3° Trimestre/2022
Texto Base: João 14:4-6
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e
a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).
João 14:
4.Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho.
5.Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos
saber o caminho?
6.Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao
Pai senão por mim.
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos da “Sutileza da Espiritualidade Holistica”. Holístico
é o modo de ver a si mesmo, os outros e o mundo como um todo interligado, em
relação e não separado. Uma espiritualidade holística é aquela que
considera a integração entre a razão, o corpo e os sentimentos. Desse modo,
Deus deixa de ser um Ser Pessoal, Superior, Transcendente e Poderoso. Fundamentada
em princípios extraídos das religiões orientais, essa nova forma de
religiosidade tem conseguido adesão de pessoas proeminentes no mundo inteiro;
está também adentrando em segmentos do cristianismo, e muitos cristãos têm se
deixado seduzir pelo seu discurso globalista e pluralista, e, sobretudo,
espiritualista. Este tipo de espiritualidade não é cristocêntrica, e qualquer
espiritualidade que não tenha Cristo como o centro é pagã e anticristã. No
holismo a influência da espiritualidade oriental é bastante forte e tem
crescido muito por meio de movimentos que buscam nova roupagem para crenças
claramente pagãs como, por exemplo, a crença na “mãe-terra”, na “mãe-natureza”
e em todas as “forças fluídicas” que povoam o universo. É muito importante os
crentes em Cristo estarem alertas sobre este tipo de influência, pois isto é
mais uma sutileza de satanás para enfraquecer a Igreja de Cristo. Precisamos
entender que somente uma fé fundamentada em valores perenes que fluem das
Escrituras Sagradas podem nos proteger desse tipo de ataque do inimigo.
I. O FENÔMENO RELIGIOSO
1. A busca do
sagrado
A busca do sagrado é uma necessidade humana. Se a pessoa está triste,
doente, sem dinheiro, que perde um amor, um ente querido, ou qualquer coisa que
a deixe diminuída, recorre ao sagrado em busca de amparo, conforto e até mesmo solução.
Quando a solução é difícil, em vez de lutar e buscar por ela, a pessoa que não
é crente busca as respostas nas divindades imaginadas e criadas pelo ser humano.
É claro que se a resposta vier, não será procedente dessas divindades, pois
elas não pensam, não falam, não raciocinam, não tem poder de percepção; são simplesmente
seres inanimados.
Certa feita, o apóstolo Paulo, quando caminhava pelas ruas de Atenas,
capital da Grécia, viu inúmeras imagens de esculturas. A religiosidade de
Atenas era corroborada por sua fama de ter mais ídolos que habitantes. Ao
observar o comportamento religioso dos atenienses, disse: “Senhores atenienses!
Percebo que em tudo vocês são bastante religiosos” (Atos 17:22 – NAA). Ele
observou que os atenienses eram acentuadamente religiosos. A busca do sagrado
era ruidosamente vibrante e tangível. Ao pensar nos ídolos que havia visto,
Paulo lembrou-se de um altar no qual estava inscrito: ao DEUS DESCONHECIDO, e
usou a inscrição como ponto de partida para sua mensagem. Suas palavras
expressavam dois fatos importantes: em primeiro lugar, a existência de Deus e,
em segundo lugar, a ignorância de Atenas a respeito dele. Depois de fazer essa
afirmação, Paulo não teve dificuldade em lhes falar acerca do Deus verdadeiro.
O fenômeno religioso está presente na alma de todo ser humano, desde o
princípio. Assim como Davi, há um anseio de Deus na alma de cada pessoa - “Como
o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó
Deus!” (Sl.42:1).
Jesus também sabia claramente dessa necessidade do ser humano pela busca
do sagrado. Até mesmo os discípulos demonstravam isso. Certa feita, Jesus disse
aos discípulos que Ele ia partir e que eles não poderiam ir com Ele (João
13:36); e assegurou que eles sabiam o caminho para onde Ele ia (João 14:4).
