4º Trimestre/2012
Texto Básico:Oséias
1:1,2;2:14-17,19,20
INTRODUÇÃO
A relação de Deus com Israel era
como uma aliança conjugal. Israel havia se “casado” com o Senhor no Sinai.
Israel prometeu a Deus fidelidade. Porém, logo se desviou da aliança e começou
a flertar com outros deuses. Não tardou para que Israel abandonasse a Deus, seu
“marido”, para prostituir-se com outros deuses. A idolatria é infidelidade a
Deus; é rompimento da aliança; é quebra dos votos de fidelidade. A idolatria é
uma torpeza.
A profecia de Oséias foi a última
tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade
persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. A ideia central
da mensagem de Oséias é que o amor poderoso e inextinguível do Senhor por
Israel não descansará enquanto não reconciliar toda a nação consigo. Mas,
consequências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus,
e em rejeitar-lhe o seu amor redentor.
I. O LIVRO DE OSÉIAS
1. Contexto histórico. O
contexto histórico do ministério de Oséias é situado nos reinados de Jeroboão
II, de Israel, e de quatro reis de Judá (Usias, Jotão, Acaz e Ezequias; ver
Oséias 1:1), isto é, entre 755 e 715 a.C. As datas revelam que o profeta não
somente era um contemporâneo mais jovem de Amós, como também de Isaías e
Miquéias. O fato de Oséias datar boa parte de seu ministério mediante uma
referência a quatro reis em Judá, e não aos breves reinados dos últimos seus
reis de Israel, pode indicar ter ele fugido do Reino do Norte a fim de morar na
terra de Judá, pouco tempo antes de Samaria ter sido destruída pela Assíria
(722 a.C.). Ali, compilou suas profecias no livro que lhe leva o nome (fonte:Bíblia
de Estudo Pentecostal).
Oséias,
cujo nome significa “salvação”, é identificado como filho de Beeri (Os
1:1). Nada mais se sabe do profeta, a não ser os lances biográficos que ele
mesmo revela em seu livro. Oséias profetizou ao reino de Israel(reino do Norte
– formado das 10 tribos). O ministério de Oséias, ao Reino do Norte, seguiu-se
logo depois ao ministério de Amós que, embora fosse de Judá, profetizou a
Israel. Amós e Oséias são os únicos profetas do Antigo Testamento, cujos livros
foram dedicados inteiramente ao Reino do Norte, anunciando-lhe a destruição
iminente. Oséias é um dos dois únicos profetas do Reino do Norte a terem um
livro profético no Antigo Testamento(o outro é Jonas).
Oséias foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de
Israel, que desmoronava espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta
anos de sua existência, assim como Jeremias seria chamado a fazer o mesmo em
Judá. Quando Oséias iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de
Jeroboão II, Israel desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de
paz política, que acabariam por produzir um falso senso de segurança. Porém,
logo após a morte de Jeroboão II(753 a.C.), a nação começa a deteriorar-se, e
caminha velozmente à destruição em 722 a.C. Passados quinze anos da morte do rei,
quatro de seus sucessores seriam assassinados. Decorridos mais quinze anos,
Samaria seria incendiada, e os israelitas deportados à Assíria e,
posteriormente, dispersados entre as nações.
Foi nesse cenário de luxo e de
lixo, de glória humana e opróbrio espiritual, de ascendência econômica e
decadência moral, que Deus levantou Oséias para confrontar os pecados da nação
e chamá-la ao arrependimento. A riqueza sem Deus é pior do que a pobreza. A
riqueza sem Deus afasta o homem da santidade mais do que a escassez.
Deus ordenou a Oséias que tomasse
“uma mulher de prostituições”(Os 1:2) a fim de ilustrar a infidelidade
espiritual de Israel. Embora há os que interpretem o casamento do profeta como
alegoria, os eruditos conservadores consideram-no literal.
Nesse declínio moral de Israel,
todas as classes da sociedade se desmoralizaram. Os príncipes, amantes da
riqueza e do luxo, viviam desenfreados no pecado. Os sacerdotes, que deveriam
ensinar a verdade ao povo, tornaram-se bandidos truculentos e cheios de avareza.
As coisas foram de mal a pior,
até que o profeta exclamou: "não há verdade, nem amor, nem conhecimento de
Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há
arrombamentos e homicídios sobre homicídios" (Os 4:1,2).
