domingo, 17 de abril de 2011

Aula 04 - ESPIRITO SANTO - AGENTE CAPACITADOR DA OBRA DE DEUS

Texto Base: Lucas 24:46-49; Atos 1:4-8 “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”(Atos 1:8).

INTRODUÇÃO

Para cada crente salvo Deus tem uma chamada; e para cada chamada, uma forma de preparação, de capacitação. Cremos que Deus age em nossas vidas de acordo com seus propósitos. Ele preparou Moisés em seus primeiros 40 anos de vida no Egito a fim de ser um poderoso líder no deserto. Preparou Elias em Querite(1Rs 17:3,5) e em Sarepta(1Rs 17:9,10), para depois fazer chover em uma terra assolada pela seca e fazer descer fogo do céu diante dos profetas de baal. Preparou Davi, junto das ovelhas, para ser rei de Israel. Da mesma forma, o Espírito Santo nos prepara para a chamada de Deus, de forma que estejamos sempre dependendo dEle ao longo do cumprimento de nossa vocação.

I. O RELACIONAMENTO DO ESPÍRITO SANTO COM A HUMANIDADE

A vinda do Espírito Santo no Dia de Pentecostes, momento em que os quase 120 discípulos (Atos 1:15) foram batizados com o Espírito Santo, inaugurou um nova fase no relacionamento com a humanidade. Antes, se usufruía do Espírito Santo apenas individualmente (1Sm 10:6; 16:13); agora, temos o Espírito Santo (1Co 7:40; Gl 3:5; 1João 4:13; 1Ts 4:8). Antes, o Espírito habitava no meio do povo (Ag 2:5), ou estava sobre alguém (Nm 11:17; Is 59:21); agora, está dentro de ou em nós (Ez 36:27; João 14:17). Antes, eram usados indivíduos (como Saul, Davi, etc.); agora, ele usa um povo (1Co 6:19; Ef 2:22; Ap 3:6). Antes, era temporário (Nm 11:25); agora, em caráter permanente (João 16:7).

1. Um dos aspectos mais denunciativo do relacionamento do Espírito Santo com a humanidade é a sua operação na faculdade mental do ser humano. Jesus disse que a primeira operação do Espírito Santo, ao anunciar a Sua vinda a Terra, seria o convencimento do pecador: "E, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo" (João 16:8). O Espírito Santo atua sobre a alma do pecador, a fim de que ela possa se arrepender dos seus pecados e decidir aceitar a Cristo como Seu único e suficiente Salvador. Quando isto ocorre, temos a primeira operação que foi atribuída ao Espírito Santo no período da graça: o novo nascimento. Ao nascer de novo, a pessoa recebe o batismo pelo Espírito Santo(1Co 12:13), ou seja, ele é batizado(mergulhado) no corpo de Cristo(a Igreja), unindo-o a este corpo; fazendo com que ele seja um só com os demais crentes.

Quando a pessoa aceita a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, arrependendo-se dos seus pecados, decide mudar de direção na sua vida, converte-se, porque é convencido pelo Espírito Santo. Neste instante, ao aceitar a Jesus, a pessoa tem seus pecados perdoados e é purificada pelo sangue do Cordeiro(1João 1:7; 2:1). Como consequência do perdão dos pecados, a pessoa passa a ter livre acesso a Deus, pois não existe mais qualquer separação entre ela e a Divindade, já que os pecados foram perdoados, restabelecendo-se, portanto, a comunhão com Deus. Esta comunhão caracteriza-se pela circunstância de o espírito humano ser vivificado, ou seja, aquela parte do homem que estava sem função, separada de Deus, feita, exatamente, para que mantenhamos este contacto com o Senhor, é ativada e este espírito passa a ter um relacionamento com Deus. Ora, a Pessoa da Trindade que faz este relacionamento entre o homem salvo e o seu Criador é, precisamente, o Espírito Santo.

2. A pessoa regenerada é adotada como filho(Rm 8:15). Nesta nova fase do relacionamento do Espírito Santo com o ser humano, este, agora regenerado (nascido de novo), é adotado como filho. Adotar significa “por como filho”. Sem a ação do Espírito Santo, jamais seríamos adotados pelo Pai. Agora, o Espírito Santo testifica com o nosso espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8:16).

