domingo, 22 de junho de 2025

RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA

         2° Trimestre de 2025

SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 13

Texto Base: João 20:19,20,24-31 

“E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!”  (João 20:26).

João 20:

19.Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco! 

20.E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.

24.Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.

25.Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. 

26.E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!

27.Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.

28.Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!? 

29.Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram! 

30.Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.

31.Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

INTRODUÇÃO

Chegamos na última lição do 2º trimestre de 2025 refletindo sobre o impacto da ressurreição de Jesus Cristo na vida dos discípulos e, por consequência, na vida da Igreja. Esta verdade gloriosa não apenas marcou a vitória sobre a morte, mas também inaugurou uma nova estação de esperança para todos os que creem. A aparição do Cristo ressurreto, em meio ao medo e à incerteza dos seus seguidores, transformou o desespero em júbilo, a dúvida em fé e o luto em missão. Sem a ressurreição de Cristo, nossa fé seria vã, e nossa pregação, vazia. Sem a ressurreição de Cristo, não haveria remissão de pecados quanto ao passado nem esperança quanto ao futuro.

Nesta lição, veremos como a presença do Senhor ressurreto renovou a esperança dos discípulos, encorajando-os com palavras de paz e enviando-os com propósito. Veremos também como a fé de Tomé foi fortalecida por provas concretas, reafirmando que a fé cristã está ancorada em fatos reais e históricos. A ressurreição é mais que um evento do passado: é a fonte da nossa esperança presente e a certeza da glória futura.

Objetivos da Lição: (1) Compreender a Ressurreição como evidência incontestável da vitória de Cristo sobre a morte; (2) Identificar como a presença do Cristo vivo transforma realidades de tristeza e medo em fé e alegria; (3) Reafirmar que a fé cristã é sólida porque se fundamenta na ressurreição e nas promessas eternas de Jesus.

I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO 

1. “Paz seja convosco!” (João 20:19)

No final da tarde do primeiro dia da semana, o Cristo ressurreto apareceu aos seus discípulos reunidos secretamente, com portas trancadas, dominados pelo medo dos judeus. Esse cenário reflete não apenas a ameaça externa, mas, sobretudo, o estado interno de alma dos discípulos: corações tomados por temor, dúvida, frustração e culpa. Desde a crucificação, os discípulos estavam desnorteados pela ausência física de Jesus, com seus sonhos aparentemente sepultados junto ao corpo de seu Mestre.

Foi nesse ambiente carregado de incerteza que Jesus, de maneira sobrenatural, apareceu no meio deles e declarou: “Paz seja convosco!”. Esta saudação, mais do que um simples cumprimento, foi uma ministração direta ao coração abatido dos discípulos. A paz que Jesus oferece não é meramente emocional, mas espiritual e profunda. É a paz que reconcilia, acalma a alma, e restaura a confiança — a mesma paz que Ele havia prometido antes de sua morte (João 14:27).

O contraste entre o medo antes do Pentecostes e a ousadia após o derramamento do Espírito Santo mostra o poder transformador da presença de Cristo e da fé na ressurreição. Antes, trancados por medo. Depois, presos por coragem. O Cristo ressurreto não apenas se apresenta vivo, mas também comunica uma nova realidade aos seus seguidores: eles não estão mais sozinhos, e agora, com Ele vivo, há verdadeira paz e esperança.

Assim, a ressurreição não é apenas uma doutrina gloriosa: é uma experiência pessoal que devolve ao coração aflito a certeza da presença de Jesus e a força da sua paz inabalável.

2. O registro das aparições de Jesus ressurreto

Após sua gloriosa ressurreição, Jesus permaneceu na Terra por um período de 40 dias, durante o qual apareceu diversas vezes a seus seguidores, confirmando de maneira incontestável que estava vivo (Atos 1:3). Os Evangelhos e as cartas apostólicas registram pelo menos dez aparições distintas do Cristo ressurreto, reforçando a veracidade do evento e consolidando a fé dos discípulos.

