3° Trimestre/2022
Texto Base: Efésios
2:4-10
“Porque pela graça sois salvos por meio da fé;
e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef.2:8).
Efésios
2:
4.Mas
Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5.estando
nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela
graça sois salvos),
6.e
nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais,
em Cristo Jesus;
7.para
mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua
benignidade para conosco em Cristo Jesus.
8.Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
9.Não
vem das obras, para que ninguém se glorie.
10.Porque
somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus
preparou para que andássemos nelas.
INTRODUÇÃO
Nesta
Aula estudaremos sobre a graça de Deus, o bem mais sublime da Igreja; mas,
infelizmente, tem sido banalizado por muitos que cristãos dizem ser,
principalmente nestes últimos dias em que as sutilezas de Satanás têm se
manifestado com maior intensidade. A graça, do grego “charis”, é um favor
imerecido concedido por Deus à humanidade; imerecido, porque o homem perdeu todo
e qualquer direito, ou privilégio junto ao seu Criador, por causa do pecado. Apesar
do pecado, Deus mostrou seu amor em relação ao homem por intermédio da sua
graça. Sem que o homem mereça coisa alguma, Deus providenciou um meio pelo qual
o homem pudesse retornar a conviver com Ele. Ele enviou seu Filho para que
morresse em nosso lugar e satisfizesse a justiça divina. Portanto, a todos
quantos crerem na obra do Filho, Deus permite que venha novamente a ter
comunhão com Ele, ainda que imerecidamente. É este favor imerecido que consiste
na graça de Deus. Infelizmente, a doutrina da graça tem sido mal compreendida
e, portanto, mal assimilada e, consequentemente, desvirtuada. Nesta Aula, temos
o propósito de analisar a graça de Deus no sentido bíblico, histórico e
contemporâneo. Que possamos nos conscientizar de que a graça é um bem precioso
de Deus para a nossa vida e, por isso, não pode ser banalizada.
I.
COMPREENDENDO A GRAÇA
1. A graça é divina
Diz
o texto sagrado: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a
todos os homens” (Tt.2:11). A graça tem origem em Deus, portanto, ela é divina;
ela é a fonte da justificação do homem (cf. Rm.3:24; Ef.2:8). Quando somos
justificados, somos atingidos pela graça divina (Rm.5:18), graça que sobrepuja
a nossa velha natureza, de tal sorte que o apóstolo diz que “onde o pecado
abundou, superabundou a graça” (Rm.5:20). Também na vida do justificado a graça
reina pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor (Rm.5:21).
A graça, portanto, passa a ser o critério do nosso relacionamento com Deus.
Somos, a todo momento, atingidos pelo favor imerecido do Senhor. É por este
motivo que o tempo em que vivemos é denominado de “dispensação da graça” (cf.
Ef.3:2), ou seja, o período em que o relacionamento de Deus para com o ser
humano é regido pela “graça”, pelo favor divino em relação ao homem que não
leva em consideração os méritos humanos.
2. A graça é imerecida
A
Salvação não se dá por nenhum mérito humano, mas que ela é resultado do favor
divino, um favor que o homem, por ter pecado, não merece receber; este favor
imerecido é a Graça de Deus. Como diz o apóstolo Paulo aos efésios: “...pela
graça sois alvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef.1:8).
A nossa salvação, portanto, é resultado desta graça, ou seja, do favor
imerecido de Deus à humanidade pecadora. A graça de Deus traduz a bondade do
Senhor e o seu desejo de favorecer o homem, de ser misericordioso com o ser
humano, ainda que o homem não mereça esta benevolência divina, vez que pecou e
se rebelou contra o seu Criador; mesmo assim, Deus mostra seu amor em relação
ao ser humano, por intermédio da sua graça. A todos quantos crerem na Obra do
Filho, Deus permite que venha novamente a ter comunhão com Ele, ainda que
imerecidamente. É este favor imerecido que consiste na maravilhosa graça de
Deus.
É
importante dizer que a maravilhosa graça de Deus não abrange somente a salvação
do ser humano, ela também abraça todos os elementos que sustentam a vida na
Terra; chamamos esse favor de Deus de Graça Comum. Sem a Graça comum, ou
Universal, que é um favor imerecido que ele quis e continua concedendo ao
homem, não haveria vida sobre a terra. Deus, através de sua Graça Comum,
abençoa todos os homens, crentes e incrédulos; foi o que o Senhor Jesus deixou claro,
quando afirmou: “... porque faz que o seu
sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt.5:45).
