4º Trimestre/2019
Texto Base: 1Samuel 22:1-5
24/11/2019
"Então, Davi se retirou dali e se escapou
para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai e
desceram ali para ele. E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e
todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe
deles; e eram com ele uns quatrocentos homens" (1Sm.22:1,2).
1Samuel 22:
1. Então, Davi se retirou dali e se escapou
para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai e
desceram ali para ele.
2. E ajuntou-se a ele todo homem que se achava
em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele
se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.
3. E foi-se Davi dali a Mispa dos moabitas e
disse ao rei dos moabitas: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que
saiba o que Deus há de fazer de mim.
4. E trouxe-os perante o rei dos moabitas, e
ficaram com ele todos os dias que Davi esteve no lugar forte.
5. Porém o profeta Gade disse a Davi: Não
fiques naquele lugar forte; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi foi e
veio para o bosque de Herete.Parte inferior do formulário
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao estudo do trimestre sobre liderança do povo de Deus,
com base nos livros de Samuel, trataremos nesta Lição do exílio de Davi. Exílio (do
latim exilium = banimento, desterro) é o estado de estar longe da
própria casa (seja cidade ou nação) e pode ser definido como
expatriação, voluntária ou forçada de um indivíduo. Alguns autores utilizam o
termo exilado no sentido de refugiado, longe do convívio social,
no ostracismo.
Davi, o jovem que o Senhor ungiu para suceder a Saul ao trono de Israel; o
valente destemido que venceu o gigante Golias; aquele de quem as mulheres
diziam: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares”(1Sm.18:7);
aquele que comia à mesa do rei; aquele que comandava um grupo de homens da
elite do exército de Saul, agora é atingido fortemente pelo medo de morrer e é
obrigado a viver no exílio, no ostracismo, no desterro, em cavernas, longe do
convívio social, num estado de completa humilhação.
Entretanto, os livros de Samuel deixam transparecer que Deus trabalhava
na vida de Davi a fim de prepará-lo para reinar no lugar de Saul. Como bem diz
o pr. Osiel Gomes, “nem sempre as vivências marcadas por situações traumáticas
podem ser vistas como negativas. Por vezes, elas servem para tirar as cascas
das aparências, a infantilidade, o esquecimento de nós mesmos, a fim de
levar-nos à essência real da vida”. Temos a certeza de que, nos desertos de
nossa vida, Deus caminha conosco, nos conduzindo na direção certa e provendo
para nós nos momentos de aflição e necessidades. Devemos, pois, estar no centro
da Sua vontade e esperar o momento certo da divina providência, mesmo em tempos
bastantes desconfortáveis.
I. AS CARACTERISTICAS DO EXÍLIO DE DAVI
O exílio de Davi foi uma experiência pedagógica para ele, cujos estágios
moldaram o seu caráter, que o levaram à maturidade e crescimento na vida
espiritual e relacional, e que lhe promoveu à virtude da paciência – “pois a
tribulação produz a paciência” (Rm.5:3) -, e que fariam dele um homem
resiliente diante das intempéries, vicissitudes, preparando-o para uma missão especial
de grande relevância: a liderança do povo de Deus, Israel. Não sabia ele “que a
prova de nossa fé produz a paciência” (Tg.1:3).
É certo que houve momentos em que a fé dele demonstrou arrefecimento, que
é comum ocorrer com qualquer crente diante de provas inclementes. Um exemplo
disso, dentre outros, é quando, numa situação de total desespero, Davi foge para
cidade Gate, território inimigo, onde buscou asilo com Áquis, rei filisteu de
Gate (1Sm.21:10), e ainda levava consigo a espada de Golias que Aimeleque tinha
dado a ele; é como se Davi tivesse se tornado Golias, armado com sua espada e
rumando para a cidade natal dele. Fica óbvio que Davi caminhava de acordo com o
que via, e não pela fé, e confiava em sua própria capacidade. Mas, cedo ou mais
tarde, se perceberia que viver de acordo com o que se vê terminaria em fracasso;
e Davi, que anteriormente havia mentido para Aimeleque, dominado pelo medo, é
obrigado a encenar outra mentira e fingir-se de louco para não ser morto
(1Sm.21:13). O respeito oriental em presença da loucura salvou-o da morte
praticamente certa. Davi, ao recorrer à fraude, deixou de entregar sua vida
incondicionalmente ao Senhor e à sua proteção. É um erro que não deve ser
imitado.
