sábado, 16 de janeiro de 2010

AULA 03 - A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO

Aula 03
A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO
Leitura Bíblica:2Corintios 1:12-14,21,22; 2:4,14-17
17/01/2010

“E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento”(2Co 2:14)

INTRODUÇÃO
Nesta aula estudaremos a continuação da defesa de Paulo perante os seus opositores. Depois de ser acusado como homem inconstante e sem palavra, agora, está sendo acusado de ser um apóstolo sem credencial. As acusações atingem seu caráter, sua apostolicidade e seu ministério. As acusações tinham por objetivo arruinar a credibilidade de Paulo perante a igreja de Corinto. Porém, o apóstolo tinha certeza que Deus estava vendo as acusações injustas que estavam fazendo contra ele e ao ministério que desempenhava, que não lhe pertencia, mas a Deus. Ele sabia que havia muitos irmãos daquela igreja que o conheciam e estavam seguros da seriedade do seu trabalho e no trato sincero que tinha com a igreja coríntia. Após assistir ao relatório sobre a fé dos coríntios, trazido por Tito, Paulo soergue-se da tristeza e de forma triunfante expressa sua gratidão a Deus pelas vitórias concedidas. Então ele diz: E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento(2Co 2:14).

I – O MINISTÉRIO APOSTÓLICO DE PAULO(2Co 1:12-22)
1. Confiabilidade, a garantia do ministério(1:12-14).
Paulo mudara os planos de uma viagem que o levaria para Corinto. Seus inimigos usaram a mudança para chamá-lo de não confiável, além de acusa-lo de um tirano, que não se importava com os que governava de maneira tão autoritária. Essa acusação feriu profundamente o apóstolo. Paulo foi acusado de falta de integridade e de constância. Puseram em dúvida suas reais motivações. Lançaram sobre ele pesadas e levianas declarações acusatórias, denegrindo sua pessoa e seu ministério.
Como uma pessoa compromissada em servir a Deus, cuja qualidade essencial é a fidelidade, poderia agir por simples capricho?(ler 1:17-22). Paulo mudara seus planos em decorrência de uma visita numa ocasião penosa tanto para os intransigentes corintios quanto para si mesmo. Os problemas na igreja de Corinto haviam se agravado. Paulo fez, então, uma viagem dolorosa à igreja, e os resultados da sua visita não alcançaram o êxito esperado. Paulo precisou sair de Corinto, mas enviou imediatamente Tito para cumprir o propósito de disciplinar o irmão faltoso que capitaneava a oposição ao seu ministério na igreja. Paulo decidiu não voltar à igreja nesse clima de tristeza e angústia(2:1), em vez disso, escreveu-lhes uma carta dolorosa(2:4). Essa carta, levada por Tito, produziu resultados positivos nos crentes, e quando Tito voltou de Corinto, trouxe noticias alvissareiras que alegraram a alma do veterano apóstolo(7:5-16).
Não havia brechas no escudo da fé de Paulo. Não havia mácula em seu caráter. Não havia nenhuma região nebulosa em sua vida. Sua vida pública e privada estava em perfeita ordem. Não havia um arquivo secreto em sua alma nem nada escondido debaixo do tapete em sua vida.
Feliz é o homem cujas ações suportam a luz do dia e que, como Paulo, pode dizer que não existem ações ocultas em sua vida. Não havia regiões escuras e sombrias na vida de Paulo. O apóstolo vivia na luz e não tinha nada a esconder. Seu ministério era confiável plenamente. É tanto que em 2Co 1:3-11 o apóstolo é consolado com o fato de que os próprios crentes da igreja de Corinto podiam testificar acerca de sua postura moral, espiritual e ministerial.
