Na época do Natal, todos nós damos e recebemos presentes. As crianças, especialmente, aguardam essa data com grande expectativa. Quem é pai sabe bem disso. Meus filhos, por exemplo, ficavam ansiosos na véspera de Natal, esperando encontrar seus presentes aos pés da árvore.
Entretanto,
a verdadeira história do Natal não gira em torno de caixas embrulhadas, laços
ou objetos passageiros. O Natal fala de uma dádiva infinitamente maior, eterno
e incomparável — a dádiva mais valiosa que já foi oferecido à humanidade.
Essa
dádiva não veio de homens, nem de instituições, nem de sistemas religiosos; ela
veio do próprio Deus Pai, Criador dos céus e da terra. Movido por Seu imenso e
insondável amor, Deus deu ao mundo o Seu Filho unigênito, o Salvador, há mais
de dois mil anos. O Evangelho de Jesus Cristo, segundo escreveu o apóstolo
João, declara de forma clara e profunda:
“Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Este versículo revela porque essa dádiva é a
maior de todas:
1. Por causa da sua
procedência: “Porque Deus amou…”
O
amor que originou esse valioso presente procede do próprio Deus — o Criador do
universo, o Senhor eterno, soberano sobre todas as coisas. Ele colocou o Seu
coração em nós e nos amou desde antes da fundação do mundo.
Deus
não nos amou por causa de nossos méritos, mas apesar de nossos deméritos. A
razão do amor de Deus não está em nós; está Nele mesmo, pois Deus é amor.
Ele
nos amou de forma incondicional, eterna e imutável — mesmo sendo fracos,
ímpios, pecadores e, muitas vezes, Seus inimigos.
2. Por causa do seu
alcance: “Amou o mundo”
O
“mundo” aqui não é o planeta terra, mas as pessoas de todos os tempos, etnias,
culturas, classes sociais e contextos religiosos. O amor de Deus ultrapassa
fronteiras geográficas, culturais, filosóficas e ideológicas.
Deus
não faz acepção de pessoas. Ele ama o pobre e o rico, o simples e o instruído,
o homem do campo e da cidade, o religioso e o não religioso.
Mais
uma vez, fica claro: o amor de Deus não tem sua causa em nós, mas em Seu
próprio coração amoroso.
3. Por causa da sua
intensidade: “De tal maneira”
Deus
não amou o mundo de forma superficial ou limitada. Ele amou de maneira
profunda, intensa e sacrificial. Esse amor é intenso, eterno, sacrificial e perseverante.
Deus
não apenas declarou Seu amor — Ele o provou. O apóstolo Paulo afirma: “Mas Deus
prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores” (Romanos 5:8).
Essa
é a grandeza e a intensidade do amor de Deus por nós.
4. Por causa do seu grandioso
e incomparável valor: “deu o seu Filho unigênito”
Deus
não nos amou a ponto de dar ouro ou prata.
Não
nos amou a ponto de dar riquezas da terra.
Não
nos amou a ponto de enviar um anjo.
Ele
nos amou de tal maneira que deu o Seu próprio Filho — o Seu Filho unigênito.
Jesus
entrou neste mundo, vestiu-se de carne humana, foi rejeitado, humilhado,
esbofeteado e pregado numa cruz. E Deus jamais retrocedeu nesse amor eterno,
imutável, sacrificial e incondicional.
5. Por causa da sua
oportunidade: “Para que todo aquele que nele crê”
Essa
dádiva é oferecida a todos nós, mas é recebido somente pela fé.
- Não é para os
mais religiosos.
- Não é para os que
acumulam boas obras.
- Não é para os que
fazem penitências ou sacrifícios.
A
Palavra é clara: é para todo aquele que nEle crê.
- Não é crer em
Jesus e em mais alguém.
- Não é crer em Jesus
e na igreja.
- Não é crer em
Jesus e em líderes religiosos.
- É crer unicamente
em Jesus Cristo, porque Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ele é o único
mediador entre Deus e o ser humano. Ele é o único e suficiente Salvador.
Ele é o único Senhor. Ele é o único Deus verdadeiro.
6. Por causa do seu
livramento: “Para que não pereça”
Deus
nos alerta sobre um perigo real: perecer eternamente. Isso não se refere apenas
à morte física, nem à extinção da existência, mas à separação eterna de Deus.
- Sem Cristo, o
destino é a perdição eterna.
- Com Cristo, há
livramento, redenção e salvação.
Cristo
morreu na cruz para que todo aquele que n’Ele crê não pereça.
7. Por causa do seu resultado
glorioso: “tenha a vida eterna”
Vida
eterna não é apenas existir para sempre. É uma qualidade superior de vida —
plena, santa, alegre e perfeita.
- É o tempo em que
Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima.
- É o tempo em que não
haverá mais dor, nem luta, nem tristeza.
- É o tempo em que não
haverá despedidas, velhice, tropeços ou morte.
Quem
recebe essa dádiva atravessa os umbrais da morte já possuindo a vida eterna —
para sempre.
O
Natal, portanto, é muito mais do que uma data no calendário: é a celebração do
amor de Deus pela humanidade; é a lembrança de que, mesmo em meio às
dificuldades, há esperança. Mesmo em tempos de incerteza, há luz.
Os
presentes materiais são importantes e trazem alegria, e enobrece os laços
familiares e sociais, mas com o tempo se desgastam e perdem o valor. Porém, o
presente que Deus nos deu em Jesus Cristo, permanece para sempre.
Que
neste Natal possamos refletir sobre esse amor, valorizar as pessoas, cultivar a
paz, a solidariedade e a esperança, e celebrar a mais valiosa dádiva de todos
os tempos: Jesus Cristo.
- Ele é a Luz do
mundo.
- Ele é o Pão da
vida.
- Ele é o Caminho,
a Verdade e a Vida, e ninguém vai ao Pai senão por Ele (João 14:6).
Feliz
Natal!
Luciano de Paula
Lourenço

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