4° trimestre 2024
SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 13
Texto Base: Salmos 102:25-27; 2Pedro 3:8-13
“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se
arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o
confirmaria?” (Nm.23:19).
Salmo 102:
25.Desde a antiguidade fundaste a
terra; e os céus são obra das tuas mãos.
26.Eles perecerão, mas tu permanecerás;
todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão
mudados.
27.Mas tu és o mesmo, e os teus anos
nunca terão fim.
2Pedro 3:
8.Mas, amados, não ignoreis uma coisa:
que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.
9.O Senhor não retarda a sua promessa,
ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo
que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10.Mas o Dia do Senhor virá como o
ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos,
ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.
11.Havendo, pois, de perecer todas
estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade,
12.aguardando e apressando-vos para a
vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos,
ardendo, se fundirão?
13.Mas nós, segundo a sua promessa,
aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
INTRODUÇÃO
Nesta Lição,
refletiremos sobre a infalibilidade das promessas de Deus, um tema central que
revela a essência do caráter divino. A Bíblia nos ensina que Deus é imutável,
ou seja, Ele não muda e é absolutamente fiel às Suas palavras. Desde o Antigo
Testamento até o Novo, vemos o cumprimento exato das promessas de Deus, o que
nos assegura que Ele jamais falha. Isso é um fundamento poderoso para a nossa
fé, pois sabemos que tudo o que Ele prometeu se cumprirá. Estudaremos como essa
verdade fortalece nosso relacionamento com Deus e nos dá confiança para
vivermos com esperança e segurança.
I. DEUS É INFALÍVEL
1. A infalibilidade de Deus
A infalibilidade de Deus é uma característica
central de Sua natureza, que aponta para Sua incapacidade de errar ou falhar.
No Salmo 102:25-27, o salmista destaca o contraste entre a criação, que é
transitória e sujeita à mudança, e o Criador, que permanece o mesmo para
sempre. Essa imutabilidade reflete a perfeição absoluta de Deus, cuja
fidelidade e justiça são inabaláveis. Ele nunca falha em cumprir Suas promessas
e propósitos. Toda a Escritura confirma que, desde o início da história, Deus
sempre manteve Suas promessas. Sua infalibilidade nos dá a certeza de que
podemos confiar nEle incondicionalmente, porque Suas palavras e Suas promessas
jamais serão frustradas.
Cito três exemplos bíblicos que
demonstram a infalibilidade de Deus em Suas promessas:
a)
A promessa de Deus a Abraão (Gênesis 12:1-3;
21:1,2). Deus prometeu a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, apesar de
sua idade avançada e da esterilidade de Sara. Apesar das circunstâncias
desfavoráveis, Deus cumpriu Sua promessa, e Isaque nasceu. Isso demonstra que
Deus não falha, mesmo quando os obstáculos parecem insuperáveis.
b)
A libertação de Israel do Egito (Êxodo 3:7-10;
12:41). Deus prometeu a Moisés que libertaria os israelitas da escravidão no
Egito. Apesar da resistência de Faraó e das inúmeras dificuldades, na
cosmovisão humana, Deus cumpriu fielmente Sua promessa, guiando o povo para
fora do Egito após 430 anos de escravidão. Isso mostra que, quando Deus promete
libertação, Ele é fiel para cumprir.
c)
A vinda do Messias (Isaías 7:14; Mateus 1:22,23). No Antigo
Testamento, Deus prometeu a vinda do Salvador, o Messias, através de profecias
como Isaías 7:14, que menciona o nascimento de uma criança chamada Emanuel. No
Novo Testamento, essa promessa foi cumprida com o nascimento de Jesus Cristo,
conforme registrado em Mateus 1:22,23. A vinda de Cristo confirma a
infalibilidade de Deus em Suas promessas de redenção e salvação para a
humanidade.
Esses exemplos demonstram que Deus é
absolutamente fiel em cumprir Suas promessas, independentemente do tempo ou das
circunstâncias.
2. Uma promessa infalível
A promessa do retorno de Jesus Cristo,
conforme descrito em 2Pedro 3, é um exemplo poderoso da infalibilidade de Deus.