A religião de Israel tornou-se
sincrética, e o povo misturou o culto a Deus com o culto a Baal. A
idolatria sensual desembocou na mais repugnante imoralidade. A vida Familiar
caiu no abismo da dissolução. Não resta dúvida de que Oséias viveu durante os
tempos mais turbulentos e inquietos pelos quais a nação jamais passara. Os
séculos passaram, e hoje ainda assistimos a esse mesmo desvio religioso
denunciado por Oséias.
2.
Estrutura. O Livro de Oséias é o primeiro dos Profetas Menores e
o mais extenso deles. Como nenhum outro, este Livro aborda de forma eloquente o
amor perseverante de Deus a um povo rebelde e recalcitrante. Ele contém cerca
de 150 declarações a respeito dos pecados de Israel, sendo que mais da metade
deles relaciona-se à idolatria. Mais do que qualquer outro profeta do Antigo
Testamento, Oséias relembra aos israelitas que o Senhor havia sido longânimo e
fiel em seu amor para com eles.
O Livro pode ser dividido em duas
partes principais: A primeira parte, composta dos capítulos 1-3,
descreve o casamento entre Oséias e Gômer. Os nomes dos três filhos são sinais
proféticos a Israel: Jezreel (“Deus-espalha”), Lo-Ruama (“Não-compaixão”)
e Lo-Ami (“Não-meu-povo”). A infidelidade da esposa de Oséias é
registrada como ilustração da infidelidade de Israel. O amor perseverante de
Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus por Israel. Se
o casamento de Oséias com Gômer retratava o amor de Deus a um povo ingrato e
infiel, os filhos de representavam o juízo de Deus a esse povo.
A segunda parte, composta
dos capítulos 4-14, contém uma série de profecias que mostram o paralelismo
entre a infidelidade de Israel e a da esposa de Oseías. Quando Gômer abandona
Oséias, e vai à procura de outros amantes(cap. 1), está representando o papel
de Israel ao desviar-se de Deus (caps. 4-7). A degradação de Gomer (cap. 2)
representa a vergonha e o juízo de Israel (caps. 8-10). Gomer vai atrás de
outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gomer comete
prostituição física; Israel, prostituição espiritual. Ao resgatar Gomer do
mercado de escravos (cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de Deus em
restaurar Israel no futuro (caps. 11-14).
O Livro de Oséias enfatiza este
fato: por ter Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento,
o juízo já não poderá ser adiado.
3.
Mensagem. O Livro de Oséias fala de julgamento e esperança. Cada uma
das três partes principais do livro começa com a ameaça de juízo divino sobre
Israel (Os 1:2-2:13; 4:1-10:15; 12:1-13:16) e termina com a promessa de
restauração divina (Os 2:14-3:5; 11:1-11; 14:1-9).
O teor da profecia de Oséias é um testemunho dinâmico e
severo contra o Reino do Norte por ter se apostatado do concerto firmado. Todos
conheciam bem a corrupção que campeava pela nação no âmbito das questões
públicas e particulares. O propósito de Oséias era o de convencer seus
compatriotas sobre a necessidade de se arrependerem, restabelecerem a relação
de concerto e dependerem do Deus paciente, compassivo e perdoador.
O próprio Deus chama o povo a
voltar-se para ele: "Volta, ó Israel, para o Senhor teu Deus;
porque pelos teus pecados estás caído. Tende convosco palavras de
arrependimento e convertei-vos ao Senhor" (Os 14:1,2). Deus promete
curar a infidelidade do povo (Os 14:3) e ser para ele o bálsamo restaurador (Os
14:5-7).
II.
O MATRIMÔNIO
O matrimônio é uma
feliz celebração do amor. É o santo mistério de duas pessoas que se tornam uma,
o início de uma vida em comum e de compromissos. O casamento é um mandamento de
Deus e ilustra seu relacionamento com seu povo. Portanto, não pode existir
tragédia maior do que a violação desses votos sagrados.
Deus ordenou a Oséias que
buscasse uma esposa e revelou-lhe antecipadamente que ela lhe seria infiel. Embora
desse à luz muitos filhos, alguns deles seriam de outros pais. Em obediência a
Deus, Oséias casou-se com Gômer e seu relacionamento com ela, a infidelidade
dela e seus filhos tornaram-se exemplos vivos e proféticos de Israel.
