4° Trimestre de 2024
SUBSÍDIA PARA A LIÇÃO 08
Texto Base: Números
6:24-26; Filipenses 4:6,7; 1Pedro 3:10,11
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la
dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).
Números 6:
24.O Senhor te abençoe e te guarde;
25.O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia
de ti;
26.O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Filipenses 4:
6.Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições
sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de
graças.
7.E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
1Pedro 3:
10.Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua
do mal, e os seus lábios não falem engano;
11.Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
INTRODUÇÃO
A Paz, na perspectiva bíblica, vai muito além da simples ausência de
conflitos. Ela é um estado profundo de harmonia interior que abrange o
relacionamento do ser humano com Deus, consigo mesmo e com o próximo. Desde o
início, a paz fazia parte do plano divino, mas foi interrompida pela entrada do
pecado no Éden. No entanto, Deus não abandonou Sua criação à desordem e ao
caos. Em Cristo, o "Príncipe da Paz" (Is.9:6), a promessa de
reconciliação e paz foi restaurada. Esta paz, conforme Jesus ensinou, é única —
não é a falsa tranquilidade que o mundo oferece, mas uma paz que excede todo o
entendimento humano, capaz de trazer alívio mesmo nas circunstâncias mais
desafiadoras. Nesta lição, veremos como essa promessa de paz é parte essencial
da redenção e do relacionamento que Deus oferece aos que O seguem.
I. A PAZ NO PLANO DE DEUS
1. O significado de Paz
O termo “paz” possui um significado profundo tanto no Antigo quanto no
Novo Testamento, ultrapassando a simples ausência de conflitos.
No Antigo Testamento, a palavra hebraica "shalom" não se
refere apenas à tranquilidade, mas abrange um estado completo de bem-estar
físico, emocional e espiritual. Ela expressa segurança, saúde, prosperidade e
harmonia nas relações com Deus e com o próximo (Nm.6:26).
No Novo Testamento, a palavra grega “eirene” mantém esse sentido amplo
de paz, porém com uma ênfase maior em quietude e repouso interior (Fp.4:6).
Ambas as palavras -"shalom" e “eirene”, apontam para uma paz
que resulta da reconciliação com Deus, trazendo harmonia não só nas
circunstâncias externas, mas principalmente no coração e na alma, uma paz plena
que envolve todas as esferas da vida humana. Essa paz bíblica não é apenas uma
condição estática, mas uma realidade dinâmica que nos transforma e nos sustenta
em tempos de adversidade.
2. A Paz na bênção sacerdotal
“O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer
o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o
seu rosto e te dê a paz” (Número 6:24-26).
A bênção sacerdotal expressa nestes textos é um dos trechos mais
significativos do Antigo Testamento, revelando o desejo de Deus para o Seu
povo, especialmente no que diz respeito à Paz (shalom).
A estrutura tripla da bênção sacerdotal reflete um processo gradual:
Deus abençoa e guarda, fazendo Seu rosto resplandecer sobre o Seu povo,
concedendo-lhes misericórdia, e culmina com a promessa de Paz.
A palavra "shalom", neste contexto, carrega um sentido
profundo e abrangente que vai além da simples ausência de conflitos ou da
tranquilidade superficial. Ela aponta para uma completude interior e exterior,
um estado de bem-estar total que abrange a saúde, a prosperidade, a segurança
e, acima de tudo, um relacionamento pleno com Deus.
Essa Paz divina não é apenas uma bênção espiritual, mas algo que permeia
todas as esferas da vida, proporcionando ao povo de Israel uma certeza de que,
mesmo em meio à sua jornada pelo deserto e na Terra Prometida, Deus estaria
presente para garantir sua segurança, provisão e bem-estar.
A paz que Deus oferece aqui não é circunstancial, mas contínua e
duradoura, uma paz que confere satisfação completa em Deus, expulsando a
ansiedade, a tensão e a discórdia, e gerando um estado de harmonia interior que
reflete a presença do próprio Deus. Essa bênção revela que a verdadeira paz é
um dom de Deus, disponível para aqueles que O seguem e confiam em Sua proteção
e provisão.
