sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Aula 08 - EXORTAÇÃO À SANTIFICAÇÃO

Leitura Bíblica:2Co 6:14-18; 7:1,8-10
21 DE FEVEREIRO DE 2010

"Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2 Co 7.1).
INTRODUÇÃO
Santidade não é sinônimo de isolamento ou reclusão, e nem o hábito de seguir determinados costumes ou colocar determinadas roupas. Biblicamente falando, é o ato pelo qual nos separamos das coisas deste mundo para viver para Deus neste mundo. A santificação é parte integrante da vida cristã, e o cristão que não deseja a santificação está perdendo o temor a Deus. Como Deus deseja também nos auxiliar no processo de santificação, Ele nos dá o seu Santo Espírito para habitar em nós e nos orientar nesta separação do mundo, ou seja, separação do pecado, não dos pecadores. A vida cristã somente pode progredir e se desenvolver se houver separação do pecado, o que deve ser perseguido até o dia do arrebatamento da Igreja. A salvação é um contínuo processo que, iniciando-se na regeneração, fruto do arrependimento e da conversão, prossegue, após a justificação, mediante a santificação, até o seu instante final, que é a glorificação.
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Todo crente compromissado com o Senhor deseja viver em santidade. A Bíblia Sagrada deixa claro que ser santo é uma exigência de Deus para aqueles que querem servi-lo. Todavia, em que pese o Senhor ter dito “santo sereis”, a Palavra de Deus nos ensina que Ele respeita a vontade do homem e não viola sua liberdade, ou seu livre arbítrio. Obedecer ou não obedecer é uma decisão do homem. Ninguém será santo à força; isto não agrada a Deus. Paulo amava os coríntios, por isso, os advertiu a viver uma vida de santidade na presença de Deus.
Algumas Razões pelas quais devemos ser santos.
Devemos ser santos porque somos filhos de Deus - “Amados, agora somos filhos de Deus...”(1João 3:2). Quando um filho ama seu pai ele se orgulha quando alguém diz que ele se parece com o pai. O mesmo sentimento compartilha o pai quando alguém diz que seu filho é a “sua cara”. Contudo, não havendo amor essa mesma declaração aborrece tanto o filho como o pai.
Devemos ser santos porque queremos fazer a vontade do Pai - “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação...”(1Tes 4:3). Todo bom filho sente prazer e se esforça para fazer a vontade de seu pai. Todo pai fica feliz quando seu filho procura ser-lhe agradável. A Bíblia diz que Deus quer que seus filhos sejam santos.
Devemos ser santos porque queremos ser morada de Deus e um Templo para o seu Espírito -“Jesus respondeu, e disse-lhe: se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada”(João 14:23); “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós...”(1Co 6:9). A Bíblia diz que Deus é Santo, na sua essência, ou seja, é absolutamente santo. Nós com todas nossas impurezas não sentimos bem habitando, ou convivendo num lugar sujo, imundo. Quanto mais, Deus. Daí, se eu quero que ele habite em mim, então, preciso não apenas estar limpo, preciso estar purificado.
Devemos ser santos porque queremos ser um vaso nas mãos de Deus - Santificação significa ser separado para uso de Deus. Daí, qualquer que desejar ser um vaso nas mãos de Deus, tem que ser um vaso separado para seu uso. Isto significa ser santo. Esta é a condição exigida pela Palavra de Deus, conforme escreveu Paulo: “Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purifica destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra”(2Tm 2:20-21).
Devemos ser santos porque somos peregrinos a caminho da Canaã Celestial - “...Andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação”(1Pedro 1:17). Os que não conhecem a Bíblia pensam que para ser santo é preciso estar morando no céu. Pensam que é lá que vivem os santos. Porém, pela Palavra de Deus sabemos que Deus exigiu que Israel fosse santo durante a peregrinação através do deserto. Foi lá no Monte Sinai que Deus disse: “...Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo”(Lv 19:2). Naquele deserto, Israel teria que andar com Deus. Porém, o Profeta Amós, pergunta: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”(Amós 3:3). Deus é Santo. Só existe uma maneira de poder andar com ele: sendo Santo.
