quarta-feira, 31 de julho de 2013

UM LAR PARA ISRAEL

Subsídio teológico para lição 05 - EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTINUADA

Texto Básico: Gênesis 15:1-21;17:5-8

“E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8).


INTRODUÇÃO

Nesta Lição, vamos estudar sobre a conquista da Terra Prometida, Canaã(atual palestina), Israel. Israel nasceu através de uma aliança de Deus com Abraão, e Deus prometeu um lar para essa nação. Quando Deus chamou Abraão para que deixasse a parentela e fosse para uma determinada terra (Gn 12:1), este foi para Canaã. Ali, ele peregrinou e criou sua família. O Senhor prometeu que daria aos descendentes de Abraão "esta terra" (Gn 12:7), e repetiu a promessa para Abraão (Gn 13:14,15,17;17:8), Isaque (Gn 26:3,4) e Jacó (Gn 28:13). O Senhor explicou que o cumprimento ia demorar uns quatrocentos anos (Gn 15:13-16). De fato, 430 anos depois (Êx 12:40,41), o Senhor levantou Moisés que libertou o povo do Egito e o conduziu à Terra Prometida. Por causa da incredulidade do povo, a realização da promessa demorou mais uma geração (Nm cap.13 e 14). Mas finalmente, por meio da liderança de Josué, Israel entrou e conquistou a terra. Israel tomou conta de toda a terra que Deus prometeu - "Assim o Senhor deu aos israelitas toda a terra que tinha prometido sob juramento aos seus antepassados, e eles tomaram posse dela e se estabeleceram ali ... De todas as boas promessas do Senhor à nação de Israel, nenhuma delas falhou; todas se cumpriram" (Js 21:43,45 - NVI). O próprio Josué afirmou num discurso aos líderes de Israel: "Vocês sabem, lá no fundo do coração e da alma, que nenhuma das boas promessas que o Senhor, o seu Deus, lhes fez deixou de cumprir-se. Todas se cumpriram; nenhuma delas falhou" (Js 23:14b - NVI; veja também 1Reis 4:21).
Louvo a Deus pelo cumprimento da sua promessa, e louvo-o como fez Neemias: “Tu és Senhor, o Deus, que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão. E achaste o seu coração fiel perante ti e fizeste com ele o concerto, que lhe darias a terra dos cananeus, e dos heteus, e dos amorreus, e dos ferezeus, e dos jebuseus, e dos girgaseus, para a dares à sua semente; e confirmaste as tuas palavras, porquanto és justo” (Ne 9:7,8).

