Texto Básico: Apocalipse 14:1-7
10/06/2012
“[...]
Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai
aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”(Ap 14:7).
INTRODUÇÃO
Nesta Aula estudaremos sobre a mensagem do Evangelho no
período da “Grande Tribulação”. Apesar de esse período prometer ser o mais
sombrio da humanidade, Deus será misericordioso mesmo neste período. A Bíblia
diz que Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente, e assim também o
será durante a Tribulação. Isso significa que, mesmo depois da Igreja ser
arrebatada da Terra, aquele que invocar o nome do Senhor, ainda será salvo.
Muitos têm o conceito errado de que, após o Arrebatamento, o Espírito Santo de
Deus seria retirado da terra e o restante das pessoas já estaria
automaticamente condenado. Isso não é verdade! Em Apocalipse 7:9
João descreve uma grande colheita de almas: "Depois destas coisas
olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, [aglomeradas]
de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono,
e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos".
O versículo diz que é uma multidão que ninguém podia contar. Portanto,
muitos se convencerão do pecado durante esse período. São os novos crentes, que
se converterão depois do Arrebatamento. Estes crentes se convencerão do pecado
durante os julgamentos que Deus enviará ao mundo no período da Tribulação. Deus
prova, mais uma vez, que ama todos que se voltam para Ele, mesmo durante o
“Império do Mal”.
I.
A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO NO PERÍODO DA “GRANDE TRIBULAÇÃO”
"Porque nesse tempo haverá grande tribulação,
como desde o princípio do mundo até agora não tem havido" (Mt 24:21).
A profecia-chave da escatologia bíblica é a profecia das
Setenta Semanas de Daniel(Dn 7:24). Sabemos que a profecia do profeta Daniel se
cumpriu até a 69ª Semana, ou seja, falta uma Semana para que seja integralmente
cumprida, uma vez que a contagem das semanas parou quando da rejeição de Jesus
por Israel.
Observação: “…Houve
dois decretos ligados à reconstrução de Jerusalém, que muitos estudiosos da
Bíblia confundem. Um em 457 a.C., de embelezamento do templo e restauração do
culto, a cargo de Esdras (Ed cap.7). O outro foi o da reconstrução dos muros e,
portanto, da cidade, a cargo de Neemias. É deste que estamos tratando – foi
baixado o ato em 445 a.C. A partir daí, começaria a contagem das setenta
semanas proféticas.(…). Os 434 anos vão de 397 a.C. até os dias da morte de
Cristo. Logo depois ocorreu a destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d.C.
Conforme o versículo 26, após a morte de Jesus seguiu-se a destruição de
Jerusalém. Assim, de acordo com a profecia (Dn 9:26), o Messias morreria antes
da destruição da cidade, o que de fato ocorreu.(…). O ano 33 do nosso
calendário corresponde ao 29 do calendário correto, mas inexistente.…” (Antonio
GILBERTO. O calendário da profecia, p.64).
Tendo ocorrido a rejeição do Messias, segundo a
profecia das setenta semanas, o Messias foi retirado, sobrevindo a destruição
de Jerusalém pelo povo do futuro príncipe, que destruiu a cidade e o
santuário(cf Dn 9:26). A partir de então, diz a profecia, estariam determinadas
guerras e assolações e, indubitavelmente, a Palestina tem sido palco de guerras
desde então e o povo judeu, que é o objetivo da profecia (cf. Dn 9:24), tem
sofrido perseguições impiedosas. Jerusalém tem sido pisada pelos gentios,
porque estamos no tempo dos gentios e isto acontecerá até que este tempo se complete
(Lc 21:24).
1. O que
é a “Grande Tribulação”. Segundo o pastor Antonio Gilberto, a palavra tribulação
significa literalmente "comprimir com força", como se faz com as
uvas no lagar, ou com a cana-de-açúcar no moinho. Ao lermos o livro do
Apocalipse, temos a nítida demonstração de que a “Grande Tribulação” é um
período de juízo divino. É o período em que Deus tratará com a humanidade que
rejeitou a Seu Filho. É o período do “grande dia da Sua ira” (cf Ap 6:17a).