Finalmente, devemos ser santos porque queremos morar no céu - “Senhor, quem habitarás no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? (Salmo 15:1). O Senhor Deus diz : “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá”(Salmo 101:6). Somente os santos é que podem ser fiéis. Só os santos morarão no céu.
I. PAULO APELA À RECONCILIAÇÃO E COMUNHÃO (6.11-13)
1. Paulo apela ao sentimento fraterno dos coríntios (6:11). “Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado”.
O apóstolo Paulo roga encarecidamente aos coríntios que abram seu coração para ele. Paulo lhes falou abertamente do seu amor por eles. Uma vez que a boca fala do que está cheio o coração, os lábios de Paulo expressaram o que havia em seu coração repleto de afeição por esses irmãos. Esse é o sentido geral do versículo, como indica a expressão o nosso coração está dilatado. Seu coração estava pronto para recebê-los em amor.
2. Paulo dá exemplo de reconciliação. No versículo 11 Paulo mostra seu desejo de reatar os laços estreitos que havia entre ele e os crentes de Corinto. A influência negativa dos falsos apóstolos havia abalado o relacionamento daqueles crentes com seu pai espiritual, mas apesar de todos os problemas e tristezas que a igreja lhe havia causado, Paulo ainda amava profundamente os cristãos do Corinto, e esperava que esse amor fosse correspondido. Se havia limites na afeição entre Paulo e os coríntios, eram da parte deles, e não do apóstolo(ver 6:12). Talvez esses limites se refletissem na hesitação dos coríntios em recebê-lo em seu meio, mas o amor de Paulo por eles era ilimitado. Ele declara que o seu coração tem sido alargado para amar a todos os crentes e que ele e seus companheiros não têm limites nem restrições para amar a todos.
3. Paulo demonstra seu afeto e espera ser correspondido (6:13). “Ora, em recompensa disso (falo como a filhos), dilatai-vos também vós”.
Paulo, como pai espiritual dos coríntios dá-lhes seu amor e deseja receber amor de seus filhos. Ele os amava como se fossem seus filhos. Devem, portanto, amá-lo como seu pai na fé. Aqueles que recebem amor devem retribuir amor. Os coríntios precisavam se livrar de todos os pensamentos negativos que tinham contra Paulo, e encher seus corações com amor para com ele. Somente Deus pode gerar esse amor, mas os corintios deveriam permitir a operação divina em sua vida.
II. PAULO EXORTA OS CORÍNTIOS A UMA VIDA SANTIFICADA (6.14-7.1)
Essa seção de 2Corintios é uma das passagens chave das Escrituras que trata da separação. Instrui os cristãos claramente a manter-se separados dos incrédulos, da iniqüidade, das trevas, do maligno e dos ídolos.
1. Uma abrupta interrupção de exortação (6:14-18). Conquanto não seja óbvia a conexão que deveria existir entre o assunto anterior(apelo à reconciliação e a comunhão com os corintios) e o seguinte(separação), todavia o versículo 14 é ligado ao versículo 13 pelo seguinte raciocínio: Paulo pediu aos cristãos que tivessem abertura em suas afeições para com ele. Agora, ele explica que uma das maneiras de eles atenderem a esse pedido é pela separação de toda forma de pecado e iniqüidade. Sem dúvida, o apóstolo estava pensando, em parte, nos falsos mestres que haviam invadido a igreja de Corinto.
2. O perigo que ameaça a fé: o jugo desigual. ” Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”(6:14).
A expressão “jugo desigual” contém a idéia de alguém estar num jugo desnivelado. O pano de fundo aqui é a proibição de pôr animais de natureza diferente sob o mesmo jugo. Havia uma proibição de “lavrar com junta de boi e jumento”(Dt 22:10) e também de fazer cruzamento de animais de diferentes espécies(Lv 19:19). A idéia que Paulo está transmitindo é que existem certas coisas que são essencialmente distintas e fundamentalmente incompatíveis, que jamais podem ser naturalmente unidas. Assim como água e óleo não se misturam, a comunhão dos santos com os infiéis equivale a um jugo desigual.