O apóstolo Pedro responde a preocupações da igreja sobre a aparente demora da
vinda de Cristo, enfatizando que Deus não está atrasado em cumprir Sua
promessa. O tempo de Deus é distinto do nosso: "Um dia para o Senhor é
como mil anos, e mil anos como um dia" (2Pd.3:8). Esse ensinamento nos
recorda que a percepção humana de demora não se aplica a Deus, que age conforme
Sua vontade soberana e eterna.
Pedro deixa claro que a aparente demora
do Senhor não indica uma falha ou esquecimento de Sua promessa. Pelo contrário,
a demora reflete a longanimidade e paciência de Deus, que deseja que todos
tenham oportunidade de arrependimento e não pereçam (2Pd.3:9). Essa espera é
uma expressão do amor de Deus, dando tempo para que mais pessoas se voltem para
Ele.
No entanto, o apóstolo também adverte
que o retorno de Cristo é inevitável e ocorrerá de forma repentina e
inesperada, "como um ladrão" (2Pd.3:10). Essa promessa é infalível, e
o cumprimento virá no tempo perfeito de Deus. Quando o Senhor voltar, será para
restaurar todas as coisas, transformar a criação e estabelecer novos céus e
nova terra (2Pd.3:13). Portanto, essa certeza deve motivar os crentes a viverem
em santidade e expectativa, confiando plenamente na fidelidade de Deus.
A promessa da vinda de Cristo é um
lembrete de que Deus cumpre cada palavra, e Seu plano redentor se cumprirá sem
falha, no momento designado.
3. A Palavra infalível de Deus
A infalibilidade da Palavra de Deus é
um fundamento essencial da fé cristã. Em 1Reis 8:56, Salomão, em seu discurso,
expressa profunda gratidão ao Senhor por ter cumprido todas as promessas feitas
a Israel através de Moisés, ressaltando que "nem uma só palavra caiu de
todas as suas boas palavras". Este versículo sublinha a fidelidade de Deus
em honrar cada promessa proferida, demonstrando que Ele é zeloso e fiel para
cumprir tudo o que prometeu.
A Bíblia está repleta de exemplos de
como Deus honrou Sua Palavra ao longo da história, confirmando que Suas
promessas são verdadeiras e imutáveis. Vejas os exemplos do item 1 acima. O
profeta Jeremias também afirma que o Senhor "vela" para que Sua
Palavra se cumprisse (Jeremias 1:12), demonstrando Seu cuidado ativo em
garantir que todas as Suas promessas se realizem no tempo certo.
Assim, a Palavra de Deus não é apenas
um conjunto de escrituras, mas uma fonte viva de promessas infalíveis que têm
poder para transformar vidas, trazer esperança, consolo e direção. É por meio
dela que conhecemos os planos de Deus, e podemos confiar plenamente que, seja
qual for a circunstância, a Palavra do Senhor permanece firme e inalterada. Ele
não esquece nem falha em uma só de Suas promessas.
Deus é verdadeiramente fiel.
Em Números 23:19 está escrito: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de
homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e
não o confirmaria?”. Este texto nos assegura que Deus não mente nem se arrepende, destacando
Sua total integridade e a certeza de que tudo o que Ele promete será cumprido.
Esta passagem sublinha a diferença entre Deus e o ser humano, reafirmando que
quando Deus fala, Ele age, e quando Ele promete, Ele cumpre.
Antes de morrer, Josué, já
em idade avançada, declarou: “E eis aqui eu vou, hoje, pelo caminho de toda a
terra; e vós bem sabeis, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma que
nem uma só palavra caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor,
vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem delas caiu uma só palavra” (Js.23:14). Aqui,
Josué relembra ao povo de Israel que nenhuma palavra de Deus falhou; tudo o
que Ele prometeu se cumpriu, fortalecendo a fé do povo na infalibilidade das
promessas divinas. Josué 21:45 reafirma esse testemunho ao dizer que
"nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor havia
falado à casa de Israel; tudo se cumpriu".
