quarta-feira, 11 de outubro de 2023

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS

 


“O que ouvimos e aprendemos, o que os nossos pais nos contaram, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à geração vindoura os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez” (Salmos 78:3,4 – NAA).

O Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, é uma data significativa no Brasil e em muitos países ao redor do mundo. A escolha dessa data se deu por ser a mesma data em que, em 1959, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a Declaração dos Direitos da Criança, reafirmando princípios fundamentais para garantir o bem-estar e os direitos das crianças em todo o mundo.

No Brasil, a celebração do Dia das Crianças foi oficializada por meio do Decreto de Lei nº 4.867, de 5 de outubro de 1924, instituindo o dia 12 de outubro como data de celebração. Desde então, a data tem sido uma oportunidade para reflexão sobre a importância de garantir os direitos, o amor e o cuidado às crianças, além de promover atividades lúdicas e educativas que valorizem a infância. É um momento para destacar a relevância de uma infância feliz e saudável para o desenvolvimento pleno e equilibrado das futuras gerações.

Com base no texto do Salmo 78:3,4, que destaca a importância de transmitir ensinamentos e experiências às gerações futuras, gostaria de homenagear as crianças no Dia dedicado a elas, refletindo sobre a importância desse aprendizado para o seu desenvolvimento e para o futuro.

As crianças são o presente e o futuro de nossa sociedade. Assim como nos ensina o Salmo, é fundamental compartilhar com elas os valores, as histórias e as maravilhas que o mundo e a vida têm a oferecer. Os ensinamentos dos pais e daqueles que as cercam são pilares essenciais para o crescimento e a formação de cada uma delas.

Neste Dia das Crianças, queremos celebrar a inocência, a criatividade e a curiosidade que as tornam tão especiais. Cada criança é única, com seu próprio potencial e habilidades a serem desenvolvidas. É nosso dever orientá-las, encorajá-las e apoiá-las em sua jornada, para que possam alcançar seus sonhos e contribuir para um mundo melhor.

Assim como o Salmo nos exorta a não encobrir a verdade e a compartilhar os louvores do Senhor, devemos também garantir que as crianças recebam a educação e os valores necessários para viverem de maneira ética, amorosa e responsável. O temor a Deus, o ensino das verdades bíblicas, a honestidade, a compaixão, a solidariedade e o respeito devem ser transmitidos como alicerce para a construção de uma sociedade justa e fraterna.

Disse o sábio Salomão: “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Pv.22:6). Este texto é uma orientação sábia que destaca a importância da educação e do direcionamento desde a infância. Enfatiza a responsabilidade dos pais, educadores e líderes da Igreja Local de guiarem as crianças no "caminho" certo, proporcionando-lhes uma base sólida de princípios éticos, morais e espirituais. Ao fazer isso, ajuda-se a estabelecer os alicerces para um futuro positivo e alinhado com os valores desejados. A instrução e o ensinamento dados às crianças têm um impacto duradouro em suas vidas, moldando suas atitudes, valores e comportamentos à medida que crescem e se tornam adultos.

É crucial que, desde cedo, as crianças recebam orientação amorosa e educativa para que possam desenvolver discernimento, compreensão e sabedoria. Os ensinamentos dados devem ser baseados em valores que promovam o respeito, a empatia, a honestidade, a responsabilidade e a generosidade. Ao cultivar essas virtudes desde cedo, é mais provável que as crianças se tornem adultos éticos e compassivos, fundamentados em princípios bíblicos.

Além dos aspectos morais e éticos, a educação deve abranger também o desenvolvimento intelectual, emocional e social das crianças. É fundamental oferecer um ambiente seguro e estimulante, onde elas possam aprender, explorar e crescer de forma equilibrada. Assim, o versículo de Provérbios 22:6 nos recorda a importância de investir na educação e orientação das crianças, pois isso não apenas impacta suas vidas imediatas, mas também molda seu futuro e contribui para a construção de uma sociedade mais justa, amorosa e harmoniosa.

