3º
Trimestre/2021
Texto
Base: 2 Reis 22:3-5,8; 23:2-5,21,22,25
“Então,
disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã; achei o livro da Lei na Casa
do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu” (2Rs.22:8).
V.P.: “Nos dias de hoje, Deus ainda levanta homens e mulheres dispostos
a combater a cultura da idolatria que se perpetua através das gerações”.
2 Reis 22:
3.Sucedeu, pois, que, no ano décimo-oitavo do rei Josias, o rei mandou o
escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à Casa do SENHOR, dizendo:
4.Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que tome o dinheiro que se
trouxe à Casa do SENHOR, o qual os guardas do umbral da porta ajuntaram do
povo.
5.E que o deem na mão dos que têm o cargo da obra e estão encarregados
da Casa do SENHOR; para que o deem àqueles que fazem a obra que há na Casa do
SENHOR, para repararem as fendas da casa:
8.Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro
da Lei na Casa do SENHOR. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu.
2Reis 23:
2.E o rei subiu à Casa do SENHOR, e com ele todos os homens de Judá, e
todos os moradores de Jerusalém, e os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo,
desde o menor até ao maior; e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro
do concerto, que se achou na Casa do SENHOR.
3.E o rei se pôs em pé junto à coluna e fez o concerto perante o SENHOR,
para andarem com o
SENHOR, e guardarem os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os
seus estatutos, com todo o coração e com toda a alma, confirmando as palavras
deste concerto, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo esteve por
este concerto.
4.E o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos sacerdotes da segunda
ordem, e aos guardas do umbral da porta que se tirassem do templo do SENHOR
todos os utensílios que se tinham feito para Baal, e para o bosque, e para todo
o exército dos céus; e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom, e
levou as cinzas deles a Betel.
5.Também destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabeleceram para
incensarem sobre os altos nas cidades de Judá e ao redor de Jerusalém, como
também os que incensavam a Baal, ao sol, e à lua, e aos mais planetas, e a todo
o exército dos céus.
21.E o rei deu ordem a todo o povo, dizendo: celebrai a Páscoa ao
SENHOR, vosso Deus, como está escrito no livro do concerto.
22.Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos
juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem
tampouco dos reis de Judá.
25.E antes dele não houve rei semelhante, que se convertesse ao SENHOR
com todo o seu coração, e com toda a sua alma, e com todas as suas forças,
conforme toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro tal.
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos do reinado de Josias, que governou o reino de Judá no período de 639-609 a.C. Ele tinha apenas oito anos quando se tornou
rei das duas tribos meridionais de Israel - Judá e Benjamin; reinou trinta e
uno anos (2Cr.34:1). Quando começou a reinar era muito jovem, por isso, no
começo, alguns mais experientes o ajudaram a governar.
Josias foi um dos poucos bons
reis de Judá; aliás, foi o último dos reis bons de Judá. Depois de já ter sido
rei por sete anos, ele começou a buscar ao Senhor. O cronista escreveu dizendo
que no oitavo ano de seu reinado, ou seja, quando tinha 16 anos de idade, o rei
“começou a buscar o Deus de Davi, seu pai” (2Cr.34:3). Diferente de seu pai e
avô, Josias prezou pelo culto ao verdadeiro Deus; ele seguiu o exemplo dos reis
bons, tais como Davi, Jeosafá e Ezequias. Quando ele soube o que estava escrito
no Livro da Lei, após ser encontrado dentro do Templo, iniciou em todo o reino
a maior e mais impactante renovação religiosa e espiritual vista entre todas as
tribos de Israel. Assim como fez Ezequias, ele expurgou o reino de Judá de
todas as falsas divindades ali colocadas por seus ancestrais. Depois dele nunca
mais houve um rei que se voltasse para o Senhor de todo o coração.
