1° Trimestre/2024
SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 13
Texto
Base: Atos 13:1-4
“Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos
confins da terra” (Atos 1:8).
Atos 13:
1.Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e
doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Niger, e Lúcio, cireneu, e
Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2.E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3.Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram.
4.E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia
e dali navegaram para Chipre.
INTRODUÇÃO
Nesta ultima Lição do primeiro trimestre de 2024, trataremos do
tema: “o poder de Deus na Missão da Igreja”. Ao abordar este tema é essencial
compreender o papel fundamental do Espírito Santo na jornada da Igreja de
Cristo. A história da Igreja está intrinsecamente ligada à obra e à influência
transformadora do Espírito Santo, que capacita, direciona e fortalece os
crentes para o cumprimento da Grande Comissão deixada por Jesus Cristo.
O poder do Espírito Santo na missão da Igreja é mais do que uma
simples força motivadora ou um impulso ocasional; é uma presença contínua e
ativa que molda a identidade da Igreja e capacita os seus membros para
proclamar o Evangelho e viver em testemunho ao redor do mundo.
Nesta lição, mergulharemos na compreensão mais profunda do papel
do Espírito Santo na missão da Igreja. Exploraremos como Sua influência
capacita os crentes a serem testemunhas eficazes, a transcenderem barreiras
culturais e linguísticas, a expressarem amor e compaixão de forma genuína e a
viverem vidas que glorificam a Deus. Veremos como, desde os primórdios do
Cristianismo, o Espírito Santo tem sido o agente de transformação que capacita
os discípulos a propagarem a mensagem redentora de Cristo, capacitando-os para
enfrentar desafios, superar obstáculos e estabelecer comunidades de fé em
diversas realidades culturais e sociais.
Através do estudo deste tema, seremos convidados a refletir sobre
a importância da dependência do Espírito Santo na vida da Igreja, reconhecendo
Sua liderança, orientação e poder que capacitam os crentes a cumprirem
fielmente a missão de fazer discípulos de todas as nações.
Que possamos ser inspirados e desafiados pela obra transformadora
do Espírito Santo na missão da Igreja, capacitando-nos a sermos instrumentos de
graça, amor e esperança em um mundo que tanto necessita do toque restaurador de
Deus.
I. A DOUTRINA DO
ESPÍRITO SANTO SEGUNDO O EVANGELISTA LUCAS
1. Um ensino revelado
nos escritos de Lucas
Tanto o Evangelho de Lucas quanto o Livro de Atos, ambos escritos
pelo evangelista Lucas, destacam a centralidade e a importância do ministério
do Espírito Santo na vida de Jesus e na subsequente formação da Igreja
primitiva. Lucas ressalta que a presença e a obra do Espírito Santo não são
meramente opcionais, mas sim absolutamente essenciais para a capacitação e a
missão dos discípulos de Jesus.
No Evangelho de Lucas, vemos a narrativa da vida de Jesus
intimamente conectada com a obra do Espírito Santo. Desde o início, o
nascimento de Jesus é marcado pela intervenção do Espírito Santo na vida de
Maria (Lc.1:35). O ministério terreno de Jesus é caracterizado pelo poder do
Espírito, e Ele próprio é batizado e ungido pelo Espírito Santo (Lc.3:21,22,
4:1, 14,18). Jesus reconhece a necessidade do Espírito ao prometer aos Seus
discípulos o "poder do alto" (Lc.24:49), uma capacitação que lhes
permitiria testemunhar e proclamar o Evangelho com autoridade e eficácia. Essa
promessa se cumpre no Livro de Atos, quando o Espírito Santo desce sobre os
discípulos no Dia de Pentecostes, capacitando-os para testemunhar de forma
poderosa sobre Jesus Cristo (Atos 2:1-4).
A transformação que ocorre nos discípulos após a recepção do
Espírito é notável, pois eles passam a proclamar corajosamente o Evangelho com
ousadia, sabedoria e poder, impactando vidas e estabelecendo as bases da Igreja
primitiva. O "poder do alto" mencionado por Jesus se torna uma
realidade visível e tangível na vida dos crentes, capacitando-os não apenas a
compartilhar a mensagem do Evangelho, mas também a viverem em unidade, amor e
serviço mútuo (Atos 2:42-47). O Espírito Santo não apenas os equipa para o
testemunho, mas também os guia, consola, fortalece e capacita para enfrentar
desafios e perseguições no avanço do Reino de Deus.