Essas passagens demonstram que, ao
longo da história, Deus foi fiel em cumprir cada uma de Suas promessas para o
Seu povo. Isso nos encoraja a confiar plenamente em Deus e em Sua Palavra,
sabendo que Ele é fiel e que podemos contar com Sua imutável fidelidade, hoje e
sempre.
II. DEUS NÃO MENTE NEM SE ARREPENDE
1. Deus não mente nem se arrepende
Em Números 23:19 lemos que Deus “não
mente” nem “se arrepende”. Esta afirmação é uma declaração fundamental sobre o
caráter divino, destacando sua absoluta veracidade e fidelidade. No contexto do
capítulo 23 de Números, Balaão, profeta convocado por Balaque para amaldiçoar
Israel, não conseguiu ir contra a vontade de Deus. Mesmo sob pressão, ele
declarou a imutabilidade e a retidão de Deus. Balaque queria que Balaão
amaldiçoasse o povo, mas a mensagem de Deus era clara: Ele havia decidido
abençoar Israel, e nenhuma interferência humana ou desejo contrário poderia
mudar isso - “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu
não o posso revogar” (Nm.23:20).
Essa passagem revela que Deus não age
como os homens, que podem mudar de opinião, arrepender-se ou ceder à pressão.
Sua palavra é firme e inabalável. Quando Ele promete, Ele cumpre, pois Sua
natureza é imutável. Isso é uma garantia para os crentes, pois podemos confiar
totalmente nas promessas de Deus, sabendo que Ele jamais faltará com a verdade
ou mudará Seu plano eterno. Esse conceito fortalece a fé, já que serve como um
pilar de segurança e confiança no relacionamento com Deus.
2. Deus se arrependeu?
Em Gênesis 6:6, na ARC, está escrito:
”Então, arrependeu-se
o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu
coração. E disse o Senhor: Destruirei, de sobre a face da
terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à
ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito”.
A expressão “arrependeu-se
o Senhor” neste texto e “me arrependo” em Gênesis 6:7, e que afirma que
Deus "pesou-lhe em seu coração" (Gênesis 6:6) por ter criado a
humanidade, pode ser confusa se interpretada de forma literal, à luz de outras
passagens que afirmam que Deus "não mente nem se arrepende"
(Nm.23:19). Para compreendê-la adequadamente, é importante entender a diferença
entre o arrependimento humano e o arrependimento divino.
No sentido humano, arrependimento
implica uma mudança de pensamento ou de planos devido a um erro ou falha. No
entanto, quando a Bíblia fala que Deus "se arrependeu", não devemos
interpretar isso como se Ele tivesse cometido um erro ou que estivesse incerto
sobre suas ações, mas sim como uma maneira antropomórfica (usando termos
humanos para descrever ações divinas) de expressar o profundo pesar de Deus
diante do pecado e da corrupção da humanidade.
Em Gênesis 6, o
"arrependimento" de Deus reflete Seu desagrado e tristeza pela
degradação moral da humanidade. Isso mostra que o mal e a injustiça afetam
profundamente o coração de Deus. Ele, que criou tudo para ser bom e perfeito,
viu a humanidade se desviar completamente de seu propósito original. Esse
arrependimento é uma expressão emocional de Deus diante da rebelião humana, mas
não implica que Ele tenha errado ou que Seus planos estivessem falhos.
Além disso, o
"arrependimento" divino está ligado ao cumprimento de Seus propósitos
justos e santos. No caso de Gênesis 6, a decisão de trazer o dilúvio foi uma
resposta justa à corrupção total da humanidade, que contrastava com o propósito
de Deus para a criação. Deus não mudou em Seu caráter ou em Sua essência, mas a
forma como Ele trataria aquela geração específica se alterou devido à resposta
do homem ao pecado.
Podemos entender que, enquanto Deus é
imutável em Sua natureza e em Seu propósito redentor, Ele também interage com
Sua criação de forma dinâmica e relacional, respondendo ao comportamento
humano. O pesar que Ele demonstrou em Gênesis 6 é um reflexo de Sua santidade e
justiça, que não tolera o pecado, mas também de Seu amor, que sente a dor da
separação causada pela maldade humana.