I. JOSIAS REPARA O TEMPLO
1. “Achei o Livro
da Lei no Templo do Senhor”
No décimo oitavo ano de seu reinado, quando estava com 26 anos de idade,
Josias liderou uma campanha de arrecadação de dinheiro e materiais para reparar
o Templo, que estava abandonado. O dinheiro arrecadado para a reforma foi
entregue a trabalhadores para custear a mão de obra e materiais. Uma vez que os
trabalhadores eram honestos, não se pediu que prestassem conta do dinheiro que
lhes foi entregue (cf. 2Reis 22:1-7). Nessa época, as Escrituras Sagradas
estavam totalmente perdidas e esquecidas; por causa da longa sucessão de reis
perversos, a Palavra de Deus perdeu-se; foi achado no meio dos entulhos que tinham
se acumulado no interior do Templo. Enquanto os trabalhares faziam os reparos,
o sumo sacerdote Hilquias encontrou uma cópia do Livro da Lei, talvez o
Pentateuco completo ou o livro de Deuteronômio - “Então, disse o sumo sacerdote
Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da Lei na Casa do SENHOR. E Hilquias
deu o livro a Safã, e ele o leu” (2Rs.22:8). Isto demonstra com clareza como estava
o nível de espiritualidade do povo de Judá; havia um claro desinteresse pelas
coisas de Deus, e até mesmo o sumo sacerdote estava conivente e responsável
direto por este desprezo pela Palavra de Deus; era ele quem deveria zelar, não
apenas pelo Livro Sagrado, mas pelo cumprimento dos ditames divinos expressos
nele.
Quando a Palavra de Deus foi encontrada, e ao saber do conteúdo do santo
Livro, o escrivão Safã levou-o imediatamente ao rei Josias e o leu diante dele
(2Rs.22:10). O rei Josias ao ouvir a leitura da Palavra de Deus, se deu conta
do quanto a nação havia se afastado do Senhor; logo percebeu que eram
necessárias drásticas mudanças para que o reino estivesse de acordo com os
mandamentos do Senhor. Em nossos dias temos a Palavra de Deus em nossas mãos;
que mudanças, então, devemos fazer a fim de adequar nossa vida aos padrões da
Bíblia Sagrada?
2. O rei rasgou
suas vestes
O rei Josias ficou tão fascinado diante da realidade de o povo haver
descumprido o conteúdo do Livro Sagrado, que numa demonstração de profunda tristeza
e amargura, rasgou as suas vestes e chorou (2Rs.22:11,19); ele não culpou a
ninguém, simplesmente se humilhou rasgando suas vestes, demonstrando piedade no
seu coração. Josias logo desejou entender, com maior certeza, o que Deus faria
com o seu povo diante de tão vis pecados cometidos. Então enviou seus oficiais
para consultar o Senhor, pois percebeu que o furor de Deus pairava sobre Judá
por causa de seus pecados (2Rs.11-13).
“Sucedeu,
pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da Lei, rasgou as suas vestes. E
o rei mandou a Hilquias, o sacerdote, e a Aicão, filho de Safã, e a Acbor,
filho de Micaías, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, o servo do rei, dizendo:
Ide e consultai ao Senhor por mim, e pelo povo, e por todo o Judá, acerca das
palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor que se
acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste
livro, para fazerem conforme tudo quanto de nós está escrito”.
Essa atitude de piedade de Josias comoveu o coração de Deus, que teve
misericórdia dele, e o ouviu. Está escrito: “Porquanto o teu coração se
enterneceu, e te humilhaste perante o Senhor, quando ouviste o que falei contra
este lugar e contra os seus moradores, que seriam para assolação e para
maldição, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi,
diz o Senhor” (2Reis 22:19).
Josias demonstrou seu arrependimento de acordo com os costumes de sua
época. Em nossos dias, quando nos arrependemos, não rasgamos nossas vestes, mas
choramos, jejuamos, retratamo-nos ou pedimos perdão a Deus e ao próximo (caso o
nosso pecado tenha envolvido outras pessoas); isto demonstra a sinceridade de nosso
arrependimento. A parte mais difícil do arrependimento é mudar as atitudes que
inicialmente produziram o comportamento pecaminoso.
