4º Trimestre de 2025
SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 09
Texto
Base: Gálatas 5:16-21; Tiago 1:14,15; 4:13-17
“Digo,
porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gálatas
5:16).
Gálatas 5:
¹⁶Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência
da carne.
¹⁷Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a
carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.
¹⁸Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
¹⁹Porque as obras da carne são manifestas, as quais são:
prostituição, impureza, lascívia,
²⁰idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras,
pelejas, dissensões, heresias,
²¹invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes
a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que
cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
Tiago 1:
¹⁴Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua
própria concupiscência.
¹⁵Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e
o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Tiago 4:
¹³Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade,
e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.
¹⁴Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a
vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.
¹⁵Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se
vivermos, faremos isto ou aquilo.
¹⁶Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal
como esta é maligna.
¹⁷Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.
INTRODUÇÃO
A vontade é uma das faculdades mais decisivas da alma, pois dela
fluem as escolhas que moldam nossa caminhada. Já aprendemos que o intelecto (o
pensar) e a sensibilidade (o sentir) influenciam diretamente nossas decisões.
Agora, veremos que pensar, sentir, desejar e agir são partes de um mesmo
processo, que pode nos conduzir à vontade de Deus ou nos afastar dela.
A Bíblia nos mostra que a vontade humana é constantemente desafiada:
entre os impulsos da carne e a direção do Espírito (Gl.5:16-21), entre os
desejos enganosos e a obediência à Palavra (Tg.1:14,15), entre a arrogância dos
próprios planos e a humildade de depender de Deus (Tg.4:13-17). Por isso,
compreender como essa faculdade funciona é essencial para uma vida cristã
equilibrada e frutífera.
Nesta lição, refletiremos sobre como a vontade, quando guiada pelo
Espírito Santo, torna-se instrumento de vitória, santificação e realização do
propósito divino. Que este estudo desperte em nós não apenas entendimento, mas
também a prática consciente de escolhas que glorifiquem a Deus.
1. Conceito de vontade
A vontade,
também chamada de volição, é a faculdade da alma que nos permite querer,
escolher e decidir. É por meio dela que praticamos ou deixamos de praticar
determinados atos. Diferente de um robô, o ser humano foi criado por Deus com
liberdade de escolha, podendo optar entre fazer sua própria vontade ou
submeter-se à vontade divina.
Essa
liberdade torna o homem responsável por suas ações diante de Deus (Hb.2:3;
3:7-13; Ap.22:17). Se não houvesse a possibilidade de escolher, não faria
sentido a ordem de obedecer, nem o juízo pelos atos praticados.
Sem Deus,
porém, o homem se torna facilmente escravo de sua própria vontade, caindo em
vícios, compulsões e hábitos destrutivos. O problema não está no corpo, mas na
alma, onde se originam desejos e vontades. O corpo apenas executa aquilo que a
alma determina. Por isso, mutilar o corpo não resolve o problema do pecado —
como no caso de Orígenes - considerado um dos pais da Igreja, e que viveu entre
185 e 254 d.C. -, que, por medo de pecar, se automutilou, castrando-se, sem
compreender que é a alma que decide e conduz o homem ao erro.
Assim,
como mordomos da nossa vontade, devemos:
- Obedecer
a Deus. A verdadeira
obediência é submeter nossa vontade à dEle. Obedecer é melhor que
sacrificar (1Sm.15:22).
- Fazer
escolhas corretas. Uma vontade bem
administrada gera decisões sábias, mas mal orientada conduz à ruína (Rm.7:19).
Daniel, por exemplo, decidiu não se contaminar (Dn.1:8), enquanto Saul foi
rejeitado por causa de sua desobediência (1Sm.15:9-11).
- Fazer
o bem. Nossa vontade
deve ir além de boas intenções, transformando-se em ações concretas (Gl.6:10;
Tg.1:22).
Portanto,
a vontade é um dom dado por Deus que precisa ser disciplinado pelo Espírito
Santo, para que nossas escolhas e atitudes reflitam o caráter de Cristo.