Portanto, quando a Bíblia fala sobre o
arrependimento de Deus, devemos entender que é uma linguagem figurativa usada
para comunicar a profunda tristeza de Deus em relação ao pecado e Sua
disposição em agir de acordo com a Sua justiça. Isso não contradiz Sua
infalibilidade ou imutabilidade, mas revela Sua relacionalidade e o compromisso
de levar adiante Seus propósitos eternos de justiça e redenção.
3. Uma aparente contradição
Enfatizando mais o que foi falado
acima, em Números 23:19 lemos que Deus “não se arrepende”. Em Gênesis 6:6 lemos
que Deus “se arrependeu” (Gn.6:6). A aparente contradição entre estes textos é
uma questão que pode ser resolvida com uma compreensão mais profunda do uso de
linguagem figurativa nas Escrituras e da natureza de Deus. Esse fenômeno, como
citado pelo pr. Elinaldo Renovato, é conhecido na teologia como
"antropopatismo", que consiste em atribuir emoções ou características
humanas a Deus para comunicar uma ideia ou verdade de forma acessível ao
entendimento humano.
Em Números 23:19, o texto enfatiza a
imutabilidade de Deus em relação ao cumprimento de Suas promessas e à Sua
natureza. Balaão, o profeta, declara que Deus, ao contrário dos homens, “não
mente nem se arrepende”, no sentido de que Ele não muda de opinião ou falha em
Seus propósitos. Este versículo reflete a confiança que podemos ter na
fidelidade de Deus para realizar tudo o que Ele diz, pois Sua palavra é
infalível e imutável.
Já em Gênesis 6:6, lemos que Deus
"se arrependeu" de ter criado o ser humano devido à corrupção extrema
e à maldade da humanidade. Nesse contexto, o arrependimento não significa que
Deus tenha cometido um erro ou que esteja revisando Seus planos como os seres
humanos fazem. O arrependimento de Deus em Gênesis, como foi afirmado no item 2
acima, deve ser entendido como uma expressão de pesar e tristeza divina diante
da depravação da criação. O texto revela o profundo impacto emocional que a
corrupção humana teve sobre Deus, que ao observar a maldade generalizada,
decidiu trazer o dilúvio como um ato de juízo.
O uso do termo
"arrependimento" neste caso é antropopático, ou seja, utiliza uma
linguagem emocional humana para descrever o desagrado de Deus em termos que os
leitores podem compreender. Este tipo de expressão não deve ser interpretado
literalmente, como se Deus estivesse sujeito às mesmas limitações humanas. Em
vez disso, revela que Deus, embora seja perfeito e imutável, responde de forma
justa e relacional às ações humanas, demonstrando tanto Sua justiça quanto Seu
amor.
A "contradição" entre os
textos, portanto, é apenas aparente. Quando a Bíblia afirma que Deus "não
se arrepende", está falando sobre Sua fidelidade, imutabilidade e
infalibilidade em relação às Suas promessas e ao Seu caráter. Quando a Escritura
fala que Deus "se arrependeu", está descrevendo, de forma figurativa,
Sua resposta emocional e justa diante do pecado humano. O arrependimento de
Deus, nesse sentido, não é uma mudança de Sua natureza, mas uma expressão de
Sua santidade e reação diante da condição moral da humanidade.
Em resumo, não há contradição entre os
textos, mas sim uma distinção na forma como Deus age em relação às Suas
promessas e à resposta ao pecado. Deus é imutável em Sua essência e caráter,
mas interage de maneira relacional e dinâmica com o mundo, reagindo de acordo
com Sua justiça e amor.
III. AS INFALÍVEIS PROMESSAS DE DEUS
1. Um plano glorioso
A questão das infalíveis promessas de
Deus é profundamente enriquecida quando consideramos o plano de redenção divino
que transcende o tempo e a história. O conceito de um "plano
glorioso" revela a profundidade e a magnitude da sabedoria e da soberania
de Deus em relação à salvação da humanidade.