I. A TERRA PROMETIDA

Vamos analisar, conquanto de forma resumida, a concretização da promessa de Deus dirigida a Abraão. Do início até os dias atuais.
1. A Promessa de Deus a Abraão referente à terra. Em torno do ano 2.100 a.C., o Senhor tirou Abrão de Ur dos Caldeus. Toda a sua família saiu com ele e se instalou em Harã (Gn 11:31;15:7). Distância: aproximadamente 2.400 quilômetros. Depois de muito tempo habitando em Harã, Deus chamou Abrão e fez-lhe a seguinte promessa: Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção (Gn 12:1-2).
2. Localização da terra prometida. Deus disse qual terra esse povo habitaria: Canaã (a chamada Palestina atual) – “E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:8). “À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15:18).
3. A Aliança de Deus com Abraão. Já habitando em Canaã e após o seu retorno do Egito, Deus fez com ele uma aliança ou pacto: “Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Disse-lhe mais: Eu sou o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para a herdares. E disse ele: Senhor JEOVÁ, como saberei que hei de herdá-la? E disse-lhe: Toma-me uma bezerra de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, e uma rola, e um pombinho. E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu. E as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. E, pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande espanto e grande escuridão caíram sobre ele. E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão; e eis um forno de fumaça e uma tocha de fogo que passou por aquelas metades. Naquele mesmo dia fez o SENHOR uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; e o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, e o heteu, e o perizeu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu” (Gn 15:1,7-12,17-21).
Esta aliança, conhecida como aliança abraâmica, continha três cláusulas principais: (1) uma terra para Abrão e seus descendentes, o povo de Israel; (2) uma semente ou descendência física de Abrão; e (3) uma bênção de amplitude mundial (Gn 12:1-3).
Para que não houvesse dúvida a respeito do que Ele estabelecera, o Senhor fez com que Abrão dormisse em sono profundo, para que o próprio Deus se tornasse o único signatário daquele pacto. Ainda que o Senhor tenha sido o único signatário ativo a passar por entre as metades dos animais cortados, fica evidente, todavia, que Abraão obedeceu ao Senhor durante a sua vida: “porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (Gn 26:5).
Essa aliança é, repetidamente, confirmada a Abraão, Isaque, Jacó e seus descendentes, cerca de vinte vezes ou pouco mais no livro de Gênesis. Como foi dito nas Escrituras, a promessa de Deus aos patriarcas é uma aliança eterna (Gn 17:7,13,19).
4. Interstício entre a promessa e a sua concretização
Peregrinação. Deus disse a Abraão, quando ele pisava Canaã, que sua descendência seria peregrina em terra estranha (Egito), e seria escravizada por 400 anos (cativeiro no Egito). Deus também profetizou a libertação do cativeiro.
“Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza”(Gn 15:13,14).
Todavia, Deus disse a Abraão que a quarta geração dele voltaria para a terra que ele pisava - “E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia” (Gn 15:16).
5. Materialização das promessas
a) Deus, Senhor da História, cumpriu suas promessas. Após 430 anos no Egito (Ex 12:40,41), sob a liderança de Moisés, Deus retira os hebreus do Egito, em cerca de 1446 a.C (cf. 1Rs 6:1); e sob a liderança de Josué, Deus concretiza a promessa feita a Abraão.
Observação: Salomão começou a reinar em 970 a.C.; o Templo começou a ser construído “no ano quarto do reinado de Salomão”, ou seja, em 966 a.C; e  “no ano 480, depois de saírem os filhos de Israel do Egito”. Então, 480 + 966=1446.
b) A conquista da Terra Prometida (Js 5:13-12:24). Deus mandou que Josué conduzisse os israelitas à Terra Prometida (à época conhecida como Canaã) e conquistasse-a. A conquista de Canaã começou cerca de 1405 a.C., e a liderança de Josué sobre Israel durou cerca de  vinte e cinco anos.
A entrada de Israel em Canaã pode ser chamada de “figuras” que foram “escritas para aviso nosso”(1Co 10:11):
·   A terra prometida e sua conquista pelo povo de Deus tipificam, não o Céu, mas a herança espiritual atual dos crentes e sua salvação em Cristo.
·   Conquanto os crentes já possuam a salvação e, em certo sentido, já estejam “nos lugares celestiais em Cristo”(Ef 1:3), ainda precisam combater o bom combate da fé a fim de assegurarem sua posse da salvação final(a glorificação) e do repouso eterno(1Tm 1:18-20; 4:16; 6:12). Assim como foi a conquista de Canaã, tomar posse da salvação e da vida eterna também envolve a guerra e a vitória espirituais(Ef 6:10-20).
c) A destruição dos Cananeus. Antes de a nação de Israel entrar na terra prometida, Deus tinha dado instruções rigorosas quanto ao que deviam fazer com os moradores dali: deviam ser totalmente destruídos. Esta não foi uma pratica de imperialismo ou agressão, mas um ato de julgamento.
“Porém, das cidades destas nações, que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida. Antes, destrui-la-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos fereseus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor, teu Deus” (Dt 20:16,17; cf. Nm 33:51-53).
O Senhor repetiu essa ordem depois dos israelitas atravessarem o Jordão e entrarem em Canaã. Em várias ocasiões, o livro de Josué declara que a destruição das cidades e dos cananeus pelos israelitas foi ordenada pelo Senhor (Js 6:2; 8:1,2; 10:8).
O povo de Deus da Nova Aliança, frequentemente argumenta sobre até que ponto essa destruição em massa do povo cananeu é corrente com outras partes da Bíblia como revelação divina, que tratam do amor, justiça de Deus e do seu repúdio à iniquidade. Porém, é bom ressaltar que Deus aniquilou os moradores de Canaã porque eles se entregaram totalmente à depravação moral. A arqueologia revela que os cananeus estavam envolvidos em todas as formas de idolatria, prostituição cultual, violência, a queima de crianças em sacrifícios aos seus deuses e espiritismo (cf. Dt 12:31;18:9-13; ver Js 23:12).
