domingo, 24 de agosto de 2025

UMA IGREJA QUE SE ARRISCA

         3º Trimestre de 2025

SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 09

Texto Base: Atos 6:8-15; 7:54-60.

Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus” (Atos 7:55).

Atos 6:

8.E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.

9.E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.

10.E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.

11.Então, subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.

12.E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo com ele, o arrebataram e o levaram ao conselho.

13.Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;

14.porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.

15.Então, todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.

Atos 7

54. E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra ele.

55.Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus,

56.e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus.

57.Mas eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.

58.E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.

59.E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.

60.E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos sobre a vida e o testemunho de Estêvão, um homem cheio de fé, sabedoria e do Espírito Santo, escolhido para servir na diaconia da igreja de Jerusalém (Atos 6:1-7). Estêvão se destacou não apenas pelo serviço, mas também por sua ousadia na defesa da fé e na proclamação do Evangelho. Mesmo diante de intensa oposição, falsas acusações e da ameaça de morte, permaneceu firme, priorizando a verdade e honrando a Cristo até o fim. Sua história nos mostra que viver o Evangelho, com fidelidade e compromisso, envolve riscos — inclusive o risco de enfrentar perseguição, rejeição e até o martírio. Contudo, assim como Estêvão contemplou a glória de Deus em meio à adversidade, a igreja é chamada a confiar, depender do Espírito Santo e perseverar na missão, sabendo que, acima de tudo, Deus sustenta e recompensa os que lhe são fiéis. 

I. ESTÊVÃO E A IGREJA QUE TEM SUA FÉ CONTESTADA

Neste tópico I, aprenderemos lições profundas e extremamente relevantes para a Igreja contemporânea, baseadas na trajetória de Estêvão. A estrutura em três itens nos oferece um panorama claro de como a fé autêntica, vivida com poder e fidelidade, inevitavelmente será colocada à prova.

1. Aprendendo com Estevão

A vida e o ministério de Estêvão nos ensinam lições profundas e atuais sobre a fé cristã. Em Atos 6 e 7, vemos que a fé verdadeira não é isenta de questionamentos, oposição e até hostilidade. Estêvão era um homem cheio do Espírito Santo, sabedoria, fé e conhecimento das Escrituras — qualidades indispensáveis para quem deseja viver e testemunhar a fé de forma autêntica.

Sua experiência revela que todo cristão deve estar preparado não apenas para viver o Evangelho, mas também para defendê-lo com clareza, convicção e amor. Defender a fé, no contexto bíblico, não é opcional, mas uma responsabilidade espiritual. Como disse o apóstolo Pedro: “Estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1Pd.3:15).

Contudo, a defesa da fé não se limita ao uso de argumentos; ela exige uma vida coerente, cheia do Espírito e disposta a enfrentar consequências. Estêvão não apenas argumentou; ele permaneceu firme, mesmo diante da perseguição e do martírio. Sua coragem nos ensina que a fidelidade a Cristo deve estar acima de qualquer medo, interesse pessoal ou preservação própria. A Igreja e cada cristão precisam compreender que, em muitos contextos, ser fiel ao Evangelho significa estar disposto a enfrentar rejeição, oposição, perseguição e, se necessário, até a morte.

Estêvão é, portanto, um modelo de alguém que não apenas conhecia a verdade, mas estava disposto a morrer por ela.

O que aprendemos neste item 1?

Aprendemos que Estêvão é um exemplo completo de um cristão cheio do Espírito Santo, preparado para defender a fé com sabedoria, mansidão e firmeza. Ele nos ensina que:

  • A fé cristã deve ser inteligente e fundamentada nas Escrituras;
  • Defender a verdade não é uma opção, mas uma responsabilidade espiritual (1Pd.3:15);
  • A fidelidade ao Evangelho pode custar conforto, aceitação e até a própria vida, mas o cristão deve permanecer íntegro diante de Deus.

📌Aplicação prática: Devemos investir em conhecimento bíblico e espiritual para sermos crentes maduros, prontos a defender a fé com equilíbrio entre sabedoria, amor e coragem.

2. A fé sob ataque

  E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão” (Atos 6:9).

A trajetória de Estêvão evidencia uma verdade constante na história da Igreja: a fé cristã, quando vivida com autenticidade, inevitavelmente será alvo de oposição. Lucas relata que, enquanto realizava “grandes prodígios e sinais entre o povo” (Atos 6:8), Estêvão foi confrontado por um grupo de judeus helenistas — judeus da Diáspora, ou seja, judeus que viviam fora do território de Israel e eram profundamente influenciados pela cultura grega (Atos 6:9). Esses homens pertenciam a sinagogas compostas por estrangeiros e, sentindo-se ameaçados pela pregação de Estêvão, se levantaram contra ele.

