3º Trimestre/2020
EDIÇÃO ESPECIAL
Texto Base: Mateus 25:1-13
“E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai”
(Mc.13:37).
Mateus 25:
1.Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as
suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
2.E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas.
3.As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4.Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
5.E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram.
6.Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao
encontro!
7.Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas
lâmpadas.
8.E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as
nossas lâmpadas se apagam.
9.Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a
nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.
10.E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas
entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11.E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor,
abre-nos a porta!
12.E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não
conheço.
13.Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do
Homem há de vir o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.
INTRODUÇÃO
Nesta última Aula do trimestre trataremos a respeito da vigilância que o
povo de Deus deve praticar. Após discorrermos a respeito de tudo que ocorreu
com os dois principais líderes – Esdras e Neemias - e o povo de Deus do
pós-exílio, aonde tratamos das ciladas dos inimigos, da oposição ferrenha que
eles implementaram para impedir a obra de Deus e enfraquecer o povo de Deus em
sua fé, união e unidade, é bem interessante que encerremos este trimestre
tratando da vigilância que o povo de Deus deve praticar ao longo de sua
jornada, conscientes de que o inimigo estar à espreita com suas armas
deletérias, prontas para serem usadas contra o povo de Deus. Teremos como texto
base a Parábola das Dez virgens (Mt.25:1-3). Jesus ainda estava assentado com
seus discípulos no Monte das Oliveiras quando proferiu esta Parábola; ela tem
como foco principal a vigilância; sua mensagem central é: a necessidade de estarmos
preparados para o encontro com o Senhor.
I. O NOIVO VEM – ESTEJAMOS PREPARADOS
1. O pano de fundo da Parábola das Dez virgens (Mt.25:1-13)
Jesus compara o reino dos céus com uma festa de casamento; este é o pano
de fundo dessa Parábola. No tempo de Jesus, normalmente havia três estágios no
processo matrimonial: Primeiro, vinha o compromisso, quando era feito um
contrato formal entre os respectivos pais da noiva e do noivo. Segundo,
seguia-se o noivado, cerimônia realizada na casa dos pais da noiva, quando
promessas mútuas eram feitas pelas partes contratantes diante de testemunhas, e
o noivo dava presentes à sua noiva. Terceiro, o casamento, no qual o noivo,
acompanhado dos seus amigos, buscava a noiva na casa de seu pai e a levava em cortejo
de volta para sua casa, onde se fazia a festa do casamento. As amigas da noiva
iam até a casa dela para aguardar a chegada do noivo. Então, dava-se início a
uma procissão da casa da noiva até a casa do noivo. É bem provável que esse
seja o cortejo em que as dez virgens da história são retratadas como indo
encontrar o noivo.
O rev. Hernandes Dias Lopes, citando Robertson, afirma que não há ponto
especial quanto ao número 10 (dez). A cena gira em torno da casa da noiva, em
direção da qual o noivo está indo para as festividades de casamento. É óbvio
que o noivo, no caso, é o Senhor Jesus, retratado em sua gloriosa e inesperada
segunda vinda. O noivo promete buscar sua noiva, mas a hora não é marcada. A
noiva precisa estar pronta, preparada. Portanto, o propósito primário dessa
Parábola é acentuar a importância de estar preparado para a vinda do noivo.
2. O que representa as Dez virgens
As Dez virgens representam a Igreja à espera do retorno de seu Senhor. A
Igreja tem em seu seio, como está implícito na Parábola, os que estão
preparados e os que não estão. Essa Parábola ensina que a Igreja está dividida
em dois grandes grupos: não os ricos e os pobres, os capitalistas e os
socialistas, os sábios e os ignorantes, os homens e as mulheres; mas, os que
estão preparados para a segunda vinda de Cristo e os que não estão preparados;
estes últimos nunca nasceram de novo, sua fé em Cristo é meramente intelectual,
e não fé salvadora. Por ocasião da segunda vinda de Cristo, muitos que se dizem
cristãos serão deixados de fora das bodas, como as cinco virgens néscias. Hoje,
muitos são batizados, membros da Igreja, participam dos cultos, trabalham na
Igreja, mas nunca se converteram verdadeiramente. Quando Jesus voltar, esses
ficarão de fora. O Rev. Hernandes Dias Lopes, citando R.C. Sproul, afirma que
essa parábola deixa claro que havia uma enorme diferença entre essas virgens, assim
como há uma profunda diferença entre os membros da Igreja, a mesma diferença que
há entre o joio e o trigo, entre os que são crentes nominais e os que são verdadeiramente
convertidos.
3.A mensagem principal
A mensagem principal da parábola é: todos os crentes
devem constantemente examinar sua vida espiritual, tendo em vista a vinda de
Cristo num tempo desconhecido e inesperado. Todos os crentes devem perseverar na fé, para quando chegar o dia e
hora, sejam levados pelo Senhor na sua volta (Mt.25:10). Estar sem comunhão
pessoal com o Senhor quando Ele voltar, significa ser lançado fora da Sua presença
e do Seu Reino. O que faz a diferença entre o néscio e o sábio é aquele (louco)
não reconhecer que o Senhor, ao voltar, virá num tempo em que não é aguardado,
nem precedido de sinais visíveis específicos (Mt.25:13; Mt.24:36,44).
“Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a
hora em que o Filho do Homem há de vir o dia nem a hora em que o Filho do homem
há de vir” (Mt.25:13).
“Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os
anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (Mt.24:36).
Cristo mostra nesta Parábola e em Lucas 18:8 que uma grande parte dos
crentes estará despreparada no momento da Sua volta:
“Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça.
Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?”
(Lc.18:8).
Cristo deixa claro que Ele não vai esperar até que todas as Igrejas
Locais estejam preparadas para a Sua vinda. Jesus requer a fidelidade e
vigilância do crente até que Ele volte. Esta Parábola destaca a urgente
necessidade disso, pelo fato de Cristo vir numa data imprevisível (Mt.24:44).
“Por isso, estai vós apercebidos também,
porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não Penseis” (Mt.24:44).
Note que todas as Dez virgens (tanto as prudentes como as loucas) foram
surpreendidas, ao vir o noivo (Mt.25:5-7). Isto indica que a Parábola das Dez
virgens refere-se aos crentes vivos antes da Grande Tribulação e não àqueles
durante esse período, os quais terão sinais específicos precedendo a volta de
Cristo no final desse período.
4. Na Parábola, o que representa o Azeite
A Parábola demonstra que os dois grupos de virgens tinham levado azeite
dentro das lâmpadas, contudo havia uma diferença fundamental: as virgens
prudentes levaram azeite de reserva para uma eventual situação, enquanto que as
virgens loucas não levaram. E quando o noivo chegou, as virgens prudentes,
prontamente, repuseram o azeite nas suas lâmpadas e entraram na festa de bodas,
porém, as virgens loucas não tiveram como repor o azeite nas suas lâmpadas, e
por isso foram excluídas da festa.
a) Para as
virgens. O azeite representava o
compromisso em ir até o novo lar do casal de nubentes, representava a
determinação, a disposição de ir até o fim no cumprimento de seus deveres, no
papel que haviam assumido desde o início do dia.
b) Para os
crentes. O Azeite representa no
crente a presença permanente do Espírito Santo, aliada à fé verdadeira e à
santidade. Representa a existência da prudência, da comunhão, da santidade. É,
por isso, que muitos identificam no azeite a figura do Espírito Santo, que é a Pessoa
divina encarregada de manter viva a comunhão que temos com o Senhor Jesus, pois
faz parte de sua tarefa nos guiar em toda a verdade, glorificar a Jesus,
recebendo o que é de Cristo e anunciando a nós (João16:13-15), desejando
ardentemente a volta de Cristo (Ap.22:17).
5. Na Parábola, o que representa as Virgens Loucas e as Virgens Prudentes
a) As Virgens Loucas (Mt.25:3). As Virgens Loucas representam os crentes não
salvos, aqueles que abraçaram o evangelho como se fosse uma religião; aqueles
que mudaram de religião, mas que não mudaram de vida; estão na Igreja, são
batizados nas águas, são parecidos com os verdadeiros crentes, mas, não têm
vida espiritual, porque não têm Azeite, ou seja, não estão em plena comunhão
com o Espírito Santo.
É interessante observar que as Virgens Loucas não conseguiram o azeite,
por empréstimo, junto às Virgens Prudentes, então elas foram comprá-lo. Isto
demonstra duas coisas: elas sabiam onde poderiam “comprar” azeite e elas tinham
condições ou o “dinheiro” necessário para pagarem o preço requerido. Assim, se
não tinham azeite em suas vasilhas, foi por pura negligência. Elas tiveram
tempo, haja vista que o noivo tardou a chegar. Elas sabiam que havia azeite
disponível para ser adquirido; elas tinham condições de adquirir o azeite. Para
que não incorramos no erro das virgens loucas, Paulo nos adverte, dizendo:
“...enchei-vos do Espírito”(Ef.5:18), mas isso deve ser feito antes da
“meia-noite”.
Quando perceberam que não tinham azeite, foram comprar, mas não
conseguiram. No dia do Arrebatamento da Igreja, quando chegar “meia-noite” e
quando se ouvir “um clamor: ai vem o Noivo!”, então, a Noiva que deverá estar
pronta, será levada pelo Espírito Santo para ser entregue a Jesus, o Noivo.