Isso provocou uma pergunta imediata de Tomé: “Senhor, não sabemos para onde
vais. Como podemos saber o caminho?” (Joao 14:5). A resposta de Jesus foi uma
das mais importantes declarações registradas nos Evangelhos: “Eu sou o Caminho,
a verdade e avida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Jesus é a
Verdade que alimenta a nossa mente, a Vida que satisfaz a nossa alma e o único
Caminho seguro para Deus. Como Caminho, Jesus é o caminho de Deus para o ser
humano – todas as bênçãos divinas descem do Pai por meio do Filho – e o caminho
do ser humano para Deus. Como a Verdade, Ele se opõe à mentira, é a fonte
fidedigna da revelação redentora, a verdade que liberta e santifica. Como a
Vida, Jesus é aquele que tem vida em si mesmo, é a fonte e o doador da vida,
aquele que veio para que tenhamos vida em abundância. Sem Cristo não pode haver
nenhuma verdade redentora, nenhuma vida eterna, portanto, nenhum caminho para o
Pai. Sem Cristo, a busca pelo sagrado é vã.
2. Deus e os deuses
O ser humano em sua busca cega pelo sagrado acaba transformando pedra,
pau, água, terra, árvore, o próprio ser humano etc., em deuses; claro, falsos
deuses, tendo em vista que só há um Deus – o Criador Todo Poderoso de todas as
coisas. Por não conhecer o Deus verdadeiro, que se revelou nas páginas da Bíblia
e de forma especial na pessoa bendita de Jesus Cristo (2Co.5:19; João 3:16,17),
o ser humano acaba por buscar e adorar deuses falsos (1Ts.1:9; 1João 5:21). Esta
busca ilusória por falsos deuses é um acontecimento presente em todas as
culturas, após a Queda do homem.
No Novo Testamento há um fato emblemático sobre esta ilusão do ser
humano na busca por falsos deuses. Vemos isto na passagem de Atos capítulo 17.
Quando Paulo esteve em Atenas, e andava pela cidade, o que ele viu não foi sua
beleza, nem o brilhantismo da cidade, mas sua idolatria. Paulo viu uma floresta
de imagens de esculturas que eram cultuadas como se fossem deuses. Certo
escritor disse que era mais fácil encontrar um deus em Atenas do que um homem. Segundo
os estudiosos, cada templo, cada portão, cada pórtico, cada edifício tinha as
suas divindades protetoras. Havia mais deuses em Atenas do que em todo o resto
do país. Eram inúmeros templos, santuários, estátuas e altares. No Parthenon
encontrava-se uma imensa estátua de Atena feita de ouro e mármore. Em toda
parte, se viam imagens de Apolo, o padroeiro da cidade, de Júpiter, Vênus,
Mercúrio, Baco, Netuno, Diana e Esculápio. Todo o panteão grego estava ali,
todos os deuses do Olimpo. E as imagens eram bonitas, feitas de ouro, prata,
marfim e mármore, construídas pelos melhores escultores gregos. A cegueira
espiritual dos atenienses levava-os a essa aberrante idolatria no afã de
preencher os anseios da alma; e é justamente nessa carência espiritual de
preencher o anseio mais profundo da alma, que a humanidade é enganada pelo
Diabo.