A destruição total dos cananeus era necessária para salvaguardar Israel da destruidora influência da idolatria e pecado dos cananeus. Deus sabia que se aquelas nações ímpias continuassem a existir, o povo de Israel se desviaria para sempre do Senhor seu Deus. Conforme exortou Moisés: “Antes, destrui-las-ás totalmente [...] para que vos não ensinem a fazer conforme todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor, vosso Deus’’ (Dt 20:17,18). Este versículo exprime o princípio bíblico permanente, de que o povo de Deus deve manter-se separado da sociedade ímpia ao seu redor.
A destruição daquela geração de cananeus demonstra um princípio básico de julgamento divino:
  • quando o pecado de um povo alcança sua medida máxima, a misericórdia de Deus cede lugar ao juízo (cf. Gn 11:20). Deus já aplicara esse mesmo princípio, quando do dilúvio (Gn 6:5,11,12) e da destruição das cidades iníquas de Sodoma e Gomorra (Gn 18:20-33; 19:24-25).
  • tipifica e prenuncia o juízo final de Deus sobre os ímpios, no fim dos tempos. O segundo e verdadeiro Josué da parte de Deus, a saber, Jesus Cristo, voltará em justiça, a fim de julgar todos os ímpios (Ap 19:11-21). Todos aqueles que rejeitarem a sua oferta de graça e de salvação e que continuarem no pecado, perecerão assim como os cananeus. Deus abaterá todas as potências mundiais e estabelecerá na Terra o seu reino de justiça (Ap 18:20,21; 20:4-10; 21:1-4).
6. Condição para Israel permanecer na terra de Canaã: obediência aos mandamentos de Deus. Deus deu uma condição para Israel permanecer em Canaã, quando o povo hebreu ainda se dirigia para conquistar Canaã: “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR teu Deus, para não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão: O SENHOR te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho sairás contra eles, e por sete caminhos fugirás de diante deles, e serás espalhado por todos os reinos da terra” (Dt 28:15,25). Eis então o castigo que Israel levaria por atos de rebeldia: seu povo seria disperso no meio das nações.
7. A divisão (ou distribuição) das terras. Vencida as batalhas, “a terra repousou das guerras”(Josué 11:23). Estas batalhas duraram cinco anos. No entanto, até aqui essas guerras foram apenas de destruição e extermínio do povo cananeu. A ocupação da terra pelos filhos de Israel ainda não tinha acontecido. Eles permaneciam acampados em Gilgal e ainda havia parte do território de Canaã a ser conquistado. A esta altura, Josué estava envelhecido, com 90 anos, aproximadamente. Mesmo assim, Deus determinou a Josué a distribuição da terra prometida - “Reparte, pois, agora esta terra por herança às nove tribos, e à meia tribo de Manasses”(Josué 13:7).
A conquista do território restante ficou para o futuro, sob a responsabilidade das diversas tribos de Israel. Notemos que a expressão “muitíssima terra ficou para possuir”, dita pelo Senhor a Josué(Js 13:1), aponta para o futuro, e indica que o território ainda não conquistado está incluído na promessa feita e ecoa como garantia de vitória e certeza de conquista. Um exemplo disso é a cidade de Jerusalém, terra dos Jebuzeus, que só veio a ser tomada plenamente no reinado de Davi(2Sm 5:6-10).
A chave do triunfo de Josué está no capítulo 11 verso 15: a obediência - “Como o Senhor ordenara a Moisés, seu servo, assim Moisés ordenou a Josué, e assim Josué o fez; não deixou de fazer coisa alguma de tudo o que o Senhor ordenara a Moisés”.
A obediência ao Senhor é o caminho da vitória. Foi para Moisés e Josué; é para mim e você, também. A vitória contra os inimigos decorre de 03(três) armas poderosas: a Fé em Deus, a Obediência à Palavra de Deus e a Confiança em Deus. Com essas três armas é difícil o inimigo prevalecer.
8. O período dos Juizes. Segundo os estudiosos mais entusiasmados, o período dos juizes durou 325 anos (1375 – 1050 a.C.), levando-se em conta que a Bíblia afirma que o Templo começou a ser construído 480 anos depois da saída dos filhos de Israel do Egito, no quarto ano do reinado de Salomão(1Rs 6:1). Veja ainda At 13:20 (450 anos: cativeiro Egito (400 anos); peregrinação no deserto (40 anos) e distribuição das terras sob o comando de Josué (10 anos).
- O período dos juízes é um dos períodos de grande dificuldade espiritual para o povo de Israel. É caracterizado por ciclos de pecado da nação, servidão a estrangeiros, súplica ao Senhor e salvação através de libertadores. Israel havia mergulhado na anarquia (Jz 17:6; 21:25) e na desobediência; o retrato da nação após a morte de Josué e dos anciãos que viveram em sua época, pode ser visto no capítulo dois do livro de Juízes. De imediato, até que as tribos de Judá e Simeão, bem como alguns dentre os filhos de José, obtiveram algumas conquistas, mas logo veio o fracasso geral; as alianças com os povos da terra, o pecado, a idolatria e a conseqüente derrota e opressão.
Os juízes eram muito mais do que árbitros, eles eram libertadores (Jz 2:16,19; 3:9) usados por Deus para que a nação não fosse totalmente destruída durante aquele período.
O primeiro juiz que encontramos no livro de Juízes é Otiniel; o último: Sansão,  totalizando o número de 12 juízes; entretanto, se considerarmos os juízes além do período do livro, teremos os nomes de Eli (1Sm 4.18) e de Samuel (1Sm 7.15), sendo este último, não somente juiz, mas também profeta e sacerdote. O nome de Samuel faz parte da transição entre os juízes e a monarquia e é considerado como o último e o maior dos juízes.
Vejamos a lista de Juízes encontrados no período do livro: Otiniel; Eúde; Sangar; Débora(e Baraque); Gideão; Tola; Jair; Jefté; Ibsã; Elom; Abdom; Sansão. O nome de Abimeleque não é contado por ter sido um usurpador.
Juízes após o período do livro, na transição para a monarquia: Eli, que foi também sacerdote, entretanto, um péssimo sacerdote e um péssimo juiz; Samuel, um dos grandes personagens de Israel (Jr 15:1), último juiz e primeiro profeta (At 3:24; 13:20); sucessor de Eli , que foi rejeitado pelo Senhor no sacerdócio (1Sm 2:27-36). Em 1Sm 10:8, por exemplo, podemos ver claramente o ofício sacerdotal sendo exercido por Samuel.