O verbo grego “anístemi”, traduzido por “se levantaram”, é o mesmo usado na narrativa da paixão de Cristo, quando testemunhas falsas se levantaram para acusá-lo (Mc.14:57). Isso não é acidental. O ministério de Estêvão reflete o ministério do próprio Jesus, e assim como o Senhor foi caluniado, perseguido e condenado, seus seguidores fiéis também enfrentariam os mesmos desafios. O ataque não era apenas contra Estêvão, mas contra a mensagem que ele pregava — o Evangelho de Cristo.

O texto sugere que a motivação da oposição não foi apenas teológica, mas também emocional e social: inveja, resistência às mudanças e perda de influência religiosa. A pregação de Estêvão, acompanhada de sinais poderosos, estava esvaziando as sinagogas e provocando um desconforto entre os líderes religiosos. Eles perceberam que a mensagem do Evangelho não apenas desafiava suas tradições, mas também expunha sua hipocrisia e incapacidade de oferecer ao povo a verdadeira vida que só Cristo proporciona.

Essa realidade permanece atual. Sempre que a Igreja se posiciona de forma bíblica, pregando a verdade, vivendo em santidade e testemunhando com poder, o mundo, o sistema religioso corrompido e as forças espirituais das trevas se levantam para tentar calar a voz do Evangelho. A oposição à fé cristã não é acidental nem temporária, mas uma consequência natural de viver e proclamar os valores do Reino de Deus em um mundo que rejeita a luz.

Portanto, o exemplo de Estêvão nos ensina que a fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho sempre terá um custo, mas também que vale a pena permanecer firme, confiando no Senhor, mesmo sob ataque.

O que aprendemos neste item 2?

Aprendemos que, conforme o ministério de Estêvão nos mostra, a oposição à fé autêntica é inevitável, especialmente quando essa fé confronta estruturas religiosas e culturais rígidas. Como os judeus helenistas se levantaram contra ele, o mesmo ocorre com a Igreja de hoje quando se posiciona biblicamente. É válido salientar o seguinte:

  • A oposição pode vir por razões teológicas, emocionais e sociais;
  • Quando a verdade é vivida e pregada com poder, ela incomoda quem está preso a tradições vazias;
  • O cristão deve entender que a perseguição não é sinal de fracasso, mas de fidelidade ao Reino.

📌Aplicação prática: Precisamos nos preparar espiritualmente para os conflitos que surgem da nossa fidelidade a Cristo, sem recuar ou negociar os princípios do Evangelho.

3. A disputa com Estêvão

Estêvão não era apenas um homem de discurso eloquente, mas também de uma vida marcada pela graça, poder e sinais visíveis do agir de Deus (Atos 6:8). Seu testemunho combinava uma vida irrepreensível com obras incontestáveis. Sua pregação não se limitava às palavras, mas se manifestava também em ações que refletiam claramente o Reino de Deus. Ele falava ao coração, à razão e aos olhos — sua vida e seu ministério eram, ao mesmo tempo, um sermão e uma demonstração visível do poder de Deus.

Porém, como frequentemente acontece com aqueles que se posicionam fielmente pela verdade, seu ministério despertou uma reação intensa e hostil. A oposição ao ministério de Estêvão se desenrolou em três estágios bem definidos:

a) Discussão (Atos 6:9,10). Os judeus helenistas tentaram confrontar Estêvão em debates públicos. No entanto, “não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (v.10). A palavra grega traduzida como “disputavam” sugere mais do que um simples debate; indica uma tentativa organizada de desconstruir seus argumentos, impor uma narrativa religiosa tradicional e, sobretudo, silenciar a mensagem do Evangelho. Isso mostra que, quando a verdade confronta estruturas religiosas estabelecidas, gera desconforto e resistência.

b) Difamação (Atos 6:11,12a). Não conseguindo vencê-lo pela razão nem pelos argumentos, recorreram à mentira e à difamação. Subornaram homens para acusá-lo falsamente de blasfêmia contra Moisés e contra Deus. Assim como fizeram com Jesus (Mc 14:57-58), montaram um tribunal de falsas testemunhas para descreditar não só Estêvão, mas também a mensagem que ele representava.

c) Condenação (Atos 6:12b–7:60). A difamação levou à prisão, e a prisão levou à condenação. Estêvão foi levado ao Sinédrio, o tribunal religioso máximo dos judeus. Ali, fez uma das defesas mais extraordinárias registradas na Bíblia, recapitulando a história de Israel e mostrando como, desde os patriarcas, o povo resistia constantemente à vontade de Deus. Seu discurso foi tão contundente que, incapazes de suportar a verdade, “rangiam os dentes contra ele” (Atos 7:54), e, movidos pela ira, o apedrejaram até a morte.

