2° Trimestre de 2025
SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 13
Texto Base: João 20:19,20,24-31
“E, oito dias depois, estavam outra vez
os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas
fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!” (João 20:26).
João 20:
19.Chegada, pois, a tarde daquele dia,
o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos
judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz
seja convosco!
20.E, dizendo isso, mostrou-lhes as
mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
24.Ora, Tomé, um dos doze, chamado
Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25.Disseram-lhe, pois, os outros
discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos
cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a
minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
26.E, oito dias depois, estavam outra
vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as
portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!
27.Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu
dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas
incrédulo, mas crente.
28.Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor
meu, e Deus meu!?
29.Disse-lhe Jesus: Porque me viste,
Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
30.Jesus, pois, operou também, em
presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste
livro.
31.Estes, porém, foram escritos para
que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais
vida em seu nome.
Chegamos na última lição do 2º trimestre de 2025
refletindo sobre o impacto da ressurreição de Jesus Cristo na vida dos
discípulos e, por consequência, na vida da Igreja. Esta verdade gloriosa não
apenas marcou a vitória sobre a morte, mas também inaugurou uma nova estação de
esperança para todos os que creem. A aparição do Cristo ressurreto, em meio ao
medo e à incerteza dos seus seguidores, transformou o desespero em júbilo, a
dúvida em fé e o luto em missão. Sem a ressurreição de Cristo, nossa fé seria
vã, e nossa pregação, vazia. Sem a ressurreição de Cristo, não haveria remissão
de pecados quanto ao passado nem esperança quanto ao futuro.
Nesta lição, veremos como a presença do Senhor
ressurreto renovou a esperança dos discípulos, encorajando-os com palavras de
paz e enviando-os com propósito. Veremos também como a fé de Tomé foi
fortalecida por provas concretas, reafirmando que a fé cristã está ancorada em
fatos reais e históricos. A ressurreição é mais que um evento do passado: é a
fonte da nossa esperança presente e a certeza da glória futura.
Objetivos da Lição: (1) Compreender a Ressurreição como evidência incontestável da
vitória de Cristo sobre a morte; (2) Identificar como a presença do Cristo vivo
transforma realidades de tristeza e medo em fé e alegria; (3) Reafirmar que a
fé cristã é sólida porque se fundamenta na ressurreição e nas promessas eternas
de Jesus.
I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO
1. “Paz seja convosco!” (João
20:19)
No final da tarde do primeiro dia da
semana, o Cristo ressurreto apareceu aos seus discípulos reunidos secretamente,
com portas trancadas, dominados pelo medo dos judeus. Esse cenário reflete não
apenas a ameaça externa, mas, sobretudo, o estado interno de alma dos
discípulos: corações tomados por temor, dúvida, frustração e culpa. Desde a
crucificação, os discípulos estavam desnorteados pela ausência física de Jesus,
com seus sonhos aparentemente sepultados junto ao corpo de seu Mestre.
Foi nesse ambiente carregado de
incerteza que Jesus, de maneira sobrenatural, apareceu no meio deles e
declarou: “Paz seja convosco!”.
Esta saudação, mais do que um simples cumprimento, foi uma ministração direta
ao coração abatido dos discípulos. A paz que Jesus oferece não é meramente
emocional, mas espiritual e profunda. É a paz que reconcilia, acalma a alma, e
restaura a confiança — a mesma paz que Ele havia prometido antes de sua morte
(João 14:27).
O contraste entre o medo antes do
Pentecostes e a ousadia após o derramamento do Espírito Santo mostra o poder
transformador da presença de Cristo e da fé na ressurreição. Antes, trancados
por medo. Depois, presos por coragem. O Cristo ressurreto não apenas se
apresenta vivo, mas também comunica uma nova realidade aos seus seguidores:
eles não estão mais sozinhos, e agora, com Ele vivo, há verdadeira paz e
esperança.
Assim, a ressurreição não é apenas uma
doutrina gloriosa: é uma experiência pessoal que devolve ao coração aflito a
certeza da presença de Jesus e a força da sua paz inabalável.