Portanto, a obra do Espírito Santo é essencial e inseparável da
missão da Igreja. Sem Sua atuação, os discípulos não estariam qualificados para
serem testemunhas eficazes do Senhor Jesus. O revestimento do poder do Espírito
capacita os crentes a viverem de acordo com a vontade de Deus e a cumprirem a
Grande Comissão de fazer discípulos de todas as nações.
2. O enchimento do Espírito como experiência necessária
A ênfase
no enchimento do Espírito Santo como uma experiência necessária é uma temática
proeminente no contexto literário do evangelista Lucas, especialmente no
Evangelho e no Livro de Atos. O próprio ministério de Jesus Cristo é
caracterizado pelo seu início após ser batizado e cheio do Espírito Santo (Lc.3:21,22).
Jesus não
apenas foi capacitado pelo Espírito Santo, mas também dependeu totalmente d'Ele
para cumprir a obra do Pai. Ao iniciar Seu ministério público, Jesus declara
que o Espírito do Senhor estava sobre Ele, capacitando-O para pregar o
evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos, restaurar a vista aos
cegos, libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor (Lc.4:18,19).
Em todas as etapas de Seu ministério, Jesus demonstra uma completa dependência
e submissão ao Espírito Santo.
Da mesma
forma, no Livro de Atos, a Igreja é instruída a aguardar e buscar o
revestimento do poder do Espírito Santo antes de iniciar a obra missionária.
Antes do Dia de Pentecostes, os discípulos foram instruídos por Jesus a
permanecerem em Jerusalém até que fossem revestidos do poder do Espírito Santo
(Lc.24:49, Atos 1:4,5).
A descida
do Espírito Santo sobre os discípulos no Pentecostes marcou um momento crucial
na história da Igreja. Essa experiência transformadora capacitou-os para
testemunhar eficazmente sobre Jesus Cristo, resultando na conversão de milhares
de pessoas naquele dia (Atos 2:1-4, 2:41). A presença contínua do Espírito
Santo na vida da Igreja primitiva foi fundamental para sua missão, guiando,
capacitando e fortalecendo os crentes para espalharem o evangelho em toda parte
(Atos 1:8).
Portanto,
no contexto literário de Lucas, a ideia do Espírito Santo como uma necessidade,
e não apenas uma opção, é claramente enfatizada. Tanto o ministério de Jesus
quanto a expansão da Igreja primitiva são inseparáveis do poder e da orientação
do Espírito Santo. Essa experiência do enchimento do Espírito é fundamental
para capacitar os crentes a viverem de maneira eficaz e impactante para a
glória de Deus na missão da Igreja.
3. O enchimento do Espírito como uma experiência concreta
No Livro
de Atos o enchimento do Espírito Santo é retratado como uma experiência
concreta e objetiva na vida dos crentes, destacando-se como um evento tangível
e visível. Essa experiência não era apenas subjetiva, mas também se manifestava
de maneira perceptível aos sentidos e à observação externa.
Os relatos
em Atos evidenciam que a vinda do Espírito Santo era marcada por manifestações
visíveis e auditivas. No Dia de Pentecostes, os discípulos foram enchidos do
Espírito Santo e começaram a falar em línguas que não conheciam, um sinal
evidente da presença e do poder do Espírito (Atos 2:4). Esse fenômeno não era
apenas interno, mas também externo, perceptível aos ouvintes de diferentes
nacionalidades presentes em Jerusalém naquele dia.
Essa
manifestação do Espírito Santo não foi um evento isolado. Em outros relatos no
Livro de Atos, vemos que, ao receberem o Espírito Santo, os novos crentes
manifestavam dons espirituais, incluindo o falar em línguas desconhecidas, como
evidenciado nos relatos de Atos 10:44-46 e Atos 19:1-6. Em cada um desses
episódios, a evidência tangível do enchimento do Espírito era o dom de línguas,
indicando a presença do Espírito Santo na vida daqueles primeiros cristãos.
