2 Trimestre/2019
Texto Base: Êxodo 27:1,2,6,7
"Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em
inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo
lavado com água limpa” (Hb.10:22).
Êxodo
27:1,2,6,7
1-Farás
também o altar de madeira de cetim; cinco côvados será o comprimento, e cinco
côvados, a largura (será quadrado o altar), e três côvados, a sua altura.
2-E
farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas serão uma só peça com
o mesmo, e o cobrirás de cobre.
6-Farás
também varais para o altar, varais de madeira de cetim, e os cobrirás de cobre.
7-E
os varais se meterão nas argolas, de maneira que os varais estejam de ambos os
lados do altar quando for levado.
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao
estudo sobre o Tabernáculo trataremos nesta Aula do Altar do Holocausto. Ao
entrar no Pátio a primeira coisa que se vê é o Altar de holocaustos; é a maior
peça do Tabernáculo. Ali, eram oferecidas as ofertas que seriam queimadas.
Quando a oferta para o
holocausto era consumida pelo fogo a fumaça exalava um cheiro especial que
subia para os ares. O animal sacrificado era totalmente queimado no Altar e a
gordura queimada exalava um cheiro que agradava a Deus; era um "cheiro
suave, uma oferta queimada ao SENHOR" (Êx.29:18).
Por causa da regularidade
e frequência com que aconteciam os sacrifícios de holocaustos, eles eram
chamados de "holocausto contínuo" (Êx.29:42). Um animal limpo e sem
defeito era oferecido ali em substituição ao pecador.
Do mesmo modo como se
tomava o sacrifício e colocava-o sobre o Altar, Jesus também foi levantado,
tipologicamente, no altar do Calvário para redimir a nossa alma (ver Lv.1:8,9;
João 3:14,15; 12:32,33; Ef.5:2).
No Altar de holocaustos
se formou a primeira imagem a respeito da necessidade de redenção dos
pecadores. No tempo determinado, Cristo Jesus foi sacrificado no Calvário e o
seu sangue derramado para apagar os pecados de toda humanidade. Foi um
sacrifício perfeito e irrepetível.
I. O ALTAR DO HOLOCAUSTO
1. O Altar
do Holocausto
O primeiro passo para o
homem aproximar-se de Deus está simbolizado pelo Altar dos holocaustos, ou
seja, a expiação. Sua mensagem é: "sem derramamento de sangue não há
remissão" (Hb.9:22). Por conseguinte, sem remissão de pecados não há
comunhão com Deus. A remissão perfeita e indelével foi efetuada no Calvário,
onde Cristo se sacrificou por nossos pecados.
O Altar do Holocausto,
também, era o lugar de completa dedicação a Deus, pois ali se ofereciam os
sacrifícios de holocaustos que simbolizavam inteira consagração.
Os sacrifícios Levíticos
aproximavam o povo de Israel de Deus. Tudo que diz respeito a aproximar-se de
Deus estava implícito no sacrifício. Para o culto divino ser aceito por Deus o
pecado tinha que ser coberto por meio de sacrifícios.
Não havia culto nem
adoração sem sacrifícios; não havia culto sem altar. Os sacrifícios apontavam
para aquilo que Cristo iria realizar, de forma vicária, uma vez para sempre, na
Cruz do calvário.
Não há culto sem o
significado da cruz; não há culto sem Jesus Cristo, que foi imolado, mas que
agora vive e reina para todo o sempre, e tem as chaves da morte e do inferno
(Ap.1:18).
2. O
significado do Altar do Holocausto
O Altar do holocausto
significa um “lugar elevado”, ou “lugar de sacrifícios”. Ali, eram oferecidas
as ofertas que seriam queimadas.
O termo “holocausto” é
formado por duas palavras gregas: holos = "inteiro" + kaumatizo =
"queimar". Então, o significado literal é "sacrifício totalmente
queimado".
É no Altar que o pecador,
com toda a sua carga de pecado, encontra o perdão, a remissão, a redenção e a
reconciliação, mediante um sacrifício substitutivo.