Aprofundar a comunhão com pessoas descompromissadas com o Evangelho de Jesus Cristo é abrir brechas para Satanás. A associação entre o cristão e o incrédulo deve ser o mínimo necessário à conveniência social ou econômica. Leia e medite no Salmo 1. O crente, portanto, não deve ter comunhão ou amizade íntima com incrédulos, porque tais relacionamentos corrompem sua comunhão com Cristo.
Um crente não deve pôr-se debaixo do mesmo jugo com um incrédulo em,pelo menos, duas áreas: vida conjugal e participação em práticas cultuais pagãs.
Quanto à vida conjugal – O casamento entre um crente e um incrédulo está em desacordo com a Palavra de Deus(1Co 7:39). Esse princípio foi reprisado inúmeras vezes para o povo de Israel e repetidas vezes desobedecido(Ne 9:2; 10:28; 13:1-9,23-31). No caso de um crente já estar casado com um incrédulo, essa passagem não autoriza separação ou divórcio(1Co 7:12-16).
Quanto às práticas cultuais pagãs. O contexto prova que o propósito de Paulo nesse texto é proibir os crentes de unirem com os incrédulos no culto pagão(1Co 10:14-22). Paulo ataca com vigor a tese da união entre todas as religiões. Ele resiste fortemente ao ecumenismo universalista. O pensamento de que toda religião é boa e todo caminho leva a Deus está em completo descompasso com a Escritura. Não há comunhão verdadeira fora da verdade. No versículo 16 ele declara que não há consenso entre Deus e os ídolos, pois se cada crente é templo do Deus vivo, não pode haver em seu interior imundícias que profanem a vida cristã. Assim, devemos abster-nos de todo tipo de relacionamento que nos leve a transigir nossa fé ante o paganismo.
3. O correto relacionamento do cristão com os não-crentes. Na vida cristã há relacionamentos que precisamos cultivar e outros que precisamos abandonar. Quando Paulo exorta os crentes de Corinto a não se colocar sob um jugo desigual com o incrédulo não é um incentivo à discriminação social. Não se prende nenhuma exclusividade farisaica. Paulo mesmo foi sensível à cultura da época, mas não à custa da integridade da fé cristã e dos seus padrões morais(ler 1Co 9:19-23). Bem disse o pr. Elienai Cabral: Numa sociedade, as circunstâncias levam-nos a comunicar-nos com os mais variados tipos de pessoas. Todavia, não devemos praticar, jamais, as obras dos ímpios e inimigos da fé. Pois as ações do crente devem influenciar as pessoas de fora, não o contrário.
O comportamento do crente deve evitar toda a aparência do mal - “Abstende-vos de toda aparência do mal” (1Tessalonicenses 5:22). “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus” (Ef 5:15,16).
O crente tem um dever de viver uma vida digna perante os demais - “Vivei, acima de tudo, por modo digno do Evangelho de Cristo” (Fp 1.27).
A conduta do crente deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi lapidada pelo poder do Espírito Santo. Há uma grande necessidade de mantermos uma conduta exemplar. Para tanto, é mister grande empenho para atingir tal objetivo. Somos exortados, pela Palavra de Deus, como deve ser a nossa conduta “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2.15).
Tudo o que nos distanciar do mal e nos aproximar de Deus, deve ser feito pelo salvo. Tudo aquilo que não contribui em coisa alguma para nossa aproximação com Deus deve ser evitado. Portanto, quando formos meditar sobre esta ou aquela conduta, lembremo-nos que o que está em jogo é o nosso relacionamento com Deus e que Deus quer que nós nos santifiquemos.
III. PAULO REGOZIJA-SE COM AS NOTÍCIAS DA IGREJA DE CORINTO (7.2-16)
1. Paulo reitera seu amor para com os coríntios (7:2-4). “ Recebei-nos em vossos corações; a ninguém tratamos com injustiça, a ninguém corrompemos, de ninguém buscamos o nosso proveito. Não digo isso para vossa condenação; pois já, antes, tinha dito que estais em nossos corações para juntamente morrer e viver. Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação e transbordante de gozo em todas as nossas tribulações”.