O
elemento importante que marcará o início da Grande Tribulação é, precisamente,
o acordo político que será firmado entre o Anticristo e Israel, um pacto de
sete anos de duração, em que o Anticristo reconhecerá o domínio de Israel sobre
a área do Templo reconstruído de Jerusalém e, em troca, Israel reconhecerá a
soberania do Anticristo sobre o mundo. O Anticristo será reconhecido como o
Messias pelos judeus que, então, estarão governando o país. Este pacto parecerá
pôr fim ao conflito do Oriente Médio e será um elemento importantíssimo para
que todo o mundo veja no Anticristo o líder mundial pela paz e traga ao mundo a
sensação de que se chegou, finalmente, ao período tão almejado de paz e
segurança no mundo. Mal sabem eles que, assim como afirmam as Escrituras,
“…quando disserem: há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina
destruição…”(1Ts 5:3). Este ponto é o primeiro que é mencionado por Daniel ao
tratar da septuagésima semana (Dn 9:27).
Há
teólogos que se precipitam em afirmar que esse terrível e aterrorizante evento
escatológico não acontecerá. Estes deveriam atentar para o que o Senhor Jesus
disse em Mateus 24:21: "nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o
princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais" (ARA).
2. Fases da Grande Tribulação. Quando analisamos a profecia das
setenta semanas de Daniel (Dn 7:24,25) e a revelação contida em Apocalipse
11:2,3;12:6;13:5, observamos que a Grande Tribulação será dividida em dois
períodos, cada um de três anos e meio (ou 42 meses, ou, ainda, 1.260 dias). O
primeiro período é chamado simplesmente de ‘Tribulação’. O segundo, que é o
pior, é denominado ‘Grande Tribulação’. Os dois períodos compreendem a
ascendência e governo do Anticristo.
Dos sete anos de tribulação, os piores serão os
últimos três anos e meio (Ler Daniel 7:25 e Apocalipse 13:1-8). Nessa segunda
fase, o Anticristo romperá a aliança feita com os judeus, e começará a
persegui-los. Tal fato ocorrerá quando ele exigir adoração a si mesmo e os
judeus a recusarem. Os 'santos’ perseguidos pelo Anticristo, referidos em
Daniel 7:21,25 e Apocalipse 13:7, são em primeiro plano os israelitas, mas
também os gentios crentes, os quais serão martirizados. O sofrimento nesse
tempo será de tal monta que se durasse mais algum tempo ninguém escaparia com
vida. Disse Jesus: "Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como
desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais. Não
tivesse aqueles dias sido abreviados, e ninguém seria salvo; mas por causa dos
escolhidos tais dias serão abreviados" (Mt 24:21,22).
Vejamos
com mais detalhe, embora resumidamente, esses dois períodos futuros que está
por vir:
a) a primeira metade dos sete
anos. Esse período é chamado por alguns estudiosos de “Tribulação”.
Será o período de consolidação do poder do Anticristo. Neste período, o
Anticristo, que conquistou o poder mediante o acordo das dez nações, sairá,
como diz o primeiro selo do livro do Apocalipse, para vencer (Ap 6:2). Fará um
pacto de não-agressão com Israel e, ao mesmo tempo, imporá seu domínio sobre
três das nações que o apoiaram em sua subida ao poder. Ninguém lhe resistirá e,
com suas guerras, exterminará os inimigos, instalando seu regime político
ditatorial, ao mesmo tempo em que o falso profeta reunirá em torno de si todas
as religiões do mundo. Demonstrará grande habilidade e trará um período de
prosperidade e de sensação de paz e de segurança aos seus súditos, levando
todos a aceitá-lo como o “salvador do mundo”. Seus poderes sobrenaturais também
serão exercidos, de tal modo a iniciar um movimento de adoração ao seu nome.
Neste período, também, apesar de o Espírito Santo não mais oferecer resistência
ao Anticristo, levantará as duas testemunhas e os 144 Mil homens que iniciarão
a pregação do Evangelho do Reino. O Anticristo iniciará a perseguição a este
grupo.
b) a segunda metade dos sete
anos. Esse período é chamado por alguns estudiosos de “Grande
Tribulação”. Seu início será com a violação do pacto entre o Anticristo e
Israel, quando o Anticristo, já senhor da situação político-econômico-religiosa
de todo o mundo, estabelecerá a adoração ao seu nome, bem como quererá ser
adorado como deus no Templo de Jerusalém; e o fará, mandando cessar o
sacrifício no terceiro templo e ali colocando sua imagem (cf 2Ts 2:4; Ap
13:15). Muito provavelmente, por este tempo, se difundirá a mentira da sua
suposta ressurreição e o falso profeta fará os sinais e prodígios que levarão
quase todos a adorar o Anticristo.