Quando a fé vacila, pode acontecer de o indivíduo perder Deus de vista e
agir de forma contrária às suas crenças e às suas experiências pessoais. A
despeito desse claro arrefecimento da fé diante das provas, Davi não perdeu a
esperança em Deus, ele ainda esperava na providência divina – “até que saiba o que Deus há de fazer de mim”
(1Sm.22:3).
As diversas situações difíceis que o seguidor de Cristo passa na
caminhada cristã podem servir-lhe de amadurecimento e crescimento na vida
espiritual. Em quaisquer circunstâncias devemos esperar em Deus, pois no seu
tempo (Kairol) ele cumprirá as suas promessas.
Depois de escapar de Gate, Davi refugiou-se na Caverna de Adulão
(1Sm.22:1-5). Era assim chamada devido a uma cidade nas suas proximidades. Vamos
explorar esta Caverna e extrair dela lições para a vida.
1. A Caverna de Adulão
Adulão, que significa refúgio, era uma antiga cidade real dos cananeus
(Gn.38:1), situada numa região montanhosa, próxima à fronteira filisteia, a
vinte quilômetros a leste da cidade de Gate, na fronteira do território de Judá,
aproximadamente 26 km de Jerusalém, e a uns vinte quilômetros de Belém, a
cidade natal de Davi. Atualmente, Adulão é chamada de “Aid-el-Ma,
Para ficar longe de Saul Davi teve que ir para o exilo à busca de
refúgio, e um desses refúgios foi a caverna de Adulão (1Sm.22:1), um sistema de
corredores sem fim e passagens transversais.
Davi, o valente que derrotou o gigante Golias, o valente cantado pelas
mulheres de Israel em suas músicas - “Sul feriu os seus milhares, porém Davi,
os seus dez milhares” (1Sm.18:7) -, agora estava fugindo em direção a uma caverna,
tímido e com medo de morrer pelas mãos de Saul.
Num verdadeiro redemoinho de eventos, ele perdeu o emprego, a mulher, a
casa, seu conselheiro, seus melhores amigos e, finalmente, sua autoestima. À
semelhança de Jó, ele foi golpeado com tanta força que sua cabeça deve ter
ficado girando durante horas. Davi chegara ao fundo do poço.
Este foi o pior momento na vida de Davi até então. Se você quiser saber
como ele realmente se sentia, leia o Salmo 142, de sua composição. Era assim
que Davi se sentia como habitante da caverna:
"Olhei para a minha direita e vi; mas não
havia quem me conhecesse; refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma”
(Sl.142:4).
Davi não tinha segurança, alimento, alguém com quem conversar, promessa à
qual apegar-se e nem esperança de que as coisas viessem a modificar-se um dia.
Estava sozinho numa caverna escura, longe de tudo e de todos que amava. De todos,
exceto de Deus.
Podemos sentir a solidão desse lugar tão desolado? A umidade dessa caverna?
Podemos sentir o desespero de Davi? As profundezas em que sua alma desceu? Não havia
meios de fugir. Nada restou, absolutamente nada!
Em meio a tudo isso, Davi não perdeu Deus de vista. Ele clama ao Senhor
para livrá-lo. É aqui que podemos vislumbrar o coração desse jovem-homem, a
essência que só Deus vê, a qualidade invisível que Deus viu quando escolheu e
ungiu o jovem pastor de Belém.
Davi foi levado a um ponto em que Deus pôde começar realmente a moldá-lo
e fazer uso dele. Quando o Deus soberano nos reduz a nada, é para redirecionar
nossa vida e não para extingui-la.
A perspectiva humana diz: "Ah, você perdeu isto e aquilo; você causou
isto e aquilo; você destruiu isto e aquilo; por que não acaba com a sua
vida?". Mas Deus diz: "Não. Você está na caverna, mas isso não
significa que é o fim de tudo. Significa tempo para redirecionar sua vida. Está
na hora de um novo começo!". Foi exatamente isso que Deus fez com Davi.
Apesar dos séculos existentes entre nós e Davi, esse homem e suas
experiências são mais relevantes do que nunca em nossos dias. Às vezes, as
provas inclementes, as tribulações impiedosas, as tempestades da vida
tremendamente ameaçadoras, nos fazem perder de vista a verdade e nos levam ao
fundo do poço. A única solução? Buscar refúgio no único que nos pode socorrer: o
Senhor Deus Todo-Poderoso.
