No 4º Trimestre letivo de 2021, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o seguinte tema: “O Apóstolo Paulo - Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo”. O comentarista das Lições é o pastor Elienai Cabral. As lições estão distribuídas sob os seguintes assuntos:
Lição 1. O Mundo do Apóstolo Paulo.
Lição 2. Saulo de Tarso, o Perseguidor.
Lição 3. A Conversão de Saulo de Tarso.
Lição 4. Paulo, a Vocação para ser
Apóstolo.
Lição 5. “Jesus Cristo, e este
Crucificado” – A Mensagem do Apóstolo.
Lição 6. Paulo no Poder do Espírito.
Lição 7. Paulo, o Plantador de Igrejas.
Lição 8. Paulo, o Discipulador de Vidas.
Lição 9. Paulo e sua Dedicação aos
Vocacionados.
Lição 10. Paulo e seu Amor pela Igreja.
Lição 11. O Zelo do Apóstolo Paulo pela
Sã Doutrina.
Lição 12. A Coragem do Apóstolo Paulo
diante da Morte.
Lição 13. A Gloriosa Esperança do
Apóstolo.
Estudar
sobre Paulo é uma grande satisfação bem como uma grande responsabilidade, pois
poderíamos deixar de enquadrá-lo no pedestal que ele merece estar ou poderíamos
exagerar a ponto de obscurecer os demais personagens que fazem a história da
Igreja. A história de Paulo é narrada em Atos 7:58 a 28:31 e ao longo de suas
cartas no Novo Testamento.
Segundo Rev. Hernandes Dias Lopes, nenhuma
pessoa, exceto Jesus, deu forma à história do cristianismo como o apóstolo Paulo.
Ele foi o maior bandeirante do cristianismo, seu expoente mais ilustre, seu
arauto mais eloquente, seu embaixador mais ilustre. Embora tenha experimentado
fome e frio, suportado cadeias e tribulações, passado os últimos dias numa
masmorra e enfrentado o martírio por ordem de um imperador insano, sua vida
ainda inspira milhões de pessoas em todo o mundo.
Depois que teve um encontro com Jesus na
estrada de Damasco, ele passou por uma transformação de vida, de caráter e de
pensamento. Sua conversão extraordinária foi um divisor de águas não só em sua
vida, mas também na história da humanidade. Antes dessa extraordinária
experiência, foi o maior perseguidor do cristianismo; seu zelo sem entendimento
o levou a perseguir implacavelmente os cristãos. Mas, depois de sua conversão,
tornou-se o maior arauto da história do cristianismo. Sua vida foi vivida
sempre com grande ardor e paixão; seu zelo pelo Evangelho o fez gastar-se sem
reservas pelos cristãos.
Mesmo antes de se tornar cristão, suas ações
eram significativas. Sua perseguição frenética aos primeiros cristãos, seguida
da morte de Estêvão, deu início a um processo de obediência por parte da Igreja
à ordem de Cristo para pregar o Evangelho em todo o mundo.
O encontro pessoal de Saulo com Jesus
transformou sua vida. Após esse glorioso encontro, nunca deixou de ser
intensamente dedicado, e toda a dedicação de Paulo foi direcionada à pregação
do Evangelho. Certamente, ele foi o maior evangelista, o maior teólogo, o maior
missionário e o maior plantador de igrejas de toda a história do cristianismo.
Plantou igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor.
Paulo pregou com zelo aos gentios e aos
judeus, nas escolas, cortes, palácios, sinagogas, praças e prisão. Com a mesma
motivação, pregou quando tinha fartura e também quando passava por provas e privações.
Nenhum homem exerceu tanta influência sobre nossa civilização. Nenhum escritor
foi tão conhecido e teve suas obras tão divulgadas e comentadas quanto o
apóstolo Paulo. Embora tenha vivido sob fortes pressões internas e externas,
não deixou jamais sua alma ficar amargurada a ponto de abalar a sua fé. Ele não
se envergonhava do Evangelho e não se deixava abater diante das perseguições e
sofrimentos. Apesar das dificuldades e sofrimentos por amor ao Evangelho, ele
mantinha a firmeza de sua fé, pois tinha convicção de sua comunhão com Deus, e
esperança da vida eterna com o Pai Celeste após a morte.
Sua formação religiosa
no judaísmo
Como todo judeu, ele recebeu uma educação
familiar e também na sinagoga, estudando algumas disciplinas seculares, além do
Pentateuco. Aprendeu o hebraico e certamente o aramaico. Provavelmente entre o final
de sua adolescência e o início da juventude, Paulo foi de Tarso a Jerusalém
para ser instruído pelo mestre fariseu mais reconhecido da época, Gamaliel (Atos
22:3). Gamaliel foi membro do sinédrio e um dos rabinos mais respeitados em
Jerusalém.
A religiosidade e o rigor ao cumprimento da
lei o transformaram em perseguidor dos seguidores de Cristo, entendendo estar
fazendo a vontade de Deus (1Co.15:9; Gl.1:13,14; Fp.3:6). Com todo o seu
conhecimento intelectual e religioso, Paulo teve a experiência mais profunda
com Deus no caminho para Damasco (Atos 9). Ali teve um encontro com Jesus
Cristo e conheceu verdadeiramente o Deus que ele pensava conhecer.
Sua formação
educacional e ministerial
Como judeu da diáspora, também recebeu a
educação helenista em uma escola grega. Tarso era uma cidade importante e tinha
uma das três maiores universidades do mundo na época. Dela saíram vários
filósofos da escola estóica e manteve a tradição retórica até o século II d. C.
Quanto à sua formação ministerial, após sua
conversão no caminho para Damasco, ele se dirigiu à Arábia (Gl.1:17). Em
seguida retornou para Damasco e ficou nessa cidade por três anos (Gl.1:17,18).
Depois subiu para Jerusalém e ficou ali por um período de quinze dias na
companhia dos apóstolos Pedro e Tiago (Gl.1:18-20). Depois ele viajou para
Síria e Cilícia (Gl.1:21) e, após esse período de preparação, foi enviado pela Igreja
de Jerusalém, juntamente com Barnabé, para Antioquia. O apóstolo não era um
aventureiro; ele teve um longo processo de capacitação antes de assumir maiores
responsabilidades no ministério.
A legitimidade
de seu apostolado.
Quando escreveu aos Gálatas, Paulo afirmou que
o seu chamado, a exemplo de outros profetas do Antigo Testamento, se deu quando
ele ainda estava no ventre de sua mãe. Isso não quer dizer que o apóstolo sabia
desde o início que seu chamado seria com os gentios, mas que Deus, na sua
presciência, já o sabia. Paulo assevera que entendeu o seu chamado quando o Deus
Pai revelou a ele o seu próprio Filho, Jesus. Dessa forma, ele argumenta que
não fora chamado pelos apóstolos, mas pessoalmente, pelo Jesus ressurreto,
defendendo assim a legitimidade de seu apostolado. Esse relato é relevante
quando se avalia a autoridade do seu apostolado e de seus escritos, inspirados
pelo Espírito Santo. Ele defendia a legitimidade de seu apostolado quando era
questionado pelos falsos mestres. Estes queriam denegrir sua imagem e sua
mensagem.
Que neste trimestre, venhamos a apreender
lições maravilhosas com os feitos extraordinários deste mui digníssimo e
destemido embaixador do Cristianismo, e que as lições do seu profícuo
ministério, seus exemplos de fidelidade, lealdade e resiliência venham
fortificar a nossa maturidade cristã e espiritual.
Luciano
de Paula Lourenço
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