3. A Igreja passará pela Grande
Tribulação? Não. Não passará. A revelação retratada pelo
apóstolo Paulo é que o povo de Deus será tirado do mundo, no aparecimento de
Jesus Cristo (1Ts 4:17). E, se é "depois disso" que será revelado o
“Iníquo”, então estamos diante de uma prova contundente de que a Igreja não
passará pela Grande Tribulação! O apóstolo Paulo é claro ao afirmar que este
período da história terá como finalidade julgar todos os que não creram na
verdade, mas antes, tiveram prazer na iniquidade (2Ts 2:12). Ora,
se a Grande Tribulação é um juízo para aqueles que não aceitaram a Cristo, por
que haveria de a Igreja sofrer, vivendo na Terra durante este período?
Como poderíamos dizer que Deus é o Justo juiz (Jr 11:20; 2Tm 4:8), se
estabelecesse um juízo por causa da rejeição de Jesus e o derramasse tanto
sobre os que creram em Jesus quanto os que nEle não creram?
“Antes de o Cordeiro de Deus desatar o primeiro
selo, dando início a uma série de juízos (Ap 6), João viu os 24 anciãos diante
de Deus, no Céu (Ap 4:4). Eles representam a totalidade da Igreja: as doze
tribos de Israel e os doze apóstolos de Cristo. E isso prova que, desde o
início da Grande Tribulação, os salvos já estarão no Céu! ”(Ciro Sanches
Zibordi – Teologia Sistemática Pentecostal - p. 512).
4. Haverá Salvação durante a
Grande Tribulação? Claro que sim! A salvação é uma realidade
que vai além da dispensação da graça. A dispensação da graça, dizem-nos as
Escrituras, começou com Jesus Cristo (João 1:17), mas a salvação é destinada a
todos os homens, de todos os tempos (1Tm 2:4).
Muitos não aceitam que haverá salvação nesse
período, e dizem: "Como pode haver salvação nessa época, quando a
Dispensação da Graça estará finda e o Espírito Santo já terá arrebatado a
Igreja?" Diz o pr. Antonio Gilberto que perguntar assim é ignorar o plano
de Deus através da Bíblia, para com o homem que Ele criou. Ele responde com
outra pergunta: "Como o povo se salvava antes da Dispensação da Graça, e,
como operava o Espírito Santo nessa época?". O povo se salvava pela fé no
Redentor que havia de vir. Isso era também salvação pela graça (Ler Atos 15.11;
Ef 1:4; 1Pe 1.19.20). Eles também tinham o Evangelho (Gl 3.8; Hb 4.2)...”(calendário da profecia, p.58).
Assim, o fato de, com o arrebatamento da Igreja, ter terminado a
dispensação da graça, em absoluto significa que Jesus tenha deixado de salvar.
Porém, as Escrituras são claríssimas ao afirmar que a salvação na Grande
Tribulação exigirá o martírio, ou seja, para que alguém seja salvo, além de
crer em Jesus com toda esta dificuldade de ordem espiritual, terá de morrer por
causa do testemunho de Jesus e do amor pela Palavra de Deus. Na Grande
Tribulação, a salvação dependerá do derramamento do próprio sangue, além da fé
no poder do sangue de Jesus. A Bíblia diz, claramente, que o Anticristo
destruirá os santos do Altíssimo (Dn 7:25) e que os salvos serão mortos (Ap 6:9).
Em Apocalipse 7:4-8 vemos uma multidão de judeus
salvos na Terra. Em Apocalipse 8:9-11 e 7:9-17 vemos uma multidão de gentios e
judeus salvos, no Céu, porém saídos da Terra, após sofrerem martírio. No meio
dessa multidão estarão aqueles que não subiram no arrebatamento, e, despertados
por tal fato, decidiram permanecer fiéis, a despeito de toda e qualquer prova e
sofrimento.
É preciso deixar bem claro que a salvação na Grande
Tribulação será muito mais difícil e árdua do que a salvação na nossa atual
dispensação. Atualmente, a salvação é acessível a tantos quantos crerem em
Jesus. Hoje, temos o Espírito Santo atuando diretamente em cada coração,
buscando convencer o homem do pecado, da morte e do juízo (João 16:7-11).