Além
disso, ao descrever a experiência de Pedro na casa de Cornélio (Atos 10), Lucas
enfatiza que o derramamento do Espírito sobre os gentios foi acompanhado pelo
reconhecimento inequívoco de que eles também haviam recebido o mesmo dom do
Espírito Santo que os discípulos judeus receberam em Pentecostes.
Assim,
para os primeiros cristãos, o enchimento do Espírito Santo não era apenas uma
experiência interna e subjetiva, mas também era acompanhado por manifestações
externas que eram claramente reconhecíveis e distintas. O falar em línguas
desconhecidas emergiu como um dos sinais mais proeminentes dessa experiência, destacando
a realidade tangível da presença e do poder do Espírito Santo na vida daqueles
que O receberam.
II. O ESPÍRITO SANTO
CAPACITANDO AS TESTEMUNHAS
1. Capacitando as testemunhas
No Livro
de Atos, vemos uma diversidade de situações em que o Espírito Santo capacita e
fortalece tanto os líderes proeminentes quanto os indivíduos comuns para
desempenharem a obra de Deus. Primeiramente, o Espírito capacitou líderes como
Pedro e Paulo para enfrentarem desafios e oposições ao proclamarem o Evangelho.
O episódio em que Pedro é confrontado pelos sacerdotes e anciãos, e responde
cheio do Espírito Santo (Atos 4:8), é um exemplo claro da capacitação divina
concedida aos líderes da Igreja. Da mesma forma, vemos Paulo, em seu confronto
com Elimas, o mágico, sendo cheio do Espírito Santo para resistir a oposições
espirituais e continuar sua missão (Atos 13:9).
No
entanto, o que é ainda mais notável é que o Espírito Santo não se limitava a
capacitar apenas os líderes designados. Lucas destaca que o derramamento do
Espírito não era uma bênção exclusiva para os apóstolos ou para uma elite
espiritual, mas sim para todo Corpo de Cristo. No Dia de Pentecostes, como
citado por Pedro, o derramamento do Espírito foi profetizado por Joel como algo
que viria sobre "toda carne" (Atos 2:17), ou seja, para todas as
pessoas, sem distinção de idade, gênero ou posição social, desde que aceitasse
a Cristo Jesus como o Senhor e Salvador.
O Espírito
Santo capacita homens e mulheres, jovens e velhos, a se engajarem na obra do
Reino de Deus. O exemplo dos discípulos que receberam o Espírito Santo em
Pentecostes e começaram a falar em línguas desconhecidas é um testemunho claro
disso. Esse fenômeno foi experimentado por todos ali presentes, não apenas
pelos apóstolos. Essa capacitação do Espírito, portanto, não se restringe a um
grupo seleto, mas é uma dádiva que se estende a todos os que creem em Jesus
Cristo. O Espírito Santo equipa e capacita cada membro do corpo de Cristo para
servir, testemunhar e viver de acordo com a vontade de Deus, fortalecendo e
habilitando a Igreja como um todo para cumprir sua missão no mundo.
2. Pessoas simples
capacitadas pelo Espírito
O Livro de Atos ilustra vividamente como o Espírito Santo capacita
e usa pessoas simples e comuns para desempenharem papéis significativos na
propagação do Evangelho e na edificação da igreja. O exemplo de Ananias é
notável. Ele é chamado por Deus para ministrar a Paulo, que então se chamava
Saulo, e lhe impor as mãos para que recuperasse a visão (Atos 9:10-19). Ananias
era um crente comum, não um apóstolo ou líder religioso renomado, mas foi
escolhido por Deus para desempenhar um papel vital na vida de Paulo. Esse
evento marca um ponto crucial na conversão de Paulo e no início de seu
ministério como apóstolo dos gentios.
Da mesma forma, Estêvão e Filipe, inicialmente escolhidos para
servirem nas questões práticas da distribuição de alimentos entre os
necessitados, foram capacitados pelo Espírito Santo para realizar milagres e
proclamar o Evangelho com poder (Atos 6:8; 8:6). Portanto, a capacitação e o
empoderamento do Espírito não estavam restritos aos líderes reconhecidos, mas
eram concedidos a todos os crentes fiéis que se dispunham a servir e a obedecer
ao chamado de Deus.