Após apenas uma leitura da Palavra de Deus, Josias mudou o curso da
nação; propôs imediatamente rigorosas reformas, não só no aspecto material,
mas, principalmente, no aspecto religioso. Hoje muitas pessoas possuem Bíblias de
muitas versões e traduções, em papel e em meios eletrônicos, mas poucas pessoas
são influenciadas pelas verdades encontradas na Palavra de Deus.
3. Entendendo a
vontade de Deus
Por ordem de Josias, o sumo sacerdote Hilquias e seus auxiliares foram
consultar a profetisa Hulda, que morava na cidade baixa de Jerusalém, numa
região ou bairro da cidade. Não procuraram Jeremias nem Sofonias, que também
exerciam o ministério de profeta na época. Deus escolhe livremente os seus
servos para realizarem a sua vontade – ricos ou pobres, homens ou mulheres,
reis, súditos, livres ou escravos (Jl.2:28-30). Hulda era obviamente respeitada
pelo povo de sua época.
Josias queria saber se os pecados de Judá tinham atingido o nível do
juízo divino, e a profetiza Hulda confirmou o temor do rei: Deus castigaria
Judá em breve por causa da corrupção do povo; acrescentou, porém, que o castigo
não aconteceria em seu tempo, pois o povo se humilhara e demonstrara
arrependimento (2Rs.22:14-20). Contudo, o avivamento espiritual por intermédio
de Josias apenas adiou a destruição iminente de Judá, mas não pode evitá-la
(Jr.11:9 17; 13:27).
Quando o povo de Deus persiste no pecado, atinge um ponto em que o
castigo será inevitável. Em Israel e em Judá, o povo de Deus, por um excessivo
número de anos, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas
palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do Senhor contra o
seu povo subiu tanto que mais nenhum remédio houve que evitasse o juízo divino
(2Cr.36:16).
Assim como aconteceu com Josias, as Sagradas Escrituras deveriam causar
em nós ações imediatas no sentido de reformular nossa vida, a fim de trazê-la à
harmonia com a vontade de Deus. Há um mornidão, sem par, nas igrejas locais;
estamos vivendo, com certeza, os últimos dias da Igreja na terra, antes da
volta de Jesus Cristo. Profetizou o apóstolo Paulo: “Pois haverá tempo em que
não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo
as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão
a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2Tm.4:3,4). Realmente, isto
é o que estamos vendo.
II. A RENOVAÇÃO DO PACTO COM O SENHOR
1. A leitura do Livro
diante do povo
Quando a Palavra de Deus, que estava perdida na Casa do Senhor, foi encontrada
houve um grande avivamento em Judá. Josias compreendeu que a reforma não teria
êxito se todos não fossem envolvidos; então, ele ordenou que todos os homens de
Judá, todos os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o
povo, desde o menor até ao maior se reunissem com ele diante do Templo; em
seguida, todas as palavras do Livro da Aliança, que fora encontrado na Casa do
Senhor, foram lidas diante deles:
“E o rei subiu à Casa do SENHOR, e com ele
todos os homens de Judá, e todos os moradores de Jerusalém, e os sacerdotes, e
os profetas, e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu aos ouvidos deles
todas as palavras do livro do concerto, que se achou na Casa do SENHOR. E o rei
se pôs em pé junto à coluna e fez o concerto perante o SENHOR, para andarem com
o SENHOR, e guardarem os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus
estatutos, com todo o coração e com toda a alma, confirmando as palavras deste
concerto, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo esteve por este
concerto” (2Rs.23:2,3).
Feito isto, o rei se pôs em pé junto à coluna e fez aliança ante o
Senhor, para O seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos e
os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras
dessa aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo anuiu a esta
aliança. Dessa forma, aconteceu um avivamento em Judá, quando o povo se
arrependeu e retornou às práticas descritas por Deus em sua Palavra. Aquele
avivamento trouxe maravilhosos resultados ao reino de Judá: os judeus
puseram-se, com temor e com o coração cheio de júbilo, a celebrar as festas do
Senhor (2Cr.35:18).