3. A Paz do Senhor
A Paz do Senhor, mencionada em Isaías 9:6, ao chamar Jesus de
"Príncipe da Paz", aponta para uma das mais profundas características
do Messias. Essa paz é muito mais do que a ausência de guerra ou conflito; ela
abrange uma harmonia interior, uma reconciliação com Deus e um estado de
completa tranquilidade que Jesus veio trazer ao mundo. O Senhor Jesus, como
Príncipe da Paz, inaugurou uma era onde a paz com Deus é possível através da
Sua obra redentora, promovendo a reconciliação entre o ser humano e o Criador
(Colossenses 1:20).
O apóstolo Paulo, em Filipenses 4:6.7, reforça a importância dessa paz
divina na vida cristã ao exortar a igreja a não viver ansiosa, mas a confiar em
Deus, entregando-lhe todas as preocupações em oração. Como resultado, a paz de
Deus, que excede todo entendimento, protegerá o coração e a mente dos crentes.
Essa paz transcende as circunstâncias externas e age como uma "fortaleza
espiritual", guardando a mente e as emoções daqueles que permanecem em
Cristo. Não é uma paz que depende das circunstâncias, mas uma paz sobrenatural,
proveniente de um relacionamento íntimo com o Senhor.
Além disso, o apóstolo Pedro, em 1Pedro 3:10,11, ensina que essa paz
deve se estender para além de nós mesmos, influenciando nossas relações com os
outros. Ele instrui os cristãos a buscarem a paz e a evitarem contendas,
refreando a língua de falas enganosas e distanciando-se do mal.
Assim, a paz de Cristo, além de ser um estado interior, deve refletir-se
na maneira como nos relacionamos com os outros, promovendo reconciliação e
evitando discórdias. Viver em paz com os outros é um reflexo da paz que Cristo
nos dá, e essa busca por paz demonstra nossa maturidade espiritual e
comprometimento com os valores do Reino de Deus.
Portanto, a paz do Senhor Jesus não é apenas um presente para o
indivíduo, mas uma virtude que devemos expressar em todas as áreas da vida, com
Deus e com os outros, refletindo o caráter do Príncipe da Paz em nossas ações e
atitudes.
II. A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO
1. Uma paz enganosa
A paz oferecida pelo mundo é frequentemente ilusória e temporária.
Muitas pessoas, em sua busca por um sentimento de tranquilidade ou satisfação,
recorrem a vícios, festas, prazeres momentâneos e até filosofias de vida que
prometem alívio, mas falham em proporcionar paz duradoura. Esses caminhos
oferecem apenas um alívio superficial e fugaz, deixando as pessoas ainda mais
vazias e inquietas quando o efeito dessas experiências passa. A tentativa de
preencher o vazio com o que é temporário, como o uso de substâncias, jogos ou
distrações, apenas perpetua uma busca incessante por algo que possa
verdadeiramente satisfazer o coração humano.
Essa paz que o mundo oferece muitas vezes se define como a ausência de
conflitos ou dificuldades, mas é uma paz condicionada e frágil. Ela não
consegue resistir às adversidades da vida e rapidamente se dissolve diante de
problemas e tribulações. Isso ocorre porque essa paz é construída sobre
fundamentos terrenos e humanos, baseados em circunstâncias que estão fora do
controle das pessoas. Sem um fundamento eterno, ela não pode proporcionar
verdadeira segurança ou descanso para a alma.
Jesus, ao contrário, oferece uma paz que transcende o entendimento
humano e não depende de circunstâncias externas. Em João 14:27, Ele declara:
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a
dá". Essa paz é profunda, genuína e baseada na reconciliação com Deus,
através da obra redentora de Cristo. Ela não se abala diante de tribulações,
porque sua origem é celestial e eterna, diferente da paz do mundo, que é
limitada e enganosa. Como diz em João 7:38, a paz de Cristo flui como rios de
água viva, preenchendo as necessidades mais profundas do ser humano. Ela é
verdadeira porque se baseia na realidade da comunhão com Deus, algo que nenhuma
paz mundana pode oferecer.
Portanto, a paz do mundo é passageira, enganosa e vazia, enquanto a paz
de Cristo é duradoura, trazendo verdadeira satisfação e descanso para a alma,
independentemente das circunstâncias.