Esse casamento é certamente um
símbolo do adultério espiritual de Israel. A sua profanação por parte de Gômer, fez o profeta compreender o
verdadeiro significado do pecado de Israel: adultério espiritual e até
prostituição. O pecado do adultério tem sido definido como "busca de
satisfação em relações ilícitas”. A prostituição é ainda pior, é o pecado de
"prostituir bens superiores por causa de dinheiro e de lucro”. A
prostituição é tanto física quanto religiosa. O povo de Israel era culpado de
ambas.
O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro “Oséias”(o
amor de Deus em ação), destaca duas interpretações principais acerca do
casamento do profeta Oséias:
- Em
primeiro lugar, Gômer era uma mulher casta antes do casamento, mas tornou-se
infiel depois do matrimonio. Vários eruditos entendem que Gômer era uma mulher
casta antes do casamento e só se prostituiu depois que contraiu matrimonio com
Oséias. A razão principal para essa interpretação é que seria incompatível com
o caráter santo de Deus ordenar a seu profeta algo moralmente reprovável e
expor seu mensageiro a tal opróbrio.
Embora essa interpretação nos
seja mais aceitável, não é isso que o texto diz. Vejamos: "Quando pela
primeira vez falou o Senhor por intermédio de Oséias, então lhe disse: Vai,
toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição; porque a terra
se prostituiu, desviando-se do Senhor" (Os 1:2, ARA). Como Gômer,
Israel começou como idólatra, "casou-se" com Jeová e acabou voltando
à idolatria. Se Oséias tivesse se casado com uma mulher casta que mais tarde
tornou-se infiel, a expressão "mulher de prostituições" em Oséias 1:2
deveria significar, então, "uma mulher com tendência ao meretrício que
viria a prostituir-se posteriormente", o que parece uma interpretação
forçada desse versículo.
- Em
segundo lugar, Gômer já era uma mulher prostituta antes do profeta se casar com
ela. Embora esse fato ofereça algumas dificuldades e nos cause
certo constrangimento, é exatamente isso que o texto afirma. Vários eruditos
subscrevem essa posição. Oséias amava Gômer não com base em suas virtudes, mas
apesar de seus pecados. É importante ressaltar que Oséias está representando o
amor incompreensível de Deus a um povo infiel. Quando Deus chamou Abrão para
formar por meio dele uma grande nação, tirou-o do meio de um povo idólatra.
Israel continuou ao longo dos anos sendo infiel a Deus, quebrando sua aliança e
indo após outros deuses. Ao se envolver com outros deuses, Israel adulterou, e
o esposo podia receitá-lo. A insistência de Israel na idolatria, com várias
divindades, configurava mais que adultério; era prostituição. O casamento
estava terminado; havia motivo mais que justificado.
É
importante destacar, ainda, que Oséias não desobedece, não questiona nem
protela a ordem de Deus. O Senhor lhe disse: "Vai, toma uma mulher de
prostituições e terás filhos de prostituição..." (Os 1:2). A resposta
de Oséias é imediata: "Foi-se, pois, e tomou a Gômer..." (Os
1:3). Nada se diz a respeito dos sentimentos de Oséias nem sobre o processo
pelo qual ele cumpriu a ordem. A palavra eficaz de Deus Jeová estava em ação. A
desobediência seria inconcebível.
III.
A LINGUAGEM DA RECONCILIAÇÃO
1. O casamento restaurado. Na ira,
Deus se lembra da sua misericórdia e faz promessas de restauração ao seu povo.
Os três oráculos desastrosos são totalmente alterados. O nome de cada filho é
transformado, passando de sinal de juízo para sinal de graça.
De modo repentino, Oséias passa
da tragédia para a promessa. Ele reúne palavras de muito conforto às suas
sombrias predições. Nos textos de 1:10 a 2:1, o profeta prediz cinco grandes
bênçãos a Israel: (a) crescimento nacional (Os 1:10a); (b) conversão nacional
(Os 1:10b); (c) reunião nacional (Os 1:11a); (d) direção nacional (Os 1:11b);
(e) restauração nacional (Os 2:1). Portanto, a restauração é maior do que a
queda.
Por não ter ouvido a voz de Deus,
Israel precisou receber a disciplina de Deus. O cativeiro tornou-se o amargo
remédio da cura. O fracasso de Israel, porém, não destruiu os planos de Deus.
Onde abundou o pecado do povo, superabundou a graça divina. O amor de Deus
prevaleceu sobre a sua ira; seu povo foi restaurado, e sua infidelidade curada.