2. A força de sua consciência(1:12). A glória de Paulo não estava na posição que ocupava, mas na qualidade de vida que vivia. Ele não dependia de elogios humanos nem se desanimava com as criticas. Ele tinha o testemunho de sua consciência de que vivia de forma santa e sincera no mundo e diante da igreja, não pela força da sabedoria humana, mas estribado na graça divina. Os homens podiam ver suas ações, mas Deus via sua intenções. O juiz de sua consciência era Deus, e não os homens. Neste sólido fundamento estava seu descanso.
A consciência é uma espécie de luz vermelha que acende no nosso interior sempre que violamos a lei instalada por Deus em nós(Rm 2:14,15). É uma sirene que toca em nossa alma sempre que transgredimos essas leis.
Para Paulo, a consciência significava a competência que permite uma pessoa ter o senso de auto-avaliação moral. Em seu caso, o testemunho de sua própria consciência era ilibado. Sua consciência o inocentava à luz de sua vida dedicada a servir a Deus. Portanto, as críticas contra seu ministério, ainda que infundadas, eram suportáveis em face da paz de consciência de que gozava.
3. A autenticidade ministerial(1:18-22). Os opositores de Paulo estavam o acusando de ter agido com leviandade e ter deliberado segundo a carne quando mudou os planos de sua viagem a Corinto. Eles atacavam o apóstolo, dizendo que ele não estava sendo íntegro em suas palavras(1:17,18). Seus opositores o haviam acusado de ser o tipo de homem que diz sim e não ao mesmo tempo. Diziam que fazia promessas frívolas com intenções enganosas. No entendimento desses opositores, Paulo dizia ou escrevia uma coisa, mas, na verdade, queria dizer outra. Seu sim era não, e seu não era sim.
Diante da acusação de que Paulo estava sendo leviano e deliberando segundo a carne, falando uma coisa e fazendo outra(1:17), Paulo mostra aos crentes de Corinto a grandiosa obra de Deus em seu favor. Diante de tão grande obra, não fazia sentido a acusação deles contra Paulo. Essa obra de Deus pode ser sintetizada em quatro pontos:
a) A confirmação(1:21) – “Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo[...]”. Paulo mostra que os corintios e ele estavam atados no mesmo “feixe dos que vivem”(1Sm 25:29). Deus os estabeleceu na fé, confirmando-os em Cristo por intermédio do ministério da Palavra.
b) A unção(1:21) – “[...] e o que nos ungiu é Deus”. A unção, aqui, refere-se à unção do Espírito Santo na conversão, recebida por todos os cristãos. Paulo foi ungido pelo Espírito Santo com poder e para dar testemunho do evangelho aos gentios. A unção traz consigo os conceitos da autenticidade e da confiabilidade(1João 2:20,27).
c) O Selo do Espírito(1:22) – “o qual também nos selou[...]”. O selo é a marca de identificação e de segurança. É a marca de legitimidade, propriedade, inviolabilidade e garantia. A obra feita por nós e em nós é legitima e não falsa. Somos propriedade exclusiva de Deus, e ninguém pode nos arrancar de seus braços. Quando Deus nos sela, Ele deixa gravada a própria imagem do seu Filho em nós(Rm 8:20). Esse selo de Deus garante a autenticidade do nosso relacionamento com Ele(Ef 1:13;4:30).
d) O Penhor do Espírito(1:22) –“[...] e deu o penhor do Espírito em nossos corações”. O Espírito Santo nos foi dado como penhor ou pagamento inicial da herança completa a ser recebida(5:5). Já somos de Deus, mas o nosso resgate final será apenas na glorificação. Pelo penhor do Espírito uma parte do futuro já se faz presente e, assim, torna-se a garantia desse futuro.
Paulo faz essas afirmações para mostrar que a sua integridade e a verdade do evangelho baseiam-se na obra de Deus. É o Espírito de Deus quem confirmou e ungiu a apóstolo Paulo; a presença do Espírito é que autenticou e selou a sua missão e mensagem.