Assim, quer o homem saiba disto, ou não; quer reconheça ou não a misericórdia
de Deus; quer seja grato ou não, a sua vida está nas mãos de Deus e é
sustentado pela sua graça. É Deus quem controla o dia e a noite, que administra
as estações do ano, que mantém a regularidade dos movimentos de rotação e
translação da terra, que mantém o equilíbrio da cadeia alimentícia, que regula
o sistema de defesa do corpo humano, entre tantos outros benefícios concedidos
pela sua Graça Comum, ou Universal. Por isto, nós que conhecemos a Palavra de
Deus, dizemos que “As misericórdias do
Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não
têm fim” (Lm.3:22).
II. A
GRAÇA NO CONTEXTO BÍBLICO
1. A necessidade da graça
Há
uma imperiosa necessidade da graça de Deus, pois todos pecaram e destituídos
estão da gloria de Deus (Rm.3:23). Tendo caído no pecado, o homem não podia por
si mesmo se libertar. Uma das consequências advindas da Queda foi a necessidade
da satisfação da justiça divina. Por isso, a justiça de Deus exige a punição do
pecado, mas o amor de Deus pela humanidade levou-o a prover um meio para salvar
o ser humano, e este meio foi a cruz (1Tm.2:5; João 3:16). Jesus se apresentou
como a essência da graça de Deus, e morreu numa rude cruz por toda a
humanidade. Portanto, sem a graça não haveria salvação do ser humano.
A
argumentação de Paulo em Romanos 3:9-20 é: todos os homens são culpados diante
de Deus, todos estão debaixo da condenação do pecado (Rm.3:9). Paulo é enfático
no seu diagnóstico acerca do estado deplorável em que se encontra o ser humano.
O pecado atingiu todo o seu ser: corpo e alma. O pecado enfiou seus tentáculos
em todas as áreas de sua vida: razão, emoção e volição. Todo o seu ser está
rendido ao pecado e a serviço do pecado. O homem está chagado da cabeça aos
pés.
Mas,
o maior resultado da salvação operada por Jesus é o perdão dos pecados e a
reconciliação do pecador com Deus. O perdão não é uma concessão automática,
precisa ser pedido; veja a atitude do servo da Parábola do credor incompassivo
(Mt.18:23-35): “Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo:
Senhor, sê generoso para comigo...”. O servo se ajoelho e pediu. Não se pede
perdão com a cabeça erguida e “batendo no peito”. Quem pede precisa reconhecer
que deve e que não pode pagar. O perdão não pode ser negociado, mas pedido.
Para pedir é preciso saber se humilhar, e, aquele que se humilha, conforme
afirmou o Senhor Jesus, será exaltado (Mt.23:12). E foi isto o que fez o rei
Davi, quando pecou – “Por amor do teu nome, Senhor, perdoa a minha iniquidade, pois
é grande” (Salmo 25:11). Assim, para ser perdoado, o homem precisa ter consciência
do seu pecado, precisa querer livrar-se dele, saber que não conseguirá fazer
isto por si mesmo; deve se humilhar e pedir o perdão para quem tem o poder de
perdoar. Se o servo mau, da referida Parábola, não tivesse pedido, também não
teria sido perdoado; mas, como ele se humilhou, e pediu misericórdia, “então, o
senhor daquele servo, movido de intima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a
dívida”.
2. A extensão da graça
A
graça é universal, destina-se a todos os homens; é o que o texto sagrado
explicita: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna” (João 3:16). Neste “todo aquele” não há exclusão de ninguém. Todos
podem crer, e Deus quer que todos creiam, pois “a graça de Deus se há
manifestada, trazendo Salvação a todos os homens” (Tito 2:11). Deus, nosso
Salvador, quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da
verdade (1Tm.2:3,4); porém, é bom entender que essa Salvação é condicional, ou seja,
exige-se do ser humano arrependimento de coração (At.15:9; Rm.3:28; 11:6), e
que a pessoa deve confessar a Cristo como único e suficiente Salvador
(Rm.10:9).
A
graça é universal, mas não é universalista. Há uma tendência atual de afirmar
que, no final das contas, Deus, em sua graça, salvará a todos os perdidos,
mesmo aqueles que jamais responderam (e mesmo rejeitaram) o sacrifício de
Cristo. Essa perspectiva teológica, bastante cultivada atualmente, denomina-se
de “universalismo”. Esse ensinamento é totalmente falso. O arrependimento
sempre foi e continuará sendo uma prerrogativa àqueles que querem ser salvos.
Veja os seguintes trechos bíblicos que comprovam tal fato:
- “Quem
crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc.16:16).
- “Responderam
eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31).
- “Pedro
então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados” (At.2:38).
- “Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que
venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor” (Atos 3:19).