Entretanto, na Grande Tribulação o Espírito Santo não mais atuará diretamente,
mas, bem ao contrário, voltará a atuar como o fazia nas dispensações
anteriores, ou seja, através de pessoas previamente escolhidas por Deus,
através das quais a mensagem do Senhor será divulgada, pessoas estas que são as
“Duas Testemunhas” mencionadas em Apocalipse 11 e os 144 Mil citados em
Apocalipse 7. Assim, dizer que uma pessoa que estava despercebida quando da
vinda de Jesus vai logo se conscientizar de que Jesus veio e vai se arrepender
é algo com o que não podemos concordar, porque o processo do arrependimento
instantâneo que presenciamos na nossa atual dispensação é obra da atuação
ilimitada do Espírito Santo, que não mais estará ocorrendo após o arrebatamento
da Igreja.
II.
A PROCLAMAÇÃO DOS MÁRTIRES
No “Império do Mal” os mártires darão grande testemunho de
sua fé inabalável em Cristo Jesus. Se suas vozes forem abafadas, suas atitudes
falarão tão alto que incomodarão a tríade Satânica. O quinto selo mostra que, desde a
primeira metade da Grande Tribulação, não tendo ainda o domínio completo do
mundo, o Anticristo iniciará uma cruel perseguição contra aqueles que
professarem o nome do Senhor Jesus. As Escrituras dizem que ele se levantará
contra tudo o que significa Deus e, sem dúvida, aqueles que, mesmo em meio ao período
de grande opressão que serão aqueles dias, chegarem a crer em Cristo, serão
alvo do ódio do Iníquo, que providenciará meios de combatê-los, combate em que
sairá vencedor, pois a Bíblia diz que, nesta batalha, os santos do Altíssimo
sempre serão derrotados do ponto-de-vista físico, ou seja, serão mortos(Dn
7:25; Ap 13:7). Em Apocalipse 13:15 está escrito que serão mortos todos os
que não adorarem a imagem do Anticristo.
É bom enfatizar que os tais santos mortos são os
mártires da Grande Tribulação, e não a Igreja, que já terá sido arrebatada.
Quando lemos Ap 7:9, fica claro que os mártires são provenientes de
todas as nações, tribos, povos e línguas, ou seja, tanto judeus quanto gentios.
Nem se diga que estas pessoas são os salvos arrebatados (como defendem os
midi-tribulacionistas), porque a Bíblia afirma que estes vieram de Grande
Tribulação (Ap 7:14) e, mais, que estavam com vestidos brancos,
vestidos que lhes foram dados quando da revelação do quinto selo (Ap 6:11), a
mostrar que se trata do mesmo grupo de cristãos.
III.
A PROCLAMAÇÃO DOS 144 MIL
Também, na primeira metade da
“Grande Tribulação”, apesar de o Espírito Santo não mais oferecer resistência
ao Anticristo, 144 mil homens escolhidos de Israel proclamarão com grande
pujança o Evangelho do Reino, não tendo por preciosas as suas vidas.
1. A identidade dos 144 mil. São
chamados de “servos do nosso Deus” (Ap 7:3),
provenientes das tribos dos filhos de Israel (Ap 7:4-8). Talvez sejam os
primeiros convertidos de uma grande colheita de almas ganhas para Deus, dentre
todas as nações e tribos e povos e línguas, durante a Tribulação (Ap 7:9).
São servos anônimos, a exemplo daqueles sete mil que
serviram a Deus no tempo de Elias (1Rs 19:18), os
quais não deixaram nem permitiram que a apostasia de Israel fosse total; ou
como os crentes anônimos de Chipre e de Cirene que, sem serem identificados,
iniciaram a evangelização dos gentios na igreja primitiva (At
11:20,21).
Estes homens serão os responsáveis pela pregação da
Palavra de Deus e pela salvação de muitos na Grande Tribulação. O texto bíblico
diz que estes homens não se contaminarão com o mundo e se manterão fiéis ao
Senhor (Ap 14:3-5), mas, também, como são vistos na glória,
juntamente com o Cordeiro (Ap 14:3), é percebido que também irão
ser mortos pelo Anticristo e pelo Falso profeta no desempenho de seu
ministério.
2. A elevada posição dos 144 mil. Os 144
mil escolhidos receberão um "selo" na testa, algo visível (Ap 7:3) da parte de Deus, que
os protegerá de maneira sobrenatural durante algum espaço de tempo. Deus
assinalará ou marcará as suas testas para indicar a sua consagração a Deus e
que pertencem a Ele (cf Ap 9:4; ler Ez 9:1-6). Todavia, isso não os protegerá
das perseguições e do martírio, haja vista o que está escrito em Apocalipse
7:13,14. Tal marcação denota a proteção que eles terão quanto aos juízos
divinos sobre o mundo (Ap 9:4). O Cordeiro os honrará por sua fidelidade, como
lemos em Apocalipse 14:3-5: “E cantavam um cântico novo diante do trono e
diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele
cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes
são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os
homens foram comprados como príncipes para Deus e para o Cordeiro. E na sua
boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus”.