3. O
modelo do Altar e seus materiais
O Altar era
impressionante em sua construção. Como eu disse, era a primeira e maior peça no Pátio do Tabernáculo;
media 2,25 metros quadrados por 1,35 metros de altura.
Era confeccionado de madeira de acácia e coberto
com bronze. A madeira de acácia simbolizava a humanidade e a natureza de
Cristo, enquanto o bronze com o qual o Altar era revestido simbolizava o
julgamento correto do pecado. Isto nos fala de justiça divina, não humana que
pode errar e causar dano.
O julgamento de Deus é sempre justo e conclusivo -
"porque o salário do pecado é a morte..." (Rm.6:23); "... a alma
que pecar, essa morrerá" (Ez.18:4).
Quem poderia ser submetido ao juízo de Deus e ser
encontrado inculpável? Somente o santo Filho de Deus, o Justo; e o “Altar”
sobre o qual Ele ofereceu o sacrifício foi a cruz, e a “vítima” foi Ele mesmo,
livrando-nos do juízo vindouro.
"Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito,
ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,
e, pelas suas pisaduras, fomos sarados" (Is.53:4,5).
"Porque todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção
que há em Cristo Jesus" (Rm.3:23,24).
O Altar era
quadrado. Isto poderia significar os
quatro lados da nossa Salvação:
Ø Perdão. Não importando o quanto o pecado tenha manchado a
alma, Isaías 1:18 diz: "Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que
os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve;
ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã".
Ø Substituição. Os sacrifícios na Antiga Aliança tinham
que ser repetidos a cada dia, e somente cobriam os pecados, não os tiravam,
eram temporários (Hb.10:1-4). Mas, o sacrifício do Cordeiro de Deus, no
Calvário, foi feito uma só vez para sempre e tirou o pecado do mundo, foi
permanente.
“mas este, havendo oferecido um único sacrifício
pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus” (Hb.10:12).
"mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade
de nós todos" (Is.53:6).
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos
pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus...” (1Pd.3:18).
Ø Reconciliação. Na cruz, Cristo pagou o
preço pago para nos reconciliar com Deus. A cruz é a ponte por onde devemos
passar para chegarmos a Deus.
“E tudo isso
provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o
ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da
reconciliação” (2Co.5:18,19).
Ø Redenção. Cristo nos libertou da escravidão do pecado -
"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres"
(João 8:36). Jesus pagou o preço da nossa salvação e, por isso, nos comprou a
liberdade. Por isso, o apóstolo Pedro nos lembra que não fomos comprados com
ouro, mas com o precioso sangue de Jesus (1Pd.1:18,19). Como fomos comprados
por Cristo, libertamo-nos do jugo do pecado e, por isso, não mais estamos sob
condenação, alcançamos a justificação.
“nem por
sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb.9:12).
4. Os
utensílios do Altar de holocaustos
O Altar possuía alguns utensílios que merecem uma
análise. Senão vejamos.
a) O fogo. O fogo que ardia
sobre o Altar foi aceso pelo próprio Deus (Lv.9:24). Jamais podia se apagar – “O fogo arderá continuamente sobre o altar;
não se apagará" (Lv.6:13). O fogo é utilizado para representar dois
aspectos do caráter e ministério de Deus: purificação e julgamento
(1Co.3:11-15; 2Ts.1:7,8).
"E, se alguém sobre este fundamento formar um
edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada
um se manifestará; na verdade o Dia a declarará, porque pelo fogo será
descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém
edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se
queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo"
(1Co.3:12-15).
b) Os varais e as argolas.