Esses exemplos reforçam o princípio de que Deus não se limita a
usar apenas uma classe privilegiada para realizar Sua obra. Ele escolhe e
capacita pessoas simples e comuns para serem Seus instrumentos no mundo. O
Espírito Santo é o capacitador por excelência, concedendo dons, habilidades e
autoridade espiritual a qualquer um que esteja disposto a se submeter à Sua
direção e liderança.
Essa verdade é uma fonte de encorajamento para todos os crentes,
pois mostra que, independentemente da posição social, da educação ou da
experiência cristã, Deus pode e deseja capacitar cada um para ser uma
testemunha eficaz do Seu amor, graça e poder. Ele usa pessoas comuns para
realizar feitos extraordinários em prol do Seu Reino, demonstrando Sua glória
através da capacitação pelo Espírito Santo.
3. Capacitando a Igreja
No
contexto literário de Lucas, especialmente no Livro de Atos, a Igreja do Novo
Testamento é retratada como portadora de uma missão profética e como uma
comunidade capacitada e dirigida pelo Espírito Santo para testemunhar de Cristo
e propagar o Evangelho.
A partir
das palavras proféticas citadas por Pedro no Dia de Pentecostes, conforme
registrado em Atos 2:17, todos os crentes são vistos como participantes do
ministério profético, capacitados pelo Espírito Santo para proclamarem a
Palavra de Deus e testemunharem sobre Jesus Cristo. Essa visão não se restringe
a um grupo seleto, mas se estende a toda a comunidade de crentes.
No Livro
de Atos, vemos que a Igreja primitiva era caracterizada por uma comunidade de
crentes capacitados pelo Espírito Santo, que viviam em unidade, compartilhavam
suas posses e testemunhavam de maneira poderosa sobre Jesus Cristo. Essa
comunidade de fiéis, energizada pelo Espírito, demonstrava um testemunho
coletivo e indivisível que atraía a admiração e a confiança das pessoas ao seu
redor (Atos 2:47).
O
crescimento das igrejas descrito em Atos não estava apenas associado ao
testemunho de indivíduos isolados, mas sim ao testemunho coletivo e à vida
vibrante das comunidades de crentes capacitados pelo Espírito Santo. Eles não
apenas proclamavam o Evangelho com palavras, mas também viviam de maneira que
refletia o poder transformador de Cristo em suas vidas, o que impactava
significativamente as pessoas ao seu redor. Além disso, Atos 9:31 destaca que
as igrejas cresciam e se fortaleciam na fé, sendo encorajadas e edificadas pelo
Espírito Santo, demonstrando a ligação íntima entre a capacitação espiritual da
comunidade de crentes e o crescimento saudável da Igreja como um todo.
Portanto,
no contexto de Atos, o testemunho dado pela comunidade de crentes capacitados
pelo Espírito Santo desempenhou um papel fundamental no crescimento e na
expansão das igrejas, não apenas como testemunho individual, mas como um
testemunho coletivo que demonstrava o poder e a graça de Deus em ação na vida
da comunidade cristã.
III. O ESPÍRITO SANTO
COMO FONTE GERADORA DE MISSÕES
1. O envio missionário
No
capítulo 13 do Livro de Atos, vemos o Espírito Santo desempenhando um papel
central e ativo no envio dos primeiros missionários da Igreja em Antioquia,
especialmente no comissionamento de Paulo e Barnabé para a Primeira Viagem
Missionária.
Lucas
destaca que havia profetas na Igreja em Antioquia, indicando que havia pessoas
dotadas com dons especiais, incluindo a capacidade de receber e transmitir
mensagens do Espírito Santo (Atos 13:1). É por meio desses dons espirituais que
os líderes da Igreja, impulsionados pelo Espírito Santo, são guiados a separar
Paulo e Barnabé para a obra missionária.
O texto
destaca que, enquanto a comunidade cristã adorava ao Senhor e jejuava, o Espírito
Santo falou de maneira clara e audível, direcionando-os a separar esses dois
obreiros para a missão que Ele havia designado para eles (Atos 13:2). Essa
separação não foi uma ação humana por iniciativa própria, mas sim uma resposta
direta e específica à orientação do Espírito Santo, que estava ativo e
conduzindo a obra missionária da Igreja. Lucas enfatiza a ideia de que é o
Espírito Santo quem é a fonte geradora das missões, pois Ele é quem vocaciona e
envia. Essa passagem ressalta que a missão não é apenas uma iniciativa humana,
mas é impulsionada, dirigida e capacitada pelo Espírito de Deus. O Espírito
Santo é quem convoca e equipa os servos de Deus para a obra específica que Ele
planeja realizar.