Da noite escura do pecado brotou a luz da esperança.
Embora Deus castigue seu povo pelos pecados cometidos, Ele
encoraja e restaura os que se arrependem. O verdadeiro arrependimento abre o
caminho para um recomeço. O Deus de toda a graça ainda restaura o caído. Deus
ainda cura a infidelidade do seu povo. Ele ainda se apresenta como orvalho para
aqueles que vivem a aridez de um deserto. A mensagem de Oséias ecoa em nossos
ouvidos. A palavra de Deus é sempre atual.
Ainda existe esperança para os
que se voltam para Deus. Nenhuma lealdade, realização ou honra pode se comparar
ao amor a Ele. Volte-se para o Senhor enquanto o convite ainda está de pé. Não
importa o quanto você tenha se desviado, Deus sempre está disposto a perdoá-lo.
É tempo de nos voltarmos para o Senhor!
2. O vale
de Acor e a porta de esperança. Deus rejeita Israel: é este o
vale de Acor. Deus reivindica Israel: esta é a porta da esperança. Deus
transforma desespero em esperança - "E lhe darei, dali, as suas vinhas,
e o vale de Acor por porta de esperança; será ela obsequiosa corno nos dias da
sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito”(Os 2:15,ARA).
Deus descreveu seu argumento contra a nação de Israel; isto é, seus pecados a
levariam à destruição (caps. 4, 6, 7 e 12), provocariam sua ira e resultariam
em castigo (caps. 5; 8 a 10 ; 12 a 13). Mas, mesmo em meio à imoralidade de seu
povo, Deus se mostra misericordioso, oferece-lhe a esperança como a expressão
de seu infinito amor por Israel (cap. 11), e mostra-lhe que o arrependimento
traria as suas bênçãos (cap. 14).
O vale de Acor foi o lugar
na entrada da terra prometida onde Israel foi derrotado por Ai, em virtude do
pecado de Acã (Js 7:24-26). Agora, Deus transforma o cenário de desespero,
tribulação e derrota, o vale da inquietação, em porta de esperança. O vale
de Acor é batizado por outro nome; em lugar de derrota e fracasso,
despontam a esperança e a vitória. Assim Deus afugenta os fantasmas do passado
de Israel.
3. A
reconciliação. Deus transforma separação amarga em casamento
permanente. A sentença de divórcio (Os 2:2) será anulada: "desposar-te-ei
comigo para sempre" (Os 2:19). Essa aliança é eterna. Não haverá
divórcio nesse casamento. É evidente que o tom deste texto é escatológico. Essa
reconciliação terá seu ápice quando Cristo (o Messias) for reconhecido e aceito
pela nação de Israel no Dia de sua vinda (Os 3:5).
O propósito divino era e é a
recuperação de Israel, e seu elemento motivador era e é o seu amor. Deus queria
o povo de volta, perdoaria, refaria o casamento, passaria uma borracha em tudo
o que houve e se dispunha a amar com mais intensidade uma esposa que não valia
a pena. Nessa nova aliança, a esposa conhece ao seu marido, o Senhor. "[
. . . ] e conhecerás ao Senhor" (Os 2:20b). Conhecer, neste caso, não
significa a percepção de um objeto por um sujeito ou observador, mas, antes, o
contato intimo e a comunhão que dois associados experimentam quando entre eles
existe o verdadeiro amor. Esta é uma das promessas supremas da nova aliança com
Israel – “Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda
serás adornada com os teus adufes e sairás com o coro dos que dançam” (Jr
31:34). Esse conhecimento não será apenas teórico, mas experimental. Haverá
intimidade, comunhão, lealdade e amor. Israel se deleitará em Deus, e Deus se
deleitará em seu povo, Israel.
IV.
O BANIMENTO DA IDOLATRIA EM ISRAEL
1. Meu marido, e não meu
Baal. Deus transforma infidelidade em fidelidade - "E
acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que me chamará: Meu marido; e não me
chamará mais: Meu Baal" (Os 2:16). Temos aqui um nítido tom
escatológico. “Naquele dia”, aponta para o grande dia, o Dia do Senhor.
Para nós, esse dia raiou no primeiro advento, embora só vá alcançar o seu pleno
fulgor no segundo. Quando esse Dia chegar, em vez de Israel dirigir-se a Baal
chamando-o de Baali, "meu senhor, meu mestre", se
dirigirá ao Senhor, chamando-o de ishi, "meu marido''. Nesse tempo,
a infidelidade cessará, e a fidelidade a Deus será declarada. Esse será o tempo
da restauração. É importante esclarecer que Baal não é propriamente o
nome de uma divindade; é um termo genérico, significando "dono, senhor,
possuidor, marido, mestre".