Davam um aspecto móvel ao altar, revelando que Deus estaria com o povo durante
sua peregrinação, mostrando que Deus sempre fez questão e manifestou Seu desejo
de andar com Seu povo. Podemos aplicar esta realidade a nós, pois Deus tem
interesse em relacionar-se e estar sempre conosco (Mt.28:20; Hb.13:5) – “Não te deixarei, nem te desampararei”
(Hb.13:5).
c) Cinzeiros, pás, bacias, garfos e braseiros. Alguns desses utensílios eram utilizados para
remoção das cinzas do altar, que era o que restava do sacrifício queimado,
indicando que o sacrifício havia sido concluído. Como tipo de Cristo, os
utensílios e as cinzas podem ser compreendidos como humilhação de Jesus Cristo
(Fp.2:5-11) e como consumação da Sua Obra redentora na cruz (João 19:30).
5. A
transitoriedade do Altar do holocausto
No Pátio do Tabernáculo não havia bancos para
sentar ou descansar. Era necessário que continuamente se apresentassem novos
sacrifícios, pois os seus resultados nunca podiam tirar definitivamente a culpa
(Hb.10:11). Quando uma pessoa pecava de novo, ela devia oferecer um novo
sacrifício, em antecipação ao verdadeiro Cordeiro sacrificial, que um dia seria
morto na cruz. Ele se ofereceu a Si mesmo, de forma irrepetível, para nos
conceder perdão, redenção, reconciliação e eterna salvação.
ANTES
|
AGORA
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Sacrifícios de animais.
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O Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.
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Muitos sacrifícios.
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Único sacrifício.
|
Muitas ofertas recebidas.
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Uma só oferta.
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Repetível.
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Está consumado para sempre.
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Apenas cobria o pecado por um tempo.
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Remissão completa.
|
O perdão era temporário.
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Perdão total, de uma vez por todas.
|
II.
AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO
O Altar do Holocausto tinha uma base alta e
apresentava quatro cantos com quatro pontas em forma de chifres. Deus ordenou a Moisés:
"E farás as suas pontas nos seus quatro
cantos; as suas pontas serão uma só peça com o mesmo, e o cobrirás de
cobre" (Êx.27:2).
Os quatro
chifres ajudavam o sacerdote na
ministração da cerimônia, pois o animal ficava amarrado em um desses chifres
para, em seguida, ser sacrificado (Salmo 118:27).
Tão logo o pecador passasse pela porta principal do
Pátio, ele andava alguns metros e chegava ao Altar de holocaustos. Ali, o
pecador apresentava ao sacerdote a sua oferta de sacrifício ao Senhor. O sangue
do animal sacrificado pelo pecado era aspergido sobre esses chifres (Êx.29:12).
“Depois,
tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do
altar, e todo o sangue restante derramarás à base do altar”.
Os quatro
chifres enfatizam o poder do sangue. Os chifres significavam
poder para livrar a pessoa da servidão do pecado, bem como protegê-la por causa
da aplicação do sangue (ver Lv.4:1-7). Aqui está a necessidade do pecador e o
amor do Salvador em libertar e perdoar.
Os quatro
chifres, apontando para as quatro
direções, informavam que a salvação alcançaria os confins da terra.
"Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos
os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro" (Is.45:22).
Os chifres deveriam
ser cobertos de sangue por ocasião da consagração dos sacerdotes (Êx.29:1;
Lv.8:14,15; 9:9), como também no dia da expiação (Lv.16:18).
Os quatro chifres - chances de misericórdia. Se alguma pessoa era
perseguida, podia apegar-se aos chifres do Altar a fim de obter misericórdia e
proteção.
-Adonias
temeu por sua vida após sua conspiração para usurpar o trono de Salomão e
procurou refúgio na Casa do Senhor agarrando-se aos chifres do Altar
(1Rs.1:50-53).
-Joabe,
o homem de guerra, também foi ao Altar segurar-lhe nos chifres, quando temeu as
consequências de seus feitos (cf.1Rs.2:28).
Nenhum dos dois encontrou a ajuda que queria,
porque na realidade buscaram misericórdia do homem, não de Deus. Nenhum dos
dois trouxe a oferta de expiação pelo pecado prescrita por Deus.
“Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no
homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jr.17:5)
O que mais o Altar de quatro chifres representa? Representa o lugar da
aceitação do nosso sacrifício, que se tornou possível pelas seguintes
condições:
1. Pela Propiciação
Propiciação é a ação com que se busca agradar a Deus para
obter o seu perdão, seu favor ou boa vontade.
Devido ao seu caráter
santo, Deus não pode deixar impune o mal, nem tampouco fingir que o mal não
existe, ou que não tem importância.
No Antigo Testamento isto era resolvido com a
morte de animais, para quem a ira de Deus era desviada (Lv.4:20; 19:22).
No Novo Testamento Deus satisfaz a Sua
justa ira contra o pecado ao desviá-la do pecador e concentrá-la em Jesus
Cristo (Hb.2:17; 1João 2:2). Com sua morte, Jesus Cristo se torna propício
(favorável) ao pecador (não ao pecado), e como Sumo Sacerdote apresenta a Deus
o seu próprio corpo em sacrifício como propiciação pelos pecados do ser humano
convertido.
“E ele é a
propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também
pelos de todo o mundo. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus,
mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos
pecados” (1João 2:2,10).
Agradeçamos a Deus por
prover a nossa salvação. Agradeçamos a Deus pela Sua Obra maravilhosa de
substituição, remissão e propiciação.
2. Pela
Substituição
Sem trazer uma oferta
pelo pecado para oferecer sobre este Altar não se alcançava aceitação de Deus.
Só era possível entrar levando uma oferta: um animal perfeito e vivo.
No Pátio, o pecador
chegava com sua oferta que seria oferecida pelo sacerdote, em seu lugar, no
Altar. O pecador colocava a mão na cabeça do animal (Lv.1:4) e confessava seu
pecado. Desta forma, o pecador transferia toda a sua culpa para o animal
inocente e recebia para si o valor da sua morte.
Foi exatamente assim que
Jesus levou sobre si a nossa culpa, oferecendo-se na cruz em nosso lugar
(Is.53:4-6; João 1:29; 1Pd.2:24). Na pessoa de Jesus Cristo, a nossa pena foi
cumprida plenamente (1Co.5:7).
Hoje, o pecador tem o
privilégio de demonstrar fé na vítima da cruz, Cristo, tendo-o como o seu
substituto perante Deus. Cristo morreu por todos os que têm posto suas mãos
sobre Ele, o Cordeiro de Deus. Assim, pela fé em Jesus somos salvos, e
regenerados (João 1:12,13,29; Hb.9:22).
3. Pela
Reconciliação
É no Altar do holocausto
que o homem, primeiramente, encontrava-se com Deus. Nele, o pecador, com toda a
sua carga de pecado, encontrava o perdão mediante um sacrifício substitutivo.
Assim, ele encontrava a reconciliação com o Deus santo.
Deus quis reconciliar-se
definitivamente com o homem. Deveria ter partido de nós, a parte ofensora, mas
partiu de Deus, a parte ofendida - “E
tudo isso provém de Deus...”(2Co.5:18). É a parte ofendida que toma a
iniciativa da reconciliação. Deus restaurou o relacionamento entre si mesmo e
nós.
O Evangelho não é o homem
buscando a Deus, mas Deus buscando o homem. Foi o homem quem caiu, afastou-se e
rebelou-se. Mas é Deus quem o busca. É Deus quem corre para abraçar - “Com amor eterno eu te amei e com benignidade
eu te atraí”(Jr.31:3).
A cruz de Cristo foi o
preço que Deus pagou para nos reconciliar consigo. A cruz de Cristo é a ponte
entre a Terra e o Céu. Nenhuma pessoa pode chegar até Deus a não ser por meio
dessa ponte. Deus nos amou e nos deu seu Filho (João 3:16). Deus nos amou e
Cristo sofreu em nosso lugar. Deus nos amou e Cristo morreu por nós.
Na verdade, não foi a
cruz de Cristo que gerou o amor de Deus; foi o amor de Deus que gerou a cruz (Rm.5:8;8:32).
A cruz é o maior arauto do amor de Deus por nós. A cruz é a prova cabal de que
Deus está de braços abertos para nos receber de volta ao lar.
