4º Trimestre/2019
Texto Base: 1Smauel 15:17-28
1 Samuel 15:
17-E
disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça
das tribos de Israel? E o SENHOR te ungiu rei sobre Israel.
18-E
enviou-te o SENHOR a este caminho e disse: Vai, e destrói totalmente a estes
pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles.
19-Por
que, pois, não destes ouvidos à voz do SENHOR? Antes, voaste ao despojo e
fizeste o que era mal aos olhos do SENHOR.
20-Então,
disse Saul a Samuel: Antes, dei ouvidos à voz do SENHOR e caminhei no caminho
pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os
amalequitas destruí totalmente;
21-Mas
o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer
ao SENHOR, teu Deus, em Gilgal.
22-Porém
Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e
sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é
melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
23-Porque
a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e
idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou
a ti, para que não sejas rei.
24-Então,
disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do SENHOR e as
tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz.
25-Agora,
pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o SENHOR.
26-Porém
Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do
SENHOR, já te rejeitou o SE-NHOR, para que não sejas rei sobre Israel.
27-E,
virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela borda da capa e a rasgou.
28-Então,
Samuel lhe disse: O SENHOR tem rasgado de ti hoje o reino de Israel e o tem
dado ao teu próximo, melhor do que tu.
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao
estudo do trimestre sobre o “governo divino em mãos humanas” trataremos nesta
Aula da “rebeldia de Saul e a rejeição de Deus”. Saul, o primeiro rei de
Israel, eleito e pedido pelo povo de Israel (1Sm.12:13), foi um rei rebelde,
orgulhoso, arrogante, inconsequente, do começo ao fim de seu reinado. Ele tinha
tudo para ser um homem de sucesso e foi um fracasso. Suas decisões foram
desastradas. Ele tropeçou nas suas próprias pernas. Foi derrotado não pelos
inimigos nem pelas circunstâncias, mas por si mesmo.
A vida de Saul é uma
trombeta a alertar-nos para o perigo de começar bem a carreira e perder-se na
caminhada. Quando o líder se desvia do caminho a ser seguido, o povo, também, vai
com ele. Se o líder é um
desajustado espiritual os seus liderados também são. A vida de Saul nos ensina
que podemos desperdiçar as oportunidades da vida. Ela nos ensina o que não
devemos fazer. Ela nos aponta para o perigo de receber em si mesmo a merecida
punição do seu erro.
Saul começou bem
(1Sm.11:1-13), mas não continuou bem. Logo no segundo ano do seu reinado,
trocou a submissão pela rebelião. Em primeiro lugar, ele não conseguiu obedecer
aos limites de sua atividade e da sua autoridade. Ao defrontar-se com os
poderosos invasores filisteus, não cumpriu a ordem de Samuel para esperá-lo e,
imprudentemente, usurpou a função sacerdotal do sacrifício (1Sm.13:8-14). Por
causa dessa sua atitude de rebeldia contra a Lei de Deus, que normatizava a
ministração de sacrifícios e holocaustos, Saul recebeu a mensagem de Deus que o
seu reino não subsistiria, pois o Senhor já tinha buscado alguém segundo o seu
coração para substituí-lo (1Sm.13:14). A rebeldia de Saul continuou até o fim
de seu reinado, quando de forma deliberada e consciente se derramou diante de
uma mulher que consultava mortos, um pecado abominável (1Sm.18:11,12).
Estudando as Escrituras
Sagradas, não encontramos nenhum outro tipo de transgressão que seja tratada
com tanta severidade por Deus como a da rebeldia. Pessoas ficaram gravemente
enfermas (Nm.12:10), reis perderam o seu trono (1Sm.13:13-14), pessoas foram
mortas por um juízo de Deus, “simplesmente” pelo fato de que se levantaram
contra Sua autoridade (Nm.16:1-33).
O mais chocante é que
rebelião não acontece só quando alguém se levanta frontalmente contra Deus;
todas as vezes que alguém se opõe às pessoas constituídas e vocacionadas por
Deus é tratado como um rebelde; e a Bíblia adverte que há castigo divino para
quem trilha o caminho da rebeldia (Nm.17:10; 20:24; Rm.10:21; 1Tm1:9).
“Arão recolhido será a
seu povo, porque não entrará na terra que tenho dado aos filhos de Israel,
porquanto rebeldes fostes à minha palavra, nas águas de Meribá” (Nm.20:24).
I. DEFINIÇÃO DE REBELDIA
1.