A queda do ser humano, conforme narrado
em Gênesis, não foi um evento imprevisto para Deus. Pelo contrário, o plano de
salvação já estava preestabelecido antes da fundação do mundo. Isso é
evidenciado em Apocalipse 13:8, onde se faz referência ao "Cordeiro que
foi morto desde a fundação do mundo". Esta expressão sublinha que a
redenção através de Cristo não é uma reação a uma contingência imprevista, mas
sim uma parte essencial e predestinada do plano divino desde o princípio.
Deus, em Sua onisciência e soberania,
tinha um plano glorioso para a redenção da humanidade desde antes da criação.
Efésios 1:11,12 nos revela que esse plano foi formulado segundo o
"conselho da sua vontade". A palavra "conselho" sugere que
o plano de Deus é resultado de uma decisão deliberada e sábia, tomada dentro da
perfeita harmonia da Trindade. Esse plano é caracterizado por Sua intenção de
glorificar a Si mesmo e de beneficiar os crentes por meio da salvação oferecida
por Cristo.
João 1:1-4 apresenta Jesus como o Verbo
eterno, que estava com Deus e era Deus, e que, por meio d’Ele, tudo foi criado.
Isso confirma que Jesus não é apenas o meio da redenção, mas o próprio plano de
Deus encarnado. Ele é a manifestação do plano divino e a realização de Sua
promessa de salvação.
A promessa de redenção é revelada
primeiramente em Gênesis 3:15, onde Deus anuncia a futura vitória sobre o mal
através da descendência da mulher, uma referência profética a Cristo. Essa
promessa é reafirmada em João 3:16, onde é descrito o amor de Deus pela
humanidade, proporcionando a salvação através do sacrifício de Seu Filho. A
vida eterna oferecida a todos que creem em Jesus é o cumprimento final do plano
de Deus.
A infalibilidade das promessas de Deus
é, portanto, sustentada pela certeza de que Seu plano de redenção, formulado
desde a fundação do mundo, é irrevogável e absoluto. Não há falhas ou surpresas
no plano divino; tudo está perfeitamente orquestrado para cumprir Seus
propósitos eternos. Isso proporciona aos crentes uma profunda segurança e
esperança, pois sabem que estão alinhados com a vontade soberana de Deus, que é
perfeita e imutável.
Portanto, o plano glorioso de Deus, que
se desdobra através da história e culmina na obra redentora de Cristo, é a base
das Suas promessas infalíveis. Cada promessa é um reflexo da Sua fidelidade,
soberania e amor imutável, que garante que o que Ele disse, Ele cumprirá.
2. A eternidade
Juntamente com o seu plano de salvação,
Deus promete a vida eterna (1João 2:24,25). Esta gloriosa promessa é uma
confirmação de que fomos criados para uma existência que transcende a
temporariedade da vida terrena e não para a queda e a finitude.
Desde a criação, o plano de Deus para a
humanidade envolvia uma existência eterna em Sua presença. Em Gênesis 1:26,27,
vemos que Deus criou o ser humano à Sua imagem e semelhança, com a intenção de
desfrutar de um relacionamento eterno com Ele. O pecado trouxe a morte e a
separação de Deus, mas essa não era a intenção original de Deus. Em vez disso,
a eternidade com Deus foi o propósito de criação.
A promessa de vida eterna é reafirmada
nas Escrituras como uma garantia para todos os que creem em Jesus Cristo. Em
1João 2:24,25, o apóstolo João escreve sobre a importância de permanecer na
doutrina de Cristo, pois é assim que se obtém a vida eterna prometida por Deus.
Esta vida eterna não é apenas uma extensão da vida terrena, mas uma nova
qualidade de vida, uma existência plena na presença de Deus, livre das
limitações e do sofrimento que caracterizam a vida atual.
Jesus Cristo é o garantidor da vida
eterna. Em João 11:25,26, Jesus declara ser a ressurreição e a vida, afirmando
que aquele que crê n'Ele, mesmo que morra, viverá. Cristo, por meio de Sua
morte e ressurreição, abriu o caminho para a eternidade. Sua ressurreição é a
prova de que a vida eterna é uma realidade que podemos esperar. Além disso, em
1Coríntios 15:54, Paulo fala sobre a transformação do nosso corpo corruptível
em incorruptível, indicando que a eternidade envolve uma transformação física e
espiritual, onde os crentes serão revestidos de um corpo glorificado, adequado
para a vida eterna.