A Verdade Bíblica é que, com o Arrebatamento, o Espírito Santo terminará
o seu ministério, nesta dispensação da graça, em relação à Igreja. Assim,
quando as Virgens Loucas saírem para “comprar Azeite”, o Espírito Santo já haverá
entregado a Noiva ao Esposo, tendo terminado ali sua missão que havia começado
no dia do Pentecostes. Por esta razão, na Parábola, não havia mais Azeite disponível
para ser adquirido; elas saíram para comprar Azeite, mas não acharam, pois já
havia começado “o grande e terrível Dia do Senhor” - a Grande
Tribulação. Já havia terminado a dispensação da graça, na qual por mais de
dois mil anos Deus falara ao ser humano com voz meiga e suave, sendo que, mesmo
assim, muitos não quiseram ouvir. Na Grande Tribulação, os juízos de Deus
incidirão sobre os moradores da Terra, razão porque, na Parábola, as Virgens
Loucas ouviram-no dizer, com voz firme e forte: “Em verdade vos digo que vos
não conheço”.
b) As Virgens Prudentes. As cinco virgens chamadas de prudentes pelo
Senhor eram pessoas que conheciam o cerimonial, que conheciam o caminho que
seria percorrido e que, portanto, sabiam que deveriam ter azeite suficiente para
a espera do noivo e o caminho até o novo lar do casal. Elas tinham pleno
conhecimento do que estava ocorrendo à sua volta, de que havia possibilidade de
o noivo se demorar, mas que ele certamente viria e que, portanto, era de bom
senso, era necessário, para evitar inconveniências, que houvesse uma reserva de
azeite para poder alimentar as lâmpadas até a chegada ao novo lar do casal.
As virgens prudentes conheciam o que se passava à sua volta, conheciam o
noivo, seus atributos e tinham como provável a sua demora e, portanto, a
necessidade de um abastecimento de azeite até o momento de sua chegada. Jesus
mostra-nos, portanto, que não há como se chegar ao novo lar do casal, não há
como entrar na casa do noivo a não ser através da prudência, ou seja, do prévio
conhecimento do noivo, do prévio conhecimento das circunstâncias que nos
rodeiam.
As Virgens Prudentes estavam dispostas a seguir o cerimonial
estabelecido, em seguir o noivo para sua casa nova, mas queriam tanto fazê-lo
que não aceitaram a hipótese de faltar azeite durante a iluminação do caminho
até a casa do noivo. O dia já declinava, haviam procurado, durante todo o dia,
preparar a noiva e não iriam, agora, neste último instante, descuidar deste
importante pormenor: o azeite.
Vejamos que a única coisa que poderia dar errado, nesta altura do dia, em
que todos os preparativos já haviam sido tomados, era a falta de azeite. As
lâmpadas já estavam em suas mãos, e se tinha apenas de esperar o noivo, que
certamente viria. Assim, o que dependia das virgens era apenas tomar o cuidado
de não deixar faltar o azeite até a chegada na nova moradia dos nubentes. Esta
é, precisamente, a situação em que se encontra a Igreja genuína, a Igreja
militante, a Igreja que está preparada para se encontrar com o Senhor. Ela percebe
que se está no final do Dia, ou seja, no final da dispensação da graça. A noite
está chegando, quando ninguém mais poderá trabalhar (João 9:4) e, desta forma,
é hora de segurar as lâmpadas, mas devemos tomar todo o cuidado para que não
falte o azeite para abastecê-la.
6. Na Parábola, as Virgens não são noivas
As virgens são moças que acompanham a noiva em sua trajetória desde o
início da preparação até a entrada no novo lar do casal. Nesta Parábola, não há
qualquer menção à noiva, que é a personagem que fica faltando, o que é de se
admirar, já que Jesus está a falar de uma festividade de casamento, onde o
centro das atenções é, precisamente, a noiva. Porém, aqui, a grande ausente é a
noiva.
A noiva, que é a Igreja, está ausente aqui nesta parábola porque é alguém
que surgirá somente quando do arrebatamento da Igreja, quando, então, os salvos
de todas as épocas, pela primeira vez, estarão reunidos diante do Senhor Jesus.
Esta ausência corrobora o entendimento de alguns estudiosos das Escrituras que creem
que a inauguração da Igreja se dará apenas no Dia do arrebatamento, pois só
então teremos a “reunião dos tirados para fora do mundo”. Até lá, jamais se conhecerá
a “universal assembleia e igreja dos
primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb.12:23a).
Com certeza, a Igreja será inaugurada quando todos os remidos, de todos
os tempos, juntamente com os santos que morreram desde o princípio da geração e
foram evangelizados por Cristo após a ressurreição, estiverem reunidos em
número incalculável, liderados pelo Senhor Jesus Cristo, que irá adiante da
grande multidão e nos apresentará ao Pai, dizendo: ”…Eis-me aqui, e aos filhos
que Deus me deu”(Hb.2:13). Então haverá festa nos céus, todas as hostes
celestiais se alegrarão juntamente com todos os seus servos (Ap.19:5-7).
Enfatizo que todas as Dez Virgens (tanto as prudentes como as loucas)
foram surpreendidas, ao vir o noivo (Mt.25:5-7). Isto indica que a parábola
refere-se aos crentes vivos antes da Grande Tribulação e não àqueles durante esse
período tenebroso, os quais terão sinais específicos precedendo a volta de
Cristo no final da Grande Tribulação (Ap.1:7).