3. O Espírito Santo permite ao ser humano conhecer a vontade de Deus. Nesta nova fase do tratamento de Deus com a humanidade, o Espírito Santo permite-nos conhecer a vontade de Deus e a guiar nossos passos segundo ela, pois somente o Espírito de Deus pode discernir as coisas que são de Deus(1Co 2:11-13). A salvação dá-nos novos valores, um novo modo de vida, de modo que não mais passamos a compartilhar dos valores e dos desejos existentes no mundo, no pecado e no mal. Somente quem é salvo desfruta deste privilégio. O mundo não pode receber nem pode conhecer o Espírito Santo, porque o Espírito, como Seu nome o diz, é Santo, ou seja, está totalmente separado do pecado.

II. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE

O Espírito Santo na vida do crente é um sinal evidente de que ele pertence a Jesus, que é um salvo, que é um filho de Deus. Somente aqueles que têm o Espírito de Deus são considerados filhos de Deus (Rm 8:16).

1. O crente é o templo do Espírito Santo. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”(1Co 3:16). “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”(1Co 6:19).

O homem é tornado templo do Espírito Santo e, como tal, passa a ter um corpo que tem como finalidade e propósito única e exclusivamente a glorificação do nome do Senhor e a realização de obras que sejam boas e agradáveis a Deus. Há muitas pessoas que procuram ver a presença do Espírito Santo na vida de alguém baseando-se em atos de poder, sinais ou maravilhas que esta pessoa esteja realizando em nome do Senhor, mas não é este o critério estabelecido pelas Escrituras para sabermos se alguém tem, ou não, o Espírito Santo. Uma pessoa será possuidora do Espírito de Deus se for santa, se ouvir e praticar a Palavra de Deus, se der o fruto do Espírito(Gl 5:22), pois haverá muitos que executarão muitos sinais e maravilhas, mas que, por praticarem a iniquidade, serão dados como desconhecidos de Deus, ou seja, pessoas pertencentes ao mundo, que não pode conhecer nem receber o Espírito Santo do Senhor(Mt 7:15-23; 2Tm 2:19).

2. Na vida do crente o Espírito Santo é o seu Paracleto (defensor, mentor, protetor). O Espírito Santo não deixa o crente solitário e à deriva no mar da vida, mas, após convencê-lo da morte, do pecado e do juízo, vem habitar no interior do crente, vem ser seu companheiro até o final. O Espírito Santo é chamado por Jesus de Consolador, ou seja, de Paracleto, palavra que significa aquele que está ao lado, aquele que defende e que se coloca no lugar da pessoa, um verdadeiro advogado. Este é o papel do Espírito Santo, que pronto está para nos ajudar e nos orientar em todos os momentos, de forma a que possamos andar segundo a vontade de Deus.

3. O Espírito Santo habita na vida do crente, mas é inquilino. A Bíblia mostra-nos que Ele vem fazer morada no homem que resolve aceitar a Cristo como seu Senhor e Salvador, mas é um verdadeiro inquilino, ou seja, alguém que, embora ocupando o interior do homem, não elimina a liberdade e o livre-arbítrio do ser humano onde está habitando. Tanto assim é que o apóstolo recomenda que não entristeçamos o Espírito Santo(Ef 4:30), pois, caso isto ocorra, poderá Ele afastar-Se de nós, o que sempre ocorre quando resolvemos pecar e transgredir os mandamentos divinos, situação que foi vivenciada por Davi, que, desesperado, suplicou para que o Espírito dele não Se apartasse(Sl 51:11). Trata-se, portanto, de um morador sensível, que está pronto a nos ajudar, mas que não tolera convivência ou mistura com o pecado, pois, como é Deus, é Santo e abomina o pecado(Lv 20:7, 1Pe 1:15,16).