A nossa reconciliação com
Deus, portanto, custou-lhe um preço infinito: a morte do seu próprio Filho. Ele
nos comprou não com coisas corruptíveis como prata e ouro, mas com o sangue do
seu Filho bendito (1Pd.1:18,19).
4. Pela
remissão
Quando ocorria o sacrifício
da vítima, sangue era vertido. Ali no Pátio, o pecado do povo era julgado e o
pecador, redimido pelo sangue do animal imolado, experimentava a bênção do
perdão; ele estava livre do ônus do pecado.
A vítima, com seu sangue
derramado em volta do altar, representava Cristo, o Cordeiro que foi morto e
derramou o Seu sangue pelos nossos pecados (João 1:29; Is.53:7; 1Pd.1:18-20;
3:18). Está escrito: "Sem derramamento de sangue não há remissão"
(Hb.9:22).
III.
O ALTAR DO HOLOCAUSTO É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO
Já deu para entender que
o Altar do holocausto simboliza a cruz do Calvário, lugar onde Cristo,
vicariamente, foi crucificado (Hb.9:12-14;25-28; 10:10-14). O que precisava ser
realizado Jesus já realizou; basta apenas apresentar-se a Ele como um pecador
perdido, reconhecer nossa culpa, confessar nossos pecados, crendo que "ele
é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça" (1João 1:9).
1. No
Altar do Holocausto – na Cruz - Deus proveu um Cordeiro imaculado uma vez para
sempre em nosso lugar
No Altar dos Holocaustos, as vítimas inocentes
eram sacrificadas no lugar dos pecadores. Assim como Deus proveu um cordeiro
para substituir Isaque no monte do sacrifício, Ele enviou seu Filho para nos
substituir na cruz do Calvário. Jesus, o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo
que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. O Cordeiro de Deus morreu
por nós. Na cruz, Deus materializou o Seu grande amor por toda a humanidade. Afirma
Paulo:
“Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a
seu tempo pelos ímpios” (Rm.5:6).
“Mas Deus prova o seu amor para conosco em que
Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5:8).
Portanto, a cruz de Cristo não foi um
acidente, mas um apontamento de Deus desde a eternidade. Ele foi morto desde a
fundação do mundo. Ele nasceu para ser o nosso substituto, representante e
fiador. A cruz, sempre esteve encrustrada no coração de Deus, sempre esteve
diante dos olhos de Cristo. Ele jamais recuou da cruz. Ele marchou para ela
como um rei caminha para a sua coroação.
Portanto, o Amor de Deus não é apenas um
sentimento, é uma ação. Não consiste apenas em palavras, é uma dádiva. Não é
uma dádiva qualquer, mas uma dádiva de si mesmo. Deus deu seu Filho. Ele deu
tudo, deu a si mesmo.
Deus não amou aqueles que nutriam amor por
Ele, mas aqueles que lhe viraram as costas. Deus amou aqueles que eram
inimigos.
Cristo morreu no momento determinado por Deus
e de acordo com seu eterno propósito (João 8:20; 12:27; 17:1; Gl.4:4; Hb.9:26).
Não há como medir o amor de Deus – “Deus amou
o mundo de tal maneira...” (João 3:16).
2. No
Altar do Holocausto – na Cruz - o sacrifício do Cordeiro Imaculado trouxe-nos
Reconciliação com Deus
O sacrifício de Jesus Cristo foi único e
definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef.2:16). Jesus, o Cordeiro de
Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb.12:2). Sem Ele estaríamos
perdidos, longe de Deus e condenados para sempre ao inferno.
Temos um Deus que nos ama e que não negou dar
o seu Unigênito para que tivéssemos Paz com Deus e a vida eterna.
“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando
a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade,
isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si
mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos
com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef.2:14-16).