Conceito
Segundo o dicionário da
língua portuguesa, rebeldia é:
Ø Característica de
rebelde; qualidade da pessoa que não obedece ou que se opõe a uma
autoridade - foi demitido por rebeldia.
Ø Resistência; força, vontade
contrária ou oposta a - a rebeldia dos manifestantes.
Ø Teimosia; excesso de
obstinação ou birra; exemplo - não controlo a rebeldia do meu filho.
O Dicionário Vine - Rio
de Janeiro: CPAD, 2012, p. 254 – afirma que rebeldia é “a conduta ou discurso
incitando à revolta contra autoridade constituída ou outro representante do
governo legítimo”.
“para que se busque no
livro das crônicas de teus pais, e, então, acharás no livro das crônicas e
saberás que aquela foi uma cidade rebelde e danosa aos reis e províncias e que
nela houve rebelião em tempos antigos; pelo que foi aquela cidade destruída”
(Ed.4:15).
“Barrabás fora lançado na
prisão por causa de uma sedição feita na cidade e de um homicídio” (Lc.23:19).
Na Bíblia, há exigências
constantes para que o servo de Deus evite a rebelião, quer seja contra Deus,
quer seja contra os pais, os líderes e as autoridades. Todavia, há rebeldia que
é justa e necessária; exemplos:
a) a rebeldia dos apóstolos em não atender a ordem
das autoridades da época para não se pregar o Evangelho de Cristo (Atos 5:28).
“Não vos admoestamos nós
expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém
dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem”.
Mas Pedro foi contundente
e claro:
“Porém, respondendo Pedro
e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos Homens” (Atos
5:29).
b) A rebeldia realizada por Martinho Lutero (1483-1546). Este
rebelou-se contra os erros doutrinários e litúrgicos da Igreja Católica, e
expôs sua revolta exigindo que a igreja voltasse aos verdadeiros princípios
exarados nas Sagradas Escrituras, e não apenas em normas ditadas pela igreja.
Como bem afirma o pr.
Osiel Gomes, “a rebeldia no seu aspecto positivo busca resolver problemas,
procura o bem do próximo, quer uma sociedade justa, um mundo melhor. Quando uma
pessoa age intencionada na defesa dos bons princípios, de uma sociedade
igualitária, de direitos iguais, pode-se dizer que, nesse parâmetro, sua
rebeldia é a de não se conformar com o que não convém, mas, sim, com o que
convém; por isso ela é positiva”.
A rebeldia que exsurge
sem motivos justos, pautadas em interesses próprios, sem causas justas, visando
única e exclusivamente contrariar as pessoas, não condiz com princípios
basilares da vida cristã, que tem suas diretrizes norteadas pelas Escrituras
Sagradas, e que no seu ser há uma nova natureza implantada por Cristo Jesus
(2Co.5:17; 1Pd.1:23).
Praticar a rebeldia é o
mesmo que chamar a natureza velha para que reine outra vez, e a ordem de Paulo
é que ela não reine (Rm.6:12); assim sendo, esse comportamento deve ser evitado
pelo povo de Deus.
2. O
aspecto bíblico
No aspecto bíblico, a
rebeldia pode ser praticada contra os líderes, os pais, Deus e sua Palavra; os
que procedem assim, buscam desafiar a Deus e a sua ordem (Lm.1.18), razão pela
qual sofrem as consequências divinas. Ao praticar tal erro, deve-se confessá-lo
como fez o profeta Jeremias - “Justo é o SENHOR, pois me rebelei contra os seus
mandamentos; ouvi, pois, todos os povos e vede a minha dor; as minhas virgens e
os meus jovens se foram para o cativeiro” (Lm.1:18).
A história bíblica mostra
as diversas rebeliões do próprio povo de Deus, de quem se esperava um pouco
mais de fidelidade para com o Senhor. No livro de Oseias, Israel é comparado a
uma vaca rebelde (Os.4:16), uma linguagem campestre em que o fazendeiro realça
a rebeldia do animal.
No deserto, o povo de
Israel se rebelou diversas vezes: desprezou o Maná mandado por Deus (Número
cap.11); Miriã e Arão desafiaram Moisés (Num 12); Israel se recusou a entrar na
Terra Prometida (Numero cap.14); Datã, Coré e Abirão se rebelaram contra Moisés
(Numero cap.16); Moisés e Arão pecaram junto à Rocha (Numero cap.20); o povo se
rebelou em Baal Peor, com idolatria e prostituição (Numero cap.25). Mesmo tendo
chegado a Canaã, Israel não se emendou, e preferiu correr atrás dos deuses das
nações cananitas, sendo, posteriormente, deportados.