Concordo com John Stott quando afirma que “toda idolatria é
indesculpável, seja antiga ou moderna, primitiva ou sofisticada, sejam suas
imagens mentais ou feitas de metal, objetos de culto palpáveis ou conceitos
abstratos desprezíveis, pois a idolatria é a tentativa de confirmar Deus,
limitando-o a um espaço imposto pelo homem, sendo Deus o Criador do universo;
ou de domesticá-lo, tornando-o nosso dependente, domando-o e mimando-o, quando
Ele é o Mantenedor da vida humana; ou de aliená-lo, culpando-o por sua
distância e seu silêncio, quando Ele é o Governador das nações e não está longe
de nós; ou de destroná-lo, reduzindo-o a uma imagem concebida ou feita pelo
próprio ser humano, quando Ele é o Pai de quem recebemos nossa existência. Em suma,
toda idolatria é uma tentativa de minimizar o abismo entre o Criador e suas
criaturas, para colocá-lo sob nosso controle. E, mais do que isso, ela inverte
as posições entre Deus e o ser humano, de modo que, em vez de reconhecermos
humildemente que Deus nos criou e nos governa, temos a ousadia de imaginar que
podemos criar e governar Deus. Não existe lógica na idolatria; ela é uma
expressão perversa e confusa da rebelião do ser humano contra Deus”. Deus
disse: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a
outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Is.42:8).
II. A ESPIRITUALIDADE HUMANA E SUA NECESSIDADE DE EXPRESSÃO
1. O antigo
paganismo
Paganismo é um termo geral usado para referir-se as antigas tradições e
cultos politeístas ou animistas. Isto sempre ocorreu após a Queda do homem,
principalmente a partir da civilização cainita. Esta civilização logo se desviou
do seu Criador e passou a adorar falsos deuses idealizados e criados por eles
mesmos. O paganismo foi muito forte na antiguidade. Na antiga Canaã, por
exemplo, antes do povo de Israel ocupar aquele espaço, os deuses principais
adorados eram Baal e Aserá (1Rs.18:19); no antigo Egito, o povo adorava muitos
deuses (Êx.12:12); na Babilônia o deus principal adorado era Marduque ou
Merodaque (Jr.50:2). Deus abominava e abomina tudo isto.
Em Canaã, por causa das terríveis abominações, os cananeus foram substituídos
pelo povo judeu. E quando foi estabelecido o Decálogo, ainda no Monte Sinai, o primeiro
mandamento instituído foi: "Não terás outros deuses diante de mim". Este
Mandamento vai além da proibição à idolatria, é contra o politeísmo em qualquer
que seja as suas formas. Ele é o testemunho da singularidade e exclusividade de
Deus, ou seja, revela o Senhor em Seu caráter, Seu ser e Sua ação. Este
mandamento ensina que Deus não dá Sua glória a nenhum outro deus, ou Sua honra
a imagens de escultura (Is.42:8). O que se postula neste Primeiro Mandamento é
o fato de que nada menos do que a totalidade de nossas vidas deve estar sob o
senhorio do Deus Todo-Poderoso.
Os ídolos são artifícios em forma de imagens: nada são, não têm
nenhum préstimo, nada entendem, confundem-se, têm olhos e não veem, têm ouvidos
e não escutam, têm lábios e não falam, têm cabeças e não pensam, têm braços que
não se movimentam e pés que não andam; são deuses inúteis e sem vida,
condenados ao ridículo.
É válido ressaltar que os ídolos não estão limitados às sociedades
primitivas; existem muitos ídolos sofisticados. Um ídolo é um substituto de
Deus; é qualquer pessoa ou coisa que ocupe o lugar que Deus deveria ocupar. A avareza
é idolatria. As ideologias podem ser idolatrias. Assim como a fama, a riqueza e
o poder, o sexo, a comida, a televisão, o celular, as redes sociais e as
propriedades, a religião etc. Precisamos ter cuidado para que tudo isto não
venha substituir Deus em nossa vida. Toda honra e glória e culto devem ser dados
somente a Ele. Ele “é o único SENHOR” (Dt.6:4).
2. O misticismo Oriental
As culturas orientais são marcadas pelo misticismo, o que as torna
parecidas apesar das diferenças religiosas, culturais, étnicas e raciais. Na
cultura oriental é prevalecente o holismo ou espiritualidade holística, que tem
invadido e influenciado a cultura ocidental em quase todas as camadas sociais.
