quinta-feira, 22 de novembro de 2012

“NADA NESTE MUNDO DE DEUS ESTÁ ACIMA DOS ERROS E DAS PAIXÕES HUMANAS”.

A presidente Dilma Rousseff, provocada a se manifestar sobre o julgamento da Ação Penal 470 – MENSALÃO – durante a sua viagem ao exterior, em entrevista ao Jornal El Pais, disse que: “Decisões do Supremo devem ser acatadas, mas, “nada neste mundo de Deus está acima dos erros e das paixões humanas” (fonte: http://saraiva13.blogspot.com.br/2012/11/brasil-politica-dilma-rousseff-respeita.html).
- ...”nada neste mundo de Deus...”. A presidente Dilma não é ateia? Não tem jeito, dentro do ser humano há algo que suspira por Deus, que não se desprende daquele que O criou, que O formou: seu espírito.
O salmista chama o ateu de “néscio”, ou seja, “ignorante”, “sem conhecimento”. Somente quem não tem conhecimento, quem é ignorante é capaz de dizer “Não há Deus” (Sl 14:1; 53:1). O ateísmo nada mais é que o resultado da plenitude de cegueira espiritual, que satanás tem colocado na mente dos incrédulos (2Co 4:4).
O primeiro passo para a construção de um pensamento ateísta está na consideração de que o ser humano é um ser independente de Deus. Ao negar que seja possível o compartilhamento entre Deus e o ser humano, em negar que o ser humano, para ser livre, precisa estar em comunhão com Deus, o ser humano abre espaço para criar e desenvolver o pensamento ateísta que, no entanto, outra coisa não é senão a ignorância, o desconhecimento da verdadeira condição do ser humano e do real significado de sua liberdade.
A partir do século XIX cresce com grande intensidade o pensamento ateísta, no sentido do chamado “ateísmo ativo ou forte”, que é a negação da existência de Deus, negativa esta veemente que encontrará seu esplendor nos pensamentos de Karl Marx e Friedrich Engels, no chamado “materialismo histórico”, que deu ensejo aos regimes comunistas, onde o ateísmo era adotado oficialmente pelo Estado, como também de Friedrich Nietzsche(1844-1900), que afirma que Deus havia morrido.
Segundo Marx e Engels, a ideia de Deus era apenas uma forma de as classes sociais dominantes na sociedade criarem uma justificativa, uma ilusão para a sua dominação, para a sua exploração. Deus, assim, não existiria e, uma vez as classes sociais dominadas e exploradas perceberem esta situação, certamente se revoltariam contra os dominadores, através da “revolução”.
Entretanto, como se demonstrou claramente ao longo do século XX, esta postura ateísta não correspondeu à realidade. A negação explícita de Deus não trouxe ao ser humano qualquer vantagem. A exploração perdurou e, junto a ela, veio a manutenção e intensificação de um vazio existencial, de uma frustração de vida que levou os povos sob regimes comunistas a uma insatisfação cada vez maior que os levou, inclusive, a se movimentar pela derrubada destes regimes e sua pronta rejeição. Até mesmo onde os regimes comunistas ainda vigoram, na atualidade, vemos o crescimento cada vez maior de movimentos religiosos, como acontece na Coréia do Norte e na China, a demonstrar a sede que o ser humano tem de Deus. O profeta Amós profetizou que no final dos dias o ser humano sentiria “fome” de ouvir a Palavra de Deus: “Eis que vem dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” (Am 8:11).
Desejo sobremaneira que a presidente Dilma esteja com fome, fome de Deus, fome de ouvir a Palavra de Deus.
Luciano de Paula Lourenço

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