Depois de desviar o assunto em 6:14-7:1, Paulo volta seu relacionamento pessoal com a Igreja de Corinto. Ele já havia escancarado as comportas do seu coração para expressar seu profundo amor pela igreja(6:11,12). Ele também já havia rogado a retribuição de seu amor(6:13). Agora, ele,mais uma vez, pede hospedagem no coração dos crentes e elenca algumas razões pelas quais solicita o acolhimento:
Em primeiro lugar, Paulo não tratou ninguém com injustiça(7:2). Paulo não foi um mercenário, mas um pastor. Ele esteve em Corinto não para explorar o rebanho de Deus, mas para apascentar as ovelhas de Cristo. Seu propósito não era explorar os crentes, mas servi-los. Por isso, os crentes de Corinto não tinha motivos para não acolhê-lo em seu coração. Hoje, vemos muitos líderes inescrupulosos se abastecendo das ovelhas, em vez de pastoreá-las.
Em segundo lugar, Paulo não corrompeu ninguém(7:2). Paulo não causou mal algum à igreja. Seu exemplo e ensino não corromperam ninguém nem incentivaram o comportamento imoral. Hoje, há muitos escândalos que provocam verdadeiros terremotos morais na igreja. Há líderes que em vez de guiar o povo de Deus pelas sendas da verdade, desvia-os pelos atalhos da heterodoxia e do descalabro moral.
Em terceiro lugar, de ninguém buscou proveito para si(7:2). Paulo a ninguém explorou com o objetivo de obter lucro financeiro. Ele não cobiçou de ninguém nem prata nem ouro. Ele trabalhou com suas próprias mãos para se sustentar e ainda ajudar os necessitados(2Co 11:8). Ele não estava atrás do dinheiro do povo, mas velava por suas almas.
Em quarto lugar, Paulo sempre manteve uma lealdade sincera – “ Não digo isso para vossa condenação; pois já, antes, tinha dito que estais em nossos corações para juntamente morrer e viver”(7:3). A comunhão entre os verdadeiros cristãos é tão sólida, tão profunda e tão duradoura que nem mesmo a morte pode encerrá-la. Somos um aqui e seremos um por toda a eternidade(João 17:24).
Em quinto lugar, Paulo sempre acreditou na lealdade dos irmãos(7:4). “ Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação e transbordante de gozo em todas as nossas tribulações”.
A despeito do ataque desferido contra a integridade do apóstolo pelo ofensor(7:12), Paulo ainda cria fortemente na lealdade básica dos corintios para com ele. Talvez o aspecto específico da vida cristã dos coríntios que Paulo considerava louvável fosse sua disposição de ajudar os irmãos pobres de Jerusalém pela coleta de uma oferta. Também, outro fator que estimulou Paulo a confiar na lealdade dos coríntios foi as boas noticias que obteve da igreja através de Tito, seu companheiro – estou cheio de consolação e transbordante de gozo em todas as nossas tribulações.
2. Paulo alegra-se com as notícias trazidas por Tito (7:5-7). Paulo retoma o assunto deixado na capítulo 2:13. Ele saiu de Éfeso e viajou para Trôade à procura de seu companheiro Tito. Uma vez que não o encontrou lá, dirigiu-se à Macedônia. No versículo 5, o apóstolo explica que nem mesmo sua chegada à Macedônia lhe deu alívio esperado. Ele continuou preocupado e foi perseguido e atribulado. Por fora, o inimigo o atacava impiedosamente, e, por dentro, havia temores e ansiedade sem dúvida relacionados ao fato de ele ainda não ter feito contato com Tito. Então, Deus interveio e consolou Paulo com a chegada de Tito. A chegada de Tito com notícias alvissareiras foi um bálsamo para o apóstolo. O próprio Deus, Pai de toda consolação(1:3), consolou-o com a chegada de Tito(7:6).
Mas não foi somente o reencontro com seu amigo que alegrou tanto o coração de Paulo. O apóstolo também se regozijou ao ficar sabendo como Tito havia sido confortado pela reação dos corintios à carta paulina.
