sábado, 14 de novembro de 2015

A FRANÇA E O TERRORISMO ISLÂMICO


A França e o terrorismo islâmico

Por: Julio Severo



O ataque terrorista em Paris deixou cerca de 120 mortos em 13 de novembro de 2015. Para efeito e propaganda máxima, os alvos foram um restaurante e a frente de um estádio de futebol, bem no momento da uma partida entre França e Alemanha.

Como manda o script socialista, o presidente da França condenou os ataques, demonstrando muita emoção e firmeza de dar uma resposta a essa violência, mas sem mencionar islamismo. O presidente americano Barack Obama fez a mesma coisa.

O mesmo script foi seguido no começo deste ano, quando terroristas islâmicos atacaram um jornaleco socialista parisiense que debochava de tudo e de todos, especialmente conservadores. Na época, o presidente da França fez um show de declarações “corajosas” contra o terrorismo, mas sem citar o islamismo.

Mencionar islamismo, é claro, pode provocar ainda mais a fonte do problema.

Com poucos meses, as declarações “corajosas” foram murchando e a fonte do problema continuou tranquila. Diante dos ataques terroristas atuais, o script francês não vai passar de palavras corajosas que murcham em poucos meses.

O que está acontecendo na França é um aviso para os europeus: Mais islamismo, mais violência. O islamismo é uma ideologia violenta que mata 100 mil cristãos por ano. É de longe hoje a ideologia que mais assassina cristãos no mundo inteiro. É a maior máquina assassina da história da humanidade.

Se a Europa quiser sobreviver, tem de banir e expulsar o islamismo de suas fronteiras. Tem também de deportar os invasores islâmicos, que não terão pena de repetir em toda a Europa o que fizeram em Paris.

Contudo, a França não tem vontade de sobreviver. Os problemas atuais só são a colheita da imigração islâmica. Em 2004, o escritor judeu-americano conservador disse sobre o aumento da imigração islâmica na França:

Cemitérios judaicos estão sendo profanados. Sinagogas e escolas estão sofrendo ataques de bombas incendiárias. Francos atiradores estão atirando em ônibus levando estudantes judeus. Rabinos estão sendo agredidos. Judeus usando solidéu estão sendo surrados nas ruas.

O número de incidentes antissemíticos na França aumentou de 320 em 2001 para 593 em 2003. Só nos primeiros seis meses deste ano [2004], houve 510 crimes de ódio dirigidos contra judeus franceses. De acordo com a polícia federal francesa, nos primeiros seis meses deste ano, houve 135 ataques físicos contra judeus, em comparação com 127 no ano inteiro de 2003. Os atos antissemitas compõem agora mais de 80 por cento dos crimes relacionados a preconceito cometidos na França anualmente.

O Rabino Joseph Sitruk, Rabino Chefe da França, pediu aos judeus que não usem solidéu em público (“Peço que os jovens fiquem alerta, evitem andar sozinhos, evitem usar solidéu na rua ou no metrô, a fim de que não se tornem alvos de potenciais agressores”.) O Centro Simon Wiesenthal aconselha os turistas judeus a “exercer extrema cautela” ao viajar para a França.

Em face de toda essa perseguição francesa, Ariel Sharon recentemente encorajou os judeus franceses a emigrar para Israel.

De fato, os judeus estão abandonando a França, pois a violência islâmica contra eles em território francês vem de longe e está aumentando sem parar. Quando os judeus começam a abandonar um lugar, siga as andorinhas, pois a tempestade está vindo.

A Bíblia diz que o que o homem semear, ele vai colher. O que está acontecendo hoje na França é que o povo está colhendo toda a bajulação que seus governos socialistas fazem ao islamismo e seus invasores.

A esquerda francesa é suicida, pregando contra a “islamofobia” e contra os conservadores toda vez que os islâmicos atacam. Mas a esquerda é suicida só no sentido de levar sociedades ao suicídio. Não é, infelizmente, suicida no sentido de encarar suas próprias loucuras e se matar.

Entretanto, o problema na França não é somente o socialismo suicida. Se a França, que é majoritariamente católica, vier a perceber que o islamismo é uma ideologia violenta, o líder máximo da Igreja Católica os tranquilizará, dizendo, como de fato disse o Papa Francisco, que “é errado igualar islamismo com violência.” É um catolicismo suicida. Então, nem o socialismo nem o catolicismo permitirão que a França católica chegue a uma solução real do problema.

E o problema vai aumentar. Islâmicos radicais já estão tomando posse de várias cidades francesas.

A invasão islâmica pode fazer parte de um plano para trazer o caos à Europa e assim governantes inescrupulosos terem a desculpa perfeita para impor uma ditadura para “colocar ordem na casa”.

O povo francês, é claro, vai pagar caro pelos pecados de seu governo movido a socialismo suicida. Um desses pecados, além de permitirem a invasão islâmica em massa na França, é que o governo socialista francês colaborou de forma financeira e militar com o governo dos EUA para a desestabilização do Kosovo, Líbia, Iraque e Síria. Essa desestabilização resultou no fortalecimento de islâmicos radicais, trazendo como consequência direta uma grande mortandade de cristãos nesses países.

O governo da França está, pois, com as mãos sujas de sangue de cristãos.

O que o governo da França semear, o povo francês vai colher — a não ser que os franceses se tornem inteligentes o suficiente para deportar os islâmicos de seu país e consertarem tudo o que fizeram de ruim contra os cristãos no Kosovo, Líbia, Iraque e Síria.

Fonte: www.juliosevero.com

 

domingo, 8 de novembro de 2015

Aula 07 - A FAMÍLIA QUE SOBREVIVEU AO DILÚVIO


4º Trimestre/2015

 
Texto Base: Gênesis 7:1-12

 
“Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé” (Hb 11:7).

 

INTRODUÇÃO

Noé, sua esposa, seus três filhos (Sem, Cam e Jafé) e suas noras, formaram a família que sobreviveu ao Dilúvio universal. Deus revelou a Noé seu plano de destruir a raça corrupta e de salvá-lo junto com sua família e, por ele, a humanidade inteira. Noé viria a ser o segundo pai da raça humana. Ele foi salvo pela graça, um ato de soberania divina (Gn 6:8). A salvação do grande Dilúvio foi celebrada com um sacrifício. Noé fez um altar e ofereceu um sacrifício ao Senhor (Gn 8:20) que aceitou sua oferta e marcou sua aliança com todo o universo (Gn 8:21,22), com os animais (Gn 9:2,3,10), com a humanidade (Gn 9:9-17) e com a família de Noé (Gn 9:1).