O texto deixa claro que não era um simples embate de ideias ou doutrinas. Era um conflito espiritual profundo entre a luz e as trevas, entre o Reino de Deus e os sistemas religiosos endurecidos. A hostilidade contra Estêvão não surgiu porque ele fazia algo errado, mas exatamente porque fazia o que era certo, e com poder, autoridade e sabedoria vindos do Espírito Santo.

Essa sequência — discussão, difamação e condenação — reflete uma realidade que ainda hoje se repete. Sempre que a Igreja se levanta com autoridade espiritual, fidelidade bíblica e demonstração do poder de Deus, ela se torna alvo de perseguição, mentiras e tentativas de silenciamento.

Estêvão, portanto, se torna um modelo de coragem, fidelidade e resistência, ensinando-nos que defender a fé exige não apenas conhecimento, mas também firmeza, coragem e dependência total do Espírito Santo.

O que aprendemos neste item 3?

Aprendemos que a reação contra Estêvão seguiu uma escalada de oposição: debate → difamação → condenação. Isso mostra que, quando argumentos falham, os inimigos da fé partem para a mentira e a violência. Mas mesmo diante disso:

  • Estêvão resistiu com sabedoria e poder, mantendo o testemunho fiel;
  • Sua vida irrepreensível e ministério poderoso sustentavam a autoridade de sua pregação;
  • Ele se tornou uma figura profética, semelhante a Jesus, morrendo pela verdade.

📌Aplicação prática: A Igreja precisa ser cheia do Espírito e viver com coerência e autoridade espiritual, para que seu testemunho tenha impacto, mesmo em contextos hostis.

4. A falsa narrativa

“Então, subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus” (Atos 6:11).

Ao longo da história, a Igreja de Cristo sempre foi alvo de falsas narrativas, criadas com o claro propósito de desacreditar sua mensagem, enfraquecer seu testemunho e, se possível, silenciá-la. Este é um mecanismo antigo, utilizado desde os tempos bíblicos, e que continua atuante nos dias atuais.

Nos dias de Jesus, essa prática foi evidente. Ele foi acusado de ser um enganador, que seduzia o povo (João 7:12). Mesmo após sua ressurreição, os líderes religiosos, incapazes de admitir o milagre, fabricaram a mentira de que os discípulos haviam roubado o corpo (Mateus 28:13-15), uma narrativa difundida e sustentada até os dias atuais em certos círculos.

O apóstolo Paulo também sofreu com isso. Foi falsamente acusado de ser um subversivo político, de se opor aos decretos de César (Atos 17:7), além de ser tachado de pregador de “deuses estranhos” (Atos 17:18) por anunciar Jesus e a ressurreição. Isso mostra que quando a verdade do Evangelho confronta ideologias, sistemas e interesses — sejam eles religiosos, políticos ou culturais — a reação quase sempre é construir mentiras para desqualificar a mensagem e o mensageiro.

O que vemos nos tempos bíblicos se repete hoje, em proporções ainda maiores e com instrumentos mais sofisticados. Através da mídia, da cultura, da educação e das redes sociais, surgem narrativas que tentam ridicularizar, distorcer e marginalizar a fé cristã. Algumas dessas falsas narrativas afirmam que:

·         A Igreja é retrógrada, intolerante e inimiga da ciência e da liberdade.

·         A fé cristã oprime, exclui e fomenta discursos de ódio, quando, na verdade, defende princípios de vida, amor, dignidade e justiça.

·         A Bíblia é ultrapassada, machista e colonialista — uma visão distorcida que ignora seu papel civilizador, libertador e transformador de sociedades.

·         Milagres e experiências espirituais são fruto de manipulação, charlatanismo ou ignorância.

Esses são apenas alguns exemplos de falsas narrativas modernas, construídas intencionalmente para desacreditar os valores cristãos e esvaziar a influência da Igreja na sociedade.