Essa
narrativa bíblica evidencia a importância da sensibilidade e submissão à
direção do Espírito Santo na vida da Igreja, especialmente em relação à missão
e ao avanço do Evangelho. Ela enfatiza que a obra missionária genuína é
impulsionada e guiada pelo Espírito Santo, e que a Igreja deve estar aberta e
receptiva à Sua orientação para cumprir o propósito de Deus no mundo.
2. A estratégia missionária
A
estratégia missionária é uma questão crucial e complexa, especialmente em um
mundo multicultural. O relato sobre Paulo e Barnabé em sua tentativa de ir à
Ásia e Bitínia, mas sendo impedidos pelo Espírito Santo (Atos 16:6-7), destaca
a importância da orientação do Espírito na obra missionária. Essa narrativa nos
ensina que o discernimento da vontade de Deus é essencial na estratégia
missionária.
Apesar de
Paulo e Barnabé terem um desejo legítimo de espalhar o Evangelho, o Espírito
Santo os direcionou a outro caminho. Isso demonstra que, às vezes, o que pode
parecer uma estratégia lógica ou planejada para os homens, pode não ser o plano
de Deus para a propagação do Evangelho naquele momento e contexto específico.
Essa lição
é valiosa para agências missionárias e igrejas da atualidade. Não basta apenas
o desejo de realizar missões; é crucial buscar a orientação do Espírito Santo
em todo o processo. Isso inclui a seleção e a vocação dos missionários, a
escolha dos locais de envio, o tempo e a abordagem na obra missionária.
A
abordagem multicultural da missão requer sensibilidade cultural, adaptação
contextual e uma compreensão profunda das diferentes realidades em que o
Evangelho será compartilhado. Além disso, é essencial orar e buscar
discernimento para compreender os planos e direções do Espírito Santo,
permitindo que Ele guie e conduza o processo de missões.
É possível
que agências missionárias e igrejas adotem estratégias que, apesar de bem
intencionadas, podem não ser as mais apropriadas para o contexto em que desejam
ministrar. Portanto, a busca pela orientação do Espírito Santo é fundamental
para garantir que a estratégia missionária seja alinhada à vontade de Deus,
direcionando os esforços para onde Ele está operando e preparando os corações
para receberem a mensagem do Evangelho.
Assim, a
oração, a busca contínua da direção de Deus e a sensibilidade às orientações do
Espírito Santo são elementos essenciais para uma estratégia missionária eficaz
e relevante em um mundo multicultural e diversificado.
CONCLUSÃO
Encerramos esta Lição e, consequentemente, este trimestre,
mostrando que a Ação do Espírito Santo é crucial para a realização da vocação
missionária da Igreja. Sua presença capacita, orienta e fortalece os crentes,
concedendo-lhes os dons e a direção necessários para testemunhar de Jesus
Cristo em seu contexto e cumprir a Grande Comissão.
A ausência da atuação do Espírito Santo pode deixar a Igreja Local
desabilitada para sua missão primordial de proclamar o Evangelho e fazer
discípulos. A dependência do poder do Espírito é essencial para que a Igreja
exerça seu papel de forma eficaz, alcançando vidas, transformando comunidades e
expandindo o Reino de Deus.
Portanto, ao reconhecer e valorizar a ação do Espírito Santo na
vida da Igreja, a comunidade de crentes se torna habilitada e capacitada para
ser uma testemunha viva do amor e da graça de Deus, cumprindo assim sua missão
de impactar o mundo ao seu redor para a glória de Deus.
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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo
Testamento).
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Pr. Elienai Cabral. Missão Profética da Igreja - A Proclamação da
Palavra. CPAD.
Pr. Hernandes Dias Lopes. Atos - A ação do Espírito Santo na vida
da igreja.
Claudionor de Andrade – A sublimidade do culto cristão.
Pr. Gutierres Fernandes Siqueira. Revestidos de Poder: Uma
Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro.CPAD_2018.
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