2. O registro das aparições de Jesus
ressurreto
Após sua gloriosa ressurreição, Jesus
permaneceu na Terra por um período de 40 dias, durante o qual apareceu diversas
vezes a seus seguidores, confirmando de maneira incontestável que estava vivo
(Atos 1:3). Os Evangelhos e as cartas apostólicas registram pelo menos dez
aparições distintas do Cristo ressurreto, reforçando a veracidade do evento e
consolidando a fé dos discípulos.
Essas aparições ocorreram em momentos e
locais variados, a diferentes grupos e indivíduos:
a)
A Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (João
20:11-18);
b)
A outras mulheres, quando retornavam da sepultura (Mt.28:8-10);
c)
A Pedro, em momento particular (Lc.24:34; 1Co.15:5);
d)
Aos dois discípulos no caminho de Emaús, ao entardecer (Mc.16:12; Lc.24:13-32);
e)
Aos discípulos reunidos, com ausência de Tomé (Lc.24:36-43; João
20:19-25);
f)
Aos discípulos novamente reunidos, agora com Tomé presente (João
20:26-31);
g)
A sete discípulos à beira do mar da Galileia, ocasião do milagre da pesca (João
21);
h)
Aos apóstolos e a mais de quinhentos irmãos, em uma reunião coletiva (Mt.28:16-20;
1Co.15:6);
i)
A Tiago, seu meio-irmão (1Co.15:7);
j)
No momento da ascensão, no Monte das Oliveiras (Lc.24:50-53;
Atos 1:6-12).
Essas aparições não foram ilusões nem
visões isoladas, mas encontros reais com o Cristo glorificado, que falou,
comeu, ensinou e tocou os discípulos. Esses registros tornam a ressurreição um
fato histórico fundamentado em múltiplas testemunhas oculares, e não um mito ou
criação simbólica da Igreja primitiva. São esses encontros que transformaram
discípulos inseguros em testemunhas ousadas do Evangelho por todo o mundo.
3. Preciosas lições
A ressurreição de Jesus Cristo não é
apenas um evento extraordinário do passado, mas uma realidade viva que continua
a comunicar verdades profundas e transformadoras para a fé cristã. Três grandes
lições emergem dessa gloriosa realidade:
-Em primeiro lugar, a ressurreição é o alicerce central da
fé cristã. O apóstolo Paulo foi categórico ao afirmar que, se Cristo não
tivesse ressuscitado, toda a pregação do Evangelho e a própria fé dos crentes
seriam vazias e sem valor (1Co.15:14). Ou seja, a fé cristã não se baseia em
uma filosofia ou ideal abstrato, mas em um fato concreto: Cristo venceu a
morte. Sua vitória garante que toda a obra redentora foi aceita por Deus e
consumada com perfeição.
-Em segundo lugar, a ressurreição é um fato histórico
incontestável que produz convicção, coragem e alegria. Não foi um evento
secreto ou simbólico, mas amplamente testemunhado, registrado e celebrado desde
os primórdios da Igreja. Saber que Jesus está vivo transforma o medo em
ousadia, a tristeza em esperança e o desespero em celebração. A fé cristã não
repousa sobre suposições, mas sobre uma verdade poderosa: Jesus vive e reina
para sempre!
-Em terceiro lugar, a ressurreição aponta para a nossa
própria esperança futura. A promessa bíblica assegura que, assim como Jesus
ressuscitou, também nós ressuscitaremos com Ele (1Ts.4:14-16). Esse é o destino
glorioso reservado aos que estão em Cristo: a vida eterna em um corpo
incorruptível, semelhante ao do nosso Senhor (Fp.3:20,21).
A ressurreição é, portanto, a âncora
firme da esperança cristã, que sustenta o crente em meio às tribulações desta
vida, apontando para a glória vindoura.
Essas lições não apenas moldam nossa
teologia, mas devem impactar profundamente nosso viver diário — com fé firme,
alegria constante e uma esperança renovada em cada novo amanhecer.