2. A “paz” das obras da carne
A "paz" das obras da carne é uma ilusão perigosa que engana
muitas pessoas, fazendo-as acreditar que estão vivendo uma vida de
tranquilidade e satisfação. A Carta aos Gálatas (5:19-21) descreve as obras da
carne, como prostituição, impureza, inimizades, invejas e outras práticas
pecaminosas, como elementos que trazem uma falsa sensação de prazer e
bem-estar. Quem vive segundo esses desejos carnais experimenta uma satisfação
momentânea, baseada no prazer físico ou emocional. Entretanto, essa satisfação
é superficial e passageira, deixando a pessoa novamente vazia e necessitada,
perpetuando um ciclo de busca incessante por alívio.
Essa falsa paz é confundida com felicidade ou tranquilidade, pois é
baseada em sensações e experiências que atendem aos impulsos imediatos da
carne. No entanto, a Bíblia alerta que essa é uma paz ilusória e perigosa, pois
as obras da carne afastam a pessoa de Deus e da verdadeira paz que Ele oferece.
O prazer momentâneo é rapidamente seguido por sentimento de culpa, insatisfação
e a constante necessidade de mais, sem jamais alcançar uma paz duradoura. Como
Paulo destaca em Efésios 2:3, aqueles que vivem segundo os desejos da carne
estão, na verdade, sob o domínio do Mundo, da Carne e do Diabo, e não podem
experimentar a verdadeira paz de Cristo enquanto estiverem presos a esses
desejos.
A verdadeira paz, oferecida por Jesus, é incompatível com a prática
contínua do pecado. Não há como experimentar a paz de Deus vivendo em
desobediência aos seus mandamentos. A "paz" das obras da carne é
apenas uma sombra distorcida da paz genuína, que só pode ser encontrada em uma
vida transformada pelo Espírito Santo. Somente quando renunciamos às obras da
carne e nos voltamos para Deus é que podemos experimentar a verdadeira paz que
excede todo entendimento e que traz plenitude à alma. Essa paz não é baseada em
circunstâncias ou sensações, mas em um relacionamento com Cristo, que nos
liberta do domínio do pecado e nos conduz à vida eterna.
3. Uma falsa paz
Disse o apóstolo Paulo: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança,
então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que
está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1Ts.5:3). A falsa paz mencionada por
Paulo neste texto refere-se à aparente tranquilidade que muitos acreditarão ter
alcançado antes da repentina vinda do Dia do Senhor. Paulo alerta a igreja de
que, quando o mundo estiver proclamando "paz e segurança", uma
destruição inesperada virá, semelhante às dores de parto que chegam
abruptamente para uma mulher grávida, inevitáveis e inescapáveis. Essa falsa
paz será um dos grandes enganos do período da Grande Tribulação, onde a
humanidade, confiando em soluções humanas, políticas e temporais, acreditará
que alcançou estabilidade e tranquilidade, mas tudo não passará de uma ilusão.
Essa paz será superficial e frágil, construída sobre alicerces humanos,
sem qualquer fundamento espiritual ou divino. As pessoas que buscarem e
confiarem nessa falsa paz serão incapazes de discernir a verdadeira realidade
espiritual que as cerca, cegas para os sinais da proximidade do julgamento
divino. Elas serão pegas desprevenidas, justamente quando acharem que tudo está
seguro e sob controle, revelando o quão ilusória é a paz que não provém de
Deus.
A falsa paz, portanto, está diretamente relacionada à confiança no poder
humano e nas soluções terrenas. No entanto, o que ela oferece é temporário e
enganador, pois ignora a necessidade de reconciliação com Deus e a verdadeira
paz, que só pode ser encontrada em Cristo. Somente Jesus, o Príncipe da Paz,
pode nos oferecer uma paz duradoura e verdadeira, que ultrapassa as
circunstâncias do mundo e que nos prepara para enfrentar tanto as dificuldades
presentes quanto os eventos futuros. Aqueles que buscarem e confiarem na paz de
Cristo não serão surpreendidos pelo Dia do Senhor, mas estarão prontos, vivendo
em comunhão com Ele e aguardando sua vinda com segurança.
III. A PAZ QUE JESUS PROMETEU
1. O Príncipe da Paz
Isaías, ao profetizar sobre o Messias, destacou a vinda de um governante
que seria chamado "Príncipe da Paz" (Is.9:6,7). Esse título revela a
natureza profunda e transformadora da missão de Jesus. A paz que Ele traria ao
mundo não é apenas a ausência de conflitos, mas uma reconciliação completa
entre o ser humano e Deus. O “Príncipe da Paz” não apenas acalma tempestades
externas, mas, acima de tudo, traz a verdadeira paz interior, restaurando a
comunhão perdida no Éden.