3. No
Altar do Holocausto – na Cruz - o perfeito sacrifício do Cordeiro de Deus
trouxe-nos Justificação
Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena,
justificando-nos perante o Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez
livres e justificados pela fé, temos paz com Deus (Rm.5:1). Uma vez livre e
justificado a culpa do homem é transferida para Jesus, que já a pagou através de
Seu sacrifício expiatório da cruz, e pode cobrir o homem com sua justiça. É por
isto que Paulo diz: “Assim que, se alguém
está em Cristo, nova criatura é”.
Portanto, o homem justificado não é um homem
“reformado”, mas, é um novo homem. Este novo homem é visto por Deus como se
nunca tivesse pecado. A Justificação não deixa resíduos dos pecados dantes
cometidos, isto por causa daquele “que não conheceu pecado, o fez pecado por
nós; para que, nele, fossemos feitos justiça de Deus” (2Co.5:21).
4. No
Altar do Holocausto – na Cruz – o sacrifício de Jesus Cristo trouxe-nos
gloriosa Esperança
A esperança é um dos pilares da vida cristã. Em
1Pedro 1:3-4 está escrito:
“bendito seja o Deus e pai de nosso senhor Jesus Cristo, que, segundo a
sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível,
incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós”.
Isto quer dizer que:
- Além de termos
esperança de dias melhores;
- Além de termos
esperança de que Deus vai responder nossas orações;
- Além de termos
esperança de que Deus vai abrir portas em várias questões da vida, nós
temos a esperança que um dia todo o sofrimento, toda dor, todo mal, vai
ser debelado para sempre, e sempre e sempre.
Portanto, a nossa esperança é superlativa
porque a cruz de Cristo nos proporcionou esta preciosa promessa. Em Romanos
8:24 o aposto Paulo se expressa de modo claro e convincente: “porque, em esperança, somos salvos.
Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como
o esperará?".
Quando o crente é convicto de sua fé ele não
titubeia, mas põe a sua confiança, a sua esperança só em Deus. Paulo disse
perante o governador Félix:
“tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de
haver ressurreição tanto dos justos como dos injustos”.
Um dia todos nós morreremos, caso o Senhor
Jesus não venha antes disso, mas, temos a esperança que ressuscitaremos e
viveremos com Ele para sempre – é sem dúvida a nossa maior esperança.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta Aula que o Altar do Holocausto
é o lugar da confissão do pecado, isto é, do arrependimento, de confessar Jesus
como o nosso Salvador.
Não precisamos mais fazer sacrifícios, pois
tudo está feito. Cristo é a oferta suficiente e eficaz para a expiação completa
de nossa culpa. Ele já fez o verdadeiro sacrifício uma vez para sempre em nosso
lugar. Nada resta fazer senão ir a Ele e apresentar-nos como pecador perdido.
Ir com toda sinceridade, assim como somos e estamos, e colocar, pela fé, a mão
sobre o Sacrifício (Jesus Cristo) reconhecendo nossa culpa, confessar nossos
pecados, crendo que “Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toa injustiça” (1João 1:9).
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de estudo –
Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico
popular (Antigo e Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão
– nº 78. CPAD.
Comentário Bíblico
Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo
Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Paul Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.
Leo G. Cox - O Livro de Êxodo - Comentário
Bíblico Beacon. CPAD.
Victor P. Hamilton - Manual do
Pentateuco. CPAD.
Elienai Cabral. O Tabernáculo – Símbolos
da Obra redentora de Cristo. CPAD.
Alvin Sprecher. Estudo Devocional do
Tabernáculo no Deserto. CPAD.
Abraão de Almeida. O Tabernáculo e a
Igreja. CPAD.
Ótima aula professor Que Deus continue te abençoando
ResponderExcluirExcelente aula. Que Deus continue te usando no ministério do ensino.
ResponderExcluirQue Deus esteja sempre na direção e que vc sempre diminua para que o senhor cresça amem
ResponderExcluirQue Deus esteja sempre na direção e que vc sempre diminua para que o senhor cresça amem
ResponderExcluirGracias! Dios le continúe bendiciendo con sabiduría y entendimiento de su palabra . Me gustó mucho este blog.
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