O que aprendemos, tanto com Jesus, quanto com Estêvão e Paulo, é que a Igreja não pode se calar nem ceder diante das mentiras. Pelo contrário, deve permanecer firme, defendendo a verdade com sabedoria, mansidão, amor e poder, como ensina o apóstolo Pedro: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pd.3:15).

Portanto, o combate às falsas narrativas não se faz com agressividade, mas com verdade, testemunho fiel, coerência de vida e dependência total do Espírito Santo. A verdade, mesmo atacada, jamais será destruída. E assim como Deus sustentou Estêvão, Jesus e os apóstolos, Ele continuará sustentando a sua Igreja até o fim.

O que aprendemos neste item 4?

Este item nos alerta para uma estratégia antiga usada contra os servos de Deus: a distorção dos fatos para desacreditar a mensagem e o mensageiro. Foi exatamente isso que fizeram com Estêvão. Incapazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava (Atos 6:10), seus opositores recrutaram falsas testemunhas e criaram uma narrativa mentirosa, acusando-o de blasfêmia contra Moisés e contra Deus (Atos 6:11-14). Isto nos ensina que:

  • A verdade incomoda aqueles que vivem na mentira e na religiosidade sem vida;
  • Quando não se consegue vencer pelo debate honesto, lança-se mão da difamação;
  • A mentira organizada é uma arma poderosa contra os justos — mas ela não prevalece diante de Deus;
  • O Espírito Santo continua a ser o defensor da verdade e consolador do servo fiel (João 15:26; Atos 7:55).

📌Aplicação prática: A Igreja de hoje deve estar atenta e preparada para enfrentar falsas acusações. Precisamos manter nossa integridade e confiança no Senhor, sabendo que Ele é quem justifica os Seus. Mesmo quando formos mal interpretados ou caluniados, o nosso testemunho deve continuar sendo fiel, pacífico e cheio do Espírito.

Resumo Didático do que aprendemos no tópico I:

O exemplo de Estêvão nos ensina que:

  • Viver a fé verdadeira exigirá coragem, preparo e resistência.
  • A oposição é natural quando a Igreja está em plena comunhão com o Espírito Santo.
  • Precisamos estar preparados para defender a verdade, não com violência, mas com sabedoria, mansidão e poder.
  • Além da oposição, aprendemos que o avanço do Reino de Deus provoca reações intensas, inclusive por meio de mentiras construídas contra os que andam em santidade e poder. Mas a fidelidade, mesmo diante das falsas narrativas, glorifica a Deus e prepara o caminho para a expansão da Igreja.
  • A fidelidade a Cristo pode custar muito, mas vale a pena até o fim.

👉Mensagem central: Em um mundo que contesta a fé, precisamos de cristãos como Estêvão — cheios do Espírito, corajosos, bíblicos e irrepreensíveis.

II. ESTÊVÃO E A IGREJA QUE DEFENDE SUA FÉ

Este segundo tópico nos oferece uma profunda lição sobre o papel da Igreja como defensora da fé, ilustrado na figura de Estêvão, primeiro mártir cristão. Aprenderemos que defender a fé é mais do que argumentar: é proclamar a verdade com coragem, clareza e fidelidade a Cristo, mesmo diante da oposição.

1. Deus na história do seu povo

O discurso de Estêvão, registrado em Atos 7, não foi apenas uma defesa contra acusações infundadas, mas uma exposição teológica profunda, centrada na soberania de Deus e no cumprimento de seu plano redentivo. Estêvão demonstra ter um domínio notável das Escrituras e da história de Israel, interpretando os eventos do passado à luz da revelação de Cristo.

Ao revisitar a trajetória de Abraão, José, Moisés, e os profetas, Estêvão evidencia que Deus sempre conduziu seu povo, mesmo quando este resistiu ou rejeitou seus enviados. Assim, seu discurso não é apenas uma narrativa histórica, mas uma denúncia da constante resistência de Israel ao propósito divino, que culminou no ápice da rejeição: a crucificação do Messias, Jesus.

A defesa de Estêvão revela algo fundamental para a Igreja de todos os tempos: não existe verdadeira apologética cristã que não esteja fundamentada nas Escrituras e não aponte diretamente para Cristo. O objetivo não era apenas ganhar um debate ou se livrar das acusações, mas proclamar que toda a história da salvação converge em Jesus, o verdadeiro cumprimento das promessas feitas a Israel.

Estêvão também nos ensina que o conhecimento bíblico não é apenas acadêmico ou intelectual, mas essencialmente espiritual e missional. Ele compreendeu que os ataques que sofria não eram apenas pessoais, mas parte de uma resistência histórica ao próprio Deus e à sua obra redentora.