Sinopse I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO A aparição de Jesus Cristo ressurreto
aos seus discípulos foi um marco decisivo para a fé cristã. Ao dizer “Paz seja convosco”, Jesus
não apenas acalmou os corações temerosos, mas também restaurou a confiança e
a comunhão com os seus seguidores. As aparições do Senhor, registradas
ao longo dos quarenta dias entre a ressurreição e a ascensão, confirmam a
veracidade do evento e fortaleceram o testemunho apostólico. Por fim, essas manifestações nos
oferecem preciosas lições: a ressurreição é o fundamento da fé cristã, a
certeza de que Jesus está vivo traz alegria e segurança, e a promessa de que,
assim como Ele ressuscitou, também nós ressuscitaremos para a glória eterna. |
II –
APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA
1. O medo deu lugar à esperança
“E, na mesma hora, levantando-se,
voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles,34 os
quais diziam: — De fato, o Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então
os dois contaram o que lhes tinha acontecido no caminho e como tinham
reconhecido o Senhor no partir do pão. Jesus aparece aos discípulos. Falavam
eles ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes
disse: — Que a paz esteja com vocês!” (Lc.24:33-36).
A crucificação de Jesus representou, para os
discípulos, o colapso de suas expectativas. Aquele em quem haviam depositado
toda a sua confiança foi morto de forma humilhante, e isso mergulhou seus
corações em um profundo sentimento de perda, medo e desorientação. O episódio
dos dois discípulos a caminho de Emaús (Lc.24:13-35) retrata bem essa atmosfera
de desalento. Caminhavam entristecidos, debatendo-se com a dor da decepção e
dizendo: “Ora, nós esperávamos que fosse ele quem redimiria Israel...”
(Lc.24:21).
Entretanto, tudo muda quando o Cristo ressurreto se
aproxima e caminha com eles. Suas palavras e presença operam uma transformação
interior, reacendendo a esperança e reanimando a fé. Ao reconhecerem Jesus no
partir do pão, suas emoções são substituídas pela convicção viva de que a morte
não foi o fim, mas o cumprimento de um plano redentor.
A aparição do Senhor ressurreto não apenas afastou
o medo, mas restaurou o ânimo, mostrando que as promessas de Deus continuam de
pé, mesmo quando tudo parece perdido. Essa verdade permanece atual: quando
Cristo se revela a nós — em sua Palavra, em sua presença pelo Espírito — o medo
cede lugar à esperança, a tristeza se converte em alegria, e o coração abatido
volta a arder com fé viva e renovada.
2. A tristeza deu lugar à alegria
“E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos
e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor” (João
20:20).
A tristeza que dominava o coração dos
discípulos após a morte de Jesus era profunda e compreensível. Eles haviam
perdido seu Mestre, seu Amigo e sua maior esperança. O vazio causado por sua
ausência transformou-se em luto e desânimo. No entanto, tudo começou a mudar
quando, no cenáculo, Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “Paz seja
convosco!” (João 20:19). Logo em seguida, mostrou-lhes as marcas da crucificação
— as mãos e o lado —, e os discípulos “se alegraram, vendo o Senhor” (João
20:20).
Esse reencontro foi muito mais do que
uma visita inesperada: foi a confirmação de que Jesus estava vivo, que a morte
havia sido vencida, e que as promessas de Deus estavam se cumprindo. A alegria
que brotou naquele instante foi espiritual e transformadora — não uma euforia
passageira, mas uma satisfação profunda e duradoura, baseada na certeza da
vitória de Cristo.
Essa experiência aponta para uma
verdade essencial da fé cristã: a presença real do Cristo ressurreto tem o
poder de transformar lágrimas em cânticos, luto em celebração, e desesperança
em gozo espiritual. Mesmo nas adversidades, essa alegria não depende das
circunstâncias externas, mas da convicção interna de que Jesus vive e reina.
Como ensinou o apóstolo Pedro: “A quem, não havendo visto, amais; no qual,
crendo, embora agora o não vejais, exultais com alegria inefável e gloriosa”
(1Pd.1:8)
3. Esperança e Alegria
A esperança e a alegria não são meros
sentimentos passageiros para o cristão — são virtudes essenciais, espirituais e
profundamente transformadoras, firmadas na obra redentora de Cristo. No Novo
Testamento, ambas aparecem como marcas distintivas da vida daqueles que foram
regenerados pelo Espírito Santo.
O apóstolo Paulo afirma que “agora
permanecem a fé, a esperança e o amor” (1Co.13:13), colocando a esperança
no mesmo patamar de centralidade que a fé e o amor. Da mesma forma, ao escrever
aos gálatas, ele destaca a alegria como um dos elementos do Fruto do
Espírito (Gl.5:22), o que indica que essa alegria não é circunstancial, mas
resultado direto da atuação do Espírito na vida do crente.