É muito difícil haver avivamento sem se voltar à Palavra de Deus,
tendo-a como regra de fé e prática, como base de nossa vida espiritual. É
preciso honrar e obedecer à Palavra de Deus, dando prioridade a ela, para que a
nossa vida seja edificada e sejamos abençoados. É importante perceber que o
Livro Sagrado foi perdido e abandonado dentro do Templo de Deus. Isto muitas
vezes acontece em muitas igrejas na atualidade, as quais estão esquecendo a
Palavra de Deus, excluindo quase por completo a liturgia do culto, dando
prioridade ao louvorzão e entretendo os crentes com outras coisas, e o povo
morrendo espiritualmente por falta do alimento espiritual, que é a Palavra de
Deus. Tem muitas pessoas que dizem estar buscando uma renovação espiritual para
sua vida, mas tem fastio de ouvir e de se alimentar da Palavra de Deus. Existem
crentes que entra ano e sai ano, e ele não cresce espiritualmente, a sua vida
espiritual é sempre raquítica e medíocre. O avivamento duradouro só virá se o
crente ler e estudar a Palavra de Deus, e obedecê-la, com um coração contrito e
piedoso.
2. A destruição dos
ídolos
Quando Josias percebeu o terrível estado da vida religiosa e espiritual de
Judá, fez algo urgente e necessário para corrigir isso: ele aboliu por completo
a idolatria; destruiu todos os ídolos que existiam, aos quais o povo prestava
culto. Com uma forte liderança, eliminou por toda a terra de Israel os
sacerdotes idólatras sobre os altares nos quais prestavam sacrifícios aos
deuses falsos; destruiu e profanou os objetos, altares, templos e monumentos
aos deuses falsos. Para cumprir as palavras da Lei aboliu os médiuns, os
feiticeiros, os ídolos do lar, os ídolos e todas as abominações que se viam na
terra de Judá e em Jerusalém. Certamente, foi uma obra de grande envergadura,
tendo, inclusive, destruído os “intocáveis” bezerros de ouro construídos por
Jeroboão, porque ouviu a Palavra de Deus, porque procurou saber o que estava escrito
naquele Livro sagrado que fora achado na Casa de Deus. Veja o que diz o texto
Sagrado em 2Rs.23:4-20; a lista das suas ações sugere a extensão da apostasia
de Judá:
4.E o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias,
e aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas do umbral da porta que se
tirassem do templo do SENHOR todos os utensílios que se tinham feito para Baal,
e para o bosque, e para todo o exército dos céus; e os queimou fora de
Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou as cinzas deles a Betel.
5.Também destituiu os sacerdotes que os reis
de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos nas cidades de Judá e ao
redor de Jerusalém, como também os que incensavam a Baal, ao sol, e à lua, e
aos mais planetas, e a todo o exército dos céus.
6.Também tirou da Casa do SENHOR o ídolo do
bosque para fora de Jerusalém até o ribeiro de Cedrom, e o queimou junto ao
ribeiro de Cedrom, e o desfez em pó, e lançou o seu pó sobre as sepulturas dos
filhos do povo.
7.Também derribou as casas dos prostitutos
cultuais que estavam na Casa do SENHOR, em que as mulheres teciam casinhas para
o ídolo do bosque.
8.E a todos os sacerdotes trouxe das cidades
de Judá, e profanou os altos em que os sacerdotes incensavam, desde Geba até
Berseba, e derribou os altos das portas, que estavam à entrada da porta de
Josué, o chefe da cidade, e que estavam à mão esquerda daquele que entrava pela
porta da cidade.
10.Também profanou a Tofete, que está no
vale dos filhos de Hinom, para que ninguém fizesse passar a seu filho ou sua
filha pelo fogo a Moloque.