Essas aparições ocorreram em momentos e locais variados, a diferentes grupos e indivíduos:

a)   A Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (João 20:11-18);

b)   A outras mulheres, quando retornavam da sepultura (Mt.28:8-10);

c)   A Pedro, em momento particular (Lc.24:34; 1Co.15:5);

d)   Aos dois discípulos no caminho de Emaús, ao entardecer (Mc.16:12; Lc.24:13-32);

e)   Aos discípulos reunidos, com ausência de Tomé (Lc.24:36-43; João 20:19-25);

f)    Aos discípulos novamente reunidos, agora com Tomé presente (João 20:26-31);

g)   A sete discípulos à beira do mar da Galileia, ocasião do milagre da pesca (João 21);

h)   Aos apóstolos e a mais de quinhentos irmãos, em uma reunião coletiva (Mt.28:16-20; 1Co.15:6);

i)    A Tiago, seu meio-irmão (1Co.15:7);

j)    No momento da ascensão, no Monte das Oliveiras (Lc.24:50-53; Atos 1:6-12).

Essas aparições não foram ilusões nem visões isoladas, mas encontros reais com o Cristo glorificado, que falou, comeu, ensinou e tocou os discípulos. Esses registros tornam a ressurreição um fato histórico fundamentado em múltiplas testemunhas oculares, e não um mito ou criação simbólica da Igreja primitiva. São esses encontros que transformaram discípulos inseguros em testemunhas ousadas do Evangelho por todo o mundo.

3. Preciosas lições

A ressurreição de Jesus Cristo não é apenas um evento extraordinário do passado, mas uma realidade viva que continua a comunicar verdades profundas e transformadoras para a fé cristã. Três grandes lições emergem dessa gloriosa realidade:

-Em primeiro lugar, a ressurreição é o alicerce central da fé cristã. O apóstolo Paulo foi categórico ao afirmar que, se Cristo não tivesse ressuscitado, toda a pregação do Evangelho e a própria fé dos crentes seriam vazias e sem valor (1Co.15:14). Ou seja, a fé cristã não se baseia em uma filosofia ou ideal abstrato, mas em um fato concreto: Cristo venceu a morte. Sua vitória garante que toda a obra redentora foi aceita por Deus e consumada com perfeição.

-Em segundo lugar, a ressurreição é um fato histórico incontestável que produz convicção, coragem e alegria. Não foi um evento secreto ou simbólico, mas amplamente testemunhado, registrado e celebrado desde os primórdios da Igreja. Saber que Jesus está vivo transforma o medo em ousadia, a tristeza em esperança e o desespero em celebração. A fé cristã não repousa sobre suposições, mas sobre uma verdade poderosa: Jesus vive e reina para sempre!

-Em terceiro lugar, a ressurreição aponta para a nossa própria esperança futura. A promessa bíblica assegura que, assim como Jesus ressuscitou, também nós ressuscitaremos com Ele (1Ts.4:14-16). Esse é o destino glorioso reservado aos que estão em Cristo: a vida eterna em um corpo incorruptível, semelhante ao do nosso Senhor (Fp.3:20,21).

A ressurreição é, portanto, a âncora firme da esperança cristã, que sustenta o crente em meio às tribulações desta vida, apontando para a glória vindoura.

Essas lições não apenas moldam nossa teologia, mas devem impactar profundamente nosso viver diário — com fé firme, alegria constante e uma esperança renovada em cada novo amanhecer.

Sinopse I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO

A aparição de Jesus Cristo ressurreto aos seus discípulos foi um marco decisivo para a fé cristã.

Ao dizer “Paz seja convosco”, Jesus não apenas acalmou os corações temerosos, mas também restaurou a confiança e a comunhão com os seus seguidores.

As aparições do Senhor, registradas ao longo dos quarenta dias entre a ressurreição e a ascensão, confirmam a veracidade do evento e fortaleceram o testemunho apostólico.