No Novo Testamento,
quando Deus se manifestou na pessoa de Jesus Cristo, seu povo escolhido o
rejeitou, e mesmo a Igreja composta de judeus teve dificuldades de aceitar a
extensão do plano da salvação aos gentios.
Vivemos tempos em que as
gerações são dominadas pelo sentimento de rebeldia. Mas, para o povo de Deus
que serve e teme a Ele, esse procedimento deve ser evitado, pois tal
procedimento é próprio de pessoas que têm um coração não transformado ou
regenerado; também, porque, segundo nos revela a Palavra, todos os que a
praticaram a rebeldia tiveram um fim muito triste.
A nova geração de
israelitas, que sobreviveram no deserto, foi alertada a não seguir o modelo de
seus pais, que se portaram rebeldemente (Sl.78:8; Jr.5:23); assim, Paulo diz
que o que foi escrito é para nossa advertência (Rm.15:4) – “Porque tudo que
dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e
consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.
Rejeitemos, pois,
terminantemente a rebeldia para podermos desfrutar das copiosas bênçãos de
Deus.
3. O
cristão e a rebelião
O cristão verdadeiro tem
sua vida vinculada à Carta Magna de Deus, as Escrituras Sagradas; ela é a regra
de fé e prática do cristão; ela é a Constituição da Igreja; ela é a Palavra de
Deus. Seguindo os seus ditames, o cristão trilhará o caminho da harmonia, da
paz, da comunhão com Deus e com os demais membros do Corpo de Cristo. Portanto,
o cristão verdadeiro jamais trilhará o caminho da rebeldia, quer seja no âmbito
congregacional ou no orbe secular.
Os apóstolos Pedro e
Judas, falam daqueles que são dominados pelas paixões infames da carne e não
temem desrespeitar qualquer autoridade (2Pd.2:10; Jd.1:8).
“mas principalmente
aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia e desprezam
as dominações. Atrevidos, obstinados, não receiam blasfemar das autoridades”.
“E, contudo, também
estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a
dominação, e vituperam as autoridades”.
As Escrituras Sagradas,
porém, advertem ao cristão respeitar as autoridades constituídas (cf. Rm.13:1;
Tt.1:3), e que jamais se deve proceder como os ímpios, que buscam criar
revoltas, rebeldias, sedições, com fins particulares.
Disse o sábio:
“Na verdade, o rebelde
não busca senão o mal, mas mensageiro cruel se enviará contra ele” (Pv.17:11).
Exorta assim o apostolo
Paulo:
“Toda alma esteja sujeita
às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as
autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm.13:1).
“Admoesto-te, pois, antes
de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por
todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que
tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”
(1Tm.2:1,2).
Não somente contra as
autoridades seculares o cristão não deve se rebelar, mas também não se deve ser
rebelde contra os líderes da Igreja Local.
“Obedecei a vossos
pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que
hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso
não vos seria útil” (Hb.13:17).
Entretanto, segundo as Escrituras,
o cristão não deve sujeitar-se a uma autoridade quando a prioridade da justiça
está em risco e quando há violação aos princípios bíblicos (Atos 5:29). No
sentido de não conformidade com o que é errado, o cristão pode manifestar-se
contrário, pois seu propósito é sempre estar ao lado da verdade, da justiça,
buscando a perfeita unidade, que é o vínculo da paz (Ef.4:3); mesmo assim, o
ato de não se submeter ao que é errado ou contrário às Escrituras Sagradas não
significa liberdade para usar de ataques com palavras indecorosas, motins e
exposições em redes sociais. No caso de tomar qualquer atitude, o primeiro
passo do cristão é orar, ver se sua ação configura-se segundo os parâmetros
bíblicos e qual o propósito dela. A Bíblia alerta-nos quanto ao risco por meio
de quem vem o escândalo (Mt.18:7) – “Porque é mister que venham escândalos, mas
ai daquele homem por quem o escândalo vem!”.
O Antigo Testamento
mostra os três amigos de Daniel que não se sujeitaram à ordem do rei, sendo
preparados para serem lançados no fogo; mesmo assim, demonstraram respeito para
com o monarca, não pronunciando palavras ofensivas (cf. Dn.3:16,17).