👉 Em resumo: A vontade (ou volição) é a capacidade da alma que nos
permite escolher, decidir e agir. Deus criou o ser humano com liberdade de
escolha, tornando-o responsável por suas decisões (Hb.2:3; Ap.22:17). Quando o
homem vive sem Deus, torna-se escravo de seus próprios desejos e paixões, pois
o problema do pecado nasce na alma, não no corpo. A verdadeira obediência
consiste em submeter nossa vontade à de Deus (1Sm.15:22). Exemplos como Daniel,
que decidiu não se contaminar (Dn.1:8), mostram que uma vontade guiada pelo
Espírito Santo conduz à sabedoria e ao bem (Gl.6:10; Tg.1:22). Assim, a vontade
deve ser disciplinada por Deus para que nossas escolhas revelem o caráter de
Cristo.
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Lição
Principal do item – “Conceito de Vontade” A
vontade (ou volição) é um presente de Deus que nos torna responsáveis pelas
nossas escolhas. Não somos controlados pelo corpo, mas pela alma, onde nascem
os desejos e decisões. Quando nossa vontade se submete à vontade de Deus,
produz obediência, escolhas sábias e boas obras que agradam ao Senhor. 📌Aplicação Prática:
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A vontade
humana é profundamente influenciada por um processo que começa com o
pensamento, passa pelo sentimento, gera o desejo e culmina na ação. Nem todo
pensamento provoca emoção ou vontade de agir — às vezes, apenas lembramos de
algo sem envolvimento emocional; mas quando o pensamento desperta um
sentimento, ele pode gerar um desejo, e esse desejo pode nos levar a agir.
Um exemplo
claro disso está na experiência de Eva no Éden. Ela começou refletindo sobre o
fruto proibido, influenciada pela conversa com a “serpente”. A ideia de “ser
como Deus” despertou nela uma emoção e, em seguida, um desejo. Esse desejo foi
tão forte que a levou à ação: ela tomou do fruto e comeu (Gn.3:6). Esse
processo mostra como a vontade pode ser moldada por pensamentos e sentimentos
mal direcionados.
Por isso,
é essencial que nossos pensamentos estejam alinhados com a verdade de Deus,
para que nossas emoções e desejos não nos conduzam ao erro, mas à obediência e
à vida.
👉 Em
resumo: A vontade
humana nasce de um processo que começa no pensamento, passa pelo sentimento,
gera o desejo e se manifesta na ação. Quando o pensamento desperta emoções,
estas podem conduzir nossas decisões — para o bem ou para o mal. Eva, ao
refletir sobre o fruto proibido e desejar “ser como Deus”, deixou que o
pensamento e o sentimento errados a levassem ao pecado (Gn.3:6). Por isso, é
fundamental que nossos pensamentos estejam alinhados à Palavra de Deus, para
que nossas emoções e vontades resultem em ações de obediência e fidelidade ao
Senhor.
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Lição
Principal do item – “Do pensamento à ação” O
caminho que leva da mente à prática começa com pensamentos. Se eles não forem
avaliados à luz da Palavra de Deus, podem gerar sentimentos e desejos que
culminam em ações erradas. Por isso, é fundamental discernir a origem e a
direção de nossos pensamentos antes que se transformem em atitudes. 📌Aplicação Prática
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A fraqueza da vontade é um dos grandes
desafios da alma humana. Adão, diferente de Eva, não foi
enganado (1Tm.2:14). Ele sabia exatamente o que estava fazendo ao comer do
fruto proibido. Seu erro não foi de entendimento, mas de decisão
consciente. Ele escolheu desobedecer, mesmo conhecendo as consequências (Gn.3:6;
Rm.5:12).
Esse tipo de atitude é muito comum ainda hoje.
Muitas vezes, tomamos decisões erradas sabendo que elas nos farão mal. Seja em
hábitos alimentares, vícios, comportamentos impulsivos ou escolhas morais, o
desejo muitas vezes fala mais alto que a razão. Isso revela uma vontade
enfraquecida, dominada pelo prazer imediato — característica da cultura
hedonista que valoriza o prazer acima de tudo.