O principal fator que estimulou a idolatria e o paganismo nesse período negro da historia de Israel foi a falta de educação doutrinária do povo nos seus lares - não se deu continuidade ao ensino da lei, como, aliás, havia sido determinado por Moisés (Dt 6:6-9). Esse período foi marcado pela instabilidade espiritual de Israel, em que se permitiu que os costumes dos povos que habitavam a terra se introduzissem no meio do povo de Deus. Disse Deus: ”O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”(Os 4:6).
Sem ensino e não tendo se separado dos povos idólatras à sua volta, os israelitas, no tempo dos juízes, não reconheciam o senhorio de Deus nas suas vidas e faziam o que bem entendiam, numa verdadeira anarquia - “Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (Jz 21:25). Esta é a forma triste com que se encerra o livro dos Juízes, resumindo o desgoverno em todos os aspectos daquele período. Sem a lei do Senhor, o povo escolhido de Deus vivia numa verdadeira baderna, era uma “casa da mãe Joana”. Que situação lamentável para uma nação que havia se tornado a “menina dos olhos de Deus” entre os povos.
Esta mesma circunstância, a propósito, vivemos nos dias atuais na Igreja. Há uma grande negligência por parte dos lideres das igrejas locais no ensino bíblico aos congregados, e as consequências são visivelmente funestas: a instabilidade espiritual da igreja, a introdução do mundanismo e o desvirtuamento de grande parte dos crentes. Estamos realmente a viver o difícil tempo dos juízes.
- O sacerdócio de Eli e Samuel. No final do período dos juizes o sacerdote Eli ocupava os ofícios de sumo sacerdote e juiz. Era um homem pessoalmente virtuoso, porém, não exercia bem a sua autoridade de chefe de família. Os seus filhos, Hofni e Finéias, que também eram sacerdotes, abusaram de sua condição de sacerdotes. A conduta deles era visivelmente repreensível, a ponto de o povo não querer mais adorar a Deus, quebrando assim o vinculo de unidade nacional (1Sm 2:12-17). Deus não aceitou esse comportamento ímpio desses sacerdotes e avisou Eli que iria castiga-lo por causa disso. O que realmente aconteceu. A Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus, os filhos de Eli foram mortos e Eli morreu ao saber da noticia (1Sm 4:1-22). Foram vinte anos de opressão dos filisteus sobre Israel (1Sm 3:19-21). Deus, porem, levantou o profeta Samuel (1Sm 3:19-21), o qual tornou-se uma dos maiores lideranças do povo de Israel, equiparando-se em grandeza a Abraão, Moisés e Davi. Foi um poderoso homem de oração e fé. Foi juiz(o último juiz de Israel), reformador, estadista e escritor. Foi ele quem fundou a escola de profetas para treinar jovens à verdadeira adoração a Deus(1Sm 19).
9. Período Monárquico. Em torno do ano 1050 a.C., tem início a monarquia em Israel, sendo Saul seu primeiro Rei. Logo depois, Israel entra no seu auge como nação, tendo como capital Jerusalém, quando em torno do ano 1010 a C. Davi reina até 970 a.C.; logo depois, Salomão, seu filho, reina de 970 a 930 a.C.
10. A divisão do Reino de Israel. No reinado de Salomão, por causa dos seus pecados, Deus anuncia que Israel seria dividida, mas que ele manteria uma parte que continuaria em Jerusalém.
“Pelo que o SENHOR se indignou contra Salomão; porquanto desviara o seu coração do SENHOR Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera. E acerca deste assunto lhe tinha dado ordem que não seguisse a outros deuses; porém não guardou o que o SENHOR lhe ordenara. Assim disse o SENHOR a Salomão: Pois que houve isto em ti, que não guardaste a minha aliança e os meus estatutos que te mandei, certamente rasgarei de ti este reino, e o darei a teu servo. Todavia nos teus dias não o farei, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o rasgarei; Porém todo o reino não rasgarei; uma tribo darei a teu filho, por amor de meu servo Davi, e por amor a Jerusalém, que tenho escolhido”(1Rs 11:9-13).
Após o ano de 930 a.C., o reino é dividido, sendo que 10 tribos formaram o Reino de Israel e 2 tribos (Judá e Benjamim) formara o Reino de Judá, cuja capital é Jerusalém (daí derivou o nome Judeu).
11. Primeira predição da destruição de Jerusalém. Pela desobediência de Judá, no ano 626 a.C., Deus profetizou através de Jeremias: “E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos...” (Jr 25:10-12). Eis aqui a primeira predição de destruição de Jerusalém, fato consumado pelos babilônicos, sob a liderança de Nabucodonosor, no ano de 586 a.C.
12. O exílio. O primeiro grupo de deportados para a Babilônia ocorre antes da destruição de Jerusalém, em torno do ano 605 a.C. Neste primeiro grupo foram deportados alguns dos jovens mais seletos de Jerusalém para Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos. Uma segunda campanha contra Jerusalém ocorreu em 597 a.C., ocasião em que foram levados dez mil cativos à Babilônia, entre os quais Ezequiel. A última invasão babilônica destruiu Jerusalém, o Templo e a totalidade do reino de Judá em 586 a. C.
Em 538 a.C., cerca de 70 anos após o início do exílio, para que se cumprisse a palavra do Senhor através de Jeremias, a Pérsia conquista a Babilônia e concede aos judeus a liberdade.
Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram. Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu Deus seja com ele, e suba” (2Cr 36:21-23).
13. A reconstrução de Jerusalém. Nos tempos de Esdras e Neemias (em torno do ano 445 a.C.), é reconstruído os muros de Jerusalém. A cidade volta a ter o Templo (o segundo) e suas muralhas.
14. FATOS ULTERIORES
·   Alexandre, o Grande, governa a Palestina: Domínio macedônico – cerca de 333 a 323 a.C.
·   Domínio dos ptolomeus sobre a Palestina – cerca de 323 a 198 a.C.
·   Domínio dos selêucidas sobre a Palestina – cerca de 198 a 166 a.C.
·   Revolução de Judas Macabeus e o domínio da família de Judas e seus descendentes sobre a Palestina. A nação de Israel fica livre dos inimigos – cerca de 166 a 62 a.C.