I. DEUS ANUNCIA O DILÚVIO

A história humana pode ser dividida em períodos denominados de “dispensações”, épocas em que Deus tratou com o homem de uma determinada maneira, dentro do Seu propósito de recuperar o homem ao status quo da criação, ou seja, ao que ele era antes da queda.

Toda “dispensação” caracterizou-se por uma atitude de rebeldia por parte do homem, que, em seus delitos e pecados, insiste em manter-se afastado do seu Criador. Logo no período chamado de “Consciência”, a descendência de Sete, que era piedosa, misturou-se com a descendência de Caim, que foi o primeiro a se afastar de Deus, ao não ouvir as recomendações divinas de submissão e obediência (Gn 4:6,7). A partir do momento em que os descendentes de Sete se distanciaram de Deus e passaram a praticar todo tipo de pecado, Deus resolveu mandar o dilúvio, que foi o juízo que pôs fim a dispensação da consciência. Todavia, nessa geração rebelde e corrupta, havia um remanescente fiel: a família de Noé. Somente este, entre seus contemporâneos, travou amizade com Deus e desfrutou da comunhão divina. Ele era "justo" e "reto" (Gn 6:9); uma pessoa de conduta irrepreensível, de integridade moral e espiritual no meio de uma geração perversa. Outrossim, era um pregador da justiça (2Pedro 2:5). O segredo de seu caráter impoluto encontra-se em seu andar diário com o Senhor. Foi a este homem que Deus anuncia o dilúvio, instruindo-o a construir a Arca de salvação.

1. O anúncio do Dilúvio. Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra”(Gn 6:13). “Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará”(Gn 6:17).

E disse o SENHOR: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gn 6:7). O arrependimento de Deus não indica uma mudança arbitrária em seus planos, embora pareça dessa forma para nós. Antes, indica uma atitude da parte de Deus em resposta ao comportamento humano. O Senhor sempre reage contra o pecado, pois é Deus santo.

Com o transcorrer do tempo, a separação entre os descendentes de Sete e os de Caim cessou por causa do casamento das duas linhagens (Gn 6:2). A união dos piedosos com mulheres incrédulas foi motivada pela atração física de tais mulheres. Sem mães piedosas, a descendência de Sete degenerou-se espiri­tualmente. Os filhos dos casamentos mistos eram "gigantes" e parece que se destacavam pela violência (Gn 6:4). Exaltavam-se a si mesmos, cada um procurando ser "valente" ("herói"). Corromperam a terra com sua imoralidade. Chegou o momento quando a família de Noé foi a única que cumpria as normas morais e espirituais de Deus. Parece que Satanás, ao ver que não pôde destruir a linhagem messiânica pela força bruta, no caso de Abel, agora procura extingui-la mediante casamen­tos mistos; e por pouco não teve êxito.

Determinou Deus destruir a perversa geração por causa da corrupção e violência. O Senhor declara que seu Espírito não agirá para sempre no homem. Assim, decretou um prazo de cento e vinte anos para a vinda do julgamento do dilúvio (Gn 6:3). Deus é misericordioso e não deseja que as pessoas morram sem salvação. Porém, sua paciência tem limites.

2. Um juízo que parecia improvável. Como o povo, que estava cego pelo pecado, ia acreditar num Dilúvio se nem chuva havia? Parece que não havia chuvas naquele período da história humana. Diz o texto sagrado que “um vapor subia da terra e regava toda a face da terra” (Gn 2:6). No momento certo, os animais começaram a chegar. Dos maiores aos menores, todos se apresentaram a Noé. Mesmo vendo esse episódio impressionante e extraordinário, os contemporâneos de Noé não se arrependeram de seus maus caminhos. Isto não lhes impressionou porque, naqueles dias, os animais, mesmo os arredios e selvagens, não representavam ameaça ao ser humano. Talvez aquela gente pensasse que Noé estava montando um parque temático ou um grande zoológico. Para eles, portanto, era um juízo improvável de acontecer.

Você já percebeu que a nossa geração tem agido de forma semelhante em relação à pregação sobre a vinda de Cristo? Você já percebeu que, hoje, dificilmente se prega sobre a volta de Cristo nas igrejas locais? Acredito que até mesmo muitos que cristãos dizem ser também tem sido indiferente com essa mensagem, como eram os descendentes de Sete, que mergulharam no mundo sórdido e distanciado de Deus (ler 2Pedro 3:3,4).

Os antediluvianos viveram como se Deus não existisse; eles comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até que veio o dilúvio e os levou a todos.  Assim será a vinda do Filho do Homem (Mt 24:37-39).

II. A CONSTRUÇÃO DA ARCA

1. A planta da Arca.Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume. E desta maneira farás: de trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinquenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. Farás na arca uma janela e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares baixos, segundos e terceiros” (Gn 6:14-16).

Noé recebeu de Deus diretrizes para a construção de uma nave flutuante bem proporcionada, que seria o veículo de escape. Segundo certos cálculos, a Arca teria 135m de comprimento, 22,50m de largura e 13,50m de altura, e corresponderia em tamanho a um transatlântico moderno. Constava de três pavimentos divididos em compartimentos e uma abertura de 45cm de altura em volta, localizada entre espaços de parede na parte superior; acredita-se que tinha a forma de um caixão alongado. Alguns estudiosos calculam que a arca teria capacidade para 7.000 espécies de animais.

A finalidade da Arca não era navegar, mas flutuar durante a grande inundação. Noé cumpriu a vontade de Deus e descansou na sua proteção e provisão. Ele confiou nas Suas promessas e no seu livramento. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas horas de turbulências. Não devemos, pois, nos afligir. Deus está no controle de tudo. Assim como a Arca foi o instrumento da salvação, tendo Deus como seu piloto, a Igreja (Universal Assembleia dos Santos) foi eleita como instrumento da salvação, tendo Jesus como seu capitão. Todos aqueles que entrarem nela estão predestinados à vida eterna com Deus.

2. A construção da Arca. "Pela fé, Noé...preparou a arca" (Hb 11:7). Em resposta à misericórdia de Deus, Noé agiu consoante a tudo o que Deus lhe ordenara (Gn 6:22); isto é um ato de responsabilidade humana. Noé construiu a Arca para salvar a sua família, porém foi Deus quem fechou a porta da Arca. A soberania divina e a responsabilidade humana não se excluem. Antes, são complementares.

A Palavra de Deus foi a garantia única de que viria o dilúvio. Deve ter sido um projeto enorme e de longa duração construir a Arca e armazenar os alimentos necessários. Enquanto construía a nave, Noé pregava (2Pedro 2:5). Mas ninguém quis dar-lhe atenção. Sem dúvida alguma, Noé e seus filhos eram alvo de incessantes zombarias, porém não vacilaram em sua fé. Acentua-se sua completa obediência: "conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez" (Gn 6:22; 7:5).