Tito deu a boa notícia de que os corintios ansiavam por ver Paulo, mesmo depois do empenho dos falsos mestres em afastá-los do apóstolo. Além de estarem com saudade de Paulo, os irmãos de Corinto também se mostraram entristecidos. Sua tristeza talvez se devesse ao fato de terem tolerado o pecado no meio da congregação ou à angústia e ansiedade que haviam causado ao apóstolo. Além do pranto, Tito menciona também a verdadeira consideração e zelo dos coríntios por Paulo, isto é, seu desejo sincero de agradá-lo.
Assim, a alegria de Paulo foi tripla: ele ficou feliz com a resposta positiva da igreja à sua carta; ficou feliz pela maneira fidalga com que a igreja tratou Tito; e ficou feliz pela expressão eloquente da saudade, do pranto e do zelo da igreja por ele(7:7).
Deus nunca abandona seu próprio povo, mas, no tempo certo, Ele lhes manda livramento. Seus olhos estão nos seus filhos que passam por sofrimentos, tanto físicos como mentais, por amor do seu reino. Ele ouve as orações deles e responde às suas necessidades, quando estão abandonados e humilhados.
3. A tristeza segundo Deus (7:8-16). Paulo está feliz porque os coríntios estão tristes(7:9). Só que essa tristeza é a tristeza do arrependimento, a tristeza que produz vida. Ao reprovar as atitudes erradas dos coríntios, produziu arrependimento e bem-estar em todos eles.
Paulo fala sobre dois tipos de tristeza: a tristeza piedosa – a tristeza segundo Deus - e a tristeza do mundo. Uma conduz à vida; a outra desemboca na morte.
A tristeza segundo Deus. É aquela que a pessoa sente depois de cometer um pecado e que produz arrependimento. É a tristeza que leva o homem a abominar o pecado, e não apenas as conseqüências dele. A tristeza pelo pecado produz arrependimento verdadeiro, e o arrependimento atinge três áreas vitais da vida: razão(é abandonar conceitos e valores errados e adotar os princípios e valores de Deus), emoção(é sentir tristeza pelo erro, e não apenas pelas consequencias dele. É sentir nojo do pecado) e vontade(é dar meia-volta e seguir um novo caminho. É voltar-se para Deus.).
Exemplos ver alguns casos de tristeza “segundo Deus” na Bíblia: DAVI(2Sm 12:13; Sl 51); PEDRO(Mc 14:72) e o FILHO PRÓDIGO(Lc 15:17-24).
A tristeza do mundo. É o sentimento daquela pessoa que está triste não porque roubou, mas porque foi flagrada e apanhada no ato do roubo. Não é arrependimento verdadeiro, mas apenas remorso. Produz amargura, resistência, desespero e, por fim, morte. Exemplos: o de ESAÚ(Hb 12:15-17) e JUDAS ISCARIOTES(Mt 27:3-5).
CONCLUSÃO
“Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós”(7:16). Com este versículo, conclui-se o capítulo sete e a primeira seção de 2Corintios – a defesa do Ministério de Paulo. Apesar do estremecido relacionamento entre Paulo e a igreja de Corinto, o amor, a fé e a paciência dedicados ao discipulado dessa igreja, embora não fisicamente presente, contribuíram sobremaneira para que houvesse a restauração plena da comunhão entre ambos. A batalha contra os falsos apóstolos, que queriam denegrir o ministério do servo de Deus, o apóstolo Paulo, foi vencida. Paulo agora estava consolado, porque os crentes de Corinto apresentava um comportamento esperado. Agora, eles haviam recebido o apóstolo Paulo como a sua autoridade representativa. Diante disso, Paulo, então, fecha o círculo dessa consolação restauradora, dizendo:” Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós”.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no site: www.adbelavista.com.br, e no Blog: http://luloure.blogspot.com/
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. Bíblia de estudo DAKE. O novo dicionário da Bíblia. Revista o Ensinador Cristão. Guia do leitor da bíblia – 2Corintios. 2Corintios – Rev. Hernandes Dias Lopes. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdnald. II Corintios – Colin Kruse.

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