·   Conquista de Jerusalém por Pompeu, general romano, anexando a palestina ao Império Romano - 62 a.C. Aqui chegamos num ponto crucial: Israel desapareceu como nação por cerca de 2.000 anos, até o ano de 1948 d.C. O povo judeu foi disperso por todos os cantos da terra. Uma situação como essa destruiria qualquer povo, quebrando sua identidade.
Vejamos o que Deus disse a Israel:
E se com isto não me ouvirdes, mas ainda andardes contrariamente para comigo, também eu para convosco andarei contrariamente em furor; e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. Porque comereis a carne de vossos filhos, e a carne de vossas filhas. E destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas imagens, e lançarei os vossos cadáveres sobre os cadáveres dos vossos deuses; a minha alma se enfadará de vós. E reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos santuários, e não cheirarei o vosso cheiro suave. E assolarei a terra e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. E espalhar-vos-ei entre as nações, e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas” (Lv 26:27-33).
Esta profecia cumpriu-se fielmente. Israel foi completamente destruído. E Jesus predisse a destruição de Jerusalém, fato ocorrido por volta do ano 70:
“Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação” (Lucas 19:43-44).
Cumpriram-se então as profecias bíblicas. Além da inexistência da nação desde o domínio Romano, Jerusalém foi destruída e os judeus que sobreviveram foram dispersos por todos os cantos da terra.
Mas, Deus tinha feito uma promessa a Abraão, Isaque e Jacó, que era inabalável: um Lar para Israel.
15. RESTAURAÇÃO DA NAÇÃO DE ISRAEL
Havia profecias para restauração de Israel; isto aconteceria em certo tempo profético, na plenitude dos gentios:
“Porque para Efraim serei como um leão, e como um leãozinho à casa de Judá: eu, eu o despedaçarei, e ir-me-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre. Irei e voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, de madrugada me buscarão. Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele. Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 5:14-15 e 6:1-3).
O que temos no texto acima:
·       “Ele nos despedaçou” – o fim da nação por volta do ano 62 a.C.
·       “Nos sarará” – a restauração da nação.
·       “Depois de dois dias nos dará vida” – Na Bíblia, 1 dia profético = 1.000 anos, então temos aqui 2.000 anos. Israel foi restaurado como nação em 1948.
Cem anos antes de cumprir esta profecia em 1962, todos os judeus estavam espalhados por todos os paises da terra, longe do território de Israel. Muitos diziam que era “impossível“ essa profecia de Oséias ser cumprida. Por incredulidade de muitos cristãos, descrente da restauração da nação de Israel, descrita acima e em tantos outras partes da Bíblia, desenvolveu-se várias doutrinas proféticas confundindo Israel com a Igreja – a falaciosa teoria da substituição.
Sinceramente, em todas as épocas, antes de 1948, diante de tanta ameaça de extermínio do povo judeu por déspotas usados por Satanás, como, por exemplo, Hitler e seus aliados, humanamente falando, ninguém poderia crer que Israel voltasse a ser uma Nação.
Todavia, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó glorificou o Seu nome, cumpriu a Sua palavra e manifestou o amor imutável de Seu coração na história futura do Seu povo terrestre. Se negarmos isto a respeito de Israel estamos negando que Deus não cumpre com a Sua Palavra, estamos dizendo que Deus é mutável. Mas, Ele diz: “Porque eu, o Senhor, não mudo”(Ml 3:6). Deus prometeu, para sempre, a Abraão uma Lar para Israel, e as Escrituras Sagradas não podem ser anuladas. 
·       “Ao terceiro dia nos ressuscitará” – Restauração espiritual de Israel no milênio.
·       Ele nos virá... como chuva Serôdia que rega a terra”. Chuva fala de uma estação, de um tempo. Para que a semente germine ela precisa entrar em contato com a água e cada semente gera frutos conforme sua espécie. A semente precisa cair na terra e morrer para gerar vida.
O derramamento do Espírito Santo (chuvas) na terra tem duas estações definidas na Bíblia: Temporã e Serôdia.
Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia” (Tiago 5:7).
- A chuva temporã - equivale ao dia de Pentecostes, o primeiro derramamento do Espírito Santo na terra (At 2:16,17,18; c/c Jl 2:28). 
A chuva serôdia equivale a que? Vejamos o texto de Paulo, a seguir:
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados” (Rm 11:25-27).
Por dois mil anos Deus deixou Israel de lado e formou um povo de todas as nações, a Igreja. Mas, na plenitude Ele se voltaria para Israel endurecido, para tratar com seus pecados, para usar da mesma misericórdia que Ele usou com os gentios.
- A chuva serôdia que Tiago relata confirma a palavra do profeta Oséias (6:3). Nesse tempo haveria a restauração do Estado de Israel, após 2 dias (2 mil anos de desolação). É o tempo do último derramamento do Espírito antes da volta de Jesus. Estamos nos tempos finais. Últimas chuvas falam do fim de uma estação.
Quando a palestina, sob domínio otomano, era um deserto empobrecido, infrutífero, desolado e sob ruínas, fazendeiros árabes falidos vendiam suas terras a preços irrisórios. Jerusalém jazia em ruínas. O tempo determinado por Deus através do profeta Oséias (6:2) aproximava-se do final.
As profecias bíblicas que tratavam do retorno dos judeus a sua terra são claras, vejamos algumas:
“Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que nunca mais dirão: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito; Mas: Vive o SENHOR, que fez subir, e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra” (Jr 23:7-8).
“Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o SENHOR; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão” (Jr 30:2-3).
“Eis que saiu com indignação a tempestade do SENHOR; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira do SENHOR, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente” (Jr 23:19-20).