Enquanto aguardamos a volta de Cristo, devemos proclamar o Evangelho e o fim de todas as coisas (1Pe 3:20). O Senhor Jesus não tarda. Sem a perspectiva da volta de Cristo, não há esperança para o crente, não há sentido em nossa vida espiritual, a nossa adoração a Deus perde a razão de ser. Não é, pois, por outro motivo, que o nosso adversário tem procurado, de todas as formas, retirar dos púlpitos as mensagens em torno deste assunto, como também levantado inúmeras seitas e heresias, cujo intento é, prioritariamente, alterar e distorcer verdades a respeito da doutrina das últimas coisas, visando, assim, estabelecer um ambiente de confusão, ceticismo e de desesperança entre os crentes.

III. O DILÚVIO (Gn 7:1-24)

Depois que a Arca ficou pronta, o Senhor apareceu a Noé outra vez e disse: “...Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração” (Gn 7:1). Noé foi elogiado por sua obediência, identificada pela palavra “justo”. O que Noé fez contou com a aprovação de Deus.

1. O Dilúvio. “E entrou Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca, por causa das águas do dilúvio. Dos animais limpos, e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra, entraram de dois em dois para Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé. E aconteceu que, passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio. No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites” (Gn 7:7-12).

O juízo de Deus havia chegado e o Senhor fechou a Arca por fora (Gn 7:16). Isto significa que o período da graça de Deus havia terminado; isto nos fala de salvação e juízo. Noé ficou dentro, protegido, e os pecadores impenitentes foram expostos ao juízo.

O texto sagrado diz que “se romperam todas as fontes do grande abismo” (Gn 7:11). Parece indicar que se produziram terremotos e estes fizeram que subissem impetuosamente as águas subterrâneas enquanto caíam chuvas torrenciais. Pensa-se que a terra, ao fender-se, produziu alterações na sua superfície. Alguns creem que estes verdadeiros cataclismos tenham sido acompanhados de gigantescos maremotos que atravessaram os oceanos e continentes até que nada restou da civilização daquele tempo. Foi um juízo cabal contra o mundo pecaminoso.

Depois, Deus enviou um vento para fazer baixar as águas. Cinco meses após o começo do dilúvio, a Arca pousou sobre o monte Ararate, porém Noé não saiu em seguida porque obedientemente esperou até receber a permissão divina. Ele e sua família permaneceram na Arca aproximadamente um ano solar.

O propósito do Dilúvio era tanto destrutivo como construtivo. A linhagem da mulher corria o perigo de desaparecer completamente pela maldade. Por isso Deus exterminou a incorrigível raça velha para estabelecer uma nova. O dilúvio foi também o juízo contra uma geração que havia rejeitado totalmente a justiça e a verdade. Isto nos ensina que a paciência de Deus tem limite.

O mais profundo sofrimento da humanidade não ocorrerá por causa da explosão nuclear, mas devido aos vindouros juízos de Deus. As maiores catástrofes da história mundial foram consequência da obstinada persistência no pecado. O Dilúvio ocorreu porque "a terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência" (Gn 6:11) e Ele resolveu "dar cabo de toda carne" (Gn 6:13). Sodoma e Gomorra não desapareceram por causa de um desastre nuclear, mas devido aos pecados abomináveis cometidos nessas cidades, que foram julgadas conforme a vontade de Deus. Também no futuro, o maior perigo não virá de reatores nucleares, mas da potência explosiva do pecado.

2. Qual foi a extensão do dilúvio? Universal ou limitado à área do Oriente Médio? Veja o texto sagrado: E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu foram cobertos. Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. E expirou toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado, e de feras, e de todo o réptil que se roja sobre a terra, e de todo homem. Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu. Assim, foi desfeita toda substância que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca. E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias” (Gn 7:19-24).

O texto sagrado diz que as águas cobriram as montanhas mais altas e destruíram toda a criatura (fora da Arca), sob os céus (Gn 7:19-23). Ora, Deus não precisaria ter ordenado a Noé que construísse uma Arca mais comprida que um campo de futebol e com capacidade para acomodar um enorme volume de carga (cerca de oitocentos vagões, segundo estudiosos) apenas para escapar de um dilúvio local. Se esse fosse o caso, Deus poderia ter levado a família de Noé (oito pessoas) e os animais para outro lugar. O monte Ararate tem 5.610 metros de altitude. Se considerarmos esse monte como referência, então o Dilúvio ultrapassou 6 metros acima dessa altura (Gn 7:19,20). Que milagre possibilitaria um dilúvio local nessas proporções?

Em Gênesis 9:15, Deus prometeu que nunca mais destruiria “toda carne” por meio de um dilúvio. Houve muitas inundações locais desde então, mas não dilúvios universais. Além disso, se o dilúvio ocorreu apenas naquela região, então Deus não cumpriu sua promessa, que é um absurdo, algo impossível de acontecer.

Pedro utiliza a destruição do mundo pelas águas como símbolo de uma destruição futura que virá em forma de fogo (2Pedro 3:7). Aqueles que creem em Cristo estão salvos, mas os que não creem estão perdidos (cf. 1Pe 3:21).

IV. O JUÍZO DE DEUS

Deus concedeu à perversa geração antediluviana um prazo de 120 anos para arrepen­der-se (Gn 6:3). Se não, retiraria dela o seu espírito. Todavia, não deram ouvidos à proclamação do juízo divino.

1. Um juízo universal. O Dilúvio foi o castigo divino universal sobre um mundo ímpio e impenitente. Deus havia se “arrependido” de ter criado a raça humana (Gn 6:3-6) e resolveu destruir tudo o que fez. Mas ao ver a fidelidade de Noé (Gn 6:9) resolveu fazer com ele uma aliança (Gn 6:18) para através de sua vida e da preservação de espécies restaurar toda a sua criação. Noé correspondeu ao pacto de Deus, crendo nele e na sua Palavra (Hb 11:7). Sua fé foi demonstrada quando ele “temeu” e quando construiu a Arca e entrou nela (Gn 6:22; 7:7; 1Pe 3:21). O dilúvio aconteceu e Deus salvou aqueles animais e a família de Noé, apenas oito pessoas, formando 4 casais que seriam uma família fiel a Deus.

O apóstolo Pedro refere-se ao dilúvio para relembrar a seus leitores que Deus outra vez julgará o mundo inteiro no fim dos tempos, mas agora por fogo (2Pe 3:10). Tal julgamento resultará no derramamento da ira de Deus sobre os ímpios, como nunca houve na história (Mt 24:21).