“A ti, ó SENHOR, clamei; eu disse: tu és o meu
refúgio e a minha porção na terra dos viventes. Atende ao meu clamor, porque
estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do
que eu. Tira a minha alma da prisão, para que louve o teu nome; os justos me
rodearão, pois me fizeste bem" (Sl.142:4-7).
“O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus
de Jacó é o nosso refúgio” (Sl.46:11).
2. Os proscritos da Caverna de Adulão
Davi estava sozinho na caverna, e veja quem foi juntar-se a ele: a sua
família.
"Quando ouviram isso seus irmãos e toda a
casa de seu pai, desceram ali para ter com ele" (1Sm.22:1).
Já fazia muito tempo que a família de Davi não lhe dava atenção. Seu pai
quase esquecera da sua existência quando Samuel fora procurar em sua casa um
possível candidato para reinar sobre Israel. Samuel teve de dizer: "Você
só tem esses filhos?". Jessé estalou os dedos e respondeu: "Oh, não,
tenho um filho que cuida das ovelhas". Mais tarde, quando foi para a
guerra e estava pronto para lutar com Golias, os irmãos o desprezaram, dizendo:
"Sabemos porque veio, só para mostrar-se". E agora, os mesmos irmãos
e o pai, juntamente com o resto da casa, procuram Davi para ficar com ele, na
caverna de Adulão.
Algumas vezes, quando estamos na “caverna”, não queremos ninguém por
perto; às vezes, não conseguimos suportar outras pessoas. Não admitimos isso
publicamente, claro, mas é verdade; só queremos ficar sozinhos. Na minha
concepção, naquele momento da sua vida, Davi não queria ninguém por perto. Em
vista de não valer nada para si mesmo, não conseguia ver o seu valor para quem
quer que fosse.
Davi não queria seus parentes, mas eles chegaram. Ele não desejava a
presença deles, mas Deus os levou assim mesmo. Davi os levou para dentro da
caverna em que ele se escondia.
Mas, não foi somente a família de Davi que se juntou a ele; outro grande
grupo de homens se juntou a ele. Ajuntaram-se a Davi todos os homens que se
achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito.
Os primeiros eram em sua maioria
estrangeiros em dificuldades, homens rudes e problemáticos, no entanto, Davi os recebeu, acolheu-os, ensinou-os e preparou-os, e se fez chefe deles.
"E ajuntou-se a ele todo homem que se
achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso,
e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens" (1Sm.22:2).
A princípio, eram 400 homens "em aperto", mas logo o número
chegou a 600 (1Sm.22:2; 25:13).
Esses eram os homens que Deus deu a Davi para liderar. E Davi o fez com
maestria. Ele fez com que esses homens tivessem um senso de companheirismo e
devoção a Deus. Logicamente, Davi teve de treinar esses “perdedores”, se quisesse formar
um exército eficiente, e ele o fez.
Aquela caverna não era mais o refúgio de Davi. A caverna malcheirosa,
úmida, se tornara um campo de treinamento para os primeiros soldados que
formaram o começo do exército que veio mais tarde a ser chamado de "Os
valentes de Davi". É isso mesmo, aquele bando heterogêneo se transformaria
em seus poderosos homens de guerra, e mais tarde, quando Davi subiu ao trono, eles
viriam a ser os seus ministros de gabinete. Davi modificou completamente a vida
deles e incutiu-lhes ordem, disciplina, caráter e direção.
Davi teve de descer derrotado até o fundo do poço, quando não havia outro
meio senão olhar para cima. Quando levantou os olhos, Deus estava lá, levando
aquele grupo de desconhecidos até ele, aos poucos, até que finalmente provaram
ser os homens mais corajosos de Israel.
Quem podia imaginar que o próximo rei de Israel estava treinando suas
tropas numa caverna escura onde ninguém conseguia enxergar nada e ninguém se
importava? Que atitude pouco usual de Deus para preparar os líderes do seu povo!
A pedagogia do Senhor é impressionante!
Davi atraiu homens semelhantes a ele, almas aflitas. Ele também
reproduziu homens como ele, guerreiros e conquistadores. Davi era um líder nato.
- Davi atraiu esses homens sem procurá-los.
- Davi extraiu profunda lealdade deles sem nunca
tentar obtê-la.
- Davi transformou esses homens proscritos sem
desiludi-los quanto ao seu estado inicial.
- Davi lutou lado a lado com esses “perdedores” e
transformou-os em vencedores.
- Davi teve o controle de seus liderados. Manter
sob controle um grupo de pessoas de bem não é muito complicado; contamos
com a boa vontade e o respeito de todos para uma convivência cordial e
amável. Mas, liderar um grupo de pessoas atribuladas isso não é fácil.