II. AS DEZ VIRGENS - EM QUE ERAM SEMELHANTES E EM QUE ERAM
DIFERENTES
Os dois grupos de virgens tinham levado azeite dentro das lâmpadas,
contudo havia uma diferença fundamental entre eles: as virgens prudentes
levaram azeite de reserva para uma eventual situação, enquanto que as virgens
loucas não levaram. E quando o noivo chegou as virgens prudentes, prontamente,
repuseram o azeite nas suas lâmpadas e entraram para a festa proporcionada
pelos nubentes, porém as virgens loucas não tiveram como repor o azeite nas
suas lâmpadas, e por isso foram excluídas da festa.
1. Todas eram Virgens
O fato de serem virgens não significa que eram puras, ou santas; se
fossem, não ficariam de fora algumas delas. Todos os crentes dizem servir
somente a Deus. Todas os crentes se identificam como sendo evangélicos. Por
isto, se diz que todas são “virgens”. Todavia, não todos são salvos, não serão
levados pelo Senhor no dia da Sua vinda.
2. Todas estavam igualmente vestidas
Interiormente eram diferentes, porém, no seu aspecto exterior eram
iguais. É o que acontece hoje. Pelo aspecto exterior não podemos identificar e
diferenciar os verdadeiros e os falsos crentes. Esta semelhança ficou, também,
caracterizada na Parábola do Trigo e do Joio, que por serem tão semelhantes, o
Senhor ordenou que deixassem crescer juntos, reservando a separação para o
tempo da ceifa. No caso das Dez Virgens esta separação foi feita quando veio o noivo.
Assim será no dia da Vinda do Senhor Jesus, o Noivo.
3. Todas tinham lâmpadas nas mãos
A lâmpada é um dos símbolos da Palavra de Deus, conforme afirmou o
salmista: “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra...”(Salmo 119:105). Esta
Parábola retrata a Igreja no tempo do arrebatamento. Talvez, a Igreja de nossos
dias. Certamente que, hoje, não há uma só Igreja Evangélica que não tenha a
Bíblia Sagrada como regra de fé e como base de suas doutrinas, erradas ou não.
Todos procuram extrair da Bíblia a base de seus fundamentos doutrinários.
Nenhum evangélico irá para sua Congregação Local levando um livro espírita, ou
católico, ou de qualquer outra religião. Todos possuem uma Bíblia, mesmo que
não a leiam e nem a sigam, porém, a lâmpada está em suas mãos. Todas as
virgens, Prudentes e Loucas, tinham uma lâmpada nas mãos. Todas as Igrejas
Evangélicas, todos os crentes, tem uma Bíblia nas mãos, tal como na Parábola.
4. Todas estavam no mesmo lugar
Não se diz que as virgens prudentes estavam dentro da casa e que as
virgens loucas estavam fora, mas todas estavam juntas, no mesmo lugar. Se as
Virgens Loucas são mundanas é porque o mundo está dentro de suas “Congregações”.
Não são elas que estão lá fora, no mundo, pois quem está lá fora, no mundo, não
é chamado de crente. Segundo a Parábola, elas estavam todas juntas; aqui, na
vida real, também. As virgens loucas estavam no mesmo lugar, juntas com as
virgens prudentes - estão nas Igrejas Locais. Elas podem ser membros da mesma
Igreja Local, elas podem cantar nos mesmos corais e tocar na mesma orquestra,
elas podem ser alunas e até professores da Escola Dominical, e, por incrível
que possa parecer, elas podem, também, estar assentadas e pregando no mesmo
púlpito.
5. Todas estavam esperando o Noivo
Todas as Igrejas chamadas evangélicas, mesmo aquelas onde não existe
praticamente nada de ensino bíblico; mesmo aquelas que vivem de “campanha em
campanha” pela conquista das coisas da Terra e úteis ao corpo; mesmo aquelas
que só usam as mãos para bater palmas, quase sempre para os seus próprios
líderes; mesmo nessas Igrejas e entre estes crentes há uma noção, embora vaga,
sobre a vinda de Jesus. Se indagados saberão dizer que estão esperando Jesus,
embora talvez até desejem que demore, pois, nada sabem sobre o Céu, e só esperam
pelas bênçãos da terra, as únicas que eles conhecem. Todas as virgens estavam
esperando o noivo, assim como todos os crentes dizem que estão esperando Jesus.
6. Todas tosquenejaram... e dormiram
Não foram só as loucas que dormiram. Ao usar a expressão “tardando o Noivo”,
o Senhor Jesus quis deixar claro que Ele demoraria a voltar. Nesta demora já se
passaram quase dois mil anos, e o “Noivo” ainda não veio.
Em virtude de o noivo tardar, todas as virgens adormeceram. Mesmo aquelas
virgens que tinham o azeite não estavam sempre bem acordadas a vigiar para a
sua vinda. Porém, as prudentes esperavam com provisão, enquanto as néscias
esperavam com presunção. As primeiras estavam prevenidas; as últimas,
desassistidas. As prudentes tiveram uma preparação adequada; as néscias, um
despreparo evidente. O erro das Virgens Loucas foi dormir sem antes por “a
casa” em ordem; elas deveriam, antes de descansar, ou dormir, providenciar
azeite para suas vasilhas; foram negligentes. Elas ficaram de fora, portanto,
não porque dormiram, mas, porque não tinham azeite em suas vasilhas. Lâmpadas
não possuem nenhuma utilidade quando desprovidas de azeite.