11.Também tirou os cavalos que os reis de
Judá tinham destinado ao sol, à entrada da Casa do SENHOR, perto da câmara de
Natã-Meleque, o eunuco, que estava no recinto; e os carros do sol queimou a
fogo.
12.Também o rei derribou os altares que
estavam sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais fizeram os reis de Judá;
como também o rei derribou os altares que fizera Manassés nos dois átrios da
Casa do SENHOR; e, esmigalhados, os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro
de Cedrom.
13.O rei profanou também os altos que
estavam defronte de Jerusalém, à mão direita do monte de Masite, os quais
edificara Salomão, rei de Israel, a Astarote, a abominação dos sidônios, e a
Quemos, a abominação dos moabitas, e a Milcom, a abominação dos filhos de Amom.
14.Semelhantemente quebrou as estátuas, e
cortou os bosques, e encheu o seu lugar com ossos de homens.
15.E também o altar que estava em Betel e o
alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito pecar a Israel,
juntamente com aquele altar, também o alto derribou; queimando o alto, em pó o
desfez e queimou o ídolo do bosque.
16.E, virando-se Josias, viu as sepulturas
que estavam ali no monte, e enviou, e tomou os ossos as sepulturas, e os
queimou sobre aquele altar, e assim o profanou, conforme a palavra do SENHOR,
que apregoara o homem de Deus, quando apregoou estas palavras.
19.De mais disso, também Josias tirou todas
as casas dos altos que havia nas cidades de Samaria, e que os reis de Israel
tinham feito para provocarem o Senhor à ira; e lhes fez conforme todos os atos
que tinha praticado em Betel.
20.E sacrificou todos os sacerdotes dos
altos, que havia ali, sobre os altares, e queimou ossos de homens sobre eles;
depois, voltou a Jerusalém.
24.E também os adivinhos, e os feiticeiros,
e os terafins, e os ídolos, e todas as abominações que se viam na terra de Judá
e em Jerusalém, os extirpou Josias, para confirmar as palavras da lei, que
estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na Casa do Senhor.
Não é suficiente dizer que cremos no que é certo, devemos responder com
atitudes e fazer o que a fé exige. Falar de necessidade de avivamento e
arrependimento no meio do povo de Deus sem incluir mudança de atitude,
significa que não há propósito real de mudança no coração e na maneira de viver
de um povo. Verdade
é que, após a morte de Josias, o povo, como em outros avivamentos, desviou-se,
mas isto era consequência de séculos de inobservância da Palavra de Deus.
Também, não é de estranhar que em muitas de nossas igrejas, o ”Livro da
Lei” de Deus esteja perdido; não no mundo, mas na própria Igreja Local, vemos a
carência de que a pregação genuína e o ensino da Palavra de Deus sejam mais
consistentes. Para que possamos ver o verdadeiro avivamento acontecer,
precisamos retornar à Palavra. Nenhum avivamento é possível sem um retorno
incondicional à Palavra de Deus. Enquanto ela não for achada, lida e crida, não
poderá haver avivamento na Casa do Senhor. Urge que isto ocorra, senão, “quando
vier Jesus, porventura, achará fé na Terra?” (Lc.18:8).
III. A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA
A Páscoa é uma das mais importantes celebrações da Bíblia. Tais
celebrações eram fundamentais para o povo se lembrar dos feitos do Senhor.
1. A celebração da
Páscoa e a restauração do culto e dos ofícios do Templo
A sujeira espiritual da nação era tão grande que demorou um bom tempo
para retirá-la. Somente depois de dezoito anos de reinado foi
que Josias conseguiu comemorar a primeira Páscoa.
“E o rei deu ordem a todo o povo, dizendo:
Celebrai a Páscoa ao Senhor, vosso Deus, como está escrito no livro do
concerto. Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos
juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem
tampouco dos reis de Judá. Porém, no ano décimo oitavo do rei Josias, esta
Páscoa se celebrou ao Senhor, em Jerusalém” (2Reis 23:21-23).