Os pais são os pedagogos dos seus filhos. Competem a eles o ensino e a formação do caráter das crianças; devem ensinar no caminho em que elas devem andar. Ensinar no caminho significa caminhar junto dos filhos, ser exemplo para eles, servir-lhes de paradigma. Alguém disse que o exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única forma eficaz de fazê-lo. A atitude dos pais fala mais alto do que suas palavras. A vida dos pais é a vida do seu ensino. As crianças não podem escutar a voz dos pais se a vida deles reprova aquilo que eles ensinam. O ensino estribado no exemplo tem efeitos permanentes; até o fim da vida, o filho não se desviará desse caminho aprendido com os pais.

Estamos vendo bem de perto uma crise de valores sem precedente nas famílias, exatamente porque os pais não cumpriram o seu papel de educar os seus filhos no caminho do Senhor; eles falharam em transmitir ou incutir na formação dos filhos aquilo que os definiria como verdadeiros cidadãos dos céus. Por causa disso, estamos vendo famílias desestruturadas, com os filhos desviados, e atraídos por esse novo modelo perverso de normalização familiar.

As crianças têm muito a nos ensinar sobre o reino de Deus. O trecho de Mateus 19:13,14 retrata um momento significativo em que Jesus demonstra o amor e a importância que ele atribui às crianças. Ele convida as crianças a se aproximarem dele e repreende os discípulos que tentavam impedi-las – “Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus (Mateus 19:14). Isto destaca a compaixão e a consideração que Jesus tinha pelas crianças. Ele não apenas as acolhia, mas as colocava como exemplo para seus seguidores, indicando que o Reino dos Céus pertence aos "pequeninos". Essa afirmação simboliza a pureza, a humildade e a sinceridade que caracterizam a visão que Jesus tinha sobre a fé e a relação com Deus.

Ao convidar as crianças para se aproximarem, Jesus também ensina sobre a importância de manter um coração puro, sincero e receptivo para receber as bênçãos divinas. As crianças vão a Cristo com total confiança. Elas creem e confiam. Elas se entregam e descansam. Devemos despojar-nos da nossa pretensa capacidade e sofisticação e retornar à simplicidade das crianças confiando em Jesus com uma fé simples e sincera.

Jesus está dizendo que o reino de Deus não pertence aos que dele se acham “dignos”; ao contrário, é um presente aos que são “tais” como crianças, isto é, insignificantes e dependentes. Os que reivindicam seus méritos não entrarão nele, pois Deus dá o seu reino àqueles que dele nada podem reivindicar.

Mateus 19:13,14, também, nos lembra da relevância de valorizarmos e respeitarmos as crianças, reconhecendo o seu potencial e a importância de sua presença em nossa sociedade. Elas representam a inocência, a esperança e a promessa de um futuro melhor, e merecem ser tratadas com amor, carinho e respeito. Também nos ensina sobre a pureza e a humildade da fé, convidando-nos a acolher as crianças e a manter nossos corações abertos para o sobrenatural de Deus, seguindo o exemplo de amor e compaixão que Jesus nos deixou.

Que cada criança seja inspirada a aprender, a explorar e a crescer em um ambiente seguro e amoroso, onde possa expressar-se livremente e desenvolver suas habilidades únicas. Que possam sentir-se amadas, respeitadas e valorizadas, pois são elas que carregarão o futuro em suas mãos e mentes.

Que neste Dia das Crianças possamos renovar nosso compromisso de cultivar uma cultura de educação, respeito e amor, para que as futuras gerações possam crescer em um mundo mais justo, mais humano e mais harmonioso. E que possamos seguir o exemplo do Salmo 78:3,4, compartilhando o melhor de nós com as crianças, para que possam fazer a diferença em nosso mundo.

Luciano de Paula Lourenço

 

 

 

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