Essas duas virtudes — esperança e
alegria — estiveram presentes de forma marcante na manifestação de Jesus ressurreto
aos discípulos. A esperança foi renovada quando perceberam que a morte não
tinha sido o fim, e a alegria brotou ao contemplarem, vivos e reais, os olhos,
as mãos e a voz dAquele que haviam visto morrer.
Se de fato cremos no Cristo vivo, que
venceu a morte e reina soberano, essas virtudes precisam ser visíveis em nós. A
esperança que temos em Cristo não decepciona (Rm.5:5), pois está ancorada na
fidelidade de Deus. E a alegria que provém da salvação não depende de
circunstâncias externas, mas da certeza de que fomos reconciliados com Deus e
temos um futuro glorioso ao Seu lado. Portanto, viver com Cristo é viver com
esperança que impulsiona e alegria que contagia.
Sinopse II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA
ALEGRIA A aparição de Jesus ressurreto aos
discípulos transformou profundamente o estado emocional deles. O medo deu
lugar à esperança, pois a presença viva de Cristo dissipou a insegurança e
reacendeu a confiança nas promessas divinas. A tristeza cedeu espaço à
alegria verdadeira, pois ver o Senhor ressurreto encheu os corações de júbilo
e renovação. Assim, a esperança e a alegria passaram a ser marcas
inconfundíveis da fé cristã, frutos da certeza da ressurreição e da comunhão
com o Cristo vivo. |
III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO
FORTALECIDA
1. As dúvidas dissipadas (João
20:25-28)
“Disseram-lhe, pois, os outros
discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos
cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a
minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E, oito dias depois,
estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus,
estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja
convosco! Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega
a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu
e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!”.
O relato de Tomé, conhecido como o
“incrédulo”, reflete uma experiência humana autêntica diante do extraordinário:
a dificuldade de crer sem ver. Sua hesitação (João 20:25) revela que até mesmo
os seguidores mais próximos de Jesus podiam ser tomados pela dúvida diante da
ressurreição — um evento tão sobrenatural que confrontava a lógica natural. No
entanto, quando Jesus aparece e convida Tomé a tocar em suas feridas, não
apenas atende à sua necessidade de prova, mas também oferece uma lição
duradoura sobre fé (João 20:27-29). A dúvida de Tomé é vencida pela presença
real do Cristo ressurreto, transformando seu ceticismo em confissão profunda:
“Senhor meu, e Deus meu!”. Assim, este episódio mostra que Cristo não rejeita
os corações sinceros que buscam compreender, mas os conduz à convicção plena e
à fé robustecida.
2. Fortalecimento da fé
A poderosa confissão de Tomé — “Senhor
meu, e Deus meu!” (João 20:28) — representa uma das mais claras declarações
cristológicas do Novo Testamento. De um coração antes tomado pela
incredulidade, agora brota uma fé convicta e pessoal, não apenas em Jesus como
Mestre, mas como o próprio Deus encarnado. Esse episódio demonstra que a fé
cristã não é cega, mas nasce do encontro real e transformador com o Cristo
ressuscitado.
Se uma pessoa realmente cética como
Tomé se convenceu da ressurreição de Jesus, ninguém ficará sem desculpas. Se
Jesus, de fato, ressurgiu, podemos concluir, como Tomé, que Ele é divino. Se
Jesus permitiu que Tomé o adorasse como Deus, devemos entregar-nos a Ele em
adoração e amor, que provou ser, por sua ressurreição, “Deus verdadeiro de
verdadeiro Deus”.
Ao longo dos séculos, muitos que
viveram imersos em dúvida ou ceticismo — como ex-ateus, filósofos ou agnósticos
— tiveram suas convicções transformadas após confrontarem a realidade viva de
Cristo, revelada pelas Escrituras e pela ação do Espírito Santo. Como ensina
Paulo em Romanos 1:21-23, a rejeição da fé é, muitas vezes, fruto de um coração
obscurecido pela vaidade e pela idolatria. No entanto, ao sermos iluminados
pela presença de Jesus, a fé é despertada, fortalecida e enraizada na verdade
que Ele é o Senhor ressurreto e glorificado. “A fé não precisa ver para crer; a
fé crê e, por isso, vê” (Pr. Hernandes Dias Lopes).