ATOS DESTINADOS A RESTAURAÇÃO DA NAÇÃO DE ISRAEL

- Em 1897, acontece o primeiro ato destinado a restauração do Estado de Israel. O primeiro congresso sionista, organizado por Theodor Herzl. Nesse congresso foi criada a Organização Mundial Sionista e o Programa da Basiléia, que dizia: "O objetivo do sionismo é criar um lugar na Palestina para o povo judeu, assegurado por um direito público". Resumindo os resultados deste congresso, Herzl anotou em seu diário: "Na Basiléia fundei o Estado Judeu; se eu dissesse isto hoje, seria objeto de risos universais; em cinco anos, talvez, mas em cinquenta anos, todos o verão". Em que ano as nações unidas se reuniram para votar a criação do estado de Israel? 1947 (cinquenta anos depois).
- Em 1917, após a primeira guerra mundial e a derrocada do império turco-otomano, a palestina fica sob administração da Inglaterra. O General inglês que derrotou os turcos, ao entrar em Jerusalém, tirou seus sapatos, desceu do seu transporte e proclamou: “Não entrarei como soldado e sim como peregrino”.
- No mesmo ano, Lord Balfour, o secretário inglês para os negócios estrangeiros, fez publicar a Declaração Balfour, em que apoiava a imigração de judeus para a Palestina e o estabelecimento de um "lar nacional para o povo judeu”.
- Satanás viu tudo isto acontecendo, e sabendo o seu significado, entrou em Hitler, que tinha por objetivo exterminar os judeus da face da terra. Em 6 anos ele matou 6 milhões de judeus. Mas aqui Satanás caiu em outra cilada. Quando ele matou Jesus na cruz, não imaginava que se a semente morresse na terra ela germinaria. Da mesma forma que matando os judeus no holocausto, ele causou uma situação emocional nas nações.
- Em 1947, o embaixador da Rússia, Andrei Gromiko, mandado por um dos maiores inimigos dos judeus, Stalin, proclama em alto tom na ONU: “temos que passar das palavras para os atos para dar a este povo sofrido seu lar”. Deus, na sua soberania, usou um inimigo de Israel para defender sua existência. O presidente da seção era o brasileiro Oswaldo Aranha, que negou ajuda para salvar as vidas de milhares de judeus durante a segunda guerra.
- A palestina é dividida em duas partes, uma cabendo aos árabes e outra aos judeus. Jerusalém seria da ONU. Os judeus aceitaram sua parte, porém os árabes não. Eles não aceitavam o estado judeu.
- Logo após a instalação do estado de Israel, os árabes mandaram os “palestinos” (árabes que moravam naquelas terras) saírem de lá para não serem mortos também. O povo judeu vindo do holocausto, sem um exército e enfraquecido naturalmente pelas atrocidades nazistas, tiveram que enfrentar uma guerra contra a Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Jordânia). A guerra foi vencida pelos judeus que estenderam seus domínios por uma área de 20 mil quilômetros quadrados (75% da superfície da Palestina). O território restante foi ocupado pela Jordânia (anexou a Cisjordânia) e Egito (ocupou a Faixa de Gaza). Com a guerra, Israel ficou com a parte ocidental de Jerusalém, e para lá transferiu sua capital, naturalmente. Sem Jerusalém não há Israel e sem o Monte do Templo não há Jerusalém. Eis aqui duas questões que ficaram pendentes.
- Em 1967, no mês de junho, quando o Egito, a Síria e a Jordânia se preparavam para atacar Israel e destruí-lo, este se antecipou e deflagrou uma guerra em três frentes (oeste, norte e sul). Em 6 dias Israel ganhou a guerra.
- Em 07.06.1967, Israel domina toda a cidade de Jerusalém, encerrando a guerra na cidade que é centro das profecias. Israel, que já tinha conquistado a parte ocidental da cidade na guerra de 1948, conquista também a parte oriental, onde está o Monte do Templo.
- Em 10.06.1967, a guerra sobre todo Israel é finalizada, com a conquista judaica sobre as nascentes do rio Jordão nas colinas de Golan. Somos a geração que, após 2.000 anos, vê Israel sendo uma nação e Jerusalém como sua capital. Esta data marca o início do período da igreja que entrará na plenitude, é o tempo da chuva serôdia. Sobre isto Jesus disse:
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar (Mt 24:32-35).
O profeta Zacarias prediz algo bastante interessante sobre um fato exclusivo e inédito na história: "E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela todos os povos da terra" (Zc 12:3).
É o que estamos vendo hoje: o mundo todo sofrendo por causa de Jerusalém. Os árabes possuem mais de 99% das terras do Oriente Médio. Israel com uma área de 20.000 quilômetros quadrados, tem menos de 1%. No entanto, onde está a real causa do conflito: Jerusalém. Qual a real intenção árabe: a destruição do Estado de Israel e de seu domínio sobre Jerusalém, algo necessário para a volta de Jesus. 
Há um Deus por trás da historia, e Israel é quem melhor espelha isto. A fidelidade de Deus para com Israel é fruto de sua aliança com Abraão. Deus prometeu isto a Abraão e Ele não muda.
A história de Israel é totalmente vinculada a Jesus. A partir de Abraão Deus formou a genealogia de Jesus. A restauração da Nação após o exílio babilônico era o cenário para a vinda de Jesus. E a restauração atual é o cenário para a volta de Jesus.
Não estamos aqui dizendo que tudo que Israel faz é certo, mesmo porque Deus está preparando-o para tratar com seus pecados. Mas Deus é o Senhor Todo-Poderoso e Sua Palavra se cumpre cabalmente.
Satanás odeia a realidade da restauração de Israel como nação que finalmente receberá Jesus como Messias em Seu retorno, e a nação que será o quartel-general terreno de Cristo.
À medida que nos aproximamos da Segunda Vinda de Cristo, devemos entender que a fúria de Satanás contra a Igreja e contra Israel irá crescer exponencialmente. A nação de Israel é o relógio de Deus. Fique de olho!