IV.
A PROCLAMAÇÃO DAS DUAS TESTEMUNHAS
Além dos 144 mil escolhidos por Deus e capacitados
pelo Espírito Santo para Proclamar o Evangelho no “Império do Mal”, Duas
Testemunhas, que serão os dois últimos profetas do Senhor na história da
humanidade - que terão um ministério público -, também atuarão na obra de Deus
durante esse período tenebroso da história humana, com grande poder, e também
farão grandes sinais (ler Ap 11:3-6), a fim de que todos os seres humanos, na
Terra, ouçam a Palavra de Deus, não tendo nenhuma desculpa no dia do Juízo Final.
Essas Duas Testemunhas entrarão em cena nos primeiros 1260
dias (3 anos e meio iniciais) do período de Tribulação. Durante o seu
ministério, o adversário não terá domínio sobre elas, pois serão ungidas pelo
Senhor e receberão de Deus o poder para executarem o seu ministério (Ap
11:3-6), o que é a clara demonstração de que o Senhor, mesmo durante a Grande
Tribulação, não perderá o controle sobre os acontecimentos, sobre o Universo.
Enquanto elas não cumprirem a sua missão, ninguém
poderá vencê-las: "se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca
e devorará os seus inimigos; e se alguém lhes quiser fazer mal, importa que
assim seja morto" (Ap 11:5). Isso é uma prova de que Deus protege os seus
mensageiros (cf. At 12:11).
Muito se especula a respeito da identidade destas duas
testemunhas. Sabe-se pela Bíblia que serão dois homens dotados de grande poder,
fazendo com que não chova em Israel por 1260 dias. Também terão o poder de
transformar água em sangue. Por esta razão, alguns argumentam que essas Duas
Testemunhas serão Moisés e Elias, pois ambos já realizaram estes milagres
descritos em Apocalipse 11:6. Outros imaginam ser Enoque e Elias, porque ambos
não passaram pela morte (Gn 5:24 e 2Rs 2:11). É dito, ainda, que ambas as
testemunhas seriam oliveiras e castiçais que estariam diante de Deus (Ap 11:4),
indicando que se trata de pessoas que, atualmente, estão diante do Senhor no
Céu. Porém, não devemos ir além do que a Bíblia nos diz, e ela silencia sobre
isso.
Após o tempo de seu ministério, que será durante a primeira
metade da Grande Tribulação, o Senhor permitirá que essas Duas Testemunhas
sejam mortas pelo Falso profeta, que, assim, demonstrará o seu poderio e, com
este grande sinal, cristalizará o poder do Anticristo e levará todas as
multidões a aceitar adorá-lo (Ap 11:7-10). Os corpos delas ficarão expostos
durante três dias e meio (Ap 11:9). O povo que ama ao Anticristo se alegrará
com este acontecimento(Ap 7:10).
Mas depois disto, Deus as ressuscitará e as fará ascender
aos céus. E logo em seguida, haverá um grande terremoto, e sete mil homens
morrerão. Os que restarem ficarão muito atemorizados e darão glória ao Deus do
Céu (cf Ap 11:11-13). Isso comprova que o trabalho desses dois servos do Senhor
não será em vão. Quando a Palavra do Senhor é pregada com verdade, sempre há
"alguns" que lhe dão ouvidos (Mt 13:23; At 17:34).
V.
A PROCLAMAÇÃO DO ANJO
“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o
evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a
nação, e tribo, e língua, e povo”(Ap 14:6).
Durante a segunda metade da tribulação, o evangelho de
Cristo, também, será proclamado por um anjo (ou anjos) ao mundo inteiro,
advertindo-o com clareza e poder. É um alerta à humanidade para temer a Deus,
dar-lhe glória e adorá-lo, e não ao Anticristo (Ap 7:9-12).
O tema do Evangelho é descrito em
Ap 14:7 - “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu
juízo. E adorai aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas”.
A ordem aqui é para que os homens temam a Deus, e não ao Anticristo; a fim de
lhe darem glória em vez de glorificar um ídolo, e de O adorarem em vez de
prestar culto a meros homens.