II – A ATITUDE CONFIANTE DE PAULO EM RELAÇÃO À IGREJA(2Co 1:23 –2:13)
1. Razões da mudança de planos da ida de Paulo a Corinto(1:23-2:4).
Na passagem que se estende do versículo 23 ao versículo 4 do capítulo 2, Paulo volta à acusação de inconstância feita contra ele e explica com clareza porque não seguiu o plano de visitar os corintios. Um vez que ninguém podia discernir as verdadeiras motivações internas do seu modo de proceder, Paulo chama Deus por testemunha. Se houvesse visitado Corinto na ocasião planejada, o apóstolo teria sido obrigado a tratar da situação daquela igreja com severidade. Teria de repreender os irmãos pessoalmente pelo seu descaso ao tolerar o pecado no meio da congregação. Assim, Paulo adiou sua viagem a Corinto para poupar os irmãos de dor e tristeza.
Depois de esclarecer esse fato, o apóstolo desejava deixar claro que não estava agindo como ditador em relação aos coríntios. Assim, acrescenta: “Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria; porquanto, pela fé, já estais firmados”(1:24). O apóstolo não desejava exercer domínio sobre a fé dos cristãos em Corinto. Não queria que o vissem como um tirano. Antes, ele e seus colaboradores eram apenas cooperadores da alegria deles, ou seja, desejavam fazer aquilo que os ajudaria em sua caminhada cristã e, conseqüentemente, os tornaria mais alegres.
Se o apóstolo Paulo fosse a Corinto para repreender pessoalmente os cristãos daquela igreja, sua ida seria, evidentemente, causa de tristeza, pois era justamente nesses irmãos que ele buscava motivos de alegria.
Em vez de causar essa tristeza mútua com uma visita pessoal, o apóstolo decidiu enviar-lhes uma carta – “E escrevi-vos isso mesmo para que, quando lá for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me, confiando em vós todos de que a minha alegria é a de todos vós”(2:3). Sua esperança era que a carta obtivesse o resultado desejado e os coríntios disciplinassem o membro da igreja que estava em pecado. Assim, a próxima visita de Paulo não seria marcada por tensões entre ele e esses irmãos que lhe eram tão queridos.
Não devemos ressentir-nos quando formos aconselhados ou advertidos com bondade. Quem assim procede demonstra verdadeiro interesse por nós. Devemos aceitar a repreensão justa como proveniente do Senhor e assim ser gratos por ela. “Leais são as feridas feitas pelo que ama”(Pv 27:6).
2.O perdão ao ofensor arrependido e a disciplina eclesiástica(2:5-11). Nos versículos 5-11 do capítulo 2, Paulo diz aos corintios que estava na hora de perdoar ao homem que havia sido punido pela igreja e, subseqüentemente, se arrependido. Ele precisava de perdão, aceitação e consolo. Satanás levaria uma vantagem se os crentes separassem permanentemente esse homem da congregação em vez de perdoar-lhe e restabelece-lo. A carta que Paulo enviou aos coríntios, considerada pesarosa, teve um efeito benéfico na vida espiritual e no caráter daqueles crentes, e a disciplina que aplicaram ao homem o guiou ao arrependimento. Agora, Paulo insta a congregação a perdoar o homem e fundamentou essa admoestação em motivos incontestáveis: (a) deveriam perdoar o homem por amor a ele(2:7,8) – o perdão é o remédio que ajuda a curar o coração ferido; (b) por amor ao Senhor(2:9,10) – o homem havia pecado contra Paulo e contra a igreja, mas, acima de tudo, havia pecado contra o Senhor; e (c) por amor à igreja(2:11) – No contexto da igreja, o perdão é uma necessidade essencial: para o bem daqueles que fazem o mal(2:5-7); para o bem-estar espiritual daqueles cujo papel é perdoar(2:8-10); para a integridade da comunhão da igreja(2:11).
3. A confiança de Paulo no triunfo da igreja. No versículo 12, Paulo retoma o assunto do versículo 4, isto é, a sua mudança de planos. Ao contrário do combinado, o apóstolo não havia ido a Corinto. Nos versículos anteriores, ele explicou que havia tomado essa decisão para evitar visitá-los com um espírito severo de repreensão. O apóstolo saiu de Éfeso e viajou para Trôade na esperança de se encontrar com Tito e receber notícias dos coríntios. Ao chegar em Trôade, uma porta maravilhosa de oportunidade de pregar o evangelho de Cristo se abriu para ele no Senhor. Apesar dessa excelente oportunidade, Paulo não teve tranqüilidade no seu espírito. Não conseguiu encontrar-se com Tito, e o seu coração se apertou por causa da igreja de Corinto. Devia ele ficar em Trôade e pregar o evangelho de Cristo? Ou devia seguir caminho para a Macedônia? Decidiu partir para a Macedônia. Qual foi a reação dos coríntios ao lerem essas palavras? Será que perceberam, com certa vergonha, que seu comportamento havia causado toda essa inquietação em Paulo, levando-o a recusar uma grande oportunidade de pregar o evangelho a fim de saber da situação espiritual daquele povo? Paulo não se deixa abater pelas circunstâncias. Com a chegada de Tito trazendo notícias alvissareiras dos crentes de Corinto, ele interrompe sua preocupação, e parte para um assunto que abrange não só a igreja de Corinto, mas a todas as igrejas de então. Paulo expressa sua gratidão a Deus por todos aquelas igrejas, uma vez que vislumbra o triunfo da Igreja do Senhor como o cortejo de um exército vitorioso que entra na cidade de cabeça erguida. Assim ele expressa sua gratidão pelas vitórias experimentadas onde quer que estivesse a serviço de Cristo: “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento”(2:14). Sem uma única palavra de explicação, Paulo salta do lamaçal de desânimo e, feito um pássaro, arroja-se às alturas da alegria. Eleva-se como uma águia e olha o vale abaixo com altivo desprezo.