A boa notícia é que Jesus pode
libertar o ser humano dessas prisões internas. Ele nos oferece poder para
vencer os desejos desordenados e viver em liberdade espiritual (João 8:36). A
vontade, quando submetida a Cristo, se torna forte e capaz de resistir ao
pecado.
👉 Em resumo: A
fraqueza da vontade é um desafio profundo da alma humana. Adão, ao contrário de
Eva, não foi enganado — ele escolheu desobedecer conscientemente (1Tm.2:14;
Gn.3:6). Na cultura atual, muitas pessoas continuam tomando decisões erradas
mesmo sabendo das consequências negativas, revelando uma vontade dominada pelo
prazer imediato. Essa tendência é reforçada por uma cultura que valoriza o
prazer acima da razão, levando a vícios, impulsos e escolhas destrutivas. Jesus
oferece libertação dessas prisões internas; quando a vontade é submetida a Ele,
torna-se forte e capaz de resistir ao pecado (João 8:36).
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Lição Principal do item –
“Fraqueza de vontade” O problema não está apenas em saber o que é
certo ou errado, mas em ter a disposição de escolher o que agrada a Deus. A
vontade humana, por si só, é frágil diante do pecado, mas quando é rendida a
Cristo, torna-se capaz de resistir às tentações e perseverar no bem. 📌Aplicação
Prática
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II –
DESEJOS: DA ESCRAVIDÃO À REDENÇÃO
1. A
experiência do deserto
“Lembramos dos peixes que comíamos de graça no
Egito. Que saudade dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e
dos alhos! Mas agora a nossa alma está seca, e não vemos nada a não ser este
maná” (Nm.11:5,6).
A peregrinação de Israel pelo deserto é um
retrato fiel do conflito humano com os desejos carnais. Mesmo tendo
experimentado milagres extraordinários — como o maná do céu, a água da rocha e
a proteção contra inimigos —, o povo não conseguiu vencer a escravidão interior
dos apetites e lembranças do Egito. Ao invés de se alegrar com a liberdade,
muitos israelitas preferiram recordar os "prazeres" da escravidão,
desejando as comidas e comodidades do passado (Nm.11:5,6).
Esse apego demonstrava ingratidão e cegueira
espiritual: eles preferiam a memória dos "pepinos e cebolas" do Egito
ao pão vivo que vinha do céu, figura de Cristo (João 6:31-35). A busca
incessante por satisfazer os desejos levou-os à rebeldia contra Deus,
resultando em morte e juízo (Nm.11:33,34; Sl.78:29-33).
Paulo, em 1Coríntios 10:1-13, resgata essa
experiência como advertência aos cristãos: o maior perigo não é a falta de
provisão, mas o coração dominado por cobiça. O desejo desordenado escraviza,
mesmo depois de Deus já ter libertado.
👉 Em resumo: A jornada
de Israel pelo deserto revela como os desejos carnais podem escravizar o
coração. Mesmo após testemunharem milagres grandiosos, muitos israelitas
sentiram saudade dos “prazeres” do Egito (Nm.11:5,6) e desprezaram o maná,
símbolo da provisão divina. Essa cobiça e ingratidão os levaram à murmuração,
rebeldia e juízo. Paulo usa esse episódio como alerta à Igreja (1Co.10:1-13): o
maior perigo não é a falta de recursos, mas um coração dominado por desejos
desordenados. Assim como Israel, corremos o risco de valorizar prazeres
temporais acima da vontade de Deus — e essa é a verdadeira escravidão. Somente
a dependência do Senhor pode libertar e ordenar nossos desejos.
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Lição Principal do item – “A
experiência do deserto” O deserto mostra que a verdadeira liberdade
não é apenas sair do Egito, mas vencer o "Egito" que ainda insiste
em viver dentro do coração. Se não forem submetidos a Deus, os desejos
transformam a bênção em maldição, levando o homem da redenção de Cristo de
volta à escravidão do pecado. 📌Aplicação
Prática Assim como Israel, podemos cair na tentação
de desejar mais os prazeres passageiros do que a presença de Deus. Muitas
vezes, a insatisfação e a ingratidão nos fazem murmurar, esquecendo que já
fomos libertos pelo sangue de Cristo. A prática espiritual do contentamento,
a vigilância e a oração (Fp.4:11-13; Mt.26:41) são armas poderosas para
vencermos os desejos carnais. O cristão precisa aprender a dizer
"não" ao coração enganoso e "sim" à vontade de Deus. Quem
entrega seus desejos ao Senhor experimenta a verdadeira liberdade e uma alma
fortalecida, em vez de enfraquecida pela cobiça. |
“Porque a
carne luta contra o Espírito, e o Espírito luta contra a carne, porque são
opostos entre si, para que vocês não façam o que querem” (Gálatas 5:17).