III. A CHEGADA DO NOIVO
1. O clamor da meia noite
O momento em que se notou a diferença entre as virgens prudentes e as
virgens loucas foi o momento do clamor: “Mas,
à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!” (Mt.25:6).
O momento do clamor é o que se costuma dizer de “a hora da verdade”.
Todas as virgens haviam saído ao encontro do noivo, mas nem todas estavam
preparadas para fazê-lo. O clamor do noivo representa aqui o instante do
alarido, da voz de arcanjo, da trombeta de Deus (1Ts.4:16), ou seja, o dia do
arrebatamento da Igreja. Será apenas nesse instante que se saberá a diferença
entre os genuínos salvos e aqueles que apenas servem a Deus nominalmente. Quando
Deus fizer a chamada, então se saberá quem tem levado Azeite consigo e quem não
o tem.
Até que se ouvisse o clamor, todas as virgens estavam adormecidas, todas
se encontravam com suas lâmpadas acesas, aparentemente todas estavam em
condições de ir ao encontro do noivo. Assim ocorre nos nossos dias: dentro das Igrejas
Locais, todos parecem estar servindo a Deus, todos parecem estar esperando
Jesus, todos parecem estar em comunhão com o Senhor, entretanto, isto não é
verdade. Existem aqueles que são salvos, que servem a Deus com sinceridade de
propósito, com prudência, que estão em comunhão com o Senhor e aqueles que são
apenas cristãos nominais, que não servem a Deus, que vivem uma vida de aparência;
denominamos isso de hipocrisia. No instante da chegada do Noivo, porém, a
aparência se desfará e as lâmpadas se apagarão, porque não há o Azeite, não há
comunhão com Deus.
2. A chegada do Noivo (Mt.25:10)
“E, saindo elas para comprar, chegou o noivo,
e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a
porta” (Mt.25:10)..
O noivo, aqui, representa o Senhor Jesus. O casamento sempre foi uma
figura que representa o relacionamento entre Deus e o seu povo. Israel sempre
foi apresentado como sendo a esposa do Senhor, assim como também a Igreja é
apresentada como a Noiva do Cordeiro. O relacionamento matrimonial é uma figura
típica do relacionamento de Deus com o seu povo, porque é um relacionamento
fundado em amor, em fidelidade e em comunhão, precisamente como deve ser o
relacionamento entre Deus e o crente.
O noivo era a pessoa que viria buscar a noiva no final do dia para
levá-la até o novo lar do casal. A parábola, portanto, reforça a promessa de
Jesus de que viria buscar a sua Igreja (João 14:1-3), promessa que é a mensagem
mais repetida em todo o Novo Testamento.
O Noivo prometeu vir, e veio no final do dia, pois aquele era o dia
marcado para o casamento. Entretanto, não disse a que hora viria, de modo que a
noiva deveria aguardá-lo até o final do dia, e a parábola nos diz que o noivo
chegou à meia-noite, ou seja, no final do dia; mas, apesar da demora, cumpriu a
sua promessa e veio buscar a sua noiva. Jesus, igualmente, cumprirá a sua
promessa. No momento certo, que não sabemos nem temos condição de saber qual é
esse momento (Mt.24:36), Jesus virá e levará consigo tão somente aqueles que
estiverem preparados com Azeite.
A volta do Senhor é uma realidade que se apresenta cada vez mais iminente
e, por isso, tem de ser divulgada e pregada a cada momento, com maior
intensidade, pela sua Igreja. A noite está chegando, a volta do Noivo se
aproxima, e nós, que tanto a desejamos, precisamos estar vigilantes e com
Azeite nas “lamparinas” para que não sejamos surpreendidos como as virgens
loucas. A única maneira de ter segurança quanto ao futuro é ter diligência
quanto ao presente.
3. As Bodas (Mt.25:10)
Na parábola, Jesus deixa bem claro que quem não tiver levado Azeite
consigo não participará das bodas. A parábola, portanto, reforça a lição de que
a Igreja não sofrerá a grande tribulação e que participará das bodas do
Cordeiro, separadamente daqueles que serviram a Cristo apenas de aparência, como
as virgens loucas. Estas não chegaram a ver o noivo, apenas ouviram o clamor, e
notaram que suas lâmpadas se apagavam; pediram azeite para as virgens
prudentes, mas estas só tinham o suficiente para si. Assim, foram comprar mais
azeite, mas, quando chegaram, já era tarde demais, pois a porta já havia se
fechado e as bodas se iniciado sem elas.