É evidente que existe apenas um
Evangelho, a saber, as boas novas da salvação por meio da fé em Cristo. No
entanto, o Evangelho pode apresentar ênfases distintas em diferentes
dispensações. Durante a Grande Tribulação, o Evangelho buscará afastar os
homens do culto ao Anticristo e prepará-los para o Reino de Deus na Terra.
CONCLUSÃO
Pelo que foi exposto, e, principalmente, pelo que a Bíblia
Sagrada demonstra, não há dúvida de que na Grande Tribulação, ou melhor, no
Governo do Anticristo – o “Império do Mal” -, haverá milhões de conversões.
Como vimos aqui neste estudo, embora haja salvação na Grande Tribulação, seu
preço será muito maior que o verificado na dispensação da graça. Se hoje já
enfrentamos tribulações por causa de nossa fé em Cristo Jesus, quanto mais
naqueles dias. Zelemos, portanto, pelo bem mais precioso que Deus nos
proporcionou: a Salvação e a promessa da vida eterna. Jesus Cristo está voltando!
Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD –
Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular
(Novo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 50.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Caramuru Afonso Francisco – “A Grande
Tribulação”.
Antonio Gilberto – Calendário do Apocalipse.
Ciro Sanches Zibordi - Teologia Sistemática Pentecostal -
Parabéns pela dedicação e aulas tão maravilhosas!!
ResponderExcluirAnderson Tavares
A Paz do Eterno e nosso Salvador Jesus Cristo.
ResponderExcluirSomos gratos a DEUS, por lhe usar como instrumento vivo, para que as mais variadas duvidas e interpretações errôneas, sejam esclarecidas, continue assim, sendo usando por DEUS para ensinar a outrem, firmamos aqui o compromisso de orarmos por vsa, que o TODO PODEROSO, CONTINUE LHE ABENCOANDO.
Ir Sousa Filho
Teresina-PI
Paz Seja Contigo, irmão Luciano.
ExcluirParabéns pelo estudo detalhado sobre a grande tribulação no periodo pós arrebatamento da Igreja.
Permita-me contribuir neste tema, com algumas considerações:
1. Acredito que não ocorrerá conversões, mas salvação por partes das noivas néscias (Mt.25), as quais terão plena consciência da necessidade de morrerrem como mártires para serem salvas.
2. As duas testemunhas, com sinais e prodígios, converterão 144 mil judeus, ou seja, 12 mil de cada tribo de Israel.
3. Somente os judeus remanescentes que se arrependerem de ter rejeitado a Jesus (antepassados) e clamarem por socorro, serão socorridos no final dos 7 anos por Cristo juntamente com Sua igreja; assim como, o restante da população mundial que não tiverem a marca da besta, estarão no governo milenar.
OUTRAS OBSERVAÇÕES:
O reinado do Anticristo terá 3 anos e meio de falsa paz que, segundo minha análise (parte por conjectura e parte por entendimento), será o período que ele implantará sua marca (666) necessária para que todos possam fazer parte do seu sistema (trabalho, religião e comercialização e etc...).
Acredito que ele governará no futuro Trono de Jerusalém, no lugar onde não deveria estar (no abominável da desolação) e que as pragas do Apocalipse terão início no segundo período dos 7 anos, ou seja, nos 3 anos e meio restantes, quando o mesmo será desmascarado pela nação de Israel, a qual não lhe dará mais adoração como se fosse o Cristo, pois ele não poderá combater os flagelos do Apocalipse; o que fará com que Israel sofra por parte do Anticristo a grande tribulação propriamente dita, conforme Mateus 24. 15 à 31.
Sabendo-se que, só os remanescentes que se arrependerem de ter rejeitado o verdadeiro Cristo e clamarem por socorro serão salvos do final dos 7 anos; quando Cristo descerá com sua Igreja Glorificada, e prenderá o anticristo por mil anos para implantar seu Governo Milenar na Terra. Período em que o Evangelho será pregado a todas as nações (criaturas) pelos judeus de carne e osso (remanescentes) e não pela Igreja Glorificada que participará do governo de Cristo.
Ao término do governo Milenar, satanás será solto para provar se as conversões ocorridas no Milênio foram por fé ou pela ausência do mal.
Os que foram seduzidos pela besta, serão arregimentado para guerrear contra Cristo na Batalha do Armagedom.
E, após a vitória total Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, haverá o Juízo Final, como também, passará o céu e a terra (destruição das coisas materiais) e finalmente reinaremos eternamente com Cristo na Jerusalém Celestial.
Um abraço do Discípulo de Cristo,
J.C.de Araújo Jorge