III – PAULO SE PREOCUPA COM OS FALSIFICADORES DA PALAVRA DE DEUS(2Co 14-17)
1.A visão do triunfo do Evangelho no mundo(2:14)
– “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento”(2Co 2:14). Neste versículo, Paulo usa a imagem dos triunfais desfiles dos conquistadores romanos. Ao voltar para casa depois de suas vitórias gloriosas, os comandantes exibiam seus cativos pelas ruas da capital. Incensórios de ambos os lados da marcha enchiam o ar de bom perfume. Paulo retrata o Senhor marchando como conquistador de Trôade e da Macedônia e a si mesmo como participante do cortejo. Onde quer que o Senhor vá por intermédio de seus servos, ali há vitória. O bom perfume do evangelho de Cristo é espalhado pelo apóstolo em toda parte.
Paulo não considera ter sofrido uma derrota na guerra contra Satanás. A seu ver, o Senhor conquistou uma vitória e permitiu que seu apóstolo participasse dela. Neste texto de 2Co 2:14 destacamos três pontos importantes:
a) É Deus quem nos conduz em triunfo(2:14b). A vitória vem de Deus. Não são nossas estratégias nem nosso esforço que nos levam a triunfar, mas é Deus quem nos toma pela mão e nos conduz vitoriosamente. O poder não vem do homem, mas de Deus. A força não vem de dentro, mas do alto. A questão não é auto-ajuda, mas ajuda do alto.
b) É por meio de Cristo que somos conduzidos em triunfo(2:14b). O nosso triunfo vem do Deus Pai por meio do Deus Filho. Não temos triunfo à parte de Cristo. Fora da esfera de Cristo não há vitória espiritual. A vida cristã é absolutamente cristocêntrica. Todas as bênçãos que possuímos estão em Cristo. Não somos conduzidos em triunfo por nosso conhecimento, piedade, virtude ou obras. A única maneira de você ser aceito por Deus, aprovado por ele e conduzido por ele em triunfo é estando em Cristo. O apóstolo João escreveu: “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida”(1João 5:12).
c) É constante o trunfo que temos em Cristo(2:14b). Paulo diz que Deus sempre nos conduz em triunfo. Essa vitória não é passageira, mas constante. É triunfo na alegria e no choro, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade, na aprovação e na rejeição.
Deus nos conduz em triunfo mesmo quando nossos planos são frustrados. Paulo esperava Tito em Trôade e não o encontrou. Tão angustiado ficou que deixou a cidade de portas escancaradas ao evangelho e partiu par a Macedônia a fim de encontra-lo e, assim, buscar alívio para seu coração. Nesse contexto de aparente derrota, porém, é que ele ergue o seu brado de triunfo.
Deus nos conduz em triunfo mesmo quando as pessoas intentam o mal contra nós. Os falsos apóstolos queriam macular a honra e o apostolado de Paulo, mas esses obreiros impostores e fraudulentos foram desmascarados e o apóstolo saiu vitorioso e sobranceiro.
2. Somos o bom cheiro de Cristo(2:15).”Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo, tanto nos que se salvam como nos que se perdem”. Paulo diz neste texto que ele e seus companheiros eram os agentes que espalhavam a perfumada fragrância de Cristo por onde andavam. Há três coisas a destacar neste versículo:
a) A identificação do perfume. O perfume que causa o cheiro aqui não é uma substância, mas uma pessoa. Nós somos o bom perfume de Cristo. Aquele que proclama o evangelho espalha a fragrância do conhecimento de Deus.
b) A conceituação do perfume. Não somos apenas perfume de Cristo, mas o bom cheiro(perfume) de Cristo. Um bom perfume tem quatro características: (1) é precioso. Somos preciosos para Deus. Somos a menina dos seus olhos; (2) influencia sem alarde. O perfume não grita, ele penetra. Ele não fala, mas se impõe. O bom perfume não consegue se ocultar. O perfume existe para ser espalhado. Quando Maria, irmã de Lázaro, quebrou o vaso de alabastro com o perfume de nardo puro e o derramou sobre os pés de Jesus para ungi-lo, toda a casa encheu-se com o cheiro(João 12:3); (3) atrai as pessoas. Ele é envolvente; (4) torna o ambiente mais agradável. É agradável aspirar o perfume inebriante do campo e dos jardins engrinaldados de flores. É agradabilíssimo sentir o aroma de um bom perfume. Assim somos nós, povo de Deus: o bom cheiro(perfume) de Cristo.