Concordo com Spurgeon quando ele diz que “nenhum crente tem mais Azeite
do que realmente precisa: as virgens prudentes não tinham azeite para dar. As
néscias pediram emprestado aquilo que é individual e intransferível. Não se
empresta piedade. Não se compra relacionamento com Deus. Alguém tem essas
realidades ou não alcança isso entre os homens. Essas bênçãos vêm do Céu, não
as adquirimos na Terra. Quando chegar o Dia final da salvação, ninguém poderá
livrar o seu irmão. Cada qual será o árbitro de seu próprio destino. A mera
religião externa não tem o poder de iluminar”.
4. A porta da festa estará fechada para aqueles que deixaram o preparo
para última hora (Mt.25:11,12)
“Mais tarde, chegaram as virgens néscias,
clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos
digo que não vos conheço” (Mt.25:11,12).
As virgens loucas não encontraram azeite para comprar; chegaram
atrasadas. A porta estava fechada. O clamor delas não foi atendido. O Senhor
não as reconheceu como participantes da festa. Elas estavam excluídas para
sempre do gozo do Senhor. Quando Jesus voltar e a porta for fechada, jamais
será aberta novamente, ela estará fechada para sempre (Mt.25:10). Portanto,
qualquer esperança maior do que a revelada na Palavra de Deus é uma ilusão e um
laço, disse Charles Spurgeon.
Naquele grande Dia, aqueles que viveram sem Azeite em suas Lâmpadas
gritarão por misericórdia como os diluvianos gritaram a Noé, descobrirão que é
tarde demais. Manter a aparência de crente sem ser crente de verdade é um risco
fatal. No Dia em que Jesus voltar, a porta estará fechada para sempre.
“A porta será fechada, enfim – fechada sobre
toda dor e tristeza, fechada para todo este mundo malvado e ímpio, fechada para
as tentações do diabo, fechada para todas as dúvidas e temores – fechada para
nunca mais se aberta” (RYLE, John Charles. Meditações no evangelho de Mateus).
5. Como devemos esperar o Noivo
“Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: aí vem o
esposo, saí-lhe ao encontro ... e as que estavam preparadas entraram com ele
para as bodas, e fechou-se a porta” (Mt.25:6,10).
Crer na Palavra de Deus, saber que o Senhor Jesus vem, é bom; porém, nada
disto terá valor se não estivermos preparados para Sua Vinda.
-No Egito, o povo foi exortado a se preparar para sair
do Egito; todos deveriam estar preparados para aquele momento - “Assim pois comerás: os vossos lombos
cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o povo cajado nas mãos ...”
(Êx.12:11). Havia uma expectativa de que a hora da saída era chegada. Hoje, há
uma expectativa de que a Vinda de Jesus pode ser hoje; devemos, pois, estar
esperando a Vinda de Jesus preparados. O Senhor Jesus, no Sermão Profético,
ensinou sobre a necessidade de estarmos preparados. Ele disse:
“E olhai por vós, não aconteça que os vossos
corações se carreguem de glutonaria, de embriagues, e dos cuidados da vida, e
venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc.21:34).
-Na Parábola do
Servo Vigilante (Lc.12:35-40), o Senhor Jesus ensinou sobre a necessidade de estarmos preparados,
dizendo:
“E sede
vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar
das bodas, para que quando vier, e bater, logo possam abrir-lhe”.
-Na Parábola
das Dez Virgens (Mt.25:1-13), o Senhor Jesus ensinou sobre a necessidade de estarmos preparados: cinco
estavam esperando e estavam preparadas; cinco também estavam esperando, mas não
estavam preparadas. As que estavam preparadas entraram, mas as que não estavam
preparadas ficaram de fora e ouviram o Senhor dizer: “... Em verdade vos digo que vos não conheço”.
Certamente Jesus voltará, brevemente, inesperadamente, repentinamente,
inescapavelmente, gloriosamente, mas não sabemos o dia nem a hora. Precisamos
viver na ponta dos pés, aguardando ansiosamente sua vinda. Precisamos estar
prontos quando a trombeta soar, proclamando: “Eis o noivo, saí ao seu
encontro”. Portanto, crer na Palavra de Deus, ter convicção de que o Senhor
Jesus virá e estar preparado para sua Vinda deve ser o nosso objetivo.
IV. VIVENDO EM CONSTANTE VIGILÂNCIA
Jesus foi contundente com
relação à vigilância. Este é um dos pontos centrais do Seu sermão profético,
porque não se sabe o dia e a hora da Sua vinda (Mt.24:36; Mc.13:32). Se os
cristãos da primeira hora deviam estar vigilantes quanto ao grande evento da
vinda de Jesus, o que não diremos nós, que somos a Igreja da última hora? Por
isso devemos estar ainda mais firmes e atentos, continuamente.
1. Devemos vigiar para não
cometer o erro dos israelitas
“Então, disse o Senhor a Moisés: sobe a mim,
ao monte, e fica lá... E levantou-se Moisés com Josué, seu servidor; e subiu
Moisés o Monte de Deus. E disse aos anciãos: esperai-nos aqui, até que tornemos
a vós...” (Êx.24:12,18).