4. O Espírito Santo na vida do crente salvo produz uma série de benefícios, que lhe permitem um contínuo crescimento espiritual.

a) Faz com que o cristão inicie um contínuo processo de santificação, que nada mais é que a progressiva e contínua separação do pecado. A cada dia, o Espírito Santo faz-nos viver segundo a vontade de Deus, não mais segundo a nossa própria vontade. O velho homem, o homem pecaminoso, é mortificado a cada instante, ou seja, é mantido preso e crucificado (Gl 2:20), sem ação na nossa vida. Não andamos mais segundo a carne, ou seja, segundo estes desejos de nossa natureza pecaminosa, evitando praticar a iniquidade e o mal. Isto só é possível porque passamos a nos inclinar para as coisas do espírito, a fim de agradar a Deus (Rm 8:5-13).

b) Faz com que desejemos, cada vez, que o nome de Jesus cresça em nós e que nós diminuamos na Sua presença (João 3:30). O Espírito Santo tem como finalidade a glorificação do nome de Jesus(João 16:14) e, se nós permitimos que Ele habite em nós, consequentemente, também estamos moldando a nossa vida a fim de que, também, através de nós, os homens glorifiquem a Jesus(Mt 5:16). Não seremos, portanto, egoístas, nem ególatras, mas, muito pelo contrário, tudo faremos para que, em nossas vidas, o nome de Jesus seja glorificado pelos homens, ainda que isto signifique o padecimento de nós mesmos(2Co 4:5-11).

c) Traz-nos a garantia e a certeza da nossa salvação. A Bíblia diz-nos que o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Sendo assim, temos, em nós, a garantia de que somos salvos, a certeza da nossa própria salvação. É o próprio Deus, na Pessoa do Espírito, que dá testemunho de nossa comunhão com Ele. Há muitos crentes que são duvidosos a respeito da sua salvação, que se deixam embaraçar por quaisquer afirmações daqueles que os cercam, no sentido de que não podem ter garantia de que têm a vida eterna, notadamente de pessoas religiosas que acham que a salvação depende de obras e coisas similares. Entretanto, a Bíblia afirma-nos, claramente, que é o Espírito Santo quem nos dá esta certeza e a sua habitação em nós permite que tenhamos esta garantia. É, por isso, que a Bíblia nos afirma que o Espírito é o selo da nossa redenção. Como todos sabemos, o selo é um símbolo, é um sinal que representa a garantia de um documento, que confirma a sua autenticidade, que confirma a autoridade de alguém (Gn 38:18;Jr 22:24). O Espírito Santo é, portanto, a garantia que temos de que somos salvos. Quando o Espírito está conosco, dirigindo-nos, dando-nos orientação, testificando de nossa condição de filhos de Deus, temos a certeza de que estamos nas mãos do Senhor e de que ninguém de lá pode nos arrebatar (João 10:28).

d) Promove o envolvimento do crente na obra do Senhor. Como passamos a fazer a vontade de Deus, como passamos a glorificar o nome do Senhor, como temos certeza da salvação, a Bíblia afirma que rios de água viva passam a correr do nosso interior(João 7:38), ou seja, não há como o crente se conter diante de tão grande salvação e começa a ser impelido para pregar o Evangelho e fazer a obra de Deus sobre a terra. Paulo tinha esta consciência e exclamava: ai de mim se não anunciar o evangelho!(1Co 9:16). Cada um tem um trabalho na seara do Mestre e o Espírito Santo, habitando em nós, fará com que executemos este trabalho na forma por Ele pretendida, a fim de que almas sejam salvas e os crentes, aperfeiçoados (Rm 6:13,19,22).

e) Promove um despertamento para a oração e a meditação da Palavra de Deus. O Espírito Santo tem como missão fazer-nos lembrar da Palavra de Deus e ensinar-nos esta mesma Palavra (João 14:26), ao mesmo tempo em que é um ajudador sempre presente nas nossas orações, gemendo com gemidos inexprimíveis diante do Pai por nós(Rm 8:26). Para tanto, a presença do Espírito Santo leva-nos, naturalmente, a uma vida de oração de estudo e meditação na Palavra de Deus. Percebamos que, já revestidos de poder, os apóstolos passaram a se dedicar ao ministério da oração e da Palavra (At 6:4). O Espírito Santo faz-nos, assim, enveredar por este caminho glorioso da devoção diária e incessante, preparando-nos para sermos instrumentos de justiça.

f) Promove maior sensibilidade espiritual, pois é através do Espírito Santo que passamos a discernir as coisas espirituais. A presença do Espírito Santo faz-nos entender as coisas espirituais, entender e compreender a vontade de Deus e, portanto, a termos uma vida de intimidade e de comunhão com o Senhor, intimidade esta que é contínua e progressiva (2Co 3:18). O Espírito Santo faz-nos ficar cada vez mais distantes do pecado e do mundo, residindo nesta transformação, segundo alguns, a própria essência da obra do Espírito Santo na vida do ser humano: o retorno da plenitude da imagem e semelhança de Deus no homem.