CONCLUSÃO

Para o povo de Israel, a posse da terra prometida foi conseguida e mantida mediante a fé em Deus, expressa na obediência à Sua Palavra e na luta contra os inimigos de Deus (Js 1:7,8; Dt 28). Para o povo de Deus da Nova Aliança, a posse da salvação e das bênçãos de Deus também é mantida mediante uma fé viva e presente em Cristo, expressa pela obediência à Sua Palavra e na guerra espiritual contra o pecado, a carne e Satanás (Gl 5:16,21; ver Ef 6:11).
Josué foi o líder destinado por Deus para introduzir Israel na terra prometida; ele é um tipo ou prefiguração no Antigo Testamento de Jesus Cristo, cuja obra foi levar “muitos filhos à glória”(Hb 2:10;4:1-13;2Co 2:14).
A esperança da posse final do repouso divino definitivo acha-se na fé nas promessas de Deus (Js 1:6), no seu poder (Js 3:14-17) e na sua presença pessoal (Js 1:5,9). Pense nisso!
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
Teologia do Antigo Testamento – ROY B. ZUCK.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.




domingo, 28 de julho de 2013

Aula 05 – AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO

3º Trimestre/2013

Texto Básico: Fp 2:12-18


“porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2:13).

INTRODUÇÃO

Nesta Aula, à luz de Filipenses 2:12-18, aprenderemos que a obediência a Deus é uma virtude que deve ser buscada por todos aqueles que são salvos em Cristo Jesus. Depois que Paulo tratou do exemplo de Cristo, falando acerca da Sua humilhação e exaltação, volta a exortar a igreja à obediência e à unidade. A preposição "pois" no versículo 12 é um elo de ligação entre o que Paulo estava falando e o que agora vai falar. Paulo quer que a igreja de Filipos se espelhe em Cristo como o exemplo modelo da obediência. Ele diz que o exemplo de Cristo, a Sua humilhação e a recompensa de Sua exaltação são a principal razão para a igreja viver em obediência à Palavra de Deus e a Cristo. Assim como Jesus obedeceu ao Pai, os cristãos também devem obedecer. O que nós cremos precisa se refletir em nosso modo de vida. Nossa teologia precisa produzir vida.
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (Fp 2:12,13)
Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”.
Inicialmente, é válido salientar que o apóstolo Paulo, em todas as suas cartas, enfatiza repetidas vezes que a salvação não é por obras, mas por fé no Senhor Jesus Cristo. Ou melhor, a salvação é um dom da graça de Deus, mas somente podemos recebê-la em resposta à fé no Senhor Jesus. Diz a Palavra de Deus: ”Pela Graça sois salvos, mediante a fé...”(Ef 2:8). Para entender corretamente o processo da salvação, precisamos entender essas duas palavras: Fé e Graça. A fé em Jesus Cristo é a única condição prévia que Deus requer do homem para a salvação. A fé não é somente uma confissão a respeito de Cristo, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a Cristo como Senhor e Salvador (cf. Mt 4:19; 16:24; Lc 9:23-25; João 10:4, 27; 12:26; Ap 14:4). A fé, em si mesma, não salva - Quem salva é Jesus. A fé, em si mesma, não cura - Quem cura é Jesus. A fé é o meio, é o mover do homem, é como uma mão que se estende para tomar posse da bênção. Se essa mão não se estender a bênção não é entregue, automaticamente.
É válido ressaltar que a Salvação mencionada no versículo 12 não se refere à salvação da alma, e, sim, à capacidade de se livrar dos laços que podem impedir o cristão de cumprir a vontade de Deus. A palavra “salvação” tem muitos sentidos no Novo Testamento, como, por exemplo, em Fp 1:19 significa a libertação da prisão e em Fp 1:28 se refere à salvação de nosso corpo da presença do pecado. O significado dessa palavra em cada caso deve ser determinado, pelo menos em parte, pelo contexto imediato. Creio que nessa passagem de Fp 2:12, “salvação” significa a solução do problema que afligia os filipenses, a saber, as contendas.
1. O caráter dinâmico da salvação. “... desenvolvei a vossa salvação...”. A salvação é obra exclusiva de Deus. Contudo, o fato de Deus nos dar graciosamente a salvação, não significa que ficamos passivos nesse processo. A salvação é de Deus e nos é dada por Deus, mas precisamos desenvolvê-la. Alguém disse que a graça de Deus não é uma desculpa para não fazermos nada. Antes, ela é uma forte razão para fazermos tudo. Tanto na religião quanto na natureza, somos cooperadores de Deus (1Co 3:6-9). Nós plantamos e regamos, mas Deus dá-nos a semente, o solo, envia o sol e a chuva e faz a semente crescer e frutificar.
O mesmo Deus que começou a Salvação em nós vai completá-la. Deus jamais deixou uma obra inacabada. Ele jamais deixou um projeto no meio do caminho. Nossa salvação ainda não está acabada, pois Deus ainda está trabalhando em nós.
Há três tempos distintos na salvação:
Quanto à justificação, já fomos salvos. Jesus Cristo realizou e consumou de forma suficiente na cruz do calvário a nossa salvação. Somos justificados pela fé. A justificação é um ato e não um processo. É feita fora de nós e não em nós. Acontece no tribunal de Deus e não em nosso coração. Pela justificação, Deus nos declara justos em vez de nos tornar justos.
Com respeito à santificação, estamos sendo salvos. Paulo diz que o Senhor nos chama a zelar e a “desenvolver” a nossa salvação em nosso cotidiano. Nossos pecados passados, presentes e futuros já foram tratados na cruz de Cristo. Porém, quanto ao processo da santificação, estamos sendo transformados de glória em glória na imagem de Cristo. Agora, Deus está trabalhando em nós, formando em nós o caráter de seu Filho. Se a justificação é um ato, a santificação é um processo que começa na regeneração e só terminará na glorificação.
Com respeito à glorificação, seremos salvos. É quando finalmente o nosso corpo receberá uma redenção gloriosa e não mais teremos dor, angústia ou lágrimas, pois estaremos para sempre com o Senhor (1Ts 4:14-17) – é a plenitude da salvação. Neste mundo ainda gememos sob o peso do pecado. Aqui ainda vivemos em um corpo de fraqueza. Aqui ainda somos um ser ambíguo e contraditório. Aqui ainda tropeçamos em muitas coisas. Contudo, quando Cristo voltar em glória, seremos transformados. A volta de Jesus e a consumação da nossa salvação são uma agenda firmada pelo Pai, e Ele a levará a bom termo. Então, teremos um corpo de glória, semelhante ao corpo de Cristo, e não haverá mais dor, nem pranto, nem morte (ler Fp 3:21). Alegre-se com esta gloriosa esperança, irmão!
2. Deus é a fonte da vida. O apóstolo Paulo esclarece: “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”.  A salvação não é uma conquista do homem, mas um presente de Deus. Ela é nossa, não por direito de conquista, mas por dádiva imerecida. A salvação não é um prêmio pelas nossas obras, mas um troféu da graça de Deus. Por si só a pessoa não pode ser salva, pois é o Espirito Santo quem “efetua” no homem a salvação (João 16:8-11).
O apóstolo Paulo lembra os crentes de Filipos de que é possível desenvolver a salvação porque Deus é quem efetua neles tanto o querer como o realizar, segundo a sua vontade. Isso quer dizer que Deus põe em nós o querer, isto é, o desejo de fazer sua vontade. Ele também “efetua” em nós o poder para cumprir esse desejo.
Também temos aqui a unificação do divino com o humano. Em certo sentido, somos chamados a efetuar nossa salvação. Contudo, somente Deus pode nos capacitar a fazer isso. Temos de fazer a nossa parte, e Deus fará a dele. No entanto, isso não se aplica ao perdão dos pecados nem ao novo nascimento. A redenção é obra exclusiva de Deus.
É válido ressaltar, contudo, que a salvação não tem um caráter seletivo; isto não tem apoio nas Escrituras Sagradas. Como bem disse o pr. Elienai Cabral, “todos tem o direito de receber a salvação. O querer e o efetuar de Deus não anulam esse direito, pelo contrario, a operação do Eterno habilita qualquer pessoa à salvação através da iluminação do Evangelho”(João 1:9).
É bom ressaltar, também, que embora a expiação de Cristo seja suficiente para salvar o pecador, isso não exclui a sua responsabilidade. Isso está fundamentado nas Escrituras Sagradas. No Juízo Final, cada ímpio será condenado “segundo as suas obras” (Ap 20:12). Por que eles serão condenados? Por rejeitarem o Senhor Jesus e a sua obra vicária. Como? Mediante a permanência em obras carnais (1Co 6:9,10; Gl 5:16-21), quer antes, quer depois de terem conhecido o Senhor Jesus (Hb 6:4-6; 2Pe 2:20-22).
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (Fp 2:12-16)