Segundo o pr. José Gonçalves, o holismo “está nas Universidades; nos cinemas;
nos livros de autoajuda; e até mesmo nos currículos escolares. Na verdade, o
holismo, ou espiritualidade holística, ou ainda, visão sistêmica da vida, nada
mais é do que antigas crenças e práticas orientais redivivas ou recicladas; é
uma mistura de crenças orientais do hinduísmo, budismo e taoísmo. Tudo numa
panela só. É a operação do erro querendo enganar os incautos (Rm.16:18). Não há
dúvidas que são ensinos de demônios (1Tm.4:1)”.
O misticismo tem estado presente em toda as épocas da humanidade. As Epístolas
de João e Colossenses foram escritas para combater o pensamento gnóstico que
era cheio de misticismo (Cl.2:16-23). O misticismo está intimamente ligado ao
panteísmo (tudo é Deus e Deus é tudo). Nos Estados Unidos houve um movimento chamado
transcendentalismo, que foi influenciado pela filosofia Hindu; paralelamente a
isso foi fundado o movimento teosófico por Helena (Madame) Blavatsky, escritora
russa. Paralelamente surgiu a Ciência Cristã. O que eles tinham em comum? A ideia
de que o homem deve desenvolver a sua divindade, descobrir o pleno poder que
existe dentro deles, tendo o poder sobre a enfermidade, sobre os problemas etc.
Essek Kenyon, pastor evangélico, estudou numa das escolas da Ciência Cristã.
Começou a pregar que nós somos pequenos deuses, que temos o poder de criar a
realidade pelo que nós dizemos. Ele discipulou pela sua literatura Kenneth
Hagin que introduziu grandes heresias dentro da igreja evangélica. No Brasil, a
literatura de Hagin foi introduzida por R. R. Soares. Por incrível que pareça,
milhões de cristãos são adeptos desse tipo de misticismo que não passam de
ensinos do engano.
Este é um dos grandes problemas dos neopentecostais, pois eles colocam suas
experiências acima da Bíblia e dão a ela uma interpretação particular fora dos
recursos hermenêuticos. O misticismo neopentecostalista é a mistura de figuras,
objetos e símbolos para representarem elementos espirituais. Eles tomam figuras
do Antigo e Novo Testamento e as espiritualizam, transformando-as em
"proteções" semelhantes às usadas pelas magias pagãs. Deste ato aparecem
crentes com fitinhas no braço, com medalhas de símbolos bíblicos, ungindo
portas e janelas com azeite, colocando sal ao redor da casa para impedir a
entrada de maus espíritos; outros bebem copos de água “abençoada”, usam óleos “consagrados”
em Jerusalém, guardam gravetos que misteriosamente aparecem brilhando nos
montes, ungem roupas para libertar as pessoas etc. Tudo isto é puro misticismo.
O crente verdadeiro não segue essas coisas.
III. O FUNDAMENTO DA ESPIRITUALIDADE HOLÍSTICA
1. Não há um Deus
pessoal
O holismo ou espiritualidade holística prega que não há um Deus pessoal,
como informado na Bíblia. Por ser uma vertente homóloga a espiritualidade
panteísta, este segmento do misticismo oriental prega que tudo é Deus,
basicamente significando a integração, não existindo um ser personificado
criador acima do universo. Assim, o divino, o homem e a natureza são uma coisa
só. Portanto, não há um Deus pessoal que se revelou na Bíblia nem tampouco um
Salvador pessoal, Jesus Cristo.
Para os seguidores desse segmento místico, “deus” é apenas uma energia
impessoal que jaz no universo. Para esses adeptos, Jesus, Alá, Javé, Buda, Xiva
ou um Xamã são nomes diferentes para uma mesma entidade – a força cósmica que
habita o universo. Para nós cristãos, que seguimos os ditames das Sagradas Escrituras,
e que cremos num Deus pessoal, vivo e inteligentíssimo, todas essas
manifestações do holismo não passam de meras heresias desprovidas de
significado lógico. Cremos, portanto, em um Deus pessoal, dotado de
sensibilidade, de vontade e de intelecto. Em seu caráter pessoal, Deus é
amoroso, justo, santo, sábio, bom, compassivo, misericordioso, amável,
perdoador, paciente, tardio para se irar, fiel e muito mais.