Portanto, a defesa da fé não deve ser um exercício de vaidade intelectual, mas um compromisso de exaltar a Cristo e demonstrar, por meio da Palavra, que Deus continua soberano, conduzindo a história em direção ao cumprimento dos seus propósitos eternos. Estêvão, cheio do Espírito Santo, mostra que uma fé bem fundamentada nas Escrituras é capaz de enfrentar qualquer oposição — e até a morte, se necessário — sem perder a convicção e a esperança.

O que aprendemos neste item 1?

Aprendemos que toda a história de Israel só pode ser compreendida corretamente à luz da revelação de Jesus Cristo. O discurso de Estêvão (Atos 7) não é uma simples resposta legal ou teológica, mas uma pregação que insere a cruz de Cristo no centro da história da redenção. Isto nos ensina que:

  • A defesa da fé cristã (apologética) deve estar firmemente alicerçada nas Escrituras e não em argumentos humanos;
  • Cristo é o centro da história bíblica, e todas as promessas feitas a Israel convergem n’Ele;
  • O conhecimento bíblico é espiritual e transformador, e seu objetivo é conduzir as pessoas ao arrependimento e à fé;
  • A Igreja é chamada a proclamar a soberania de Deus na história, mesmo quando isso confronta tradições religiosas ou estruturas de poder.

2. Corações endurecidos

Ao concluir sua defesa, Estêvão confronta diretamente seus acusadores com uma dura, porém necessária, denúncia:

Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis (Atos 7:51).

Aqui, ele expõe a contínua rebeldia de Israel contra Deus, alinhando seus ouvintes com a mesma teimosa resistência demonstrada pelos antepassados ao longo da história.

O termo “dura cerviz” remete a uma expressão frequentemente usada no Antigo Testamento (Êx.32:9; Dt.9:6,13) para descrever um povo teimoso, obstinado e inflexível, como um animal que recusa dobrar a nuca ao jugo. Já o termo “incircuncisos de coração e ouvidos” revela que, embora praticassem rituais externos, seus corações permaneciam impuros, surdos e insensíveis à voz de Deus — uma acusação grave que, nas palavras de John Stott, equivalia a chamá-los de “pagãos de coração”, totalmente alheios à verdadeira aliança.

Estêvão então os responsabiliza por três pecados gravíssimos:

a)   Resistirem continuamente ao Espírito Santo, rejeitando seus apelos e endurecendo seus corações (Atos 7:51).

b)   Perseguirem os profetas, seguindo o padrão dos seus antepassados, que mataram aqueles que anunciaram a vinda do Messias, o “Justo” (Atos 7:52).

c)   Violarem a própria Lei, que receberam por ministério de anjos, mas que nunca verdadeiramente obedeceram (Atos 7:53).

Hernandes Dias Lopes, citando William Barclay, observa que, diferentemente de Pedro, que atribuiu certa ignorância ao povo no momento da crucificação (Atos 3:17), Estêvão não ameniza a gravidade da culpa dos seus ouvintes. A resistência deles não era fruto de ignorância, mas de rebelião deliberada e consciente contra Deus, sua Lei e seu Espírito.

Portanto, Estêvão deixa claro que o maior problema não era a falta de conhecimento, mas a dureza de coração — uma disposição obstinada em rejeitar tanto a revelação passada quanto a plena revelação de Deus em Cristo.

O que aprendemos neste item 2?

Ao final do seu discurso, Estêvão faz um diagnóstico espiritual duro e direto: o problema central de seus ouvintes era o coração endurecido. Apesar de conhecerem a Lei e os profetas, eles resistiam ao Espírito Santo e rejeitavam a verdade revelada em Cristo. Isto nos ensina que:

  • A religião sem conversão de coração se torna resistência ativa contra Deus;
  • A rejeição da verdade não é sempre fruto da ignorância, mas muitas vezes de rebeldia consciente;
  • Estêvão identifica três pecados graves do povo: resistir ao Espírito Santo, perseguir os profetas e violar a Lei — um padrão repetido na história de Israel;
  • O maior obstáculo ao evangelho não está na mente, mas no coração humano endurecido, que rejeita a ação do Espírito Santo.

Síntese do aprendizado do Tópico II:

A Igreja, ao defender sua fé, precisa mais do que argumentos bem elaborados; precisa de homens e mulheres cheios do Espírito Santo, profundamente enraizados nas Escrituras, e dispostos a proclamar com firmeza e amor que toda a história da salvação aponta para Cristo. Estêvão nos ensina que essa defesa é espiritual, corajosa e sempre confrontará os corações endurecidos — mas também será uma poderosa proclamação do evangelho, mesmo sob ameaça de morte.