A promessa da vida eterna oferece uma
esperança robusta para os crentes. Ela assegura que, apesar das adversidades e
da finitude da vida presente, há uma garantia de um futuro eterno com Deus. A
vinda de Cristo e a transformação final dos corpos dos crentes são eventos
esperados que culminarão na consumação das promessas de Deus. A eternidade,
então, é a plenitude do plano divino, uma realidade que nos chama a viver com
expectativa e fé, sabendo que a nossa verdadeira e eterna morada está com Deus.
Em resumo, a eternidade prometida por Deus
é a culminação do Seu plano de salvação. Ela reflete o desejo divino de que
vivamos eternamente em Sua presença, transformados e plenamente realizados.
Cristo é o centro dessa promessa, garantindo que, através d'Ele, alcançaremos a
vida eterna e a plenitude que Deus preparou para nós desde a fundação do mundo.
3. Esperança forjada na promessa infalível de Deus
A esperança humana, muitas vezes
alimentada por avanços científicos e tecnológicos, busca prolongar a vida e
evitar as realidades inevitáveis do envelhecimento e da morte. No entanto, a
promessa infalível de Deus oferece uma perspectiva de esperança que transcende
as limitações naturais da vida humana.
A busca por maior expectativa de vida
tem levado a avanços significativos na Medicina e na ciência, oferecendo
melhorias na qualidade de vida e na longevidade. Contudo, essas conquistas,
embora valiosas, não podem alterar a inevitabilidade do envelhecimento e da
morte. A finitude da vida é uma realidade que todos enfrentam,
independentemente dos avanços tecnológicos. A morte é uma consequência do
pecado original, e a própria Bíblia reconhece que “o salário do pecado é a
morte” (Romanos 6:23).
Para os que creem em Cristo, a
esperança vai além das limitações naturais. A promessa infalível de Deus, conforme
revelada nas Escrituras, é uma fonte de esperança que supera a morte e o
envelhecimento. Em Romanos 6:23, o apóstolo Paulo nos lembra que “o dom
gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Esta promessa
não é afetada pelas incertezas e limitações da vida terrena. Em vez disso, é
uma garantia de uma vida plena e eterna com Deus, que nos dá um propósito e uma
perspectiva eterna.
A salvação oferecida por Cristo não é
apenas um escape da morte, mas uma nova forma de viver com uma alegria
duradoura. Em 1Coríntios 13:12, Paulo fala sobre o dia em que conheceremos a
Deus “como Ele nos conhece”. Esta promessa de uma relação perfeita e íntima com
Deus é uma fonte de alegria incomparável. A esperança cristã é forjada na
certeza de que, apesar das dificuldades e da inevitabilidade da morte, temos
uma herança eterna que não pode ser corrompida ou desfeita.
CONCLUSÃO
Ao longo desta lição, refletimos sobre
a imutabilidade e a infalibilidade das promessas de Deus. Desde o Antigo
Testamento até o Novo, a Bíblia nos revela que Deus não falha em suas
promessas. Seu plano glorioso de salvação, a garantia da vida eterna e a
esperança inabalável que Ele nos oferece demonstram que Sua Palavra é firme e
segura. Ele não mente, nem se arrepende, e tudo o que prometeu será cumprido
fielmente.
Com esta Lição, encerramos o quarto
trimestre letivo da Escola Bíblica Dominical, reafirmando que podemos confiar
plenamente em Deus. Que a certeza de Suas promessas infalíveis nos fortaleça na
caminhada cristã, sustentando nossa fé e esperança até o dia em que veremos o
cumprimento pleno de todas as Suas promessas em Cristo Jesus.
Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave –
Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico
popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo
Testamento. CPAD.
Dicionário VINE.CPAD.
O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.
Lawrence O. Richards. Guia do Leitor da
Bíblia. CPAD.
Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Corintios.
HAGNOS.
Pr. Hernandes Dias Lopes. João, Jesus o
Rei dos reis. HAGNO.
Pr. Hernandes Dias Lopes. Salmos.
Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Pedro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário