4° trimestre 2024
SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 10
Texto Base: Efésios 6:10-17; Salmos 91:1-8
“Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em
todos os teus caminhos” (Sl.91:11).
Efésios 6:
10.No demais, irmãos meus,
fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
11.Revesti-vos de toda a armadura de
Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;
12.porque não temos que lutar contra
carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra
os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade,
nos lugares celestiais.
13.Portanto, tomai toda a armadura de
Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14.Estai, pois, firmes, tendo cingidos
os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça,
15.e calçados os pés na preparação do
evangelho da paz;
16.tomando sobretudo o escudo da fé,
com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
17.Tomai também o capacete da salvação
e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
Salmo 91:
1.Aquele que habita no esconderijo do
Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
2.Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o
meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
3.Porque ele te livrará do laço do
passarinheiro e da peste perniciosa.
4.Ele te cobrirá com as suas penas, e
debaixo das suas asas estarás seguro; a sua verdade é escudo e broquel.
5.Não temerás espanto noturno, nem seta
que voe de dia,
6.nem peste que ande na escuridão, nem
mortandade que assole ao meio-dia.
7.Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à
tua direita, mas tu não serás atingido.
8.Somente com os teus olhos olharás e
verás a recompensa dos ímpios.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, refletiremos sobre a “Promessa
da Proteção Divina”, com base em passagens de Efésios 6 e do Salmo 91, que
destacam o cuidado de Deus em meio às adversidades espirituais. A Palavra de
Deus nos ensina que estamos em uma batalha que vai além do físico, travada
contra forças espirituais malignas. Satanás e seus demônios tentam nos afastar
da verdade, mas o Senhor, em sua infinita graça, nos promete proteção e nos
equipa com armas espirituais poderosas para resistirmos aos ataques do Maligno.
Aqueles que permanecem em um relacionamento íntimo e verdadeiro com Deus, por
meio de Jesus Cristo, encontram segurança, refúgio e vitória. Assim, não
precisamos temer, pois Deus é o nosso escudo e fortaleza, garantindo-nos sua
presença e livramento em todas as circunstâncias.
I. PROTEÇÃO ESPIRITUAL
CONTRA O INIMIGO
1. Proteção contra o
maior Inimigo
A batalha espiritual em que o cristão
está inserido é uma realidade constante, e o maior inimigo que enfrentamos é o
Diabo, descrito na Bíblia como o adversário de nossas almas. Ele não é apenas uma
figura simbólica, mas um ser espiritual maligno que busca afastar as pessoas de
Deus e destruir suas vidas. A Bíblia nos adverte que ele anda "em
derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1Pd.5:8). No
entanto, o Senhor nos dá diretrizes claras para enfrentá-lo.
Primeiro, devemos estar sempre
vigilantes e conscientes de suas artimanhas (2Co.2:11). A vigilância espiritual
nos ajuda a não sermos surpreendidos ou enganados por suas mentiras. Além
disso, a submissão a Deus é essencial para resistir ao Diabo. Como Tiago 4:7
nos ensina, devemos "sujeitar-nos a Deus" e "resistir ao
Diabo", e ele fugirá de nós. O poder de Deus, manifestado em nossa vida
por meio da obediência e da fé, é nossa principal defesa.
Em Efésios 6, somos instruídos a nos
revestir da "armadura de Deus" para resistir às "astutas ciladas
do Diabo" (Ef.6:11). Essa armadura inclui a verdade, a justiça, a fé, a
salvação, e a Palavra de Deus, que são nossas armas espirituais para vencer as
forças do mal. A proteção contra o inimigo não está em nossa própria força, mas
na dependência de Deus e em usar os recursos espirituais que Ele nos oferece.
2. Os inimigos
espirituais em Efésios
Em Efésios 6:10-12, o apóstolo Paulo
revela a natureza da batalha espiritual que os crentes enfrentam, destacando
que os inimigos contra os quais lutamos não são seres humanos, mas forças
espirituais malignas. Ele utiliza uma linguagem poderosa e detalhada para
descrever essas forças, classificando-as em diferentes hierarquias:
principados, potestades, príncipes das trevas deste século, e hostes
espirituais da maldade. Cada termo carrega um significado específico, indicando
o grau de organização e poder dessas entidades malignas que se levantam contra
a Igreja e o povo de Deus.
-Principados referem-se a
governantes espirituais de alto escalão no reino das trevas, que têm autoridade
sobre regiões e nações. São líderes invisíveis que comandam as forças malignas,
buscando influenciar grandes estruturas sociais e políticas para promover o
caos espiritual e moral.
-Potestades são outros níveis de
poder no reino das trevas, focados em enfraquecer a fé dos crentes e atrapalhar
suas vidas espirituais, através de opressões, tentações e perseguições.
-Os príncipes das trevas deste século são
demônios que atuam neste mundo presente, operando nos sistemas corrompidos e
influenciando o pensamento e comportamento das pessoas, particularmente contra
a Igreja de Cristo. Eles trabalham para trazer escuridão espiritual à
humanidade, lutando para manter as pessoas longe da luz do evangelho.
-As hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais, representam uma vasta legião de espíritos malignos
cuja missão é destruir a vida espiritual dos crentes e desmantelar o ambiente
de adoração e comunhão cristã.
Esses inimigos operam de maneira
organizada e estratégica, buscando deter o avanço do Reino de Deus e atacar a
Igreja. Por isso, Paulo nos exorta a nos revestirmos da armadura de Deus (Ef.6:13-17),
usando as armas espirituais que Ele nos fornece, como a fé, a justiça, a verdade
e a Palavra de Deus, para resistir a essas forças malignas. A batalha é
espiritual, e somente com as armas espirituais e a dependência do poder de Deus
podemos vencer.
3. As armas
espirituais do crente
As armas espirituais mencionadas em
Efésios 6:14-17 compõem a armadura providenciada por Deus para que o crente
possa resistir às investidas das forças espirituais malignas. Cada parte dessa
armadura tem um papel vital, mostrando que, na luta espiritual, o crente
depende completamente da força e das provisões divinas, e não de suas próprias
capacidades.
a) A Verdade. Paulo nos instrui a “cingir os lombos com a verdade”. A verdade é
fundamental porque se contrapõe diretamente à principal arma de Satanás, que é
a mentira (João 8:44). A verdade, tanto a verdade de Deus revelada nas
Escrituras quanto a integridade pessoal, nos protegem do engano e das
armadilhas que o Inimigo tenta plantar em nossas mentes e corações. Sem a
verdade, estamos vulneráveis à confusão e ao erro.
b) A Couraça da Justiça. A justiça protege o coração,
figurativamente falando, contra as investidas mortais das tentações e acusações
de Satanás. Essa justiça não é nossa própria, mas a justiça de Cristo, que
recebemos pela fé. Ao viver em retidão, resistimos às tentações e andamos em
alinhamento com a vontade de Deus. A couraça nos guarda de nos desviarmos para
o pecado.
c) O Evangelho da Paz. Ao calçar os pés com o Evangelho da
paz, o crente é capacitado a avançar, mesmo em terrenos espiritualmente
difíceis. O Evangelho de Cristo nos dá a base para viver em paz, mesmo em meio
à guerra espiritual. Além disso, é o Evangelho que nos permite vencer as
tentações, como Jesus o fez ao usar a Palavra contra Satanás no deserto (Mateus
4:1-10).
d) O Escudo da Fé. O escudo tem a função de proteger contra os
“dardos inflamados do Maligno”, que são os ataques e tentações que Satanás
lança contra o crente. A fé, sendo confiança plena em Deus e em Suas promessas,
apaga esses dardos, porque nos faz olhar para a fidelidade de Deus e não para
as circunstâncias ou ameaças ao nosso redor. Sem fé, somos facilmente atingidos
pelas dúvidas e medos que o Inimigo tenta provocar.
e) O Capacete da Salvação. O capacete protege a cabeça, ou seja,
a mente, o centro de nossos pensamentos. A convicção da salvação em Cristo é o
que mantém nossa mente firme e protegida contra as dúvidas e ataques à nossa
identidade em Cristo. Satanás tenta nos fazer questionar nossa salvação e nosso
relacionamento com Deus, mas o capacete da salvação nos faz lembrar de que
somos selados por Cristo e seguros em Sua obra redentora.
f) A Espada do Espírito. A única arma de ataque mencionada é a
Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. A Palavra é poderosa para
confrontar o mal, como vemos Jesus usando as Escrituras para derrotar as
tentações de Satanás. Ela não apenas nos defende, mas também nos capacita a
avançar no combate espiritual, demolindo fortalezas de engano e resistência ao
Evangelho (2Coríntios 10:4,5).
Cada parte da armadura espiritual é
essencial, e, juntas, elas nos capacitam a enfrentar as estratégias malignas do
Diabo. Elas nos lembram de que a vitória não é nossa, mas vem de Deus, por meio
de Sua provisão espiritual. Não podemos lutar com nossas próprias forças; é a
força do Senhor que nos capacita a resistir e vencer.
4. O que significa o
termo “regiões celestiais” ou “lugares celestiais”
O termo "regiões celestiais"
(ou "lugares celestiais", conforme algumas traduções) aparece cinco
vezes no livro de Efésios e não é mencionado em nenhum outro lugar no Novo
Testamento. Este termo faz referência a uma realidade espiritual mais elevada
que transcende o mundo físico e material. Em Efésios, ele é usado para
descrever uma dimensão onde tanto as bênçãos divinas quanto a batalha
espiritual ocorrem. Segundo afirma o Pr. Esequias Soares, as “regiões
celestiais” podem significar onde Deus está ou onde estão os poderes
espirituais. O sentido dessas palavras depende do contexto em que elas aparecem.
Vamos explorar o seu significado com
base nos versículos em que ele aparece:
a) Efésios 1:3 — "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo". Aqui, as "regiões
celestiais" se referem ao local onde Deus derrama Suas bênçãos espirituais
sobre os crentes. Embora estejamos vivendo na terra, há uma realidade
espiritual em que já recebemos essas bênçãos em Cristo. As "regiões
celestiais" são o lugar onde Deus age e abençoa espiritualmente Seus
filhos.
b) Efésios 1:20 — "... que manifestou em Cristo,
ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nas regiões celestiais". Neste
versículo, "regiões celestiais" se referem à posição exaltada de
Cristo após Sua ressurreição. Ele está assentado à direita de Deus, indicando
Sua soberania e domínio sobre todas as coisas. As "regiões
celestiais" aqui apontam para o lugar da autoridade e poder de Cristo.
c) Efésios 2:6 — "... e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez
assentar nos lugares celestiais em
Cristo Jesus". Este versículo fala de uma realidade espiritual já
experimentada pelos crentes. Em Cristo, nós também estamos
"assentados" nas regiões celestiais. Isso significa que,
espiritualmente, compartilhamos da posição e da vitória de Cristo, mesmo
enquanto estamos vivendo neste mundo físico.
d) Efésios 3:10 — "... para que, pela igreja, a multiforme
sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nas regiões celestiais". Aqui,
"regiões celestiais" se referem ao domínio espiritual onde os seres
angélicos (tanto os bons quanto os maus) estão presentes. Deus está
demonstrando Sua sabedoria por meio da Igreja, não apenas aos homens, mas
também às potências espirituais que operam nessa esfera. As "regiões
celestiais" são o lugar onde a realidade espiritual transcende a material.
e) Efésios 6:12 — "Porque a nossa luta não é contra a
carne e o sangue, mas contra os principados e potestades, contra os dominadores
deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais". Este é o
contexto de batalha espiritual. As "regiões celestiais" aqui se
referem ao domínio onde Satanás e seus demônios operam, tentando se opor aos
planos de Deus e ao avanço da Igreja. Apesar de sua presença nessas regiões,
Cristo já triunfou sobre eles, e os crentes, ao usarem a armadura de Deus,
podem vencer.
II. A MARAVILHOSA PROTEÇÃO
DE DEUS
1. A proteção de quem
se relaciona com Deus
A proteção divina, descrita no Salmo
91, é destinada àqueles que cultivam um relacionamento profundo e contínuo com
Deus, vivendo sob Sua direção e proteção. O salmo começa afirmando que “aquele
que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”
(v.1). Isso mostra que a verdadeira proteção de Deus está ligada à proximidade
com Ele, ou seja, à vida de comunhão e intimidade que o crente mantém com o
Senhor.
Esse relacionamento de confiança é o
alicerce da promessa de proteção. Deus se torna o refúgio e a fortaleza de quem
Nele confia (v.2). Assim, a segurança e o descanso em meio às adversidades vêm
da certeza de que o Altíssimo está no controle e que Ele guarda Seus filhos. A
proteção de Deus abrange livramentos de perigos, ataques espirituais, e até das
ciladas do Inimigo (Salmo 91:3,4). A metáfora usada no versículo 4, de que o
Senhor cobre o crente com Suas asas, remete à imagem de um pássaro protegendo
seus filhotes, representando o cuidado e a segurança proporcionados por Deus
para aqueles que Nele confiam.
Nos momentos de provação e batalhas
espirituais, a confiança em Deus é reforçada pela promessa de livramento e
proteção, mesmo diante dos perigos mais ocultos. O relacionamento com Deus não
só traz conforto e paz, mas é também a base da segurança espiritual contra os
ataques do Maligno.
2. Deus, o nosso
refúgio e fortaleza
No versículo 4 do Salmo 91, duas
expressões chamam a atenção: “laço do passarinheiro” e “peste perniciosa.
- “Laço do passarinheiro”. Esta expressão
simboliza os perigos ocultos e as armadilhas que o Inimigo prepara para tentar
destruir ou desviar os servos de Deus. A figura do passarinheiro evoca a ideia
de ciladas meticulosamente planejadas, das quais a vítima, muitas vezes, não
tem consciência até ser capturada. O apóstolo Pedro reforça essa realidade ao
descrever o Diabo como um inimigo astuto, sempre vigilante e pronto para atacar
os desprevenidos (1Pd.5:8). A natureza estratégica de Satanás exige dos crentes
constante vigilância e confiança em Deus, que é capaz de desfazer essas
armadilhas e nos livrar delas.
- “Peste perniciosa”. Esta expressão
refere-se às enfermidades devastadoras, frequentemente interpretadas como
calamidades que trazem destruição em massa, especialmente em tempos de crise.
Neste contexto, a "peste perniciosa" pode ser vista tanto de forma
literal - enfermidades físicas - quanto simbólica, como uma referência a
doenças espirituais que podem enfraquecer a fé e a esperança dos crentes. O
Salmo, no entanto, assegura que mesmo diante de males que ameaçam a vida e o
bem-estar, a proteção de Deus é certa e eficaz.
Essas duas ameaças - o laço do
passarinheiro e a peste perniciosa - representam as diversas formas de
adversidades e ataques que o ser humano pode enfrentar. Contudo, a mensagem
central é que, em Deus, encontramos refúgio seguro e proteção invulnerável. Ele
é a nossa fortaleza, um abrigo que nos guarda tanto dos ataques invisíveis de
Satanás quanto das calamidades visíveis. Essa confiança no cuidado divino nos
dá a segurança de que, mesmo em meio às maiores adversidades, não seremos
abalados, pois o Senhor nos sustenta e protege.
3. A Onipotência de
Deus
O Salmo 91 exalta a Onipotência de Deus
ao descrevê-Lo como o "Altíssimo", o "Todo-Poderoso"
(Sl.91:1), enfatizando sua autoridade e capacidade ilimitada de proteger e
livrar aqueles que confiam nEle. Essa visão de Deus como o Ser Supremo,
soberano sobre todas as circunstâncias, é a base doutrinária para a promessa de
proteção divina. Ao longo das Escrituras, vemos Deus sendo descrito como o
defensor de seu povo, que guarda, protege e livra das mais diversas formas de
maldade e perigo. No Salmo 91:7, lemos que "mil cairão ao teu lado, e dez
mil à tua direita, mas tu não serás atingido", uma clara expressão de que
a proteção divina é imbatível, mesmo diante das maiores ameaças.
A referência a Deus como o
"Altíssimo" não apenas exalta sua majestade, mas também destaca seu
papel como o refúgio supremo contra as investidas do Maligno. Essa verdade é
corroborada pelo profeta Isaías, que no capítulo 59, versículo 19, assegura que
o Espírito do Senhor se levantará como uma bandeira contra os inimigos que
surgem como uma enchente – “[...] vindo o inimigo
como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará
contra ele a sua bandeira”. Aqui, a imagem é de
Deus intervindo com poder, erguendo sua bandeira de vitória e proteção,
impedindo que qualquer estratégia do inimigo prevaleça.
Portanto, a Onipotência de Deus é a
garantia de que nenhuma força espiritual ou adversidade humana pode resistir à
sua vontade. Aqueles que estão sob a sua proteção podem descansar com
confiança, sabendo que, em sua soberania, Ele governa sobre todas as coisas e
nos guarda de todo o mal. A nossa segurança não está nas circunstâncias ou nas
nossas forças, mas no poder ilimitado de Deus, que zela por seus filhos e nos
livra de toda cilada e perigo.
III. PROMESSAS E
PROTEÇÃO
1. Os inimigos serão
derrotados
Ao longo da história bíblica e da vida
da Igreja, os inimigos de Deus têm constantemente se levantado para tentar
frustrar seus planos. No entanto, a promessa de Deus de derrotar todos os
inimigos do seu Reino é central na doutrina das Últimas Coisas. Em 1Coríntios
15:24-26, o apóstolo Paulo descreve o momento em que Cristo, após ter
estabelecido o Reino de Deus em sua plenitude, entregará tudo ao Pai, após ter
colocado “todos os inimigos debaixo de seus pés”. Esse processo culminará com a
derrota final da morte, que é descrita como o último inimigo a ser destruído.
Essa visão escatológica garante à
Igreja que o poder do mal, embora presente e atuante, tem seus dias contados.
As forças espirituais da maldade, os sistemas injustos e toda obra do Maligno
serão aniquilados, cumprindo a promessa de vitória total de Cristo. A expressão
"colocar os inimigos debaixo dos seus pés" é uma imagem de completa
subjugação, um símbolo de que o poder de Cristo prevalecerá sobre toda
oposição.
Essa vitória é um reflexo do que Jesus
prometeu em Mateus 16:18, quando disse que "as portas do Inferno não
prevalecerão contra a Igreja". Aqui, Jesus assegura que, por mais que o
inferno tente se opor ao avanço do Reino de Deus, a Igreja, edificada sobre a
verdade de quem Ele é, triunfará. Esta promessa fortalece os cristãos em todas
as épocas a permanecerem firmes, sabendo que, apesar das lutas e perseguições,
o resultado final já foi decretado: a derrota total dos inimigos de Deus.
Portanto, a promessa de que os inimigos
serão derrotados não é apenas um consolo para a Igreja, mas uma certeza
fundamentada na soberania de Deus e na obra redentora de Cristo. Vivemos hoje à
luz dessa vitória futura, com a confiança de que, no tempo certo, todo mal será
vencido e o Reino de Deus triunfará eternamente.
2. Segurança e vitória para os que temem o Senhor
A segurança e a
vitória para os que temem o Senhor são promessas divinas que sustentam a vida
cristã. No Salmo 18:2, Davi expressa sua confiança em Deus, chamando-o de
"minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador", reconhecendo que
o Senhor é o refúgio seguro para aqueles que nele confiam. Esse princípio
aplica-se ao nosso cotidiano, onde somos chamados a buscar a proteção divina
antes de qualquer atividade – seja ao sair de casa, ao enfrentar desafios, ou
ao tomar decisões importantes.
No entanto, a
confiança em Deus não isenta o crente de ser prudente. Há um equilíbrio entre
confiar na soberania de Deus e tomar medidas sábias e práticas para garantir a
nossa segurança. Como diz o Salmo 127:1, “se o Senhor não guardar a cidade, em
vão vigia a sentinela”. Esta passagem ressalta que, por mais que tomemos
precauções humanas, a verdadeira segurança vem de Deus. Isso nos convida a
depender do Senhor em todas as áreas da vida, sem negligenciar nossas
responsabilidades.
A promessa de
segurança em Deus não significa ausência de problemas ou desafios, mas garante
que, mesmo nas dificuldades, temos a certeza de que Deus está conosco. Ele nos
dá a vitória não apenas nas circunstâncias externas, mas também nas batalhas
espirituais e internas. O temor do Senhor, que envolve respeito, reverência e
submissão à sua vontade, traz consigo essa segurança espiritual. Aqueles que
confiam em Deus podem viver com a certeza de que, independentemente das
situações adversas, Ele é o nosso protetor fiel.
3. A abrangência da
proteção de Deus
A abrangência da proteção de Deus,
conforme revelada nas Escrituras, é vasta e completa. Ele é descrito como
onipotente, tendo todo o poder em suas mãos, e como onipresente, estando em
todos os lugares e momentos ao mesmo tempo. Essa compreensão da natureza divina
nos assegura que a proteção de Deus não está limitada a circunstâncias, lugares
ou momentos específicos. Ela cobre todas as áreas da nossa vida, como vemos em
Efésios 6 e no Salmo 91, que descrevem Deus como o protetor soberano do seu
povo.
O Salmo 33:6,9 nos lembra que o Senhor
criou e sustenta o universo com o poder da sua palavra, o que nos dá a certeza
de que Ele tem o controle absoluto sobre todas as coisas. Esse domínio total de
Deus significa que sua proteção não é parcial ou limitada, mas abrange desde a
nossa vida pessoal até a nossa família. Onde quer que estejamos, a presença
protetora de Deus nos acompanha, como prometido no Salmo 46:1-5, que apresenta
o Senhor como o “refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.”
Além disso, a proteção divina não se
restringe apenas a perigos visíveis, mas também às batalhas espirituais e
emocionais. Ele é poderoso para fazer cessar as guerras internas e externas,
acalmar tempestades e trazer paz em meio a conflitos. O Salmo 33:10-12 descreve
como Deus desfaz os planos dos inimigos e estabelece seu conselho para o bem do
seu povo. Essa abrangência da proteção de Deus nos convida a confiar plenamente
nele, sabendo que Ele está presente para nos guardar e conduzir em todas as
áreas da vida.
Nesta lição,
aprendemos sobre a profundidade da promessa da proteção divina, revelada nas
Escrituras. Ao compreender que nossa batalha é espiritual e que o inimigo que
enfrentamos é Satanás e suas hostes malignas, somos levados a reconhecer a
importância de estar equipados com as armas espirituais providas por Deus.
Através de passagens como Efésios 6 e o Salmo 91, vimos que a proteção de Deus
é constante, poderosa e abrangente, cobrindo cada aspecto da nossa vida.
A certeza de que Deus
é onipotente e onipresente nos garante que Ele é um refúgio seguro em todas as
situações. Ele cuida de nós em meio aos desafios espirituais, emocionais e
físicos, e promete que os inimigos da nossa alma serão derrotados. Portanto,
podemos viver com confiança e segurança, sabendo que estamos guardados pela
proteção do Altíssimo, que vigia sobre nós e nossas famílias. Em todas as
circunstâncias, é Ele quem nos dá a vitória. Amém?
Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave –
Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico
popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo
Testamento. CPAD.
Dicionário VINE.CPAD.
O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.
Lawrence O. Richards. Guia do Leitor da
Bíblia. CPAD.
Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Corintios.
HAGNOS.
Pr. Hernandes Dias Lopes. Efésios.
Igreja, a Noiva gloriosa de Cristo. HAGNOS.
Pr. Elinaldo Renovato. A Família Cristã
e os Ataques do Inimigo. CPAD.
Pr. Esequias Soares. Batalha
Espiritual: O Povo de Deus e a Guerra Contra as Potestades do Mal. CPAD.
A paz do Senhor, eu gosto muito desses conteúdos, me ajuda a entender melhor as lições, que Deus continue usando vossa mentes,
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