-Moisés subiu
ao Monte, mas, não subiu em segredo, às escondidas. Disse aonde ia e não deixou o povo
desorganizado, sem liderança; deixou com o povo o seu representante, Arão - “...e eis que Arão e Hur ficam convosco;
quem tiver algum negócio se chegará a eles”.
Moisés não saiu escondido, todos o viram partindo, sabiam para onde ele
ia, sabiam o que ele ia fazer, ouviram a promessa de que ele voltaria - “...esperai-nos aqui, até que tornemos a
vós...”.
-Moisés
prometeu que voltaria,
mandou que o esperassem, porém, não disse o dia nem a hora de seu retorno. O
povo esperou, porém, Moisés demorava-se para voltar. Eles não creram na
promessa e na palavra de Moisés. O povo envolveu-se com a idolatria e com os
prazeres da carne. Não é isto que estamos vendo no mundo cristão pós-moderno?
“Mas, vendo o povo que Moisés tardava em
descer do monte, ajuntou-se o povo a Arão e disseram-lhe: levanta-te, faze-nos
deuses que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, a este homem que
nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu” (Êx.32:1).
Parece-nos que até mesmo as lideranças esqueceram das palavras de Moisés.
Arão, e todos os demais líderes, esqueceram-se, ou não deram ouvidos à ordem e
a promessa de Moisés - “Esperai-nos aqui,
até que tornemos a vós”; “...e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta
noites” (Êx.24:18). Arão mostrou-se um líder fraco, conhecia a vontade de
Deus e a ordem de Moisés, porém, curvou-se à vontade do povo.
-No tempo de
Deus, Moisés voltou, conforme havia prometido. Ninguém estava esperando por sua vinda, nem mesmo Arão. O povo estava
inteiramente envolvido com a idolatria e com os prazeres da carne - “E, vendo Moisés que o povo estava despido,
porque Arão o havia despido para vergonha entre os seus inimigos”
(Êx.32:25). No início, os Israelitas esperaram, porém, Moisés demorou e eles
perderam a esperança; todavia, quando não esperavam, Moisés voltou.
-Jesus disse
que virá (João 14:1-3; Atos 1:11). É preciso esperar pacientemente até que Ele venha. Ele disse como
devemos proceder:
“É como se um homem, partindo para fora da
terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a
sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis
quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do
galo, se pela manhã, para que vindo de improviso, não vos ache dormindo”
(Mc.13:34-36).
-A palavra de
ordem a todos é: “VIGIAI”.
O gravíssimo erro, tanto dos líderes como do povo de Israel, não pode se
repetir em relação à Igreja e à Vinda do Senhor Jesus. A advertência aos
descuidados é: “Virá o senhor daquele
servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe, e separa-lo-á,
e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes”.
Portanto, é preciso esperar até que Ele venha, para não incorrermos no erro dos
Israelitas. Estarás tu vigiando quando Jesus vier?
2. Vigiar para não cometer o erro do servo mau
“Porém, se aquele mau servo disser consigo: o
meu senhor tarde virá, e começar a espancar os seus conservos, e a comer, e a
beber, com os bêbados, virá o senhor daquele servo num dia em que ele o não
espera e à hora em que ele não sabe, e separa-lo-á, e destinará a sua parte com
os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt.24:48-51).
O mau servo
cometeu um erro de cálculo: “...o meu senhor tarde virá”. Sabia que
viria, porém, pensava que demoraria. Jesus deixou-nos a certeza de que a
negligência, ou o erro de cálculo, não justifica o erro de quem tem a obrigação
de vigiar, aguardando a volta de seu senhor - “e separa-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá
pranto e ranger de dentes”.
Esta advertência se destina, hoje, a cada um de nós, a fim de que não
venhamos a cometer o erro daquele mau servo. Não basta crer que o Senhor Jesus
vem, é preciso estar preparado para Sua Vinda, quer Ele venha à tarde, à
meia-noite, ao cantar do galo, ou pela manhã - “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”
(Mt.24:42).
O Servo mau sabia que o seu senhor viria, porém, não pensava que seria
hoje, o dia da sua vinda. Não basta saber que Jesus vem, é preciso viver cada
dia como se fosse o Dia da Sua Vinda. Estarás tu vigiando quando Jesus vier?
3. Vigiar para não incorrer no erro dos “escarnecedores”
“Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias
virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e
dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram
todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2Pd.3:3,4).
Um dos sinais da Vinda de Jesus é, exatamente, a incredulidade, ou a
falta de esperança quanto a Sua Vinda. Os “escarnecedores” mencionados pelo
apóstolo Pedro não estão, por certo, entre os não evangélicos, pois eles nada
sabem sobre a Vinda de Jesus; certamente, os “escarnecedores” estão entre
aqueles que deveriam estar vigiando e esperando Sua Vinda. Esta incredulidade
pode ser contagiante. Faz-se necessário vigiar, e crer que o Senhor Jesus virá
realmente.
Assim, se algum “escarnecedor” levantar dúvidas e perguntar: “onde está a
promessa da Sua Vinda?”, que possamos responder com convicção que:
Ø “A promessa da Sua Vinda” está
confirmada pelas próprias palavras ditas por Jesus, enquanto homem, aqui na
terra, quando afirmou: “E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e
vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também”
(João 14:3).