Deus é soberano e tem o controle final da história ao mesmo tempo em que
leva em conta as decisões das pessoas. Deus é um Ser transcendente (fora da
criação) e imanente, ou seja, a despeito de habitar nas alturas mais
insondáveis e inacessíveis, e apesar de infinito e imenso, não permanece alheio
às suas criaturas.
2. Não há uma
verdade factual
A ausência de uma verdade factual é um dos fundamentos da
espiritualidade holística. Segundo os seguidores dessa crença, não há uma
verdade absoluta. Em vez disso, existem “verdades”, e que cada um tem a sua.
Para eles, a “verdade” está em todas as religiões, pois todas são igualmente
formas válidas de se expressar a espiritualidade. Dessa forma, não há como
alguém dizer que está certo ou errado. Chamamos isto de relativismo.
O relativismo é a marca do pensamento contemporâneo. Crer em verdades absolutas,
em valores absolutos, em princípios imutáveis oriundos de Deus é algo que é
repelido e rechaçado pela grande parte da humanidade dos nossos dias. Os
verdadeiros servos de Deus são tachados de “fanáticos”, “atrasados”,
“preconceituosos”, “fundamentalistas”. É este o mundo em que estamos vivendo,
um mundo onde “tudo é relativo”. A rebeldia humana contra Deus faz com que os
homens se arroguem o direito de dizer o que é certo e o que é errado. Só que não
é o homem quem diz o que é certo ou o que é errado, mas, sim, o Senhor Deus. Para
nós cristãos, porém, o Senhor nosso Deus não é apenas uma pessoa, vivo e
verdadeiro, mas que Ele é a própria Verdade (João 14:6); e a verdade de Deus é
absoluta, é universal e é imutável, ao contrário do que ensina o holismo, o
qual afirma que tudo é relativo, ou seja, que tudo pode ser, mas, também, não
pode ser.
As palavras do homem ímpio, mesmo quando escritas, podem mudar de
sentido, e até cair em desuso; elas estão sujeitas às mudanças e até ao
desaparecimento. Porém, isto não acontece com a Palavra de Deus, da qual está
escrito: “Para sempre, ó Senhor, a tua Palavra permanece no céu” (Salmos
119:89). Isto acontece porque o próprio Deus não muda, pois, Ele é a verdade
absoluta, conforme Ele próprio afirmou: “Porque eu, o Senhor, não mudo” (Ml.3:6),
ou segundo afirmou Tiago: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto,
descendo do Pai das luzes, em que não há mudança, nem sombra de variações” (Tg.1:17),
ou segundo afirmou Jesus: “Eu sou [...] a verdade” (João 14:6).
Os seguidores do holismo, que não se arrependeram do seu erro, um Dia se
encontrarão bem de perto com Deus, a Verdade absoluta, no Grande Trono Branco
para receber a sentença definitiva: “Vi um grande trono branco e aquele que
nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar
para eles. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi
lançado para dentro do lago de fogo” (Ap.20:11,15).
IV. A ESPIRITUALIDADE HOLÍSTICA EA BÍBLIA
1. O problema do
pecado
O pecado é o mais danoso inimigo do ser humano: ele mata e separa definitivamente
o homem de Deus. Está escrito que ”o salário do pecado é a morte” (Rm.6:23). O
ser humano deve se conscientizar de que o pecado é maligníssimo. Segundo
argumenta o pr. Hernandes Dias Lopes, o pecado promete prazer e paga com o
desgosto; levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte; tem um aroma
sedutor, mas ao fim cheira a enxofre. Só os loucos zombam do pecado; ele é pior
do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença. Enfim, o pecado é pior do
que a própria morte. Esses males todos não podem destruir a alma do ser humano
nem afastá-lo de Deus, mas o pecado arruína o corpo, a alma e afasta a pessoa eternamente
de Deus.