Deus conclama os crentes atuais, assim como Ele fez com Noé na antiguidade, para avisarem os não-salvos sobre esse dia terrível e instar com eles para que se arrependam dos seus pecados, e se voltem para Deus por meio de Cristo, e assim sejam salvos.

2. O juízo divino no Hades. Indubitavelmente, toda a geração antediluviana pereceu e foi lançada na região dos mortos, no Hades, onde aguarda a última ressurreição, a fim de comparecer ao Juízo Final (Ap 20:11-15). Eles sabem que isto acontecerá, pois o Senhor Jesus, no interstício entre a sua morte e ressurreição, esteve no Hades, onde lhes proclamou a eficácia da justiça divina. Pedro ensina que foi Cristo quem, por meio de Noé (que por sua vez era inspirado pelo Espírito Santo), pregou a mensagem aos antediluvianos (1Pe 3:18-20; 2Pe 2:5). Estes, contudo, a rejeitaram e foram condenados. “A geração de Noé recusou-se a ouvi-lo, mas viu-se obrigado a escutar o Senhor Jesus que, além de pregoeiro da Justiça, apresentava-se, agora, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Sua pregação não era redentiva, mas vindicativa”.

V. PERGUNTAS INTRIGANTES

Estas perguntas foram extraídas do Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler.

 

1. GÊNESIS 6:2 - Os "filhos de Deus" eram anjos que se casaram com mulheres?

- PROBLEMA: A expressão "filhos de Deus" no AT é empregada exclusivamente referindo-se a anjos (Jó 1:6; 2:1; 38:7). Entretanto, o NT nos informa que os anjos "nem casam, nem se dão em casamento" (Mt 22:30). Além disso, se os anjos se casassem com seres humanos, os filhos deles seriam meio humanos, meio anjos. Mas os anjos não podem ser redimidos (Hb 2:14-16; 2 Pe 2:4; Jd 6).

- SOLUÇÃO: Várias são as interpretações possíveis, no lugar de insistir em que anjos tenham coabitado com seres humanos.

Alguns eruditos bíblicos creem que a expressão "filhos de Deus" seja uma referência à linhagem piedosa de Sete (através da qual viria o redentor - Gn 4:26), que se entremeou com a linha ímpia de Caim. Eles alegam que: (a) isso se coaduna com o contexto imediato; (b) evita todo o problema decorrente da interpretação de que eram anjos; (c) está de acordo com o fato de que os seres humanos também são mencionados no AT como "filhos" de Deus (Is 43:6).

Outros estudiosos acreditam que "filhos de Deus" seja uma referência a grandes homens, a "varões de renome na antiguidade". Apontam para o fato de que o texto refere-se a "gigantes" e "valentes" (Gn 6:4). Ainda, isso evita o problema de os anjos (espíritos) coabitarem com seres humanos.

Outros ainda combinam estas interpretações e especulam que os "filhos de Deus" eram anjos que "não guardaram o seu estado original" (Jd 6) e que na realidade possuíram seres humanos, levando-os a um cruzamento com "as filhas dos homens", produzindo assim uma raça superior, cuja semente foram os "gigantes" e os "varões de renome". Esta posição parece explicar todos os pontos, exceto o problema insuperável de os anjos, não tendo corpos (Hb 1:14) e sendo assexuados, coabitarem com seres humanos.

2. GÊNESIS 6:3 - Há aqui uma contradição com o que Moisés disse no Salmo 90, a respeito da duração da vida humana?

- PROBLEMA: O texto de Gênesis 6:3 parece indicar que a longevidade humana após o dilúvio seria de, no máximo, "cento e vinte anos". Contudo, no Salmo 90, Moisés a considerou ser de 70 ou 80 anos, no máximo (v. 10).

- SOLUÇÃO: Em primeiro lugar, não é de todo certo que Gênesis 6:3 esteja se referindo à longevidade humana. Pode ser que esteja falando de quantos anos ainda faltavam até que o dilúvio ocorresse.

Segundo, mesmo que de fato seja uma antevisão da duração da vida dos homens, isso não contradiz a posterior referência a 70 ou 80 anos, por duas razões: primeiro, o texto se refere a um período anterior, quando as pessoas ainda viviam mais tempo (o próprio Moisés viveu 120 anos, conforme Deuteronômio 34:7); segundo, os 70 ou 80 anos provavelmente não seriam um limite superior absoluto, mas simplesmente uma referência à média das idades das pessoas que morrem na velhice.

3. GÊNESIS 6:6 - Por que Deus estava insatisfeito com o que ele tinha feito?

- PROBLEMA: Em Gênesis 1:31, Deus estava plenamente satisfeito com o que acabara de fazer, declarando que tudo "era muito bom". Mas, em Gênesis 6:6, ele declara que "se arrependeu... de ter feito o homem na terra". Como estas duas afirmativas podem ser verdadeiras?

- SOLUÇÃO: Estes versículos se referem à humanidade em tempos diferentes e sob diferentes condições. O primeiro enfoca os seres humanos em seu estado original de criação. O segundo refere-se à humanidade depois da queda e logo antes do dilúvio. Deus se agradou com o que criou, mas não teve prazer algum com o que o pecado fez em sua perfeita criação.

4. GÊNESIS 6:14ss - Como é que na relativamente pequena arca de Noé couberam centenas de milhares de espécies?

- PROBLEMA: A Bíblia diz que a arca de Noé tinha apenas 137 metros de comprimento, por 23 de largura e 14 de altura (Gn 6:15). Noé recebeu a instrução de colocar nela um casal de cada espécie de animal imundo e sete casais de animais puros (6:19; 7:2). Mas os cientistas nos informam de que há de meio bilhão a um bilhão ou mais de espécies de animais.

- SOLUÇÃO: Primeiro, o conceito moderno de "espécie" não é o mesmo da Bíblia. No sentido bíblico, provavelmente sejam apenas algumas centenas de "espécies" diferentes de animais terrestres que teriam de ser levados para a arca. Os animais marinhos permaneceram no mar, e muitas outras espécies poderiam sobreviver na forma de ovos.

Segundo, a arca não era assim tão pequena; ela tinha uma enorme estrutura - a dimensão de um moderno transatlântico. Além disso, ela tinha três andares (Gn 6:16), o que triplicava seu espaço a um total de 425.000 metros cúbicos!

Terceiro, Noé pode ter levado filhotes ou variedades menores de alguns dos animais de maior porte. Levando em conta todos esses fatores, havia espaço suficiente para todos os animais, para o alimento, para a viagem e para os oito seres humanos a bordo.