Na era
cristã, o drama dos desejos continua presente, mas há uma diferença essencial:
em Cristo, o pecado foi derrotado, e o crente recebeu poder para não viver mais
escravizado por ele (Rm.6:3-6,11-14). Essa é a grande marca da nova vida —
fomos libertos não apenas da culpa, mas também do domínio do pecado.
No
entanto, essa vitória não elimina o conflito diário; enfrentaremos uma batalha
diária entre os desejos da carne e a direção do Espírito. A
Bíblia mostra que o cristão, enquanto estiver neste corpo mortal, enfrenta uma
batalha constante entre duas forças: a carne (sarx), isto é, a natureza
pecaminosa herdada de Adão, e o Espírito Santo, que habita no salvo (Gl.5:17).
Esses dois princípios são irreconciliáveis: a carne deseja o que é contra Deus,
e o Espírito deseja aquilo que agrada a Deus.
Dessa
forma, cada dia somos chamados a tomar uma decisão consciente: satisfazer os
impulsos carnais, que levam à morte espiritual, ou ceder à voz do Espírito, que
conduz à vida e paz (Rm.8:5,6). O segredo da vitória está em andar no Espírito
(Gl.5:16), ou seja, viver guiado por Ele em cada decisão, submetendo a vontade
pessoal ao senhorio de Cristo.
👉 Em
resumo: Na era
cristã, os desejos continuam sendo um campo de batalha, mas agora o crente
possui uma diferença fundamental: em Cristo, o poder do pecado foi quebrado. O
salvo não está mais sujeito ao domínio da carne (Rm.6:11-14). Mesmo assim,
permanece o conflito diário entre a natureza pecaminosa (carne) e o Espírito
Santo, forças totalmente opostas (Gl.5:17). Cada decisão torna-se um ato
espiritual: seguir os impulsos da carne leva à morte, enquanto obedecer ao
Espírito produz vida e paz (Rm.8:5,6). A vitória sobre os desejos desordenados
está em “andar no Espírito” (Gl.5:16), vivendo sob a direção de Cristo em todas
as escolhas.
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Lição
Principal do item – “Os desejos na era cristã” A vida
cristã é um campo de batalha constante entre carne e Espírito. Embora a carne
ainda deseje escravizar, em Cristo temos o poder e os recursos necessários
para viver em vitória, desde que escolhamos, diariamente, obedecer ao
Espírito. 📌Aplicação Prática Cada
cristão precisa cultivar uma vida de disciplina espiritual — oração, leitura
da Palavra, vigilância e comunhão com Deus. Essas práticas fortalecem o
espírito e enfraquecem a carne. Na prática, isso significa:
A cada
dia, nossas escolhas mostrarão quem está governando nossa vida: a carne, que
leva à escravidão, ou o Espírito, que nos conduz à verdadeira liberdade. |
3. A decisão do homem redimido
A salvação
em Cristo não apenas nos livra da condenação do pecado, mas também
nos capacita a vencer os desejos da carne. O homem redimido, transformado
pela graça, recebe uma nova natureza (Ef.4:24; 2Co.5:17), e, com ela,
uma nova inclinação: voltamo-nos para as coisas do Espírito (Rm.8:5).
Essa nova
vida, no entanto, não elimina a presença dos desejos pecaminosos. Eles
continuam tentando se manifestar, mas agora o cristão tem poder em Cristo para
não se render a eles. A vitória não é automática: exige decisão diária,
disciplina espiritual e dependência do Espírito Santo. Por isso, a Bíblia nos
chama a mortificar a carne (Rm.8:11-13; Cl.3:5), ou seja, enfraquecer
continuamente os impulsos pecaminosos, recusando-se a alimentá-los.