Nos Evangelhos, Jesus é apresentado como o cumprimento dessa promessa;
Ele oferece uma paz que o mundo jamais poderia proporcionar. Em João 14:27,
Jesus assegura aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não
vo-la dou como o mundo a dá”. Aqui, Ele distingue claramente entre a paz
temporária e ilusória oferecida pelo mundo e a paz eterna que Ele dá. A paz de
Cristo não depende de circunstâncias externas, como prosperidade material ou
ausência de guerras, mas é uma paz que invade o coração e o espírito, trazendo
tranquilidade mesmo em meio às tribulações.
Além disso, o “principado” de Jesus, ou seja, o governo d’Ele como
Príncipe da Paz, assegura-nos uma paz permanente e duradoura. Ele governará com
justiça e amor, garantindo que aqueles que se submetem ao seu senhorio possam
viver em plena confiança de que estão sob o cuidado de um rei que sempre
proverá paz.
Quando Jesus enviou seus discípulos para pregar, Ele os ensinou a
abençoar com paz as casas que os receberam (Mt.10:12,13), mostrando que essa
paz acompanha os seguidores de Cristo em todas as suas jornadas. Onde quer que
os seus discípulos forem, eles podem levar consigo a paz que provém do Príncipe
da Paz, criando um ambiente de reconciliação e harmonia.
Essa paz prometida por Jesus vai além da dimensão humana e terrena,
alcançando a paz que haverá no futuro, quando Ele estabelecerá seu reino eterno
de Justiça e Paz sobre toda a criação.
Portanto, a Paz que Jesus nos concede é um dom inestimável e contínuo,
disponível a todos os que se submetem ao seu reinado e buscam viver conforme
seus ensinamentos.
2. Uma promessa redentora
A promessa redentora de paz, introduzida logo após a Queda do ser humano
no Éden, revela o plano de Deus para restaurar o relacionamento entre Ele e a
humanidade. Quando Adão e Eva pecaram, a paz que Deus havia estabelecido no
início da criação foi interrompida. O Diabo, por meio de sua astúcia, trouxe
desobediência e, com ela, a separação entre o ser humano e Deus (Gênesis
3:1-7). Contudo, Deus, em sua graça e misericórdia, prometeu desde aquele
momento uma solução definitiva: a vinda da “semente da mulher”, que pisaria a
cabeça da serpente (Gênesis 3:15). Essa promessa apontava para Cristo, o
Redentor, que reconciliaria a humanidade com Deus.
O cumprimento dessa promessa redentora encontra seu clímax em Jesus
Cristo. Ele veio para restaurar a paz quebrada pelo pecado, oferecendo
reconciliação por meio de Seu sacrifício na cruz. Como Paulo explica em Romanos
5:1: "Justificados, pois, pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor
Jesus Cristo". Essa paz é a restauração do relacionamento correto com
Deus, uma paz que só pode ser alcançada por meio da obra redentora de Cristo.
Além disso, a obra de Jesus não apenas trouxe paz entre o ser humano e
Deus, mas também entre os próprios seres humanos. Efésios 2:14,15 revela que
Jesus derrubou a "parede da separação" que existia entre judeus e
gentios, unindo ambos em um só corpo, a Igreja. Antes, havia uma inimizade
entre os povos, mas Cristo, com sua morte e ressurreição, desfez essa
inimizade, criando uma nova humanidade reconciliada, onde todos têm acesso à
mesma paz.
Essa promessa de paz continua a ser uma realidade para aqueles que creem
em Cristo. O Novo Testamento enfatiza que essa paz está sempre ao alcance dos
fiéis. Filipenses 4:9 promete que a paz de Cristo estará com aqueles que seguem
Seus mandamentos e vivem segundo Seus ensinamentos. Em Colossenses 3:15, Paulo
instrui que a paz de Cristo deve "dominar em nossos corações",
governando nossas vidas e decisões diárias. Além disso, Jesus, no Sermão do
Monte, afirma que os pacificadores serão chamados filhos de Deus (Mateus 5:9),
mostrando que aqueles que promovem a paz, por estarem reconciliados com Deus,
também desfrutarão de verdadeira felicidade.