III. O BATISMO COM O ESPIRITO SANTO CAPACITA-NOS A FAZER A OBRA DE DEUS

A capacitação para a obra missionária, nos moldes desejados pelo Senhor, exige, previamente, o batismo com o Espírito Santo. Não fosse assim, Jesus não teria determinado que os discípulos, antes de darem início a esta obra, aguardassem o batismo com o Espírito Santo (Lc.24:49), como também não teria revestido de poder a Paulo antes mesmo de ele iniciar a pregação do evangelho nas sinagogas de Damasco. Se Jesus entende ser necessário, indispensável, que alguém, antes de iniciar a obra missionária, ser revestido de poder, sendo, como é, o dono da obra, quem somos nós para questionarmos esta realidade?

No Novo Testamento, mui especialmente no livro de Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo teve uma participação ativa no desenvolvimento da obra missionária da geração apostólica da Igreja. Só esta circunstância autoriza-nos a dizer que, como Deus não muda e nEle não há sombra de variação(Tg 1:17), como Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb 13:8), que, do mesmo modo como o Espírito Santo operou no início da história da igreja, está operando nos nossos dias. A assistência do Espírito Santo é imprescindível à obra missionária.

1. Na visão missionária do Espírito Santo cada crente batizado deve ser um missionário, em potencial. O Poder é concedido para que o crente seja testemunha. O objetivo do Espírito Santo é arrebanhar súditos para o Reino de Deus. Ele só pode fazer isto através do homem. Não pode fazer direta e pessoalmente; não pode convocar os Anjos para esse trabalho. Os Anjos não podem contar o que Jesus fez por eles. Não podem ser testemunhas. Foi ao homem que o Senhor Jesus entregou a missão de pregar o Evangelho. Foi ao homem que ele disse “... Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura”(Mt 16:15). Foi aos homens que ele ordenou: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...”(Mt 28:19-20). É para atender o “Ide” de Jesus que Ele capacita o crente através do batismo com o Espírito Santo, pois, foi neste sentido que ele disse: “... recebereis a virtude do Espírito Santo... e ser-me-eis testemunhas...”.

Neste trecho está demonstrada, em duas partes, a vontade de Jesus quanto à capacitação do crente para fazer a Sua obra:

Primeira parte da vontade do Senhor Jesus: “recebereis a virtude o Espírito Santo”. Para que o crente possa cumprir sua missão - descrita em Marcos 16:15 e Mateus 28:19,20 - o Espírito Santo, na Sua visão missionária, concede-lhe o poder, conforme promessa feita por Jesus: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós...”.
Segunda parte da vontade do Senhor: “ser-me-eis testemunhas”. A virtude ou o poder é dado com um objetivo: aplicá-lo na obra de Deus. Com este poder o crente é capacitado para falar de Jesus – para ser sua testemunha – através de sua maneira de viver, através da pregação ou ensino da Palavra. Se o crente for como uma bateria carregada, porém, não estiver gastando a energia acumulada, então, esse crente está em falta diante de Deus.

Acredita-se que a maioria dos pentecostais não está observando o sentido e o objetivo desta expressão “recebereis a virtude do Espírito Santo” e o “ser-me-eis testemunhas”. Esta maioria usa o batismo com o Espírito Santo apenas para falar em “línguas estranhas”. Isto é bom, é uma bênção! Porém, Paulo afirmou que “... o que fala língua estranha não fala aos homens senão a Deus...”. Afirmou ainda que “o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo...”(1Co 14:2-4), ou seja, falar em línguas estranhas é uma forma de fortalecer-se, individualmente. É como uma bateria ligada a um carregador. Mas, essa carga, ou energia acumulada na bateria precisa ser utilizada, do contrário, não faz sentido manter a bateria carregada. Assim, quem recebe o Batismo com o Espírito Santo e guarda a Virtude, ou o Poder para si próprio, fica em débito diante de Deus.