Assim, a
vida do homem redimido é marcada por um processo de vitória progressiva: não
pelo esforço humano isolado, mas pela ação do Espírito Santo, que nos conduz a
frutificar em amor, paz, mansidão, domínio próprio e demais frutos espirituais
(Gl.5:22-25). Esse é o testemunho do verdadeiro salvo: viver em Cristo e
vencer, com Ele, o poder do pecado.
👉 Em resumo: O cristão redimido recebeu uma nova natureza
em Cristo e, com ela, uma nova inclinação voltada para as coisas do Espírito
(Ef.4:24; Rm.8:5). Embora os desejos da carne ainda tentem se manifestar, o
salvo agora tem poder para não se sujeitar a eles. A vitória sobre o pecado
exige uma decisão diária, disciplina espiritual e dependência do Espírito
Santo. Por isso a Bíblia ordena: “mortificai a vossa carne” (Cl.3:5),
enfraquecendo os impulsos pecaminosos e recusando-se a alimentá-los. Assim, o crente
passa por um processo contínuo de crescimento, produzindo os frutos do Espírito
(Gl.5:22-25) e demonstrando, na prática, que vive em Cristo e vence com Ele o
poder do pecado.
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Lição
Principal do item – “A decisão do homem redimido” O homem
redimido não vive mais como escravo da carne, mas decide diariamente andar
segundo o Espírito, mortificando os desejos pecaminosos e manifestando os
frutos da nova vida em Cristo. 📌Aplicação Prática Viver a
vida cristã é fazer escolhas diárias. O redimido precisa:
A
vitória sobre os desejos da carne não está em nossas forças, mas em decidir,
todos os dias, viver em Cristo e deixar o Espírito produzir em nós uma vida
de santidade. |
III – O ENSINO SOBRE OS DESEJOS EM TIAGO
1. Atração e engano
“Mas cada
um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois,
havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo
consumado, gera a morte” (Tiago 1:14,15).
Este texto
de Tiago nos oferece uma explicação clara e profunda sobre o processo da
tentação e do pecado. O apóstolo mostra que o pecado não começa de forma
repentina, mas segue um processo interno: primeiro vem a atração,
depois o engano, e por fim, a ação pecaminosa.
O verbo
“atrair” sugere a ideia de uma isca colocada diante de um peixe: o desejo
desperta a curiosidade e chama a atenção. Já o verbo “enganar” transmite a
ideia de ser seduzido ou iludido, levando a mente a acreditar numa mentira. É
nesse ponto que a vontade é afetada, pois o desejo distorce a razão, fazendo
parecer bom aquilo que, na verdade, é mortal.
A palavra
“concupiscência” usada por Tiago significa maus
desejos ou desejos desordenados. Esses desejos atuam como uma força
interna que atrai e engana a pessoa, fazendo-a acreditar que o pecado trará algum
benefício. A mente, então, é influenciada e entorpecida, perdendo o
discernimento. A vontade, que deveria resistir, acaba cedendo.
Esse
processo mostra que o pecado não é apenas uma questão de comportamento, mas
de decisão interna influenciada por desejos mal direcionados. Por
isso, é essencial que o cristão esteja atento aos seus pensamentos e desejos,
para não ser enganado por eles.
👉 Em
resumo: Tiago 1:14,15
explica que o pecado segue um processo interno: começa com a atração,
quando o desejo desperta interesse, como uma isca colocada diante do peixe;
depois vem o engano, quando a mente é seduzida e passa a acreditar que o
pecado trará algum benefício. A “concupiscência” — desejos desordenados — atua
como uma força interna que distorce a razão e influencia a vontade. Quando o
desejo é alimentado, ele “concede” o pecado, que, ao ser praticado, produz
morte espiritual. Assim, Tiago nos ensina que o pecado nasce dentro do coração
antes de se manifestar em ações, e por isso o cristão deve vigiar seus
pensamentos e desejos para não ser enganado.
|
Lição
Principal do item – “Atração e engano” O
pecado não acontece de repente: ele nasce quando o desejo atrai e engana a
mente, levando a vontade a escolher o que desagrada a Deus. Reconhecer esse
processo é fundamental para vencê-lo. 📌Aplicação Prática
Assim,
ao invés de ser dominado por maus desejos, o cristão aprende a discerni-los e
vencê-los, escolhendo agradar a Deus. |
“Depois,
havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo
consumado, gera a morte” (Tiago 1:15).