Enfim, quem é nova
criatura em Cristo Jesus (2Co.5:17) não trilha o caminho da rebeldia; por
vezes, sua ação em relação ao sistema político secular, ou mesmo eclesiástico,
só pode acontecer quando não se está procedendo com justiça. No mais, tal ação
deve ser feita com oração, prudência, equilíbrio, atentando para os aspectos
morais e espirituais, mensurando-se até que ponto sua ação pode ser produtiva
ou não. Disse Jesus: “Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas
palavras serás condenado” (Mt.12:37).
4.
Por que Deus foi, é e será tão severo com os rebeldes?
a) Porque a rebelião questiona o senhorio de Deus. Deus não tolera a
rebelião porque ela questiona a base que sustenta o Universo, ou seja, o seu
Senhorio. Se existe algo que Deus não pode abrir mão é do governo sobre todas
as coisas. Ao criar o homem e colocá-lo no Jardim do Éden, o Senhor Deus deixou
claro que a única condição para que tudo permanecesse bem, era que Adão e seus
descendentes se sujeitassem a Ele. A figura da “árvore do conhecimento do bem e
do mal” colocada no meio do jardim com seu fruto proibido era um ícone da
autoridade divina, um aviso que o homem deveria entender assim: “Você pode
dominar sobre tudo, mas quem manda em você sou Eu, o Senhor”. Ao comer daquele
fruto, Adão e Eva estavam se insurgindo, proclamando sua independência e, como
resultado, receberam toda a maldição do pecado, não somente sobre si, mas sobre
toda a raça humana que o seguiu.
b) Porque a rebelião nos assemelha a Lúcifer, o
querubim corrompido. Foi exatamente uma insurreição contra a soberania do Senhor Deus, que
fez com que Lúcifer e um terço dos anjos fossem expulsos do lugar onde
habitavam e se tornassem um reino asqueroso de demônios que atormenta a Terra.
Quando nos rebelamos, nós que fomos feitos para manifestar a glória e o caráter
de Cristo, assumimos uma identificação completamente oposta, assemelhando-nos
àquele que se tornou o maior inimigo de Deus, o diabo.
c) Porque a rebelião contamina. A rebelião tem um
terrível e devastador poder de contaminação. Rebeldes costumam levantar
insurreições, são como o estopim de uma grande bomba. Ao lado de um rebelde
logo se levantarão muitos outros. Por isso, não podem ser deixados à revelia,
agindo no meio da sociedade como células cancerosas que se multiplicam em sua
loucura.
Veja, a seguir, dois
exemplos basilares de rebelião que servirão de alerta aos cristãos nos dias de
hoje.
ü Exemplo 1: A Rebelião de Ninrode. O relato da torre de
babel é o clímax da história da rebelião contra Deus, imediatamente após o
dilúvio. Deus havia mandado os sobreviventes do dilúvio “encher a terra”
(Gn.9:1), em vez disso, eles escolheram reunir-se em um único lugar para
construir uma cidade com uma torre que alcançaria o céu e seria
como símbolo de sua identidade comum.
As pessoas estavam
unidas, mas estavam unidas primariamente em sua língua e em sua rebelião contra
Deus. Deus repreendeu-lhes a arrogância confundindo-lhes a língua; assim, as
pessoas que quiseram estabilizar sua identidade, unidade e segurança em torno
de um grande ideal, e não em torno do grande Deus, foram dispersas para encher
a terra.
ü Exemplo 2: A rebelião de Coré, Datã e Abirão. Em seu desejo de
substituir Moisés, Coré contaminou Datã, Abirão e 250 líderes do povo com sua
ambição profana. Prometeu posições no serviço do templo que não eram suas para
que pudesse dar — e fez tudo isso acreditando firmemente que Deus estava com ele.
No que poderia ser descrito como a mais chocante demonstração do poder de Deus,
a terra literalmente se abriu, tragando os rebeldes, suas famílias e seus bens.
Essa impressionante demonstração deveria ter sido suficiente para convencer
todo o povo de que Deus estava com Moisés e Arão; porém, enfurecidamente, o
povo os atormentou por matarem os homens de Deus. Deus ficou tão zangado com
isso que enviou uma praga, a qual matou outras 14.700 pessoas (Nm.16:49) antes
que a intercessão de Arão pudesse impedir a mão de Deus. Como acontece
frequentemente, o pecado acariciado por um geralmente contamina muitos.
II. A REBELDIA DE SAUL
Foram muitas as
justificativas que marcaram a rebeldia de Saul: irreverência com a ordem de
Deus, voto tolo, infidelidade na guerra contra os amalequitas e desobediência
às palavras do Senhor.