Desta
feita, não faz qualquer sentido a posição dita “universalista”, segundo a qual
toda a humanidade, mais cedo ou mais tarde, alcançará a salvação, mesmo na
eternidade, visto que, como é desejo de Deus a salvação de todos os homens, não
há como alguém ser eternamente condenado, pois isto implicaria em admitir que
Deus não poderia salvar a todos ou não cumpriria os seus propósitos ou, ainda,
que o sacrifício de Cristo foi limitado em seus efeitos. Este argumento é
falacioso, pois Deus tem compromisso com a sua Palavra e, ao apresentar uma
promessa condicional, tem de fazer prevalecer, pela sua fidelidade, o que prometeu.
III. A
GRAÇA NO CONTEXTO DA REFORMA
1. A corrupção da doutrina da graça
A
Igreja começou muito bem, fundamentada na doutrina dos apóstolos e profetas, mas
no decurso do tempo, a Igreja tomou outro rumo diferente daquele que os
apóstolos pregavam. A doutrina da graça começou ser corrompida, desviando-se
totalmente do seu status original. O mundanismo entrou na Igreja, introduzido
pelos líderes corruptos.
Com
a degradação cada vez maior da doutrina da graça, a Igreja ficou muito mal, no
aspecto espiritual, e a depravação moral pôs em risco a existência da fé
cristã. A exploração da fé cristã denegriu a Igreja, inundada por dogmas heréticos.
A partir do século XI, a comercialização da fé cristã foi intensificada pelo
papado, mediante as procissões, peregrinações e indulgências. Tal prática
prometia amenizar ou extinguir o tempo de penitência dos devotos no
purgatório. A salvação pelas obras havia substituído a salvação pela fé. A
Igreja precisava urgentemente de uma reforma radical; então Deus levantou um
homem de dentro do lamaçal da Igreja para tornar isso uma realidade; Deus
levantou Lutero como cabeça dessa reforma. De uma forma direta, pode-se afirmar
que a Reforma surgiu como uma resposta ao enfraquecimento, deturpação e negação
da doutrina da graça, a qual havia sido totalmente desconfigurada.
2. A restauração da doutrina da graça
No
dia 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero enviou as suas 95 teses para o
Arcebispo de Maiz dando início a um dos eventos mais importantes da história da
Igreja: a Reforma Protestante. Lutero que era um monge da Igreja Católica,
se levantou após notar que os dogmas da Instituição na época eram opostos aos
ensinamentos bíblicos. A Reforma então marca um movimento focado em trazer a
centralidade bíblica de volta para a Igreja, e propulsar a restauração da
doutrina da graça.
De
todas as novas proposições teológicas que os cristãos protestantes adotaram em
oposição a Igreja Católica, 5 pilares foram destacados como essência da
reforma. Essas doutrinas se popularizaram como os 5 Solas da Reforma
Protestante, dentre elas estava a Sola gratia, que significa: somente a
graça. Na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A
obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo,
soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à
vida espiritual.
Ao
enfatizar o ensino da sola gratia, os reformadores pretendiam refutar o
parecer comum de que a salvação se dava pela obra de Cristo somada à obra
meritória dos homens. Ao entender o estado de miséria humana diante de
Deus, compreende-se que não há nada que se possa fazer para conquistar o favor
divino.
Precisamos
ter cuidado, pois o inimigo não se fadiga. Ele enganou muita gente da Igreja ao
longo de sua história, e não se cansará em arregimentar um exército de pessoas
que o acompanharão ao inferno. O objetivo principal do diabo é separar o homem
de Deus. Destinado à destruição, ele quer tomar a maior parte possível da
criação, principalmente a principal obra da criação - o ser humano. Entre as
razões pelas quais nós precisamos tão desesperadamente da graça de Deus, está o
fato de que nós travamos um combate mortal com um inimigo superior. Precisamos
da ajuda de Deus para resistir às artimanhas deletérias de Satanás e nos
aproximar de Deus.
IV. A
GRAÇA NO CONTEXTO CONTEMPORANEO
1. A graça barateada
Segundo
o ensino das Sagradas Escrituras, a graça jamais pode ser vista como um salvo
conduto para a prática do pecado ou da libertinagem. Diz o apóstolo Paulo: ”Porque
vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar
ocasião à carne” (Gl.5:13).
A
liberdade cristã não é uma licença para pecar, mas o poder para viver em
novidade de vida. A liberdade cristã não é licenciosidade, mas deleite na
santidade. A liberdade cristã é a liberdade irrestrita para aproximar-se de
Deus como seus filhos, não uma liberdade irrestrita para chafurdar em nosso
egoísmo.