III. ESTÊVÃO, O PROTOMÁRTIR DO CRISTIANIMSO

Neste tópico III, aprenderemos lições profundas e inspiradoras para a vida cristã prática e piedosa, extraídas da trajetória e do martírio do primeiro crente a morrer por causa da fé em Jesus. Através dos três itens a seguir, somos convidados a refletir sobre o testemunho, o caráter e a postura de Estêvão diante da oposição, do sofrimento e da morte.

1. Contemplando a vitória da cruz

“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus “ (Atos 7:55,56).

Estêvão, cheio do Espírito Santo, confrontou com firmeza os líderes que haviam rejeitado e crucificado Jesus. Diante da verdade, seus acusadores, em vez de se arrependerem, reagiram com ira, cerrando os dentes e cometendo mais um crime (Atos 7:57). Sua morte não foi um julgamento formal, mas um linchamento movido por uma fúria cega e descontrolada, já que o Sinédrio não possuía autoridade legal para aplicar a pena de morte.

Em Atos 7:54-60, contemplamos os últimos momentos de Estêvão, marcados por quatro atitudes memoráveis:

·         Seu último olhar foi para o céu, onde viu a glória de Deus e Jesus em pé à direita do Pai (Atos 7:55);

·         Seu último testemunho foi proclamar essa visão gloriosa diante de seus algozes (Atos 7:56);

·         Sua última súplica pessoal foi: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (Atos 7:59);

·         E sua última oração foi de perdão por seus perseguidores: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).

Destaques importantes desse episódio:

·         O segredo da coragem de Estêvão. Estêvão encarou o martírio como a sua entrada triunfal na presença de Cristo.

·         Seguiu o exemplo de Jesus. Assim como Cristo, que na cruz orou pedindo perdão para os seus algozes (Lc.23:34), Estêvão também intercedeu por seus assassinos.

·         A morte com paz. A violenta perseguição terminou em profunda paz. Ele adormeceu na terra e despertou nos braços do Salvador.

A igreja que mantém os olhos no Cristo glorificado não negocia sua fé, não teme a perseguição e encontra na vitória da cruz a força para perseverar. Como Estêvão e o apóstolo Paulo, que declarou estar disposto não apenas a sofrer, mas também a morrer pelo nome de Jesus (Atos 21:13), somos chamados a viver uma fé destemida, olhando firmemente para o Autor e Consumador da nossa fé (Hb.12:2).

O que aprendemos neste item 1?

Aqui Estêvão nos ensina que a verdadeira vitória está na cruz de Cristo. Mesmo diante da morte, ele permaneceu cheio do Espírito Santo, olhando para o céu e contemplando a glória de Jesus. Seus últimos momentos revelam um modelo de fé e coragem:

  1. Olhar para Cristo – Estêvão manteve os olhos na eternidade, não nas circunstâncias.
  2. Testemunhar até o fim – Ele proclamou o que viu, mesmo em face da hostilidade.
  3. Entregar a vida a Jesus – Sua confiança estava no Senhor, que recebeu seu espírito.
  4. Perdoar os inimigos – Como Jesus, intercedeu por aqueles que o matavam.

Essas atitudes mostram que a força do cristão não está em si mesmo, mas no Cristo glorificado. A fé que olha para Jesus não teme perseguições, não negocia princípios e encontra paz até nos momentos mais difíceis.

➡️ Em resumo: Estêvão nos inspira a viver uma fé corajosa, centrada em Cristo, pronta para testemunhar e até sofrer por amor ao Evangelho, sabendo que a morte em Cristo é apenas a entrada triunfal na eternidade.

2. Perdoando o agressor

As últimas palavras de Estêvão antes de sua morte ecoam profundamente os ensinamentos e o exemplo de Cristo na cruz:

Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).

Este não foi apenas um gesto de misericórdia, mas uma demonstração prática do amor incondicional que caracteriza o verdadeiro discípulo de Jesus. A expressão “pondo-se de joelhos” indica não apenas uma posição física, mas uma atitude de total rendição, humildade e intercessão até o seu último suspiro.

Assim como Jesus, que na cruz orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc.23:34), Estêvão intercede pelos seus algozes, mostrando que a essência do Evangelho não é a vingança, mas o perdão e o amor que busca a redenção até dos perseguidores.