5. GÊNESIS 6:14ss - Como é que uma arca feita de madeira poderia resistir a um dilúvio tão violento?

- PROBLEMA: A arca tinha sido construída apenas de madeira, e levava uma pesada carga. Um dilúvio de âmbito mundial produz violentas correntezas, que teriam quebrado a arca totalmente (cf. Gn 7:4,11).

- SOLUÇÃO: Primeiro, a arca foi feita de um material resistente e flexível (cipreste, cf. Gn 6:14), uma madeira que "cede" sem se rachar. Segundo, a carga pesada foi um ponto positivo, por lhe dar certa estabilidade. Terceiro, os arquitetos navais informam-nos de que a forma construtiva da arca, semelhante a uma caixa comprida, é uma forma que dá estabilidade e resistência a águas turbulentas. Na verdade, os transatlânticos modernos seguem basicamente as mesmas dimensões da arca de Noé ou têm medidas proporcionais às dela.

6. GÊNESIS 7:24 - O dilúvio teve a duração de quarenta ou de cento e cinquenta dias?

- PROBLEMA: Segundo Gênesis 7:24 (e 8:3), as águas do dilúvio permaneceram durante 150 dias. Mas outros versículos nos dizem que foram apenas quarenta dias de dilúvio (Gn 7:4,12,17). Qual é o correto?

- SOLUÇÃO: Estes números referem-se a coisas diferentes. Quarenta dias foi o tempo em que "houve copiosa chuva" (7:12), e 150 dias foi o tempo em que as águas do dilúvio "predominaram" (cf. 7:24).

Ao fim dos 150 dias, "as águas iam-se escoando" (8:3). Não foi senão após o quinto mês depois do início da chuva que a arca repousou no monte Ararate (8:4). Então, onze meses depois do início das chuvas, as águas secaram-se (7:11; 8:13). E exatamente um ano e dez dias depois do início do dilúvio, Noé e sua família saíram da arca e pisaram em solo seco (Gn 7:11; 8:14).

7. GÊNESIS 8:1 - Deus esqueceu-se temporariamente de Noé?

- PROBLEMA: O fato de o texto dizer que "Lembrou-se Deus de Noé" parece implicar que o Senhor se esqueceu de Noé temporariamente. Contudo, a Bíblia declara que Deus sabe todas as coisas (SI 139:2-4; Jr 17:10; Hb 4:13) e que nunca se esquece de seus santos (Is 49:15). Como então pôde ele temporariamente esquecer-se de Noé?

- SOLUÇÃO: Em sua onisciência, Deus sempre esteve consciente de que Noé estava na arca. Entretanto, depois de Noé ter permanecido nela por mais de um ano, como se tivesse sido esquecido, Deus deu um sinal de sua lembrança e fez com que Noé e sua família saíssem da arca. Mas, Deus nunca se esqueceu de Noé, já que o Senhor mesmo foi quem o notificou, no início, para salvar a si e à espécie humana (cf. Gn 6:8-13). Com frequência, nós mesmos usamos uma expressão semelhante, quando dizemos que nos "lembramos" de alguém no seu dia de aniversário, mesmo que nunca tenhamos nos esquecido da existência de tal pessoa.

8. GÊNESIS 8:21 - Deus mudou de ideia quanto a nunca mais destruir o mundo de novo?

- PROBLEMA: De acordo com este versículo, depois do dilúvio, Deus prometeu:"... nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz". Entretanto, Pedro prediz que haverá um dia em que "os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas" (2Pe 3:10).

- SOLUÇÃO: Depois do dilúvio, Deus somente prometeu nunca mais destruir o mundo da mesma maneira como Ele tinha feito (Gn 9:11), ou seja, com água. O arco-íris é um símbolo perpétuo dessa promessa. A segunda destruição do mundo será com fogo, e não com água. O que vai acontecer é que "os elementos se desfarão abrasados" (2Pe 3:10). Mesmo assim, naquele dia Deus não vai destruir todos os seres viventes. Os homens serão salvos em seus corpos físicos ressurretos e imperecíveis (1Co 15:42).

CONCLUSÃO

Depois desse terrível julgamento, no qual Noé e sua família foram poupados, teve início uma época muito diferente daquela que tinha existido antes do dilúvio. O dilúvio como a Escritura registra foi um evento único na história da humanidade (Gn 8.21ss.), e terá seu paralelo somente na conflagração mundial dos últimos dias (cf. 2Pe 3:5-10). Esse dilúvio é como um batismo que condena o mundo e resgata os crentes (1Pe 3.19,20).

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 64. CPAD.

Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.

Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards

Teologia do Antigo Testamento – ROY B. ZUCK.

Comentário Bíblico Beacon – CPAD.

O Pentateuco. Paul Hoff.

Gênesis. Bruce K. Waltke. Editora Cultura Cristã.

Manuel do Pentateuco. Victor P. Hamilton. CPAD.

História de Israel no Antigo Testamento. Eugene H. Merrill. CPAD.

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler.

domingo, 1 de novembro de 2015

Aula 06 – O IMPIEDOSO MUNDO DE LAMEQUE


4º Trimestre/2015

Texto Base: Gênesis 6:1-6

 
“E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6:5).

 

INTRODUÇÃO

Lameque, no Hebraico significa vigoroso. Na descendência de Caim, ele constitui a quinta geração que deu origem a uma geração corrupta de homens preocupados com o "ter" (Jabal), com o entretenimento (Jubal), com as armas de guerra (Tubal-Caim) e com o prazer sensual (Naamá). Ele cometeu o segundo homicíido mencionado na Bíblia, que seria duplo (um varão por tê-lo ferido e um mancebo por tê-lo pisado). Na história da humanidade, segundo a Bíblia, ele foi o primeiro homem a praticar a bigamia, manchando a instituição divina do casamento.  Lameque teve duas esposas: o nome da primeira era Ada, que teria sido mãe de Jabal e de Jubal; o nome da segunda esposa chamava-se Zilá, que foi mãe de Tubal-Caim e de Naamá.

Segundo a Bíblia, Jabal ficou conhecido como o pai dos construtores de tendas e criadores de gado (Gn 4:20); Jubal, irmão de Jabal, destacou-se como o inventor de instrumentos musicais. Por isso, ficou conhecido como “o pai dos músicos” (Gn 4:21); Tubal-Caim teria sido o primeiro homem a fazer uso do cobre e do ferro nas construções da humanidade (Gn 4:22); Naamá, seu nome quer dizer “agradável", "desejável". Ela é irmã de Tubal-Caim e é citada, de modo especial, em Gn 4:22, pois não se mencionava nomes de mulheres nas genealogias antigas. Segundo estudiosos, esta citação não vem como um elogio, mas como uma denúncia do começo da prostituição no meio da humanidade.