As reformas de Josias se estenderam até Samaria. Ao que parece, ele
obtivera controle da região, em grande parte por causa do declínio do poder da
Assíria. Após destruir todos os ídolos e os idólatras dessa região, ele
retornou a Jerusalém. Ao chegar, reinstituiu a Páscoa, segundo a Palavra do
Senhor que havia lido:
“Então, Josias celebrou a Páscoa ao Senhor
em Jerusalém; e mataram o cordeiro da Páscoa no décimo quarto dia do mês
primeiro. E Josias estabeleceu os sacerdotes nos seus cargos e os animou ao
ministério da Casa do Senhor” (2Cr.35:1,2).
Uma vez que a terra se encontrava devastada pelos assírios, Josias
proveu a maior parte dos animais para a festa (2Cr.35:7). Os príncipes e
sacerdotes ajudaram dentro do possível. As prescrições mosaicas para a Páscoa e
para a Festa dos Pães Asmos foram seguidas à risca. Com cânticos de louvor, o
rei e o povo celebraram a Páscoa mais notável desde os dias de Samuel. Não foi a
maior celebração ou a mais sofisticada, mas foi a mais agradável a Deus, talvez
pela qualidade da adoração (2Cr.35:7-19).
Também, Josias reestabeleceu a liturgia do culto, o sacerdócio, e
diversos ofícios que eram praticados no Templo; tais como, sacerdotes, levitas,
cantores, guardas do Templo etc.
2. A maior Páscoa
da monarquia
Assim como Ezequias, Josias incentivou os sacerdotes e levitas a
desempenharem seus papéis; deu ordem para que colocassem a Arca sagrada de
volta ao Templo (alguns estudiosos sugerem que, talvez, os sacerdotes tenham
levado a Arca sobre os ombros de um lugar para outro, a fim de evitar que fosse
profanada. Manassés ou outro rei idólatra pode ter ordenado sua remoção, ou
Josias pode tê-la colocado em outro lugar enquanto o templo era restaurado),
se organizassem em seus respectivos turnos, assumissem seus cargos no Templo e
se purificassem e preparassem para celebrar a Páscoa.
A celebração dessa Páscoa, incentivada por Josias, foi a maior desde os
dias de Samuel; o cronista narra que “nunca, pois, se celebrou tal Páscoa em
Israel, desde os dias do profeta Samuel, nem nenhuns reis de Israel celebraram
tal Páscoa como a que celebrou Josias com os sacerdotes, e levitas, e todo o
Judá e Israel que ali se acharam, e os habitantes de Jerusalém” (2Cr.35:18).
A celebração da Páscoa deveria ser um feriado anual, celebrado em
memória da grande libertação da nação israelita da escravidão do Egito (Ex.12),
porém não era feita havia muitos anos; como resultado, “nunca se celebrou tal
Páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram Israel, nem durante os
dias dos reis de Israel, nem nos dias dos reis de Judá” (2Reis 23:22).
Outras comemorações da Páscoa haviam sido maiores e mais sofisticadas,
mas essa foi particularmente a mais fervorosa e mais agradável ao Senhor por
causa do número e da devoção dos participantes, de seus sacrifícios e ofertas,
e de sua exata observância dos ritos da festa.
A impressão que o texto nos dá é “que durante todo o restante do reinado
de Josias a religião floresceu e as festas do Senhor foram muito cuidadosamente
observadas; mas nessa Páscoa, a satisfação que eles tiveram no concerto
recentemente renovado, o andamento da reforma realizada, e o renascimento de
uma ordenança cujo original divino eles tinham encontrado recentemente no livro
da Lei, e que tinha sido negligenciado por muito tempo ou guardado sem cuidado,
os colocou em grande entusiasmo de santa alegria”. A Escritura menciona apenas
três celebrações da Páscoa no período da monarquia: a celebração de Salomão
(2Cr.8), a de Ezequias (2Cr.30) e a de Josias.
O que
aconteceu com o rei Josias depois de tudo isso?