Aqui temos o retrato de uma igreja que não carrega ódio, não busca vingança, mas se entrega em favor dos perdidos, mesmo que isso lhe custe a própria vida. É a representação viva daquilo que Jesus ensinou no Sermão do Monte: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt.5:44).

Estêvão não temeu a morte porque contemplava a coroa da vida prometida aos fiéis (Ap.2:10). Seu testemunho nos ensina que perdoar os agressores não é sinal de fraqueza, mas de profunda maturidade espiritual, alinhada ao caráter de Cristo. Uma igreja que aprende a amar e a perdoar até mesmo seus perseguidores reflete o verdadeiro espírito do Reino de Deus e permanece inabalável diante das adversidades.

O que aprendemos neste item 2?

Este item 2 nos ensina de forma prática e profunda o verdadeiro espírito do Evangelho. Em resumo, podemos destacar:

  • Estêvão seguiu o exemplo de Cristo. Assim como Jesus perdoou na cruz, Estêvão intercedeu pelos seus algozes, mostrando que o discípulo de Cristo deve refletir o caráter do Mestre.
  • O perdão como essência do Evangelho. O centro da fé cristã não é a vingança, mas o amor que busca a salvação até mesmo dos inimigos.
  • A postura de rendição e humildade. Ao se ajoelhar, Estêvão demonstrou entrega total a Deus, revelando que o perdão nasce de um coração submisso ao Senhor.
  • A igreja madura reflete o caráter de Cristo. Uma comunidade que ama e perdoa, mesmo em meio à perseguição, mostra ao mundo que pertence verdadeiramente ao Reino de Deus.
  • A esperança da vida eterna. Estêvão não temeu a morte porque via além da dor terrena — ele contemplava a coroa da vida prometida aos fiéis.

👉 Em termos práticos, aprendemos que perdoar não é sinal de fraqueza, mas de força espiritual. A igreja que perdoa é a igreja que vence.

3. Devemos estar preparados para as pedradas da vida

Na caminhada cristã, todos, em algum momento, enfrentaremos as “pedradas” da vida — situações que ferem, machucam e, muitas vezes, vêm de onde menos esperamos. As pedradas podem ser: críticas, calúnias, perseguições, inveja, rejeição ou traições. E a pergunta é: Por que as pessoas atiram pedras? Muitas vezes, isso ocorre por três razões principais:

·         Inveja: porque não podem ser o que você é;

·         Ciúme: porque não podem ter o que você tem;

·         Vingança ou frustração: porque não conseguem fazer o que você faz.

Foi exatamente isso que Estêvão enfrentou. O texto de Atos 6:8 destaca que ele era um homem “cheio de fé, de poder, que fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. Isso incomodou profundamente seus opositores.

Por que apedrejaram Estêvão?

·         Porque não podiam ser quem ele era — um homem cheio de fé e do Espírito Santo.

·         Porque não podiam ter o que ele tinha — uma sabedoria celestial e uma vida cheia da graça de Deus.

·         Porque não podiam fazer o que ele fazia — operar sinais, prodígios e viver um testemunho irrepreensível.

O sucesso espiritual e o brilho da vida de Estêvão expuseram o fracasso espiritual, a hipocrisia e a resistência dos seus opositores ao Espírito Santo. Da mesma forma, até hoje, muitos não suportam ver a luz de Cristo refletida na vida dos outros, pois ela revela suas próprias trevas.

Como se preparar para as pedradas da vida? Aprendemos com Estêvão que o segredo para suportar as adversidades e ataques está em uma vida fundamentada em Deus:

a) Cheio de fé — uma fé sólida, viva, que não se abala nas adversidades (Atos 6:8).

b) Cheio do Espírito Santo — somente a presença do Espírito traz força, coragem, discernimento e paz em meio às lutas (Atos 6:8).

c) Uma vida diferenciada — seu rosto brilhava como o de um anjo, revelando uma vida que refletia a glória de Deus (Atos 6:15).

d) Conhecedor da Palavra — sua defesa magistral (Atos 7) demonstrou profundo conhecimento das Escrituras e do plano da salvação. O crente que conhece a Palavra não se deixa destruir pelas pedradas, pois sabe quem é em Deus.

e) Vida focada no céu — Estêvão suportou tudo porque seus olhos estavam no trono de Deus. Ele olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus em pé à direita de Deus” (Atos 7:55). Quem olha para o céu não se desespera com as pedradas da terra.