Junte em um ambiente hostil, dentro de uma caverna, 400 homens desgostosos
da vida, que fugiram de sua terra por dívidas contraídas e não quitadas e
outros assuntos não resolvidos. Esses eram homens que não pensariam duas
vezes em puxar uma arma para se defender e matar alguém. Mas, Davi fez com
que os seus liderados tivessem um senso de companheirismo e devoção a
Deus. Ele os ensinou o que significa esperar o tempo de Deus (ler
1Sm.24:5-7).
3. O simbolismo da Caverna de Adulão
O que Deus quis ensinar a Davi e, também, a nós seguidores de Deus da Nova
Aliança? Qual o significado de tudo isso? A caverna de Adulão é a pedagogia de
Deus para nos ensinar a confiar sempre nele. Ali, somos desafiados a entender
que não somos os melhores, nem super-homens, mas, sim, que dependemos de Deus e
de pessoas dispostas, e bem disciplinadas, a lutar por aquilo que Deus propôs
para nós. E mais:
a) Adulão nos
ensina que em nossa vida podemos estar na planície, mas, de repente, podemos
estar numa caverna, em aflição
Como diz o pr. Osiel
Gomes, em nossa vida, especialmente quando estamos gozando de boa posição,
nome, título, fama, esquecemos quem somos e, por vezes, somos levados a
situações conflitantes, perseguições, contrariedades, crises, as quais nos
levam às cavernas do recôndito de nossa alma, para que reflitamos e sejamos
forjados outra vez para voltarmos ao caminho certo da vida. Na caverna, somos
confrontados com nós mesmos; lá somos desafiados a entender que não somos os
melhores, nem super-homens, mas, sim, que dependemos de Deus e de outros para
avançarmos.
b) Adulão,
lugar de sair da superficialidade e buscar profundidade insondável
Na caverna de Adulão,
existiam lugares profundos que ainda não tinham sido sondados, lugares onde não
se conseguia medir a profundidade. Mas, Davi conhecia em profundidade ao Senhor;
ele conhecia o Bom Pastor (Salmo 23), aquele que o havia livrado do urso, do leão
e do gigante Golias; aquele que havia entregue o gigante e todos os filisteus
em suas mãos. Davi conhecia ao Senhor, e seu conhecimento não era superficial.
Às vezes, precisamos entrar em Adulão para conhecermos o Senhor com intimidade.
c) Adulão,
lugar de transformar a humilhação em honra
Os homens que procuraram
a Davi eram homens que se achavam em aperto, endividados, amargurados de
espíritos, humilhados (1Sm.22:2). Mas, na Caverna de Adulão eles foram
honrados. Quando o Senhor livrou Davi das mãos de Saul, muitos daqueles
endividados, daqueles apertados, amargurados de espírito se tornaram heróis em
Israel, porque o nosso Deus é um Deus que exalta o humilde e abate ao soberbo
(1Pd.5:5). Adulão é o lugar que aceita os perseguidos e injustiçados e os
redime, os transforma, e os torna pessoas honradas.
d) Adulão, o
lugar de encontro com o Davi Celestial
Que tipo de pessoas
vieram a Davi na caverna? Diz o texto sagrado:
"Ajuntaram-se a ele todos os homens que
se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de
espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens" (1Sm.22:2).
Eram pessoas miseráveis, amarguradas, angustiadas, deprimidas, pessoas
carregadas de culpa e com um coração atormentado. Mas, na caverna de Adulão,
eles encontraram refúgio, porque o rei ungido estava lá para aceitá-los como
eles eram.
Em Jesus Cristo, as pessoas em aperto, as pessoas endividadas, as pessoas
amarguradas de espírito, encontram refúgio. Diz Jesus, o Ungido de Deus:
“Vinde
a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e
encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu
fardo é leve” (Mt.11:28-30).
Em lugar algum estamos mais abrigados e seguros do que em Jesus -
"...porque Ele (Jesus Cristo) é a nossa paz" (Ef.2:14). Toda vez que
nos humilharmos diante dEle em arrependimento sincero e confessarmos a Ele os
nossos pecados poderemos respirar aliviados. Mas será que tomamos tempo
suficiente para buscarmos o Ungido Rei na "caverna de Adulão", para
termos comunhão com o nosso Davi Celestial?
e) Deus é o
nosso Refúgio e Fortaleza na hora da angústia (Sl.46:1)
Para onde voltamo-nos quando o nosso mundo desmorona? A quem procuramos
refúgio na hora da angústia? Para quem nos voltamos quando não há ninguém a
quem contar as dificuldades? Davi estava nessa situação e ele se voltou para o
Deus vivo, e descobriu nele um lugar para descansar e recuperar-se.