Por fim, essas manifestações nos oferecem preciosas lições: a ressurreição é o fundamento da fé cristã, a certeza de que Jesus está vivo traz alegria e segurança, e a promessa de que, assim como Ele ressuscitou, também nós ressuscitaremos para a glória eterna.

II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA 

1. O medo deu lugar à esperança

“E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles,34 os quais diziam: — De fato, o Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então os dois contaram o que lhes tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido o Senhor no partir do pão. Jesus aparece aos discípulos. Falavam eles ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: — Que a paz esteja com vocês!” (Lc.24:33-36).

A crucificação de Jesus representou, para os discípulos, o colapso de suas expectativas. Aquele em quem haviam depositado toda a sua confiança foi morto de forma humilhante, e isso mergulhou seus corações em um profundo sentimento de perda, medo e desorientação. O episódio dos dois discípulos a caminho de Emaús (Lc.24:13-35) retrata bem essa atmosfera de desalento. Caminhavam entristecidos, debatendo-se com a dor da decepção e dizendo: “Ora, nós esperávamos que fosse ele quem redimiria Israel...” (Lc.24:21).

Entretanto, tudo muda quando o Cristo ressurreto se aproxima e caminha com eles. Suas palavras e presença operam uma transformação interior, reacendendo a esperança e reanimando a fé. Ao reconhecerem Jesus no partir do pão, suas emoções são substituídas pela convicção viva de que a morte não foi o fim, mas o cumprimento de um plano redentor.

A aparição do Senhor ressurreto não apenas afastou o medo, mas restaurou o ânimo, mostrando que as promessas de Deus continuam de pé, mesmo quando tudo parece perdido. Essa verdade permanece atual: quando Cristo se revela a nós — em sua Palavra, em sua presença pelo Espírito — o medo cede lugar à esperança, a tristeza se converte em alegria, e o coração abatido volta a arder com fé viva e renovada.

2. A tristeza deu lugar à alegria

“E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor” (João 20:20).

A tristeza que dominava o coração dos discípulos após a morte de Jesus era profunda e compreensível. Eles haviam perdido seu Mestre, seu Amigo e sua maior esperança. O vazio causado por sua ausência transformou-se em luto e desânimo. No entanto, tudo começou a mudar quando, no cenáculo, Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “Paz seja convosco!” (João 20:19). Logo em seguida, mostrou-lhes as marcas da crucificação — as mãos e o lado —, e os discípulos “se alegraram, vendo o Senhor” (João 20:20).

Esse reencontro foi muito mais do que uma visita inesperada: foi a confirmação de que Jesus estava vivo, que a morte havia sido vencida, e que as promessas de Deus estavam se cumprindo. A alegria que brotou naquele instante foi espiritual e transformadora — não uma euforia passageira, mas uma satisfação profunda e duradoura, baseada na certeza da vitória de Cristo.

Essa experiência aponta para uma verdade essencial da fé cristã: a presença real do Cristo ressurreto tem o poder de transformar lágrimas em cânticos, luto em celebração, e desesperança em gozo espiritual. Mesmo nas adversidades, essa alegria não depende das circunstâncias externas, mas da convicção interna de que Jesus vive e reina. Como ensinou o apóstolo Pedro: “A quem, não havendo visto, amais; no qual, crendo, embora agora o não vejais, exultais com alegria inefável e gloriosa” (1Pd.1:8)

3. Esperança e Alegria

A esperança e a alegria não são meros sentimentos passageiros para o cristão — são virtudes essenciais, espirituais e profundamente transformadoras, firmadas na obra redentora de Cristo. No Novo Testamento, ambas aparecem como marcas distintivas da vida daqueles que foram regenerados pelo Espírito Santo.

O apóstolo Paulo afirma que “agora permanecem a fé, a esperança e o amor” (1Co.13:13), colocando a esperança no mesmo patamar de centralidade que a fé e o amor. Da mesma forma, ao escrever aos gálatas, ele destaca a alegria como um dos elementos do Fruto do Espírito (Gl.5:22), o que indica que essa alegria não é circunstancial, mas resultado direto da atuação do Espírito na vida do crente.

Essas duas virtudes — esperança e alegria — estiveram presentes de forma marcante na manifestação de Jesus ressurreto aos discípulos. A esperança foi renovada quando perceberam que a morte não tinha sido o fim, e a alegria brotou ao contemplarem, vivos e reais, os olhos, as mãos e a voz dAquele que haviam visto morrer.

Se de fato cremos no Cristo vivo, que venceu a morte e reina soberano, essas virtudes precisam ser visíveis em nós. A esperança que temos em Cristo não decepciona (Rm.5:5), pois está ancorada na fidelidade de Deus. E a alegria que provém da salvação não depende de circunstâncias externas, mas da certeza de que fomos reconciliados com Deus e temos um futuro glorioso ao Seu lado. Portanto, viver com Cristo é viver com esperança que impulsiona e alegria que contagia.

Sinopse II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA

A aparição de Jesus ressurreto aos discípulos transformou profundamente o estado emocional deles. O medo deu lugar à esperança, pois a presença viva de Cristo dissipou a insegurança e reacendeu a confiança nas promessas divinas. A tristeza cedeu espaço à alegria verdadeira, pois ver o Senhor ressurreto encheu os corações de júbilo e renovação. Assim, a esperança e a alegria passaram a ser marcas inconfundíveis da fé cristã, frutos da certeza da ressurreição e da comunhão com o Cristo vivo.

III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA 

1. As dúvidas dissipadas (João 20:25-28)

“Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco! Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!”.

O relato de Tomé, conhecido como o “incrédulo”, reflete uma experiência humana autêntica diante do extraordinário: a dificuldade de crer sem ver. Sua hesitação (João 20:25) revela que até mesmo os seguidores mais próximos de Jesus podiam ser tomados pela dúvida diante da ressurreição — um evento tão sobrenatural que confrontava a lógica natural. No entanto, quando Jesus aparece e convida Tomé a tocar em suas feridas, não apenas atende à sua necessidade de prova, mas também oferece uma lição duradoura sobre fé (João 20:27-29). A dúvida de Tomé é vencida pela presença real do Cristo ressurreto, transformando seu ceticismo em confissão profunda: “Senhor meu, e Deus meu!”. Assim, este episódio mostra que Cristo não rejeita os corações sinceros que buscam compreender, mas os conduz à convicção plena e à fé robustecida.

2. Fortalecimento da fé

A poderosa confissão de Tomé — “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28) — representa uma das mais claras declarações cristológicas do Novo Testamento. De um coração antes tomado pela incredulidade, agora brota uma fé convicta e pessoal, não apenas em Jesus como Mestre, mas como o próprio Deus encarnado. Esse episódio demonstra que a fé cristã não é cega, mas nasce do encontro real e transformador com o Cristo ressuscitado.

Se uma pessoa realmente cética como Tomé se convenceu da ressurreição de Jesus, ninguém ficará sem desculpas. Se Jesus, de fato, ressurgiu, podemos concluir, como Tomé, que Ele é divino. Se Jesus permitiu que Tomé o adorasse como Deus, devemos entregar-nos a Ele em adoração e amor, que provou ser, por sua ressurreição, “Deus verdadeiro de verdadeiro Deus”.

Ao longo dos séculos, muitos que viveram imersos em dúvida ou ceticismo — como ex-ateus, filósofos ou agnósticos — tiveram suas convicções transformadas após confrontarem a realidade viva de Cristo, revelada pelas Escrituras e pela ação do Espírito Santo. Como ensina Paulo em Romanos 1:21-23, a rejeição da fé é, muitas vezes, fruto de um coração obscurecido pela vaidade e pela idolatria. No entanto, ao sermos iluminados pela presença de Jesus, a fé é despertada, fortalecida e enraizada na verdade que Ele é o Senhor ressurreto e glorificado. “A fé não precisa ver para crer; a fé crê e, por isso, vê” (Pr. Hernandes Dias Lopes).