1. A
raiz da rebeldia de Saul: o orgulho (1Sm.15:12)
“...e anunciou-se a
Samuel, dizendo: Já chegou Saul ao Carmelo, e eis que levantou para si uma
coluna...” (1Sm.15:12).
Vemos neste texto que Saul
construiu um monumento em sua própria honra – a coluna do orgulho. É provável
que Saul tenha levantado esse monumento para honrar suas vitórias anteriores e
perpetuar sua fama, como os reis faziam, por vezes, no antigo Oriente Próximo.
No início, Saul hesitou em tornar-se rei, apesar da declaração do profeta Samuel
e da confirmação por meio de sinais (cf.1Sm.10:2-7); agora, porém, inebriado
pelo êxito, procura elevar-se aos olhos de Israel. De modo irônico, isso ocorre
pouco antes de ele receber uma reprimenda de Samuel e um comunicado de rejeição
por parte de Deus.
Saul era orgulhoso,
arrogante e ególatra. Ele queria a glória para ele mesmo; queria ver seu nome
exaltado; então, para ele, isso valia mais que fazer a vontade de Deus. Ele
usava o nome de Deus para que o seu recebesse a glória. Saul idolatrava a si
próprio; ele mesmo era o deus a quem ele escolhera servir.
O orgulho é um fator
determinante para o pecado de rebelião. Geralmente, a ausência de humildade
leva o ser humano a desenvolver uma personalidade egoísta e orgulhosa. Quando
se permite o orgulho dominar o coração, o processo de rebeldia está preste a
ser instalado.
Como diz Richard W.
Dortch, nenhum outro pecado é maior que o orgulho; todos os outros pecados,
como, por exemplo, a embriaguez, pecados sexuais, cobiça, mau gênio, violência,
não passam de insignificâncias comparados ao monumento do orgulho. O orgulho
nos torna independente de Deus, e a independência está diametralmente oposto à
adoração.
2.
Saul era desobediente - não cumpria as ordenanças divina
Em 1Samuel 15, o profeta Samuel é enviado ao rei Saul com
uma ordem bastante específica e clara: “Agague, o rei, e todos os amalequitas,
desde o menor até o maior, tinham que ser eliminados”. Tudo deveria ser
destruído e banido, pois os amalequitas estavam sob o julgamento divino. Essa
ação divina era para evitar que o mal deles se espalhasse cada vez mais.
O Senhor disse a Samuel
que o motivo para tal juízo se dava pelo fato de que quando os israelitas
saíram do Egito e peregrinavam no deserto, Amaleque os atacou em
Refidim (Êx.17:8-13). Naquele dia, depois que deu a vitória aos
israelitas, o Senhor prometeu que a memória de Amaleque seria eliminada da
Terra, para sempre (Êx.17:14).
O dia chegou, e o Senhor
queria executar este juízo através de Saul. A ordem era muito clara, eles
deveriam destruir tudo e não pegar nenhum despojo da batalha, algo que era
muito comum à época. Mas neste caso especifico, o Senhor não queria que nada
fosse pego ou poupado, pois não se tratava de uma guerra qualquer. O que não
poderia ser queimado, como o ouro, a prata e o ferro, seria objeto solene de
consagração a Deus.
Saul venceu a guerra, mas
não obedeceu à ordem divina. Vendo quão agradáveis eram os animais dos
amalequitas, não ordenou que fossem eliminados. Poupou o que havia de melhor, e
não executou o rei Agague, como o Senhor havia ordenado (1Sm.15:9).
Essa atitude de Saul
deixou o Senhor muito entristecido, e Ele comunicou isso ao profeta Samuel
(1Sm.15:10,11). Samuel se contristou e toda a noite clamou ao Senhor, e muito
cedo saiu e foi ao encontro de Saul (1Sm.15:12).
Quando Saul viu o
profeta, o elogiou e recebeu com muita alegria, como se nada de errado
estivesse acontecendo; porém, sem meias palavras, Samuel perguntou o porquê de
os animais estarem vivos (1Sm.15:14). Saul respondeu de modo sutil e defensivo.
Sem dúvida, lembrou-se da ordem do Senhor e afirmou que o exército tinha
poupado os animais, embora o tivesse feito com um proposito nobre, isto é, para
sacrifício. Contudo, ao descrever a destruição total do restante, ele se
incluiu na ação (1Sm.15:15).
Ouvindo as palavras de
Saul, o profeta Samuel declarou a sentença do Senhor sobre seu reino e proferiu
uma das passagens mais conhecidas da Bíblia:
“Acaso tem o Senhor tanto
prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?