Encurralado, ferido pela adversidade, lutando contra o desânimo e o desespero,
ele escreveu estas palavras em seu diário de lamentos:
“O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar
forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu
escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio” (Sl.18:2).
Precisamos de refúgio, um lugar onde se esconder e sarar. Precisamos de alguém
disposto, afetuoso, disponível; um confidente; um companheiro de “armas”. Você
não está conseguindo encontrar um? Por que não compartilhar do abrigo de Davi?
Aquele que ele chamou de "minha Força, minha Rocha, minha Fortaleza, meu
Baluarte, minha Torre Alta"? Nós o conhecemos hoje por outro nome: Jesus
Cristo, o Senhor; Ele está sempre disponível, até mesmo para moradores de
cavernas, pessoas solitárias que precisam de alguém que se interesse por elas.
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro
bem presente na angústia” (Sl.46:1).
“O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus
de Jacó é o nosso refúgio” (Sl.46:11).
II. DAVI E O AMOR COM OS PAIS
Os pais e os irmãos de Davi ao saberem onde ele se encontrava, e temendo
represálias do rei Saul por causa do seu parentesco com ele, mudaram-se também para
Caverna de Adulão - “...e ouviram-no seus
irmãos e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele” (1Sm.22:1). Este
era o momento do apoio da família. Recebendo apoio da família, Davi
evidentemente se sentiu fortalecido.
Ao longo das Escrituras, constatamos que a família desfruta de destaque
especial nos desígnios de Deus para a humanidade. Além do seu papel de coesão,
inclusive social, a família provê também apoio emocional e espiritual para seus
membros. Todos nós de alguma forma necessitamos também de nossa "caverna
de Adulão", isto é, um local de refúgio, inclusive familiar.
1. Protegendo seus pais
Preocupados com o bem-estar
de seus pais, Davi viaja, de Adulão, para Mispa, em Moabe, e pede proteção e
abrigo ao rei para eles, enquanto ele estava escondido (1Sm.22:3,4).
“E foi-se Davi dali a Mispa dos moabitas e
disse ao rei dos moabitas: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que
saiba o que Deus há de fazer de mim. E trouxe-os perante o rei dos moabitas, e
ficaram com ele todos os dias que Davi esteve no lugar forte” (1Sm.22:3,4).
Nesta circunstância adversa, Davi teve o cuidado todo especial de
proteger os seus pais das brutalidades de Saul. É possível que o rei de Moabe tivesse
alguma lealdade para com Davi graças aos antepassados dele (por parte de pai, Davi
é descendente da moabita Rute). Quando Davi voltou, o profeta Gade o instruiu a
deixar Adulão, de modo que ele foi para o bosque de Herete, também em Judá
(1Sm.22:5).
“Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques
naquele lugar forte; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi foi e veio para
o bosque de Herete”.
Nesta fortaleza, Davi encontra segurança, e espera para ver o que Deus
faria com ele. O texto não informa por que o profeta disse para Davi voltar a
Judá, mas é provável que o Senhor tenha considerado a partida de Davi contrária
a seu destino divinamente ordenado. Apesar de ser descendente de Rute, uma
moabita (Rt.4:17), foi errado Davi depositar sua confiança num rei que era
inimigo do povo de Deus. (Diz a tradição que, mais tarde, os moabitas mataram
os pais de Davi).
Um dos deveres dos filhos para com os pais é honrá-los. Só que não
podemos honrar os pais sem os amar, e nem os amar sem honrá-los. O amor aos
pais inclui todas as responsabilidades que temos perante eles.
Na Lei moral que Deus revelou a Moisés, conhecida como os Dez
Mandamentos, vemos a seguinte divisão: os quatro primeiros mandamentos se
referem aos deveres para com Deus; os seis seguintes, aos deveres do homem para
com a humanidade. O Primeiro Mandamento desta segunda divisão foi escrito para
os filhos, e é o único mandamento que tem uma condição ligada a uma promessa de
bênção para os que o observarem.
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se
prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”(Ex.20.12).
Este Mandamento é ratificado no Novo Testamento. Paulo escreveu
aos Efésios: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com
promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef.6:2,3). Em
Mateus 15:3-9, Jesus pregou um sermão cujo tema é a honra devida pelos
filhos aos pais. Marcos 7:6-13 repete o fato com mais detalhes.