2. Pedro recebeu “a virtude do Espírito Santo” e fez uso dela. Antes de receber “a virtude do Espírito Santo”, pelo Batismo, Pedro teve medo de “ser testemunha de Jesus”. Negou ter estado com ele, negou ser seu discípulo, negou conhecê-lo, conforme está escrito: “Ora Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: tu também estavas com Jesus, o Galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo: não sei o que dizes”. “E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: este também estava com Jesus, o nazareno. E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem”. “E daí a pouco, aproximando os que ali estavam, disseram a Pedro: verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia. Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem”(Mt 26:69-74). Pedro negou... uma...duas...três vezes; “E imediatamente o galo cantou”.

De um homem tão fraco, como Pedro, o que se poderia esperar? Porém, o Senhor afirmou: “... recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós...”. E o Espírito Santo veio e Pedro recebeu a Sua virtude. Essa virtude, ou Poder, não foi dada para ser armazenada dentro do homem, mas para ser utilizada - “e ser-me-eis testemunhas”. Pedro utilizou essa virtude e deu testemunho de Jesus – “Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: varões Judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras...”(Atos 2:1).

O mesmo homem que há cinquenta dias atrás negou até mesmo conhecer Jesus, agora, em pé, diante de milhares de pessoas, com ousadia, pregou a Palavra de Deus, como uma verdadeira testemunha de Jesus. Como resultado de sua pregação “... naquele dia agregaram-se quase três mil almas”(Atos 2:41).

Portanto, o Espírito Santo, na sua visão missionária, reveste o homem de Deus com a sua virtude, ou poder: para ganhar almas para o Reino de Deus; a fim de que a Igreja do Senhor seja edificada, porque edificar a Igreja e aprontá-la para ser entregue a Jesus, constitui a principal missão, que, como missionário do Pai, veio realizar na terra. Assim, a concessão de poder para capacitar o homem a fazer a obra do Senhor é uma das relações que existe entre o batismo com o Espírito Santo e a obra missionária.

CONCLUSÃO

O Espírito Santo continua operando da mesma maneira que nos primeiros dias da igreja, notadamente nos últimos 100 anos. A história de movimentos como as Assembléias de Deus no Brasil estão repletos de testemunhos e de demonstrações de ações do Espírito Santo em prol do desenvolvimento da obra missionária, obra esta que é a mais intensa evangelização de toda a história da humanidade. No que se refere, por exemplo, à história das Assembléias de Deus no Brasil, o seu início, feito sob exclusiva operação sobrenatural do Espírito Santo, que, inclusive, indicou o local onde deveriam iniciar a pregação ("Pará"), sem que ao menos se soubesse em que país este lugar ficava, é uma inegável comprovação de que "nosso Deus é o mesmo”, e como no início, Ele batiza com o Espírito Santo e capacita o seu servo para realizar a sua obra.

Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular(Novo Testamento. Bíblia de Estudo Pentecostal. Revista Ensinador Cristão – nº 46. O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva – Wayne Grudem. Antonio Gilberto – A doutrina do Espírito Santo – Teologia Sistemática. Caramuru Afonso Francisco - A Divindade do ESPÍRITO Santo. Pr. Caramuru Afonso Francisco - O batismo com o Espírito Santo e a obra missionária.

4 comentários:

  1. Obrigado pela dedicação em estudar e ensinar a palavra de DEUS,Que DEUS continue a lhe usar abundantemente, pois carecemos de pessoas dedicadas e competentes. Continue a discorrer topico por tópico, pois assim fica mais fácil de fazer comparações. Obrigado por tudo que DEUS lhe abençõe continuamente.

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  2. A Paz do Senhor Ir. Luciano!

    Louvo a Deus por sua vida e pela sabedoria que o Senhor tem lhe dado...

    Ev. Lásaro Vicente
    AD- Montese - Sede

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  3. graça e paz irmão luciano louvo e glorifico muito ao sr JESUS pela sua vida e ministério,para edificar sua fé tenho a lhe dizer q o sr é contigo por q o sr tem feito para enriquecer nossa EBD com seus tão inspirados pela santíssima trindade comentários.

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  4. Paz Pr. Luciano
    Muito obrigada por postar em seu Blog uma explanação tão maravilhosa das lições bíblicas
    que o Espírito Santo o capacite mais e mais.

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