Tiago nos
mostra que o pecado segue um processo semelhante ao de uma gestação: ele começa
com um desejo que, se não for interrompido, é concebido e, depois de
amadurecido, gera a morte espiritual (Tg.1:15). Essa imagem é forte, pois
revela que o pecado nunca nasce de repente; ele é alimentado no coração até
produzir seus frutos amargos.
A grande
lição é que há tempo para abortar esse processo antes que seja tarde. Assim
como ensinamos na Lição 7 sobre interromper maus pensamentos, aqui aprendemos
que também é necessário interromper os maus desejos. O perigo é que o desejo,
quando encontra oportunidade, cresce em intensidade e busca convencer a mente a
ceder. Se não for resistido no início, ele ultrapassa as barreiras da
consciência e arrasta a pessoa ao pecado.
Por isso,
Jesus nos ensinou a orar pedindo: “Não nos deixes cair em tentação” (Mt.6:13),
mas também advertiu: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt.26:41).
Deus nos dá recursos espirituais — oração, Palavra, comunhão com o Espírito
Santo — mas cabe a nós usá-los diariamente. Pense nisso!
👉 Em resumo: Tiago ensina que o pecado segue um processo
progressivo, semelhante a uma gestação: começa com o desejo, é concebido no
coração e, se amadurecer, gera a morte espiritual. Nada acontece de repente — o
pecado é alimentado internamente até produzir seus efeitos destrutivos. Por isso,
é essencial interromper esse processo ainda no início, antes que o desejo
cresça e convença a mente a ceder. Jesus nos orienta a vigiar e orar para não
entrar em tentação, lembrando que Deus nos oferece recursos para resistir: a
oração, a Palavra e a comunhão com o Espírito Santo. A responsabilidade do
cristão é usar esses recursos diariamente para impedir que desejos pecaminosos
amadureçam e se transformem em pecado.
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Lição Principal do item – “Abortando o processo” O
pecado precisa ser interrompido em sua fase inicial, ainda no nível do
desejo. Vigiar e orar é a chave para abortar o processo antes que ele se
complete em queda e morte espiritual. 📌Aplicação
Prática
|
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que a vontade é uma das faculdades mais
importantes da alma, pois é ela que direciona nossas escolhas e,
consequentemente, determina o rumo da nossa vida. Vimos que o ser humano não é
um robô programado, mas um ser livre e responsável diante de Deus, chamado a
decidir entre obedecer à carne ou ao Espírito.
A queda de Adão e Eva nos mostra a gravidade de uma vontade mal
direcionada, enquanto a nova vida em Cristo nos ensina que, pelo Espírito
Santo, podemos dizer “não” aos maus desejos e viver de forma frutífera. O
conflito entre carne e Espírito é real, mas a vitória é possível quando
submetemos nossa vontade à vontade de Deus.
Portanto, a grande lição é que somos mordomos da nossa própria
vontade. Cabe a cada cristão decidir se permitirá ser dominado por paixões e
compulsões ou se escolherá obedecer a Deus, vivendo em obediência, santidade e
boas obras. Uma vontade guiada pelo Espírito se torna instrumento de bênção,
tanto para a vida pessoal quanto para o próximo, e resulta em frutos que glorificam
ao Senhor.
Luciano de
Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo
Testamento).
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.
Dicionário VINE.CPAD.
O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.
Rev. Hernandes Dias Lopes. Filipenses. HAGNOS.
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
Louis Berkhof. Teologia Sistemática.
Marcelo Oliveira – Alcance um futuro feliz e seguro. CPAD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco – A Mordomia da Alma. PortalEBD.
Stanley Horton. Teologia Sistemática: uma perspectiva Pentecostal.
CPAD.
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