Ø “A promessa da Sua Vinda” está confirmada pelas próprias palavras ditas por Jesus, no céu, cerca
de sessenta anos depois de sua Ressurreição, quando afirmou: “Eis que presto
venho”; “E, eis que cedo venho”; “...Certamente cedo venho” (Ap.22:7,12,20). No
Livro de Números, 23:19, diz: “Deus não é homem para que minta”.
Ø “A Promessa de Sua Vinda” está confirmada pelas palavras ditas pelos anjos aos discípulos, no
Monte das Oliveiras: “...esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no
céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11).
Ø “A Promessa de Sua Vinda” está confirmada pelas palavras do apóstolo Paulo, que disse: “Porque o
mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com trombeta
de Deus...” (1Tes.4:16).
Ø “A Promessa de Sua Vinda” está confirmada pelas palavras ditas pelo apóstolo João: “E agora,
filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos
confiança e não sejamos confundidos por ele na Sua Vinda”(1João 2:28).
Portanto é necessário vigiar, permanecendo em contato permanente com a
Palavra de Deus para não sermos confundidos pela incredulidade dos
“escarnecedores”. Está escrito que bem-aventurado é o varão que não anda
segundo o conselho dos ímpios nem se assenta na roda dos escarnecedores (Salmos
1:1). Portanto, mesmo que os “escarnecedores” neguem, ou não creiam que Jesus
Vem, contudo, Ele virá. Creia nisto!
Estarás tu vigiando, quando Jesus voltar?
4. Vigiar para não incorrer no erro das Virgens Loucas
“As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram
azeite consigo” (Mt.25:3).
As Virgens Loucas, tal como as Virgens Prudentes, estavam esperando o
Noivo, e criam que ele viria. Porém, algumas não estavam preparadas para
recebê-lo. Não basta estar esperando e crendo que Ele virá, é preciso estar preparado
para Sua Vinda. As Virgens Loucas não estavam.
Assim, nós que também estamos esperando a Vinda de Jesus, precisamos vigiar
a fim de não cometermos o erro das Virgens Loucas.
Não basta apenas esperar, é preciso esperar vigiando e conservar-se em Santificação,
conforme exige a Palavra de Deus: “Segui a paz com todos e a Santificação, sem
a qual ninguém verá o Senhor” (Hb.12:14). Não basta apenas esperar, é preciso
esperar vigiando para não permitir que as nossas vestes espirituais fiquem
surjas, conforme exige a Palavra de Deus:
“Em
todo o tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua
cabeça” (Ec.9:8).
CONCLUSÃO
Diante de tudo que vimos nesta Aula, devemos vigiar para não incorrer no
erro das Virgens Loucas; elas estavam esperando o Noivo, e criam que ele viria,
e ele veio, porém, elas ficaram de fora porque não estavam preparadas para
recebê-lo. Esta é uma advertência solene a todos os crentes em todos lugares e
em todas as épocas para viverem vigilantes em todos os momentos da vida
(Ef.6:18). Portanto, não basta saber que Jesus Vem e dizer que está esperando
pela Sua Vinda, é necessário, também, estar preparado e vigilante. Estarás tu
preparado e vigiando, quando Jesus vier?
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Luciano de Paula Lourenço –
EBD/IEADTC
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e
Grego. CPAD
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo
Testamento) - William Macdonald.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal. CPAD.
Hernandes Dias Lopes. Neemias – O líder que
restaurou uma nação.
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Comentário Bíblico NVI –
EDITORA VIDA.
Pr. Caramuru Afonso Francisco. Vigiai, pois não
sabeis quando virá o Senhor. PortalEBD.2005.
Caro Sr. Luciano de Paula. Já de algum tempo, entro em seu blog o qual em muito tem auxilado em minhas pesquisas, no tocante às aulas da EBD. Porem, notei a mudança em seu estilo de abordar os temas semanais, porem, sinceramente, (para mim em particular), eu creio que por já estar acostumado, me identificava muito mais com o antigo estilo que o Sr. usava para abordar cada item constante na revista da EBD. Receba um abraço e os meus sinceros agradecimentos por tudo aquilo que o Sr. tem colaborado para com nossos conhecimentos biblicos.
ResponderExcluirPaz de Cristo, amado irmão Wanderlei!
ExcluirAmado, não mudei o estilo. Continuo fazendo subsídio para cada tópico e itens propostos. Só deixo de seguir alguns itens de tópicos propostos quando eles não apresenta nenhum nexo com o tópico, e quando faz-se necessário trazer informações adicionais importantes para otimizar as aulas dos professores, como correu nesta última aula do trimestre, EDIÇÃO ESPECIAL.
Abraços!
Paz e Graça!!! Realmente pastor Luciano em algumas lições os itens de tópicos propostos não tem nexo com o tema central, fugindo totalmente... Amei essa edição especial, ela sim, traz texto e contexto... Grande abraço.
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