3. Fortalecimento da esperança
A ressurreição de Cristo não apenas
consolidou a fé dos discípulos, mas também projetou neles uma esperança viva e
inabalável quanto ao futuro glorioso prometido por Deus. Em sua teologia, o
apóstolo Paulo tratou esse tema com centralidade e profundidade, ensinando que
a ressurreição do Senhor é a garantia segura da ressurreição dos que nEle creem
(1Co.15:20-23). Para Paulo, negar a ressurreição futura seria o mesmo que
esvaziar o Evangelho (1Co.15:12-14), pois a glorificação do corpo do crente
está diretamente ligada à vitória de Cristo sobre a morte.
Essa esperança é o antídoto contra o
desespero diante da morte e das tribulações deste mundo. A ressurreição de
Jesus serve como as primícias de uma nova criação (1Ts.4:14), um modelo do que
nos aguarda: corpos incorruptíveis, restaurados e preparados para a eternidade
com Deus. Assim, a mensagem pascal, ou seja, a mensagem da ressurreição de
Jesus Cristo, não é apenas motivo de fé presente, mas de esperança
futura, pois aponta para o dia em que, reunidos com Cristo, desfrutaremos
plenamente da vida eterna e da redenção completa, tanto do espírito quanto do
corpo.
Sinopse III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO
FORTALECIDA A aparição de Jesus ao apóstolo Tomé,
que inicialmente demonstrou ceticismo quanto à ressurreição, revela como a
presença viva do Cristo ressuscitado dissipa dúvidas e fortalece a fé. Diante
de Jesus, Tomé deixa de lado sua incredulidade e professa uma das mais
profundas declarações de fé: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Essa
experiência não apenas consolidou a convicção dos discípulos, mas também
reacendeu sua esperança no cumprimento das promessas eternas. Assim, a fé e a
esperança dos seguidores de Cristo passaram a repousar sobre uma base segura:
a realidade da ressurreição e a certeza da glorificação futura dos salvos. |
CONCLUSÃO
A ressurreição de Jesus não apenas
encerra o relato do Evangelho de João com glória, mas inaugura uma nova era de
esperança viva para todos os que creem. A presença do Cristo ressuscitado
transformou o medo em coragem, a tristeza em alegria e a dúvida em convicção.
Ao longo desta lição, vimos que o
encontro dos discípulos com o Senhor ressurreto reavivou sua fé e os capacitou
para a missão que tinham pela frente. Assim também acontece conosco: quando
cremos no Cristo vivo, temos a nossa esperança renovada, nossa fé fortalecida e
nossa alegria restaurada. Esta é a mensagem central do Evangelho — Jesus venceu
a morte e vive para sempre, garantindo aos seus seguidores a vida eterna e a
certeza de que, mesmo em meio às dificuldades, não estamos sozinhos.
Com esta Lição, encerramos o estudo do
2º trimestre de 2025 da Escola Bíblica Dominical, cujo tema foi: “E o Verbo se fez carne”,
baseado no Evangelho de João. Ao longo do trimestre, fomos conduzidos por
profundas reflexões acerca da pessoa de Jesus Cristo, o Verbo eterno, que
assumiu a natureza humana sem deixar de ser Deus. Ele é distinto do Pai, mas da
mesma essência divina; Criador de todas as coisas, Fonte da vida espiritual e
da salvação eterna.
O apóstolo João escreveu seu Evangelho
com um propósito claro: levar seus leitores a crer que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e, por meio dessa fé, alcançar a vida eterna (João 20:31). Que
essa convicção permaneça firme em nossos corações, inspirando-nos a viver com
esperança renovada, firmados na verdade de que o Cristo ressuscitado continua
presente e ativo em nossas vidas. Amém?
No
próximo Trimestre estudaremos sobre o seguinte tema: “A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé – Base para o
Crescimento da Igreja”. Até lá, então!
Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave –
Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico
popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo
Testamento. CPAD.
Dicionário VINE.CPAD.
O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.
Wayne Grudem. Teologia Sistemática
Atual e exaustiva.
Rev. Hernandes Dias Lopes. João, as
glórias do Filho de Deus. Hagnos.
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