c) O efeito do perfume. Paulo descreve as duas possíveis reações à pregação do evangelho, ao acrescentar as palavras: “tanto nos que são salvos como nos que se perdem”. Aqui ele faz uma alusão ao cheiro de incenso que era queimado perante os deuses numa procissão triunfal romana. Ele teria conotações diferentes para pessoas diferentes. Para o general vitorioso e seus soldados, bem como para as multidões que aplaudiam dando as boas-vindas, o perfume estaria associado à alegria da vitória. Contudo, para os prisioneiros de guerra tal perfume só poderia estar associado à fatalidade da escravidão ou morte que os aguardava. De modo semelhante, a pregação do evangelho seria cheiro de vida para os que crêem, mas cheiro de morte para os que se recusam a obedecer.
Somos perfume de Cristo tanto nos que são salvos como nos que se perdem. A espalharmos, pela pregação do evangelho, a fragrância do conhecimento de Deus, essa mensagem inevitavelmente exigirá uma resposta do homem. Aqueles que ouvem e crêem são salvos; aqueles que ouvem e rejeitam se perdem.
3. A ameaça dos falsificadores da Palavra de Deus(2:17). “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus”. Paulo denuncia os falsos apóstolos que estavam entrando na igreja de Corinto pregando um falso evangelho, com um falso comissionamento e com uma falsa motivação. Esses obreiros fraudulentos eram mascates da religião. Eles não tinham compromisso com Deus, com sua Palavra nem com seu povo; visavam apenas o lucro. Faziam da religião um instrumento para se abastar. Faziam da igreja uma empresa; do evangelho um produto; do púlpito, um balcão, e dos crentes, consumidores.
Paulo diz aqui que não era um desses que falsificavam ou mercadejavam a Palavra de Deus. Antes, podia descrever seu ministério com quatro expressões-chave:
A primeira é falamos de Cristo. Isso significa que o apóstolo falava em nome de Cristo, com autoridade de Cristo e como porta-voz de Cristo.
A segunda expressão-chave que descreve seu ministério é com sinceridade, isto é, com transparência. Seu ministério era honesto. Não envolvia nenhum artifício ou subterfúgio. Tudo era feito às claras.
A terceira expressão-chave é como de Deus, isto é, da parte do próprio Deus. Deus era a fonte de sua mensagem e era de Deus que ele recebia forças para prosseguir.
A quarta expressão-chave descritiva é na presença de Deus. Isso significa que o apóstolo servia ao Senhor consciente do fato de que Deus estava sempre a observa-lo. Tinha clara noção de sua responsabilidade e sabia que nada poderia ser escondido das vistas de Deus.

CONCLUSÃO
Apesar de todas as adversidades, de todos os inimigos espirituais e humanos que se levantaram, Paulo sabia em quem cria e que a graça dele bastava para aperfeiçoa-lo na fraqueza, fazer dele um vencedor e um canal de bênçãos para muitos. Qual era o segredo de Paulo? Está em uma declaração dele em Filipenses 3:13,14. O apóstolo se comportava como um corredor de uma longa maratona rumo ao céu. Em muitos momentos, ele se viu cansado, quebrado, ao longo do caminho, mas manteve seu objetivo de ser uma testemunha viva de Cristo, até cruzar a linha de chegada, como um vencedor(ver 1Co 9:24-27). As aflições do tempo presente não poderiam ser comparadas à glória que seria revelada na vida dos cristãos fiéis, que perseverassem até o fim(Rm 8:18).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no site: www.adbelavista.com.br
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. Bíblia de estudo DAKE. O novo dicionário da Bíblia. Revista o Ensinador Cristão. Guia do leitor da bíblia – 2Corintios. 2Corintios – Rev. Hernandes Dias Lopes. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdnald

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