A
licenciosidade desenfreada não é liberdade alguma, é outra forma mais terrível
de servidão, uma escravidão aos desejos de nossa natureza caída. Enfim, a
liberdade cristã não é liberdade para pecar, mas liberdade de consciência,
liberdade para obedecer. O cristão salvo pelo sangue de Cristo é livre para
viver em santidade.
Muitos
defendem a liberdade do amor livre, a prática irrestrita do aborto, o uso
indiscriminado das drogas e o homossexualismo, porém, isso não é liberdade, é
escravidão. Jesus disse que aquele que pratica o pecado é escravo do pecado
(João 8:34).
À
época de Paulo, os inimigos da graça apresentavam um argumento supostamente
irrefutável: “Se a graça é superabundante onde o pecado é abundante, se a
multiplicação das transgressões serve para demonstrar o esplendor da graça,
então não deveríamos pecar mais para que Deus seja ainda mais glorificado na
magnificência da sua graça?”. Esta pergunta retratava tanto a distorção
antinomiana como a objeção dos legalistas à doutrina da justificação pela
graça, por meio da fé, independentemente das obras.
A
inferência licenciosa é imediata e energicamente rejeitada por Paulo; responde
o apóstolo: “De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como
viveremos ainda nele?” (Rm.6:2). De acordo com esta resposta de Paulo, não
podemos continuar a pecar porque morremos para o pecado. Trata-se de um fato
acerca de nossa condição. Quando Jesus morreu para o pecado, Ele o fez como
nosso representante; morreu não apenas como nosso substituto, ou seja, por nós
e em nosso lugar, mas também como nosso representante, ou seja, como se nós
estivéssemos lá. Assim, quando Ele morreu, nós também morremos. Ele morreu para
o problema do pecado, e resolveu-o de uma vez por todas. Para Deus, todos que
estão em Cristo também morreram para o pecado. Isto não quer dizer que o cristão
é impecável; antes, ele é identificado com Cristo em sua morte e tudo o que ela
significa.
2. O valor da graça
A
graça tem um valor inestimável; ela é a causa meritória da nossa salvação, que teve
um preço alto. Disse Paulo: “Porque fostes comprados por preço...” (1Co.6:20).
Que preço foi este? O sangue de Cristo. Disse Pedro: “sabendo que não foi
mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do
vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue,
como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1Pd.1:18,19).
Portanto, a salvação é de graça, mas o seu preço custou caro – custou a morte
de um justo inocente e o derramamento do seu precioso sangue, o sangue de
Cristo, o Cordeiro de Deus. Cristo pagou o preço, riscou a cédula que era
contra nós nas suas ordenanças e cravou-a na cruz (Cl.2:14); nada mais precisa
ser feito para o ser humano ser salvo. Isso é graça.
Mas,
infelizmente, muitos têm dificuldade de compreender a graça de forma plena. Na época do apóstolo Paulo, e hoje também,
muitos não compreenderam, nem compreendem, os ensinamentos sobre a graça de
Deus; pensam que a graça dá liberdade total para pecar. É bom saber que a
liberdade do cristão está em Cristo Jesus, e isso exclui qualquer ideia de que
de alguma maneira possa significar liberdade para pecar. Não devemos nunca
transformar a liberdade numa base de operações para a natureza carnal.
Portanto, a liberdade proporcionada por Cristo não é uma liberdade para o
crente fazer o que quer, mas para fazer o que deve. Exorta-nos o apóstolo
Paulo:
“E, libertados do pecado, fostes
feitos servos da justiça. Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois
que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia e à
maldade para a maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem
à justiça para a santificação. Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis
livres da justiça. E que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos
envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas, agora, libertados do pecado e
feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida
eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm.6:18-23).
CONCLUSÃO
A graça de Deus é maravilhosa, mas ela precisa ser entendia
e aplicada à luz da verdadeira doutrina. Banalizar a graça, colocando-a dentro
de um espectro idealizado por líderes liberais e libertinos que não temem a
Deus, que propagam doutrinas criadas por eles mesmos para satisfazerem seus
caprichos, é ofender profundamente a Deus; certamente, não ficarão impunes. Como
afirma o pr. José Gonçalves, “a Bíblia é sempre a régua através da qual
qualquer entendimento da doutrina da graça precisa ser medido”. A graça é a
fonte da vida e melhor do que a vida; por ela somos salvos, por ela vivemos e
por ela entraremos na pátria celestial. “A graça seja com vós todos. Amém!” (Tt.3:15).
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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico
e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico
popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal. CPAD.
Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Timóteo – O pastor,
sua vida e sua obra.
Pr. Caramuru Afonso Francisco. As Doutrinas
da Graça de Deus - Portal EBD.2006.
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