Portanto, a promessa redentora de paz transcende o mero conceito de
tranquilidade; ela é uma reconciliação profunda com Deus e com os outros,
alcançada por meio de Cristo. Essa paz é transformadora, tanto para o coração
humano quanto para as relações interpessoais, e continua disponível para todos
que creem na obra redentora de Jesus.
3. Uma promessa que excede todo o entendimento
A promessa de uma paz que excede todo o entendimento, mencionada em
Filipenses 4:6,7, vai além da compreensão humana porque transcende as
circunstâncias externas. Essa paz não é o resultado de um ambiente isento de
problemas, mas sim da confiança em Deus, que nos fortalece em meio às
tribulações. Quando Paulo escreve que a paz de Deus "guardará o vosso
coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Fp.4:7), ele descreve uma
proteção espiritual que se manifesta nas emoções e pensamentos dos crentes,
mesmo diante das adversidades.
Essa paz foi claramente demonstrada na vida do apóstolo Pedro, conforme
registrado em Atos 12:5-7. Preso em uma cela escura e guardado por soldados,
ele ainda conseguia dormir profundamente. Tal tranquilidade em meio a uma
situação tão tensa revela o impacto da paz prometida por Jesus, que permite aos
crentes descansarem em sua confiança em Deus, mesmo nas circunstâncias mais
desesperadoras.
Essa Paz prometida por Jesus, conforme João 16:33, não nega a existência
de aflições. Jesus foi claro ao afirmar que, neste mundo, Seus seguidores
enfrentariam dificuldades, mas Ele também assegurou que podemos ter bom ânimo,
pois Ele venceu o mundo. Essa vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e o
Diabo garante que, apesar das tempestades que enfrentamos, nossa confiança está
firmada no Príncipe da Paz, que já conquistou a vitória final.
Portanto, essa Paz que excede o entendimento humano é uma realidade
presente na vida de todos aqueles que confiam nas promessas de Cristo. Mesmo em
meio a angústias, lutas e incertezas, essa paz nos capacita a enfrentar as
dificuldades com serenidade e força. Ela não depende das circunstâncias
externas, mas da certeza da vitória de Cristo e de Sua providência contínua em
nossas vidas.
Confiemos, portanto, no Senhor, sabendo que Ele nos sustenta e nos dá a
verdadeira Paz, que é inabalável e eterna.
CONCLUSÃO
Nesta lição sobre a "Promessa de Paz", exploramos a
profundidade e a abrangência da Paz que Deus oferece à humanidade. Vimos que a
verdadeira paz, como prometida por Jesus, transcende a compreensão humana e é
uma dádiva que vai além das circunstâncias e dificuldades da vida.
A Paz descrita na Bíblia não é meramente a ausência de conflitos, mas
uma tranquilidade interior que provém da confiança em Deus e da reconciliação
com Ele. Enquanto a paz do mundo é frequentemente enganosa e passageira, a paz
de Cristo é duradoura e verdadeira, fundamentada em Sua vitória sobre o pecado
e a morte.
Observamos que Jesus, o Príncipe da Paz, veio para restaurar o que foi
perdido no Jardim do Éden, oferecendo aos Seus seguidores uma paz que pode
acalmar e fortalecer mesmo nas situações mais adversas. Essa Paz é uma promessa
redentora que une a humanidade com Deus e derruba barreiras de separação,
proporcionando um estado de plenitude e segurança espiritual.
Portanto, ao vivermos à luz dessa promessa, somos chamados a buscar e
refletir essa Paz em nossas vidas diárias, confiando na providência divina e
mantendo a serenidade mesmo diante das tribulações. Que possamos experimentar e
compartilhar essa Paz que excede todo o entendimento, permanecendo firmes na
esperança e na confiança que Cristo nos oferece.
Luciano de Paula Lourenço –
EBD/IEADTC
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo
Testamento).
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.
Dicionário VINE.CPAD.
O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.
Lawrence O. Richards. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Pr. Hernandes Dias Lopes. Filipenses. HAGNOS.
Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Pedro. Com os pés no vale e o coração
no Céu. HAGNOS.
Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Corintios. HAGNOS.
Pr. Hernandes Dias Lopes. Efésios. Igreja, a Noiva gloriosa de
Cristo. HAGNOS.
Pr. Hernandes Dias Lopes, 1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar
para a segunda vinda de Cristo.