As pedradas da vida são inevitáveis para quem vive uma vida de integridade, fé e compromisso com Deus. Mas, assim como Estêvão, o cristão que vive cheio do Espírito, da Palavra e com os olhos na eternidade, suporta, vence e sai da prova mais fortalecido, sabendo que nenhuma pedra lançada na terra poderá tirar sua coroa no céu.

Resumo Didático deste item 3

A experiência de Estêvão nos ensina que, na vida cristã, todos enfrentarão “pedradas” — críticas, invejas, calúnias e perseguições. Essas pedras geralmente vêm porque a luz de Cristo em nós incomoda as trevas ao redor. Estêvão foi apedrejado não por fazer o mal, mas por ser um homem cheio de fé, do Espírito e de sabedoria. Da mesma forma, muitos ataques que recebemos não são contra nós, mas contra aquilo que Deus faz por meio de nós.

O segredo para suportar as pedradas é estar espiritualmente preparado:

  • Cheio de fé, para não se abalar;
  • Cheio do Espírito Santo, para ter força e discernimento;
  • Viver uma vida diferenciada, refletindo a glória de Deus;
  • Ser conhecedor da Palavra, para se firmar na verdade;
  • Manter os olhos no céu, lembrando que a coroa da vida é maior que qualquer dor terrena.

Assim, aprendemos que as pedradas não devem nos desanimar, mas nos aproximar ainda mais de Deus. O cristão fiel transforma as pedradas em degraus de crescimento espiritual, confiando que nenhuma pedra lançada contra ele pode roubar a recompensa eterna preparada pelo Senhor.

📌 Aplicação Prática

Na vida da Igreja hoje, as “pedradas” não são apenas físicas, mas espirituais, emocionais e sociais. O crente pode ser alvo de zombarias, exclusões, perseguições ideológicas, críticas injustas ou até mesmo oposição dentro da própria família. Diante disso, a postura deve ser a mesma de Estêvão: não revidar com ódio, mas permanecer cheio do Espírito Santo e com os olhos fixos em Cristo.

  1. Na vida pessoal: quando recebermos críticas ou rejeição, devemos responder em oração, lembrando que nossa identidade está em Cristo, não na opinião dos outros.
  2. Na família: ao enfrentarmos incompreensão por causa da fé, precisamos agir com amor e firmeza, como testemunhas vivas da graça de Deus.
  3. Na Igreja: devemos apoiar uns aos outros nas lutas, lembrando que cada pedrada suportada fortalece o corpo de Cristo e revela a glória de Deus.
  4. Na sociedade: em tempos de intolerância contra os valores cristãos, é essencial nos posicionarmos com fé, sabedoria e mansidão, sem negociar os princípios da Palavra.

Assim, em vez de nos deixarmos abater, transformamos as pedradas da vida em oportunidades de testemunho, mostrando que a verdadeira força do cristão não está em evitar o sofrimento, mas em permanecer firme e cheio do Espírito em meio a ele.

Resumo didático do tópico III

Este tópico nos desafia a viver uma fé autêntica, firme, amorosa e celestial. Com Estêvão, aprendemos que:

·       A vitória do cristão está em manter os olhos em Cristo, mesmo diante da morte;

·       O perdão é o maior sinal de maturidade espiritual e semelhança com Cristo;

·       As lutas e perseguições fazem parte da caminhada, mas não nos derrotam se estivermos cheios do Espírito, da Palavra e da esperança eterna.

Assim, a vida de Estêvão não é apenas uma lembrança histórica — é um chamado atual à perseverança, ao perdão e à fidelidade até o fim.

CONCLUSÃO

A vida e o martírio de Estêvão nos ensinam que seguir a Cristo exige coragem, convicção e disposição para enfrentar rejeição, perseguição e até o sacrifício da própria vida. Assim como ele, a Igreja precisa estar preparada para defender sua fé, enfrentar as falsas narrativas e, se necessário, sofrer por amor ao Evangelho. Estêvão é o exemplo de que quem vive com os olhos na glória não teme as pedradas da terra. Que sejamos uma Igreja que não negocia seus princípios, que não teme os desafios e que vive na plenitude do Espírito, sempre olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé. 

 

Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.

Dicionário VINE.CPAD.

O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.

Rev. Hernandes Dias Lopes. Atos. A ação do Espírito Santo na vida da Igreja. Hagnos.

Ralph Earle. Livro dos Atos do Apóstolos.

Myer Pearlman. Atos: Estudo do Livro de Atos e o Crescimento da Igreja Primitiva.

John Stott. A Mensagem de Atos – Até os Confins da Terra. ABU.

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