3. Fortalecimento da esperança

A ressurreição de Cristo não apenas consolidou a fé dos discípulos, mas também projetou neles uma esperança viva e inabalável quanto ao futuro glorioso prometido por Deus. Em sua teologia, o apóstolo Paulo tratou esse tema com centralidade e profundidade, ensinando que a ressurreição do Senhor é a garantia segura da ressurreição dos que nEle creem (1Co.15:20-23). Para Paulo, negar a ressurreição futura seria o mesmo que esvaziar o Evangelho (1Co.15:12-14), pois a glorificação do corpo do crente está diretamente ligada à vitória de Cristo sobre a morte.

Essa esperança é o antídoto contra o desespero diante da morte e das tribulações deste mundo. A ressurreição de Jesus serve como as primícias de uma nova criação (1Ts.4:14), um modelo do que nos aguarda: corpos incorruptíveis, restaurados e preparados para a eternidade com Deus. Assim, a mensagem pascal, ou seja, a mensagem da ressurreição de Jesus Cristo, não é apenas motivo de fé presente, mas de esperança futura, pois aponta para o dia em que, reunidos com Cristo, desfrutaremos plenamente da vida eterna e da redenção completa, tanto do espírito quanto do corpo.

Sinopse III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA

A aparição de Jesus ao apóstolo Tomé, que inicialmente demonstrou ceticismo quanto à ressurreição, revela como a presença viva do Cristo ressuscitado dissipa dúvidas e fortalece a fé. Diante de Jesus, Tomé deixa de lado sua incredulidade e professa uma das mais profundas declarações de fé: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Essa experiência não apenas consolidou a convicção dos discípulos, mas também reacendeu sua esperança no cumprimento das promessas eternas. Assim, a fé e a esperança dos seguidores de Cristo passaram a repousar sobre uma base segura: a realidade da ressurreição e a certeza da glorificação futura dos salvos.

CONCLUSÃO

A ressurreição de Jesus não apenas encerra o relato do Evangelho de João com glória, mas inaugura uma nova era de esperança viva para todos os que creem. A presença do Cristo ressuscitado transformou o medo em coragem, a tristeza em alegria e a dúvida em convicção.

Ao longo desta lição, vimos que o encontro dos discípulos com o Senhor ressurreto reavivou sua fé e os capacitou para a missão que tinham pela frente. Assim também acontece conosco: quando cremos no Cristo vivo, temos a nossa esperança renovada, nossa fé fortalecida e nossa alegria restaurada. Esta é a mensagem central do Evangelho — Jesus venceu a morte e vive para sempre, garantindo aos seus seguidores a vida eterna e a certeza de que, mesmo em meio às dificuldades, não estamos sozinhos.

Com esta Lição, encerramos o estudo do 2º trimestre de 2025 da Escola Bíblica Dominical, cujo tema foi: “E o Verbo se fez carne, baseado no Evangelho de João. Ao longo do trimestre, fomos conduzidos por profundas reflexões acerca da pessoa de Jesus Cristo, o Verbo eterno, que assumiu a natureza humana sem deixar de ser Deus. Ele é distinto do Pai, mas da mesma essência divina; Criador de todas as coisas, Fonte da vida espiritual e da salvação eterna.

O apóstolo João escreveu seu Evangelho com um propósito claro: levar seus leitores a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, por meio dessa fé, alcançar a vida eterna (João 20:31). Que essa convicção permaneça firme em nossos corações, inspirando-nos a viver com esperança renovada, firmados na verdade de que o Cristo ressuscitado continua presente e ativo em nossas vidas. Amém?

No próximo Trimestre estudaremos sobre o seguinte tema: A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé – Base para o Crescimento da Igreja”.  Até lá, então!

 

Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.

Dicionário VINE.CPAD.

O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.

Wayne Grudem. Teologia Sistemática Atual e exaustiva.

Rev. Hernandes Dias Lopes. João, as glórias do Filho de Deus. Hagnos.

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