que deixa a humanidade perdida e sem qualquer direção, com funestas consequências, como as que temos visto nos nossos dias e que estão levando à indignação e a este clamor por uma ética mínima nos procedimentos e relacionamentos humanos.

O ser humano busca uma referência, uma base, um fundamento, esquecido que somente um é absoluto neste universo, somente um tem o direito de impor uma conduta a todos os homens, que é o nosso Deus, o Criador dos céus e da terra, o Soberano Senhor. Nesta busca pela ética, que nada mais é que uma sede de Deus, deve a Igreja, corajosamente, como agência do reino de Deus, proclamar ao mundo que a ética tão desejada, que a conduta ideal tão almejada, não se encontra nos direitos humanos, na busca e maior justiça nas relações socioeconômicas, mas naquele que, desde a criação do homem, tem almejado determinar como devemos ser e proceder. Em Deus se encontra a verdadeira ética e, portanto, para os diversos dilemas morais vividos pelo ser humano, existe uma única resposta: a Palavra de Deus, a qual é lâmpada e luz divina, tanto para o nosso interior como para o nosso viver exterior.

A Ética cristã depende primariamente das Escrituras Sagradas na elaboração dos padrões morais e espirituais que devem reger nossa conduta neste mundo. Ela considera que a Bíblia traz todo o conhecimento de que precisamos para servir a Deus de forma agradável e para vivermos alegres e satisfeitos no mundo presente. Mesmo não sendo uma revelação exaustiva de Deus e do reino celestial, as Escrituras, entretanto, são suficientes naquilo que nos informa a esse respeito. Evidentemente não encontraremos nas Escrituras indicações diretas sobre problemas tipicamente modernos como a Eutanásia, a AIDS, clonagem de seres humanos ou questões relacionadas com a bioética; entretanto, ali encontraremos os princípios teóricos que regem diferentes áreas da vida humana. É na interação com esses princípios e com os problemas de cada geração, que a Ética cristã atualiza-se e contextualiza-se, sem jamais abandonar os valores permanentes e transcendentes revelados nas Escrituras Sagradas.

É nas Escrituras Sagradas, portanto, que encontramos o padrão moral revelado por Deus. Os Dez Mandamentos e o Sermão do Monte proferido por Jesus são os exemplos mais conhecidos. Entretanto, mais do que simplesmente um livro de regras morais, as Escrituras são para os cristãos a revelação do que Deus fez para que o homem pudesse vir a conhecê-lo, amá-lo e alegremente obedecê-lo. A mensagem das Escrituras é fundamentalmente de reconciliação com Deus mediante Jesus Cristo. A Ética cristã fundamenta-se na obra realizada de Cristo e é uma expressão de gratidão, muito mais do que um esforço para merecer as benesses divinas.

A Ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a Deus, mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, exara valores morais absolutos, que são a vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.

Certamente, a igreja precisa ser saturada da Palavra de Deus; a exposição da Bíblia deva ser prática comum nos púlpitos. Caso contrário, seremos levados pelas ondas mundanas que levam as pessoas de um lado para outra, conforme as doutrinas da moda. Mas somente ouvir não é suficiente, faz-se necessário que pratiquemos aquilo que ouvimos (Tg.1:21-27). Para tanto, temos o sublime auxílio do Espírito Santo, o qual produz em nós o fruto do Espírito, a fim de que não andemos na carne, mas no Espírito (Gl.5:22).

Que neste trimestre, possamos observar a resposta divina aos diversos e relevantes problemas morais vividos pela humanidade, e que não só nos adequemos às exigências bíblicas em nossa conduta (o que é o primeiro passo para quem quer servir a Deus), como também contribuamos para a conversão das almas, lembrando-se de que, se somos, verdadeiramente, servos do Senhor, devemos ter o mesmo sentimento que houve nEle ao ver as pessoas sem salvação (Fp.2:5), a saber: grande compaixão (Mt.9:36). É bom enfatizar que o cristão, como sal da terra e luz do mundo, não só deve ser diferente, mas seu comportamento como cristão deve ser um referencial para a sociedade. Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar aquilo que é justo (1João 2.15-17) e não ceder aos vários tipos de procedimentos mundanos que rodeiam a igreja. O sábio Salomão foi enfático em seu conselho exortativo: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec.12:13).

Ev. Luciano de Paula Lourenço.

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