Este mandamento abrange todos os devidos atos de bondade, ajuda material,
respeito e obediência aos pais (Ef.6:1-3; Cl.3:20). Abrange, também, não proferir
palavras maldosas e agressão física aos pais.
Em Êxodo 21:15,17, Deus estabeleceu a pena de morte para quem ferisse ou
amaldiçoasse seu pai ou sua mãe. Assim fica demostrada a grande importância que
Deus atribuiu ao respeito pelos pais. Portanto, Davi agiu corretamente engendrando
esforços para proteger os seus pais da fúria do inimigo Saul. Apesar que,
aparentemente, a escolha do lugar do asilo seja questionável.
2. A recompensa para os filhos obedientes
O assunto da obediência tem sido um problema, desde que nossos primeiros
pais praticaram o ato da desobediência. Paulo descreveu os efeitos do pecado
nos filhos, em Romanos 1:30,31:
”...
desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição
natural, irreconciliáveis, sem misericórdia”.
Muitas famílias pagãs que se convertiam a Cristo nos dias do Novo
Testamento eram caracterizadas conforme esse descrito de Paulo.
Em Efésios 6:1-4 e Colossenses 3:20,21 Paulo exorta os filhos concernente
às suas atitudes e ações que devem ter para com os seus pais.
”Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais,
porque isto é agradável ao Senhor”(Cl.3:20).
1.Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais
no Senhor, porque isto é justo.
2. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o
primeiro mandamento com promessa,
3. para que te vá bem, e vivas muito tempo
sobre a terra.
4.E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos
filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor (Ef.6:1-4).
·
“Porque isto é justo” (Ef.6:1). É um princípio básico da vida
familiar que, os ainda imaturos, impulsivos e inexperientes se submetam à
autoridade do seus pais, que são mais velhos e mais experientes.
·
“Para que te vá bem” (Ef.6:3). O bem-estar dos filhos depende da obediência
prestada aos pais. Pense no que aconteceria a um filho que nunca recebeu
instrução ou correção dos seus pais. Ele se tornaria insuportável pessoalmente
e intolerável socialmente.
·
”Para que vivas muito tempo
sobre a terra”(Ef.6:3). A
obediência promove uma vida plena. Nos dias do Antigo Testamento o filho que obedecia
aos pais desfrutava de uma vida longa. Hoje isso não é mais uma regra sem
exceção. De fato, obediência filial nem sempre traz longevidade. Um filho
respeitoso pode morrer jovem. Porém, de modo geral é verdade que a vida de
disciplina e obediência é mais segura, saudável e longa, enquanto a vida de
rebelião de imprudência muitas vezes termina em morte prematura.
Jesus foi um exemplo de obediência e submissão aos Seus
pais adotivos - ”E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso” (Lc.2:51).
A família de
Recabe. A Bíblia diz que todos
os filhos de Recabe foram usados por Deus como exemplo para a nação israelita,
pelo fato de obedecerem a seu pai. Levados ao templo pelo profeta Jeremias,
foram convidados a tomar vinho. Não parecia ser nada de mais, principalmente em
se tratando de convite feito pelo profeta de Deus. Mas, os recabitas
responderam: ”Não beberemos vinho; porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai,
nos mandou, dizendo: Nunca jamais bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos”(Jr.35:1-6).
Deus repreendeu o povo de Israel, mostrando-lhe que aqueles filhos obedeciam a
seu pai, enquanto a nação era desobediente a seu Deus.
A obediência dos filhos aos pais, portanto, é um dever sagrado. Deus não
abre mão em tempo algum dessa exigência. Ele exige isto a ponto de condicionar
a felicidade no viver ao seu cumprimento. Infelizmente, no mundo de hoje, onde
a maior parte das pessoas só faz o que acha certo aos seus próprios olhos, a
obediência não é algo popular.
III. MORRENDO POR CAUSA DE DAVI
1. A inconsistência de Saul
Segundo o dicionário Aulete, inconsistência é a qualidade, caráter ou
estado do que ou de quem é inconsistente; é a falta de consistência, de
estabilidade ou de firmeza.
Esta era uma característica do perfil da liderança de Saul. Embora ele
tenha se tornado rei, principalmente por causa de sua formidável aparência, ele
nunca venceu as suas lutas interiores. Externamente, era alto, bonito e de
corpo bem constituído (1Sm.9:2); mas, internamente, não passava de um anão.