A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a
gordura de carneiros” (1Sm.15:22).
Nesse dia, o reinado de
Saul acabou. O Senhor Deus o rejeitou como rei, e declarou que já havia passado
a outro. Depois que ouviu a sentença, Saul fez tudo o que antes lhe havia sido
ordenado, mas era tarde demais.
Aprendemos neste episódio
que devemos obedecer a Deus de maneira inegociável. O Senhor prioriza a
obediência acima do formalismo religioso. Saul agia de acordo com o conceito
equivocado de que Deus prioriza os atos religiosos formais. No entanto, o
relacionamento correto com Deus não pode ser garantido por meio de formalidades
religiosas, como sacrifícios e orações (veja Is.1:11-15).
Samuel lembra Saul que o
formalismo religioso sem obediência é vazio (1Sm.15:22). A única maneira de ter
um relacionamento saudável e vigoroso com Deus é submeter-se à sua vontade, uma
submissão demonstrada por meio da obediência a seus padrões morais e éticos.
No cristianismo
autêntico, a obediência é fundamental para um relacionamento com Deus, em
contraste com o paganismo, que procura esse relacionamento por meio do
formalismo religioso.
2.
Deus se “arrependeu de haver posto a Saul como rei” (1Sm.15:11,35)
“Arrependo-me de haver
posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas
palavras” (1Sm.15:11).
Está escrito que Deus não
muda e nEle não há sombra de variação (Ml.3:6; Tg.1:17); Ele sempre é o mesmo
(Sl.102:27; Hb.1:12). Mas, em 1Sm.15:11,35 está escrito que Deus se “arrependeu de haver posto a Saul como rei”.
Não há uma contradição nestes textos?
Muitos procuram enxergar
nestas passagens bíblicas, e em outras como, por exemplo, Gn.6:7; 2Sm.24:16,
1Cr.21:15, Jr.26:19; Am.7:3,6; Jn.3:10, uma “contradição” bíblica, nesta busca
insana que os inimigos da Palavra de Deus têm para tentar desacreditar o seu
Criador.
Entretanto, uma vez mais,
são eles fracassados neste seu intento. A expressão bíblica de “arrependimento”
em relação a Deus nada mais é que uma “antropopatia”, ou seja, uma expressão de
nossa linguagem para tentar nos fazer compreender uma atitude divina. Deus está
acima da nossa compreensão e, por isso, temos de nos valer da pobreza de nosso
vocabulário para tentar compreender e entender as ações divinas. É o que
acontece com a palavra “arrependimento”.
Na verdade, todas as
vezes em que a Bíblia menciona que “Deus Se arrependeu”, o que está em foco não
é uma mudança de Deus em Suas atitudes, mas, sim, uma resposta de Deus em
virtude da mudança proporcionada pelo comportamento humano. No mesmo capítulo
de 1Samuel, versículo 29, está escrito:
“E também aquele que é a
Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem, para que
se arrependa”.
Assim, o “arrependimento”
de Deus não é uma mudança de Deus, mas a manutenção da sempre e mesma posição
de Deus diante da constante mudança do homem. Foi o que ocorreu com os juízos
sobre Saul. A mudança na conduta de Saul exigiu uma mudança correspondente nos
planos e propósitos de Deus para ele.
Para se manter coerente
com seus atributos, o Senhor deve abençoar o obediente e castigar o
desobediente. Desta feita, por causa de sua desobediência constante, Deus não
permitiu que Saul continuasse dirigindo o Seu povo. Por isso, por meio de
Samuel, Ele o rejeitou. A desobediência, a teimosia e a rebelião do primeiro
rei de Israel atraíram a ira de Deus.
“O prazer de Deus não
está em sacrifícios, mas na obediência do ser humano à sua Palavra. Mais do que
um belo sermão, ou de grandiosas construções, Deus requer de seu povo a
obediência (Sl.50:13,14) ”.
4. “A
rebelião como pecado de feitiçaria” (1Sm.15:23)
O Senhor caracterizou a
rebeldia de Saul como pecado de feitiçaria. Saul esperava agradar a Deus por
meio do sacrifício que se propôs a apresentar - ele o considerava perfeitamente
legitimo e apropriado. Porém, do ponto de vista do Senhor, Saul desobedeceu à
ordem divina para fazer esse sacrifício, o que constituiu um ato de rebelião,
semelhante à feitiçaria ou à idolatria.