A Bíblia não fornece informação alguma sobre os treze anos seguintes do
reinado de Josias. O rei estava com 39 anos quando saiu para lutar contra Neco,
rei do Egito (2Reis 23:29; 2Cr.35:20-24). O exército egípcio encaminhava-se
para guerrear junto com os assírios contra os babilônios (2Rs.23:29), e a
Bíblia diz que “Josias lhe saiu ao encontro” (2Cr.35:20). Mas, o monarca do
Egito manda-lhe um recado, que ele dizia que era de Deus - ”Então, ele lhe
mandou mensageiros, dizendo: que tenho eu que fazer contigo, rei de Judá?
Quanto a ti, contra ti não venho hoje, senão contra a casa que me faz guerra; e
disse Deus que me apressasse; guarda-te de te opores a Deus, que
é comigo, para que não te destrua” (2Cr.35:21).
Josias não fazia ideia de que a mão de Deus estava por trás dos
movimentos de Neco, e não consultou o Senhor para saber se as palavras de Faraó
correspondiam à verdade. E o cronista narra que “Josias não virou dele o rosto;
antes, se disfarçou, para pelejar com ele; e não deu ouvidos às palavras de
Neco, que saíram da boca de Deus; antes, veio pelejar no vale de Megido”
(2Cr.35:22). Apesar de ter se disfarçado, foi morto na batalha; aliás, ele foi mortalmente
ferido em Megido, mas definitivamente veio a falecer depois de ser transportado
para Jerusalém (cf. 2Cr.35:24). O povo lamentou profundamente a morte de Josias,
e aqueles que criam na Palavra do Senhor sabiam que, com a morte de Josias, a fúria
divina era iminente (2Cr.34:22-28).
O cronista diz que as palavras do rei do Egito “saíram da boca de Deus”
(2Cr.35:22), mas o rei não obedeceu. Como interpretar estes fatos? Josias
perdeu a salvação por causa da desobediência? Não, pois a profetiza Hulda
afirmou que o rei morreria “em paz” (2Cr.34:28). Faraó Neco era profeta de
Jeová? Não, pois Deus falara diretamente a reis pagãos em várias ocasiões sem
lhes transformar o coração (cf. Gn.12:17-20; 20:3-7). Observe que Deus chamou
Nabucodonosor, rei pagão e idólatra, de “meu servo” (Jr.27:6). Podemos concluir
que o Senhor desejava manobrar o exército egípcio até o Eufrates para que Nabucodonosor
destruíssem as tropas egípcias e assírias e, desse modo, cumprisse a
advertência de que os babilônios conquistariam e disciplinariam Judá
(cf.Jr.25:8-11).
CONCLUSÃO
O reinado e Josias, desde o início, foi de pleno zelo pela Palavra de
Deus e pelo cumprimento dos mandamentos de Deus. O zelo de Josias era tão
grande que foi motivado a livrar Judá de toda idolatria que dominava
completamente o reino de Judá e Israel. O coração do crente cheio do Espírito
Santo não tolera ídolos ou qualquer outra prática que desagrade ao Senhor. O
que podemos apreciar sobre Josias é o seu exemplo de total compromisso. Nenhum
de nós poderia fazer um pedido mais importante do que sermos como Josias, que
se converteu ao Senhor de todo o seu coração, e com toda a sua alma, e com
todas as suas forças (2Reis 23:25).
---------------------
Luciano de Paula Lourenço –
EBD/IEADTC
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e
Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico popular
(Antigo Testamento).
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Beaccon – volume 2.
Roy
B.Zuck. A Teologia do Antigo Testamento.
Lição muito bem explicada glória a Deus
ResponderExcluirE vencedor aquele que faz a vontade do Pai. O Rei Josias deixou um legado de Fé para toda a humanidade até nos dias atuais.sigamos esse exemplo de Rei em uma caminhada de fidelidade a Deus ofuscando-se a escuridão e andando na luz.
ResponderExcluir