Os pecados de Lameque e seus descendentes se alastraram de tal maneira que viriam a depravar, inclusive, a linhagem piedosa de Sete, provocando o juízo divino sobre aquela impiedosa humanidade. Mas em todos os modos de Deus tratar com a humanidade Ele nunca deixou de ter um povo remanescente. Dentre toda aquela humanidade corrupta, havia uma família que não se rendeu ao pecado: a família de Noé. Este era justo e temente a Deus, não tendo se corrompido como os demais (Hb 11:7). Noé e sua família foram salvos, e isso nos mostra que Deus tem um compromisso com aqueles que pela fé lhe obedecem. Estudaremos com mais detalhe sobre Noé na Aula nº sete.

I. CONTRASTE ENTRE OS LAMEQUES (1)

1. Os dois Lameques e suas diferenças. Nos capítulos 4 e 5 de Gênesis é mencionado dois “Lameques”: um em Gn 4:18,19 e outro em Gn 5:25,28,29.

- O Lameque do capítulo 4 é o da linhagem de Caim. Trata-se, pois, de um homem violento e odioso, conforme o autor sagrado descreveu: “... vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete" (Gn 4:23,24). Este Lameque cantava, entoava a impiedade e a violência. A intenção de fazer o mal pulsava em seu coração.

- O Lameque do capítulo 5 é o da geração de Sete. A geração que começou a buscar a face do Senhor Deus. Esse Lameque é o pai de Noé. Diferentemente das palavras do Lameque do capítulo 4, o pai de Noé se referiu ao seu amado filho, quando o nomeou, assim: "E chamou o seu nome Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou" (Gn 5.29). Este Lameque conhecia bem o Senhor e sabia que a terra estava cheia de violência. Entretanto, ele depositou a sua esperança no seu filho, pois sabia que Noé agradaria o Senhor seu Deus.

- O Lameque do capítulo 4 simboliza a violência, o ódio, a desesperança, o mundo entregue ao mal, a devassidão moral, a violência ilimitada e a terrível resistência à graça divina. Ele é o primeiro compositor de poema musical - E disse Lameque [...] escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou” (Gn 4.23). Lameque tinha sido insultado ou injuriado por alguém, e então ele lhe tirou a vida. Ao invés de sentir remorso, ele se orgulhou disto perante suas esposas, compondo o que no texto em hebraico é conhecido como um poema ou uma canção. Esta canção é conhecida como "insulto" ou "canção da espada". As palavras desta canção revelam quão ímpio Lameque era. Ele não se orgulha somente de sua vingança, mas diz que faria mais para se vingar do que Deus poderia ter feito para vingar Caim se ele tivesse sido morto – “Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete” (Gn 4:24). Isto é um escárnio ao juizo divino. Infelizmente, há muitas pessoas hoje que usam de chocarrice e escárnio com as coisas de Deus, com a Bíblia ou com aqueles que servem a Deus. Muitos são os que, por pecarem tanto, já estão tão acostumados com eles que não acreditam num juízo divino ou, mesmo que ele venha, não atentando que sofrerão eternamente pelas coisas que andam fazendo.

- O Lameque do capítulo 5 representa a esperança, o consolo de Deus a uma geração. Este é o Lameque que não prosperou em maldade, mas em bondade, misericórdia e consolação. Por intermédio dele, chegou o livramento de Deus para a humanidade. No Dilúvio, o plano de Deus apontava para o Seu plano superlativo para o mundo: a Cruz do Calvário.

2. Lameque, descendente de Caim, um exemplo a não ser seguido. Lameque é um exemplo a não ser seguido pelas seguintes razões. (3)

a) Ele se vangloria de ser um homem violento. Lameque tem prazer em alardear sua violência. Leia novamente suas palavras: “... escutai o que passo a dizer-vos: matei...” (Gn 4:23).

b) Ele banaliza a vida humana - “... Matei [...] um rapaz porque me pisou”. Para Lameque as pessoas não valiam nada. A violência é a demonstração mais vil de que a vida humana não tem valor. Matar um jovem por causa de uma pisada no pé é não ter nenhum respeito com a vida humana.

c) Ele não gosta de sentir dor, mas fere as pessoas. Lameque não gosta de ser pisado, mas pisa as pessoas. Lameque tipifica aquelas pessoas que não gostam de ser machucadas, mas têm prazer em machucar os outros.

d) Ele é avesso ao perdão. Perdão é uma palavra desconhecida no vocabulário de Lameque. Infelizmente, muitos à semelhança de Lameque preferem retribuir a ofensa na mesma intensidade ou em grau superior do que liberar perdão. Alguém pode alegar que não tem nada a ver com Lameque, afinal nunca matou ninguém. Mas a Bíblia diz que se você odiar a seu irmão é considerado asssassino - “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino” (João 3:15). Portanto, tornamo-nos semelhantes à Lameque quando não perdoamos, antes odiamos ao nosso irmão. Jesus foi mais enfático e contundente quando disse: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus...” (Mt 5:44,45).

II. UMA TERRA PERFEITA PARA UMA GERAÇÃO IMPERFEITA (2)

1. Um planeta farto e pródigo. Apesar do pecado, a Terra pré-diluviana era um habitat perfeito. Havia fartura de pão, saúde perfeita, beleza perfeita, tecnologia avançada. Por isso, a população antidiluviana dava-se ao luxo de viver irresponsável e impiamente. Jesus Cristo fez uma descrição desse período, quando ele falava aos seus discipulos acerca de sua segunda vinda: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.” (Mt 24:38,39).

2. Vida longa e próspera. A longevidade era um marco desse glorioso período, contavam a vida em séculos, não em décadas. Além disso, a geração antidiluviana era bastante próspera, não se angustiava com os problemas que, hoje, nos afligem. Ninguém se preocupava com a escassez. Havia água e comida em abundância.

Como pussuiám tudo em abundância, e sem o temor de Deus, a natureza carnal os levava a orgias e truculências. Sua lógica era o pecado. Com uma vida quase milenar, os pré-diluvianos viviam pendularmente entre a eternidade e a impunidade. Como um homem de quase mil anos haveria de temer a morte? E se Deus já os entregara aos próprios erros, nao lhes castigando de imediato a iniquidade, por que temer o Juizo Final se a história mal havia começado? Por essa razão, os contemporâneos de Noé viviam para pecar e pecavam para viver. Não era incomum deparar-se com um adúltero de seiscentos anos, com um assassino de oitocentos ou um corrupto de quase mil anos.