O profeta Samuel afirma
que não há valor em sacrifícios a Deus quando se quebra um de seus mandamentos
por desobediência deliberada. Quem age assim coloca a sua vontade no lugar da
de Deus. Por isso, a rebelião é tão maléfica quanto à feitiçaria, pois ela
rouba o lugar da glória de Deus. Talvez, do ponto de vista de Deus, a intenção
de Saul de compelir ou manipular Deus por meio de sacrifícios seja equivalente
à idolatria e mereça o devido castigo.
Portanto, cultivar a
submissão, a humildade e a obediência é o antídoto necessário para remover o
“espírito da rebelião”, “porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o
porfiar é como iniquidade e idolatria” (1Sm.15:23).
III. SAUL: UM LÍDER SEM CRITÉRIOS
1.
Saul não sabia esperar
Veja a ordem do homem de
Deus, Samuel, a Saul:
“Tu, porém, descerás
diante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos
e para oferecer ofertas pacíficas; ali, sete dias esperarás, até que eu venha a
ti e te declare o que hás de fazer (1Sm.10:8)
Mas, Saul não teve
paciência para esperar até o prazo final (1Sm.13:8-13).
“8.E esperou sete dias,
até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo
se espalhava dele.
9.Então, disse Saul: Trazei-me aqui um
holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto.
10.E sucedeu que,
acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu
ao encontro, para o saudar.
11.Então, disse Samuel:
Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não
vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás,
12.eu disse: Agora,
descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do SENHOR não orei; e
forcei-me e ofereci holocausto.
13.Então, disse Samuel a
Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu Deus,
te ordenou; porque, agora, o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel
para sempre”.
Observe que em 1Samuel
10:8, foi dada a ordem para esperar sete dias; e em 1Samuel 13:8 o narrador
enfatiza que Saul esperou os sete dias determinados, embora Samuel tenha
chegado exatamente quando Saul terminava de apresentar a oferta do holocausto
(cf.1Sm.13:10).
O pecado de Saul não
consistiu em haver apresentado o holocausto prematuramente (pois ele esperou o
prazo determinado por Samuel). Seu pecado consistiu em haver desrespeitado a
autoridade de Samuel ao oferecer, ele próprio, o holocausto. Isto foi uma clara
usurpação de autoridade.
Em 1Sm.10:8, Samuel
deixou claro que ele apresentaria o holocausto e daria ordens a Saul. A
afirmação anterior de Samuel não sugere que um atraso de sua parte dava
autoridade para Saul fazer o que bem entendesse. Trata-se de pura presunção da
parte de Saul, resultante de pânico (cf.1Sm.13:11-13). Veja o aspecto de pânico
de Saul:
“Disse Saul: Porquanto
via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os
filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, eu disse: Agora, descerão os
filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do SENHOR não orei; e forcei-me e
ofereci holocausto” (1Sm.13:11,12).
Quanto mais Saul
esperava, mais soldados desertavam. As tropas filisteias estavam reunidas para
a batalha e poderiam atacar a qualquer momento. Se isto acontecesse, Saul não
desejaria estar numa posição em que não “buscou o favor do Senhor”.
Uma análise mais
minuciosa mostra que o ponto de vista de Saul é equivocado em pelo menos três
aspectos importantes:
§ Uma preocupação com o
número cada vez menor de soldados revelava a crença de que exércitos humanos, e
não o Senhor, decidirão a batalha (com relação a esta questão, convém lembrar
juízes cap.7).
§ Sua preocupação em
oferecer um holocausto revelava uma teologia distorcida, que elevava o ritual
acima da obediência (veja 1Sm.15:22,23) e se mostrava propenso a considerar que
rituais podiam, de algum modo, garantir o favor divino.
§ Saul ultrapassou os
limites de sua alçada. Saul era rei, mas estava debaixo da autoridade do
profeta-sacerdote Samuel, o intercessor de Israel (cf. 1Sm.7:7-11;
12:18,19,23). Em Deuteronômio 17 e 18 em que são fornecidas as prescrições para
o reinado em Israel (Dt.17:14-20; cf. 1Sm.10:25), faz-se distinção clara entre
o papel do rei e o papel dos sacerdotes (Dt.18:1-13) e dos profetas
(Dt.18:14-22). Como observamos anteriormente, Samuel deixa claro que ele era a
pessoa autorizada por Deus para oferecer os holocaustos (cf. 1Sm.10:8) e que
ele, em sua função de profeta, daria instruções ao rei.