Quando Paulo fala em "temor e tremor", não está falando de temor servil. Esse não é o temor de um escravo se arrastando aos pés do seu senhor. Não é o temor ante a perspectiva do castigo. Deus não é um, policial ou guarda cósmico diante de quem devemos ter medo; nem, também, é um pai bonachão e complacente; ao contrário, Ele é majestoso, santo e misericordioso. Nosso grande temor deve ser em ofendê-lo e desagrada-lo, depois de Ele ter nos amado a ponto de nos dar seu Filho para morrer em nosso lugar.
1. “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”. O apóstolo Paulo exorta os crentes de Filipos a viverem uma vida exemplar, “sem murmurações nem contendas”. Por que murmurações e contendas são atitudes tão reprováveis? Primeiro, essas atitudes são completamente opostas à atitude de Cristo (Fp 2:5). Segundo, essas atitudes obstaculizam a causa de Cristo entre os descrentes. Se tudo que as pessoas conhecem sobre a igreja é que seus membros vivem constantemente murmurando e contendendo, eles terão uma impressão negativa de Cristo e do Evangelho. Os descrentes, então, sentem-se justificados para criticar os cristãos. É provável que mais igrejas tenham se dividido por causa de contenda e murmurações do que por heresias.
Em vez disso, a vida dos crentes deve ser limpa, o que significa não ter qualquer reprovação, não incorrer em alguma critica justificável. Isto não significa a perfeição sem pecado; antes, a igreja deveria estar além da crítica do mundo incrédulo. A vida de cada cristão também precisa ser inocente. Não deveria haver nada dentro da igreja que enfraquecesse a sua força ou que contaminasse a verdade. Os membros da igreja, então, poderiam ser filhos de Deus em um mundo de trevas cheio de pessoas corrompidas e perversas. Sem dúvida alguma, a igreja de Filipos vivia em uma geração cheia de desonestidade e perversão. E para cumprir a sua missão no mundo só poderia fazê-lo se os seus membros fossem filhos de Deus, limpos e inocentes, em meio a uma cultura depravada. O contraste com a sua cultura seria tão violento, que os crentes “resplandeceriam como astros”. Eles trariam a luz da verdade para as trevas da depravação, assim como as estrelas iluminam a escuridão da noite.
2. “Sejais irrepreensíveis e sinceros”(Fp 2:15a). O apóstolo Paulo apela aos crentes de Filipos para que se achem “irrepreensíveis e sinceros”. Ele os ensina que a salvação é demonstrada por meio de uma conduta irrepreensível. Ele detalha sobre a conduta irrepreensível, abordando dois pontos:
a) Os crentes devem se tornar irrepreensíveis. A palavra grega usada por Paulo para "irrepreensíveis" é “amemptos” e expressa o que o cristão é no mundo. Sua vida é de tal pureza que ninguém encontra algo nele que se constitua uma falta. O cristão deve ser não apenas puro, mas viver uma pureza que seja vista por todos. O cristão deve refletir o caráter de seu Pai, a ponto de viver de tal maneira que ninguém possa lhe apontar um dedo acusador (Mt 5:13,45,48).
b) Os crentes devem se tornar sinceros. A palavra grega para "sinceros" é “akeraios”. Ela expressa o que o cristão é em si mesmo. Essa palavra significa literalmente "sem mescla", "não adulterado". Essa palavra era usada para referir-se ao vinho ou leite puros ou sem mistura de água. Essa palavra era usada também para o barro puro utilizado na confecção de vasos. Nos tempos antigos, alguns oleiros cobriam com cera as trincas dos vasos e enganavam os compradores. Quando esses vasos eram expostos à luz do sol, a cera derretia, e logo apareciam os defeitos. Então, os compradores passaram a exigir vasos sem cera. Daí foram cunhadas as palavras: sincero e sinceridade, ou seja, sem cera.
Jesus usou essa palavra quando disse que os Seus discípulos deveriam ser inocentes como as pombas (Mt 10:16), e Paulo diz que devemos viver assim no meio de uma geração pervertida e corrupta (Fp 2:15). Devemos viver no mundo como Daniel viveu na Babilônia cheia de deuses pagãos e numa cultura pagã, sem se misturar e sem se contaminar.
3. “Retendo a palavra da vida”. A Palavra de Deus é singular. Ela não se assemelha aos demais livros. Ela é viva (Hb 4:12). Ela é a palavra da vida (Fp 2:16). Ela é espírito e vida (João 6:63). A igreja de Filipos deveria “reter a palavra da vida”, anunciando a verdade do Evangelho ao mundo moribundo, pois somente o evangelho oferece vida abundante e eterna. A palavra da vida não é para ser retida, mas compartilhada. O ensino de Paulo não é para a igreja se refugiar entre quatro paredes, isolando-se do mundo; ao contrário, o projeto de Deus é que a igreja brilhe como estrelas numa noite trevosa e leve ao mundo a palavra da vida.
Quando Paulo visse a igreja permanecendo limpa e inocente, e retendo a verdade enquanto tentava alcançar um mundo depravado, ele ficaria orgulhoso de que o seu trabalho entre eles não teria sido em vão. Paulo tinha sido o primeiro a levar o Evangelho a Filipos; a igreja existia por causa de sua pregação. O orgulho de Paulo não era arrogante, como se ele tivesse construído a igreja com as suas próprias mãos. Em vez disso, o seu orgulho seria como o de um pai em relação aos filhos que tiveram êxito.
III. A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA (Fp 2:17,18)
“E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo”.
1. O contentamento da salvação operada.E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício...”.
O apóstolo Paulo usa a figura da libação, um rito comum na religião judaica, para expressar sua disposição de dar sua vida pelo evangelho e pela igreja (2Tm 4:6). No judaísmo, a libação era o derramamento de vinho ou azeite sobre a oferta do holocausto (veja Ex 29:40,41; Nm 15:5,7,10; 28:24).
O apóstolo Paulo via a prática cristã dos crentes de Filipos como um sacrifício para Deus e via sua morte a favor do evangelho de Cristo como uma oferta de libação sobre o sacrifício daqueles irmãos. Ele demonstra uma alegria imensa mesmo estando na antessala da morte e no corredor do martírio. Suas palavras não são de revolta nem de lamento. Ele foi perseguido, apedrejado, preso e açoitado com varas. Ele enfrentou frio, fome e passou privações. Ele enfrentou inimigos de fora e perseguidores de dentro. Ele, agora, está em Roma, sendo acusado pelos judeus diante de César, aguardando uma sentença que pode levá-lo à morte; mas, a despeito dessa situação, sua alma está em festa, e seu coração está exultante de alegria por contemplar, naquela comunidade, o fruto da sua vocação dada por Cristo Jesus: a salvação operada em sua vida também operou na dos filipenses – “... folgo e me regozijo com todos vós”.
2. A alegria do povo de Deus. “E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo” (Fp 2:18). Em Fp 2:17, Paulo usa a figura da libação para mostrar que a morte dele completaria o sacrifício dos filipenses. O martírio coroaria sua vida e seu apostolado. Contudo, apesar desta situação sombria, um raio de luz estava brilhando. Se Paulo fosse mesmo morrer, ele iria se regozijar e desejava que os cristãos de Filipos compartilhassem a sua alegria. Paulo estava contente, sabendo que tinha ajudado aqueles cristãos a viverem para Cristo. Paulo podia sentir alegria, embora pudesse vir a enfrentar uma execução.
Quando você está totalmente comprometido a servir a Cristo, sacrificar-se para edificar a fé de outros traz como recompensa a alegria. Paulo considerava um privilégio morrer por causa da fé, e ele queria que os filipenses tivessem a mesma atitude em relação à sua morte. Sendo assim, não haveria motivo para lágrimas. Essa perspectiva levou Paulo a dizer; "... alegro-me e, com todos vós, me congratulo. Assim, vós também, pela mesma razão, alegrai-vos e congratulai-vos comigo”.

CONCLUSÃO

Certamente, de nada aproveita a um homem poder exibir um cartão de membro de uma igreja evangélica, se não puder possuir e exercitar em seu próprio beneficio, em beneficio dos irmãos, ou da Igreja, como também do pecador e do “mundo”, as virtudes cristãs, visto que estes valores espirituais só podem ser adquiridos e exercitados pelo crente salvo, aquele para quem “...as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”(2Co 4:17). Mudar apenas de religião, passar a pertencer e frequentar a “religião” evangélica, não é o que Deus quer para o ser humano. O que Deus quer é que o ser humano, através de Jesus Cristo, se torne um novo homem, ou uma nova criatura, pelo milagre da transformação que é o Novo Nascimento, podendo, assim, revestir-se das virtudes cristãs. Pense nisso!
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 55 – CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.
Filipenses – A alegria triunfante no meio das provas – Rev. Hernandes Dias Lopes.