Diante de um quadro de impunidade, de degradação moral, o Senhor resolve dar um baste a tudo isso. Primeiramente, Ele começa colocando um limite a vida biológica. Se observarmos os capitulos cinco e onze de Gênesis veremos que as genealogias descritas tiveram uma alteração drástica no cômputo das idades. Nas genealogias analisadas no capítulo 5, a vida humana era calculada em séculos. Já no capítulo 11, a vida da população é calculada em décadas. Matusalém chegou a 969 anos; já Terá, pai de Abrão, o último dos longevos, viveu até os 205 anos (Gn 11:32). Na conclusão de Gênesis, constata-se que a fronteira biológica do ser humano já está fixada, pois José, filho de Jacó, faleceu aos 110 anos (Gn 50:26). Mais tarde, queixa-se Moisés da efemeridade da existência humana (Sl 90:10).

3. Harmonia ecológica. Até o Dilúvio, havia perfeita harmonia entre os reinos animal, vegetal e humano. Os animais selvagens nao representavam qualquer ameaça. A única ameaça era o próprio homem, que, por ser agressivo e irreconciliável, amedontrava até mesmo a mais brutal das feras. Após o Dilúvio, contudo, pavor e medo recairiam sobre o reino animal; sobre a natureza, gemido e angústia (Gn 9:2; Rm 8:22). Apesar do reino animal e vegetal em decadência, mesmo assim, o mundo ainda era perfeito, belo e sustentável. Mas o povo que o habitava era o antônimo de tudo isso. Ao invés de agradecer ao Criador por todas as benesses, pela sua graça comum (Gn 8:22), a população aproveitava tais favores para depravar-se totalmente. E o ser humano continua caminhando de mal a pior. Devemos estar conscientes de que um Dia toda natureza gentílica será extirpada e o reino de Cristo estabelecido para sempre. Os grandes reinos crescem, fortalecem-se, deterioram-se e caem, mas só o Reino de Deus permanece para sempre, conforme Daniel capítulos 2 e 7.

III. UM MUNDO TOTALMENTE DEPRAVADO

O mundo de Lameque era depravado e cruel. Voltando-se contra o Senhor, seus descendentes cometeram os pecados mais hediondos e abomináveis.

1. Devassidão sexual. A Bíblia relata que foi na civilização cainita que se iniciou a poligamia e os pecados da prostituição. Lameque, o primeiro polígamo, foi quem deu a cartada inicial da quebra do princípio da monogamia (ler Gn 4:19), abandonando-se o modelo divino de família. Os pecados sexuais, agora, eram cometidos como se nada fosse proibido; não havia limites à prostituição; a irmã de Tubal-Caim, Naamá, é tida como a primeira prostituta da história.

Conforme o texto sagrado, até mesmo os descendentes de Sete corromperam-se em meio àquela imoralidade abominável. Relata o autor sagrado: “viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” (Gn 6:2). Esses “filhos de Deus”, sem dúvida, eram os descendentes da linhagem piedosa de Sete (cf. Dt 14:1; Sl 73:15; Os 1:10); eles deram início aos casamentos mistos com as “filhas dos homens”, isto é, mulheres da família ímpia de Caim.

A teoria de que os “filhos de Deus” eram anjos, não subsiste ante as palavras de Jesus, que os anjos não se casam (Mt 22:30; Mc 12:25). O que vem a reforçar essa ideia é o fato de que, após o relato inicial em Gênesis 6, o texto mostra a ira de Deus contra a corrupção humana nos versículos 6 e 7 resultando na destruição da raça humana com o dilúvio e a salvação apenas da família de Noé, porque este era justo e temente a Deus, não tendo se corrompido como os demais (Hb 11:7). Se os “filhos de Deus” fossem anjos a punição deveria vir apenas para eles e não para os homens, posto que são de maior força, podendo dominar facilmente os humanos e fazerem o que quiser, como o diabo, também, muitas vezes faz com as pessoas. Portanto, indubitavelmente, os “filhos de Deus” são aqueles descendentes de Sete que começaram a invocar o nome do Senhor, e os “filhos dos homens” são os descendentes de Caim que se afastaram de Deus e começaram a pecar.

Hoje em dia, a imoralidade, a incredulidade e a pornografia dominam a sociedade inteira (ver Mt 24:37-39).

2. Violência sem limites. “… a terra está cheia de violência…” (Gn 6:13). A palavra "violência" na Bíblia é “hamas”, que significa "injustiça, ser violento com, tratar violentamente". A violência é uma das consequências da queda do homem. E é lógico que há um interesse do inferno em intensificar cada vez mais a violência, pois ela é contrária aos princípios bíblico e inútil na resolução de qualquer problema.

Em Gn 6:11 lemos: "A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência". Neste texto, a associação feita entre "corrupção" e "violência" é assustadora e demonstra que o estado do mundo determina seus aspectos vivenciais e também atrai a ira de Deus.

A união conjugal indevida entre os descendetes de Sete e de Caim (jugo desigual) levou a um estado deplorável de iniquidade. A terra corrompeu-se e encheu-se de violência sem limites (Gn 6:11-13). Em Gn 6:5 está escrito: “E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente”. Os homens valentes eram cultuados como ídolos: “Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama” (Gn 6:4).

Lameque espontaneamente e livremente assassinou dois homens. Um adulto, ele matou porque o feriu; e um jovem por lhe ter pisado. Logo, o seu crime, além de covarde, foi brutal. Nossos dias não diferem em nada do mundo de Lameque; a degeneração humana não mudou; o mal continua irrompendo desenfreado através da depravação e da violência. Por causa de um celular ou por uns míseros centavos, muita gente jovem perde a vida.

- Na sociedade atual, o desamor é uma constante e, em virtude disto, os dias são repletos de violência, pois a vida humana é vilipendiada, já que não há amor a Deus e, consequentemente, não há amor ao próximo. O homem é menosprezado e se desenvolve, entre os homens, uma verdadeira “cultura da morte”. Tal qual no mundo de Lameque, assassina-se banalmente. Leiam a história e verão que déspotas, como Stalin, Hitler, Mao Tsé-Tung, Kin Jong-um (ditador sanguinário da Coréia do Norte), dentre outros, não fizeram e nem fazem caso algum da vida do seu próximo, praticam impiedosamente genocídios e crimes contra a humanidade. A índole criminosa do ser humano vai de mal a pior!