Assim como Saul, nosso
verdadeiro caráter espiritual é revelado diante das nossas dificuldades. Os
métodos que utilizamos para alcançar os nossos objetivos são tão importantes
quanto a realização dos mesmos.
É grande o desafio de confiar
em Deus quando nossos recursos estão se esgotando. Quando Saul percebeu que o
tempo estava limitado, ficou impaciente com a contagem regressiva do tempo
determinado pelo Senhor. Ao pensar que a cerimônia era tudo o que precisava,
substituiu a fé em Deus pelo sacrifício de um animal.
Ao enfrentar uma situação
difícil, não permita que a impaciência o leve a desobedecer a Deus. Ao saber que
é o desejo do Senhor, siga seu plano e não se importe com as consequências.
Deus costuma usar a demora para testar a nossa obediência e a paciência.
2.
Saul: o rei rejeitado
“Então, disse Samuel a
Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu Deus,
te ordenou; porque, agora, o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel
para sempre” (1Sm.13:13).
Samuel acusa Saul de
desobediência à ordem, dada pelo Senhor, de esperar Samuel oferecer os
sacrifícios e lhe dar instruções devidas (1Sm.10:8). Por proceder assim, Samuel
acusa Saul de se comportar de modo tolo –
“agiste nesciamente”.
Ao tentar esconder os
pecados atrás de desculpas, Saul perdeu seu reinado (1Sm.13:14). Saul
apresentou inúmeras desculpas para justificar sua desobediência, mas Samuel as
anulou, quando trouxe à tona a realidade.
Assim como Saul,
costumamos encobrir nossos enganos e pecados, ao tentarmos justificar e
espiritualizar nossas ações devido às circunstâncias “especiais”. Estas desculpas,
porém, nada são além de desobediência. Deus conhece nossos verdadeiros motivos.
Ele perdoa, restabelece e abençoa apenas quando reconhecemos nossos pecados.
“O que encobre as suas
transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará
misericórdia” (Pv.28:13).
CONCLUSÃO
Saul tinha tudo para dar
certo, mas ele fez tudo o que não devia fazer. Ele tinha a função mais honrosa
e de grande responsabilidade: a de ser líder do povo de Deus, a nação escolhida
pelo próprio Deus Altíssimo. Mas, Saul desperdiçou esse grande feito,
simplesmente, por causa da desobediência à Palavra de Deus; e a força motriz
dessa desobediência foi o orgulho, a arrogância, o ego, que dominava o seu
coração. Em tudo, ele queria a glória para si mesmo, queria ver seu nome
exaltado entre o povo que ele liderava (1Sm.15:12); para ele, isso valia mais
que obedecer aos mandamentos do Senhor Deus de Israel. A desobediência contumaz
de Saul destruiu o seu reinado.
Saul recebeu a Palavra de
Deus através de Samuel. Hoje nós temos as Escrituras Sagradas para nos
orientar. Mas não basta só isso. Saul ouviu, mas desprezou seguir o que a
Palavra ensinava. Por isso, o Senhor o rejeitou para sempre.
Portanto:
-Cumpra o que a Bíblia
diz:
“E sede cumpridores da
palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos” (Tg.1:22).
-Não confiemos em nossos
pensamentos e lógica, coloque-os debaixo do crivo da Palavra de Deus:
“E digo isto e testifico
no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na
vaidade do seu sentido, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de
Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração, os quais,
havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para, com
avidez, cometerem toda impureza” (Ef.4:17-19).
-Não confie em seu
coração ou intensões:
“Enganoso é o coração,
mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jr.17:9).
-Peça a Deus que te ajude
a conhecer quem você é:
“Enganoso é o coração,
mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (S.139:4).
-Que realizar a vontade
de Deus e glorificar o seu nome sejam os verdadeiros motivos do nosso viver.
-Não esquecer que o
verdadeiro progresso na vida espiritual não está em ser indicado e aceito a
alguma função eclesiástica, mas sim na obediência completa à Palavra de Deus e
ao Deus da Palavra. Disse Salomão: “é melhor o fim das coisas, do que seu
princípio” (Ec.7:8). Que Deus nos ajude a obedecer e a viver para sua glória!
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo
Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 80. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal. CPAD.
Pr. Osiel Gomes. O Governo divino em mãos
humana. CPAD.
Bíblia da Liderança Cristã. Sociedade Bíblica
do Brasil.
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Roberto B. Chisholm Jr. 1 & 2 Samuel. Vida
Nova.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. A Rebelião
contra o Deus da Bíblia. PortalEBD_2008.
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