Observe esses aspectos do caráter de Saul:
ü Quando
chega o tempo de ser ungido, Saul se esconde entre a bagagem (1Sm.10:22).
ü Quando
Samuel pede para Saul liderar, ele apresenta desculpas de incapacidade
(1Sm.9:21).
ü Quando os
soldados de Saul começam a se dispersar, ele entra em pânico e desobedece às
ordens divinas (1Sm.13:1-14).
ü Quando
confrontado com o seu pecado, Saul apresenta justificativas (1Sm.15:14-23).
ü Quando
Saul ataca os amalequitas, ele está com medo de confiar em Deus e destruir o
inimigo (1Sm.15:8).
ü Quando Saul
teme perder o apoio do povo, ele constrói uma estátua de si mesmo, a estátua do
orgulho (1Sm.15:12).
ü Quando os
filisteus enfrentam Israel, o medo impede Saul de negociar (1Sm.17:1-11)).
ü Quando
Davi ganha popularidade, a insegurança leva Saul a tentar homicídio
(1Sm.18:9-11).
2. O preço de proteger Davi
Proteger Davi, estando
Saul ainda no comando da nação, significava pagar um preço alto, e o preço era
a morte do indivíduo ou de um grupo de indivíduos, ou até mesmo de uma cidade inteira.
Foi o que aconteceu com os sacerdotes e a cidade de Nobe (1Sm.22:6-19). Foi um
massacre cruento contra um povo inocente. A suspeita de Saul veio do relato de
Doegue, que flagrou Davi em uma conversa com Aimeleque, o sumo sacerdote, e
ainda receber comida e uma espada (1Sm.22:9,10).
Esta atitude insana de Saul foi uma demonstração incontestável de que ele
estava possuído pelo poder demoníaco e tinha uma mente doentia. Ele não
confiava em nada e em ninguém, nem mesmo no próprio filho Jônatas - em duas
ocasiões ele procurou matar o próprio filho (1Sm.14:44;20:33); da segunda vez,
em virtude da lealdade de Jonatas a Davi.
Por mais que Aimeleque explicasse sua inocência, no sentido de tramar
contra o rei, era impossível Saul confiar nas suas palavras, visto que ele
estava dominado por poderes demoníacos, de maneira que todos eram acusados de
conspiração (1Sm.22:11-23).
O sentimento de ciúme, ódio e inveja que dominava o coração de Saul fez
com que de imediato ordenasse a morte de todos os sacerdotes do Senhor na
cidade de Nobe. Saul deu a ordem aos soldados para matarem os sacerdotes, mas
eles não quiseram de maneira alguma praticar tal massacre e não obedeceram à
ordem do rei. Então, entra em cena Doegue para cometer esse crime bárbaro.
Oitenta e cinco sacerdotes foram mortos e a cidade foi destruída com seus
habitantes. A atitude de Saul demonstrou sua instabilidade mental e emocional e
seu distanciamento de Deus.
Por que Deus
permitiu que 85 inocentes sacerdotes do Senhor fossem assassinados? Suas mortes serviram para mostrar à nação de
Israel como o rei Saul tornara-se um déspota. Onde estavam os conselheiros de
Saul? Onde estavam os anciãos de Israel? Às vezes Deus permite que o mal ocorra
a fim de nos ensinar que jamais devemos aceitar que os sistemas malignos
floresçam.
Servir a Deus não é um ingresso para a riqueza, o sucesso ou a saúde. Servir
a Deus não é ser protegido numa redoma de vidro contra as intempéries e
vicissitudes da vida. Servir a Deus significa luta renhida e correr risco de
vida.
O Senhor não promete proteger as pessoas do mal deste mundo, mas garante
que toda a maldade será abolida um Dia. Os que permanecem fiéis nas suas
provações receberão grandes recompensas no porvir (Mt.5:11,12; Ap.21:1,7;
22:1-21).
“E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já
o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Quem vencer
herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”
(Ap.21:1,7).
“Eis que presto venho. Bem-aventurado aquele
que guarda as palavras da profecia deste livro” (Ap.22:7).
3. A sina de Doegue
Quando Davi chegou ao
sacerdote Aimeleque, lá estava Doegue, edomita, chefe dos pastores de Saul
(1Sm.21:7). Alguns supõem que ele estivesse no tabernáculo para pagar algum
tipo de voto, um tipo de purificação, ou para fazer qualquer outro sacrifício,
deixando de lado a causa de ele estar ali. Sua presença o fez testemunha do que
Davi pediu ao sacerdote. Davi não podia mudar isso, nem impedir a horrível
vingança que a ira de Saul trouxe sobre o sumo sacerdote e dezenas de outros sacerdotes,
bem como mulheres, crianças e animais em Nobe (1Sm.22:9-19).