Mas, o holismo não leva em consideração a esta perigosa e fatal situação
em que se encontra o ser humano. Como eles se despertarão para tratar de tão
relevante problema? A maneira correta de lidar com o pecado é se arrepender dele e, com
toda a sinceridade, buscar em Deus o perdão, a graça e a misericórdia (Sl.51;
Hb.4:16; 7:25). Infelizmente, os corações dos seguidores do holismo estão
cegos e endurecidos pelo engano do pecado (Hb.3:13). É por intermédio do engano
do pecado e da cegueira espiritual promovida pelo Diabo que cresce a cada dia o
fascínio pelas novas espiritualidades, conforme argumenta o pr. José Gonçalves.
2. Um Salvador
Pessoal
O holismo nega a existência de um Salvador pessoal, que veio para
libertar o ser humano da prisão do pecado; não aceita que “Deus amou o mundo e
tal maneira que deu o Seu Filho, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Aliás, nem acredita que exista um Deus
pessoal, transcendente e imanente. Também ignora a existência do pecado e,
consequentemente, a punição eterna. Assim sendo, os seguidores deste movimento não
veem a necessidade de um Salvador (1Tm.4:10). Isto é um engano terrível, perpetrado
por espíritos enganadores (1Co.10:20) que invadem a mente desses religiosos da
espiritualidade holística, deixando-os numa posição de rebeldia contra o Senhor
Deus.
Sem Jesus Cristo, o ser humano está perdido para sempre. Somente nele há
salvação. Disse o apóstolo Pedro: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo
do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa
que sejamos salvos” (Atos 4:12). Portanto, o apelo do apóstolo Pedro ecoa para
todos os que estão nessa situação enganosa do holismo: “Arrependei-vos, e cada
um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados,
e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).
CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto aqui, concluímos que a religiosidade holística
é um tremendo ardil de satanás, que tem enganado inúmeras pessoas em todo o
mundo. É uma crença pagã que promove a falsa adoração, seduzem as pessoas
incautas e aprisionam as vidas de quem não conhece o Senhor Jesus. Seus
seguidores negam a Cristo, rejeitam a fé cristã e ensinam a inexistência de
normas, verdades e princípios morais procedentes da vontade absoluta de Deus.
Essa modalidade religiosa não prega o arrependimento, a fé, nem tampouco a
conversão a Deus; rejeita Deus e a sua Palavra. Deve-se, portanto, ser
rejeitada sem hesitação. A permanência nesse engano poderá levar os seus
adeptos à perdição eterna, tendo em vista que seus ensinos têm um caráter de
rebeldia contra Deus. Não acreditar num único Deus Poderoso e Pessoal, e
controlador de todas as coisas, é um sinal de rebelião contra Ele. Estudando as
Escrituras, não encontramos nenhum outro tipo de transgressão que seja tratada
com tanta severidade por Deus como a da rebelião. Vemos pessoas ficando
gravemente enfermas (Nm.12:10), reis perdendo o seu
trono (1Sm.13:13,14) e gente sendo morta por um juízo de Deus,
simplesmente pelo fato de que se levantaram contra Sua autoridade (Nm.16:1-33).
Rebelião contra Deus é como pecado de feitiçaria (1Sm.15:23). E está
escrito que nenhum feiticeiro entrará no reino do Céu (Gl.5:20,21).
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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Pr. Caramuru Afonso. Profecia e Misticismo. PortalEBD_2010.
Pr. Caramuru Afonso Francisco. O Relativismo Moral Predominante no Mundo.
PortalEBD_2005.
Pr. José Gonçalves. Os ataques contra a Igreja de Cristo. CPAD.
thanks for information
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