- Na sociedade atual está acontecendo um alto grau de ferocidade entre as pessoas. O apóstolo Paulo, ao descrever os últimos dias, diz que seriam dias em que os homens seriam amantes de si mesmos, sem amor para com os bons, desobedientes a pais e mães, ingratos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, cruéis, obstinados e orgulhosos (2Tm 3:2-4). Assim, são pessoas que só pensam em si próprios e cria condições múltiplas para se servirem do próximo, aproveitarem-se dele e o explorarem o máximo possível. Em virtude desta “ferocidade humana”, vivemos dias em que o individualismo, o egoísmo, a vileza com que o homem é tratado faz com que as pessoas se tornem desconfiadas, desacreditadas umas das outras, comportamento que prejudica todo e qualquer relacionamento. A consequência disto é a expansão do ódio, da raiva, da violência. As pessoas agem em relação às outras como se estas fossem, há muito, suas inimigas. Vivemos a época da insegurança e do medo indiscriminados.   

- Na sociedade atual, o homem não tem a menor preocupação em prejudicar o outro, desde que isto lhe seja conveniente e contribua para que atinja os seus objetivos; objetivos estes que dizem respeito somente a si próprio. A ganância, o prazer, o bem-estar próprio, a satisfação do seu ego, é só isto que é estimulado, incentivado e almejado pelo homem dos últimos dias.

- Na sociedade atual, a violência contempla todos os níveis sociais e culturais, desafiando quem quer que seja, sem vislumbre de uma solução tangível. Somente o Evangelho de Cristo é o remédio eficaz para debelar a violência sobre a Terra. Até que o Senhor Jesus retorne, faz parte da missão da Igreja fazer deste um mundo menos violento, pregando o Evangelho, praticando a justiça e amparando os menos favorecidos.

3. Resistência à graça divina. Não sabemos por quantos anos, décadas, ou séculos, a geração de Lameque resistiu ao Espirito Santo. Da resistência ao Espirito Santo de Deus, aquela humanidade antediluviana passou a blasfemar contra o SENHOR, depravando-se totalmente. Mas, chegou o tempo em que Deus deu um basta a tudo isso. Disse o Senhor: “O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6:3).

A Graça salvadora de Deus é inesgotável, é abundante. Por isto ela envolve todo o mundo, é suficiente para predispor toda a humanidade a tornar-se merecedora da Redenção Divina, oferecendo-lhe a oportunidade de escapar da justa e inevitável condenação; mas, tal qual o mundo antediluviano, a maioria da população mundial de hoje resiste à graça salvadora de Deus. Isso terá limite. A justiça de Deus é certa e muito rigorosa sobre o mundo corrupto e destituído de Deus. Para aquela civilização Deus disse: “O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; eis que os desfarei com a terra” (Gn 6:13). A Palavra de Deus adverte: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem”(Mt 24:37).

IV. UM MUNDO CONDENADO À DESTRUIÇÃO (Gn 6:5,7,8,11-13)

5. E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.

7. E disse o SENHOR: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.

8. Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR.

11. A Terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a Terra de violência.

12. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.

13. Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.

Nos dias que antecederam o dilúvio, a Terra encheu-se de violência e imoralidade, de forma que ficou insustentável a vida na Terra. O temor a Deus tinha quase desaparecido dos corações dos filhos dos homens. A libertinagem predominava, e quase todo o tipo de pecado era praticado. A maldade humana era aberta e ousada, e o lamento dos oprimidos alcançava os Céus. A justiça estava esmagada até o pó. Os fortes não somente usurpavam os direitos dos fracos, mas forçavam-nos a cometer atos de violência e crimes.

No versículo 13, o Deus Criador ordena o fim de todas as coisas. O motivo: a multiplicação da violência. O resultado: “... os destruirei com a terra...". Deus havia decidido acabar com tudo isso (o mal sobre a terra) e dar ao homem a retribuição por seus atos pecaminosos violentos: a morte física e morte eterna. Isso fica claro porque somente oito pessoas (Noé e sua família) são salvas da grande catástrofe que veio sobre a humanidade.

O fato de a Terra estar cheia de violência não podia continuar sem controle. Deus tomou a decisão e estava pronto para agir. A punição tinha de ser drástica. O Gênero humano e todas as demais vidas sobre a Terra seriam destruídos, no decorrer da duração do dilúvio.

Antes do Juízo de Deus sobre os ímpios, Deus proveu a Salvação para os justos. Deus mandou que Noé fizesse uma Arca. Nela somente os justos poderiam adentrar e escapar do Juízo divino. Ninguém acreditou que isso iria acontecer, até que Deus tomou a decisão drástica de destruir os ímpios.

A degeneração humana não mudou; o mal continua irrompendo desenfreado através da depravação e da violência (ver Mt 24:37-39; ver Rm 1:32). Não resta dúvida que Deus trará forte Juízo sobre todos aqueles que praticam a violência e a promove. A Palavra de Deus adverte: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem”(Mt 24:37).

A Igreja, a Universal Assembleia dos Santos (Hb 12:23), é a Arca que Deus elegeu para colher a todos aqueles que de forma decisiva e resoluta entrar nela; seu capitão é Jesus Cristo, que nos assegura um porto seguro. Portanto, todos aqueles que adentrarem nesta Arca estão predestinados à vida eterna com Deus (Ef 5:1).

CONCLUSÃO

Jesus declarou profeticamente que o mundo, na ocasião da sua volta, será semelhante aos dias da geração antediluviana - “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24:38,39).

O estado decadente de pecado e corrupção daqueles dias desgostou a Deus, de tal maneira, que resolveu intervir na história da humanidade, trazendo o justo castigo, através do Dilúvio. O juízo de Deus destruiu todos, menos os que estavam na Arca. Estes, porém, não foram salvos por causa da sua justiça nem retidão, e sim, por causa da graça de Deus (Gn 6:8). Podemos ver que a salvação é puramente pela graça de Deus.

A Igreja precisa estar alerta para os acontecimentos destes últimos dias e cumprir sua principal missão profética, tal qual Noé: proclamar os juízos de Deus que virão.

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 64. CPAD.

Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.

Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards

Teologia do Antigo Testamento – ROY B. ZUCK.

Comentário Bíblico Beacon – CPAD.

O Pentateuco. Paul Hoff.

Gênesis. Bruce K. Waltke. Editora Cultura Cristã.

Manuel do Pentateuco. Victor P. Hamilton. CPAD.

História de Israel no Antigo Testamento. Eugene H. Merrill. CPAD.

(1) Adaptado de: Revista Ensinador Cristão, nº 64, p.39.CPAD.

(2) (Adaptado do livro “O começo de todas as coisas”. Claudonor de Andrade. Pp 62,63. CPAD).

(3) Adaptado do texto de Manoel Neto – “Não pise no meu calo” (FONTE: https://pt-br.facebook.com/DeusFalaFalaFacilERepete).