Decidido a aproveitar ao máximo a oportunidade de impressionar o rei,
Doegue contou a Saul que Aimeleque, sumo sacerdote em Nobe, havia ajudado Davi
com provisões e consultado o Senhor a favor dele. Saul convocou de imediato
Aimeleque e sua família e o acusou de traição. A ordem de Saul foi inapelável:
“...matem os sacerdotes do Senhor...”
(1Sm.22:17). Este texto retrata Saul como inclinado a cometer homicídios.
As próprias palavras de Saul o condenaram, pois ele reconheceu que os
sacerdotes eram os “sacerdotes do Senhor”. Ao ordenar a execução deles,
posicionou-se contra o próprio Senhor.
Mas, os seus servos “se recusaram a levantar as mãos para arremeter
contra os sacerdotes do Senhor” (1Sm.22:17). Eles se recusaram a cumprir a
ordem do rei porque perceberam que seria uma atrocidade matar os sacerdotes do
Senhor. Mas, o desejo do endemoninhado rei não podia deixar de ser realizado;
alguém deveria realizar a chacina, e a sina caiu para Doegue (1Sm.22:18).
“Então, disse o rei a Doegue: Vira-te tu e
arremete contra os sacerdotes. Então, se virou Doegue, o edomita, e arremeteu
contra os sacerdotes, e matou, naquele dia, oitenta e cinco homens que vestiam
éfode de linho”.
Para Doegue, homem sem princípio, cometer aquele crime brutal contra os
ungidos do Senhor era algo normal, um simples ataque. No mais, seu objetivo era
agradar e satisfazer o ímpio rei Saul, que queria apenas manter seu poder. Esse
homem matou oitenta e cinco sacerdotes indefesos, desarmados, inocentes. Davi
escreveu o Salmo 52 para registrar a maldade de Doegue.
Só escapou um sacerdote, de nome Abiatar, filho de Aimeleque. Davi instou
com Abiatar que ficasse com ele, porque confiava na orientação e na proteção de
Jeová (1Sm.22:22, 23).
Doegue realizou o massacre, mas o sacerdote Abiatar, filho de Alimeleque,
atribuiu o crime corretamente a Saul, pois vieram dele as ordens para que se
cometesse essa atrocidade (cf.1Sm.22:18,19). Sem dúvida, Saul era totalmente
incapaz de reinar sobre o povo de Deus.
Pode acontecer de um crente estar esperando o tempo de Deus e assim mesmo
ocorrerem problemas, fraquezas e dificuldades, como foi o caso ocorrido quando
da visita de Davi ao sacerdote Aimeleque (1Sm.21:1-9; 22:6-22). Às vezes o inimigo
da Obra de Deus se encontra dentro da própria Casa de Deus, trazendo inúmeros
prejuízos e perturbações ao povo de Deus e à sua liderança fiel. Tenhamos
cuidado com os “Doegue’s” infiltrados!
CONCLUSÃO
Em todo o seu exílio Davi buscou refúgio, protegendo-se das artimanhas de
Saul. Quase sem forças, e como o espirito quebrantado, Davi implora por refúgio.
Todos nós, em nossa jornada da vida, precisamos de refúgio. Por que temos
necessidade de um refúgio? Primeiro, porque estamos aflitos e sofrendo; segundo,
porque somos pecadores e a culpa nos acusa; terceiro, porque estamos cercados
por adversários e as incompreensões nos atacam. Não há outro refúgio melhor
para nas horas de angústia: Jesus. Ele continua disponível até para os “moradores
de cavernas”, pessoas solitárias que precisam de alguém que se interessa por
elas. Deus é o refúgio do Seu povo na hora da angústia. O salmista assim se
expressou: “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na
adversidade” (Salmo 46:1).
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo
Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 80. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal. CPAD.
Pr. Osiel Gomes. O Governo divino em mãos
humana – Liderança do povo de Deus em 1ª e 2ª Samuel. CPAD.
Bíblia da Liderança Cristã. Sociedade Bíblica
do Brasil.
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Roberto B. Chisholm Jr. 1 & 2 Samuel. Vida
Nova.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Davi e o tempo
de deus em sua vida. PortalEBD_2009.
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