Israel deixará o amante Baal,
com quem vivia, e voltará para o esposo que a espera, Jeová. Baal era um
título padrão para divindades, desde o litoral da Filístia até o vale da
Mesopotâmia. Entretanto, foi Acabe quem, incentivado por sua ímpia esposa
Jezabel, de Tiro, na Fenícia, tentou combinar o culto a Baal com a
adoração a Deus, de forma que o primeiro veio a suplantar o segundo.
2. O fim
do baalismo. “E da sua boca tirarei os nomes de baalins, e os
seus nomes não virão mais em memória”(Os 2:17). A idolatria cega as pessoas.
Israel chegou a consultar um pedaço de pau (Os 4:12). Aqueles que se entregam à
idolatria, Deus os entrega ao engano de seus corações. Eles ouvem a resposta de
seus ídolos mortos (Os 4:12b) para a sua própria destruição. Israel correu
atrás dos ídolos, seus amantes, e atribuiu a eles as dádivas que vinham das
mãos de Deus. Mas, no devido tempo, Deus restaurará Israel. Inteiramente
purificado do culto a Baal, o povo se esquecerá dos “nomes dos
baalins”.
Após a primeira diáspora o povo judeu já não mais pratica
idolatria a ídolos, a ponto de serem dezenas, senão centenas os casos de
martírios e genocídios de judeus, ao longo dos séculos, precisamente pela
recusa terminante de adoração a outros deuses. Aliás, esta é a principal razão
pela qual os judeus afirmam rejeitar a Jesus e ao Cristianismo, por entenderem
que há, entre os cristãos, indevida divinização de Jesus e do Espírito Santo.
O “baalismo” praticado
pelos israelitas desprezava a religião espiritual que o Senhor dos céus e da
terra, o Redentor de Israel, exigia do seu povo. Essa religiosidade focada no
material, na prosperidade financeira mais do que nas coisas espirituais, está
de volta em nossos dias com outras roupagens. Nossa geração corre atrás da
bênçãos, mas não quer o abençoador. Nossa geração anda atrás de coisas, e não
de Deus. Ela está interessada no que Deus pode dar, e não em quem Deus é. Mas
chegará o Dia em que, conforme Jeremias 10:11 e Zacarias 13:2, os ídolos
desaparecerão da Terra .
3. A
conversão de Israel. Após o período de provação, de perda das
instituições políticas e religiosas (Os 3:4), Israel (entendido aqui não o
reino do norte, mas o remanescente fiel das doze tribos), finalmente,
converter-se-á ao Senhor e ao Seu Ungido, aqui chamado de Davi, na verdade, o
Messias (Os 3:5). Israel ressurgiu enquanto nação politicamente
organizada mas ainda tem de ressurgir espiritualmente, como reino sacerdotal
peculiar de Deus (cf. Ex 19:5,6), o que somente se dará por ocasião da vinda
gloriosa de Jesus ao término da Grande Tribulação (Zc 12:1-3; Ap 1:7;19:11-21).
A conversão de Israel é fato que
ocorrerá somente no término da septuagésima semana de Daniel(Dn 9:24).
Somente com esta conversão é que haverá a extinção da transgressão na nação
israelita, em que Israel, enquanto povo escolhido de Deus, será libertado do
pecado (cf. Rm 11:25-32;Is 59:20; Sl 14:7; Zc 13:1).
CONCLUSÃO
Assim como Gômer, corremos o risco de procurar outros
amores — amor ao poder, ao prazer, ao dinheiro ou à fama. As tentações deste
mundo podem ser muito sedutoras. Será que somos leais a Deus e permanecemos
completamente fiéis a Ele, ou outros “amores” vieram ocupar seu legitimo lugar?
Não deixe que os costumes mundanos diminuam seu amor por Deus, ou o sucesso
cegá-lo para a necessidade de seu amor divino.
Lembre se, Deus não quer que o
nosso relacionamento com ele seja constituído de palavras bonitas e de rituais
vazios, de corações que se enchem de entusiasmo num dia e no dia seguinte estão
frios. Um ritual superficial jamais pode substituir o amor sincero e a obediência
fiel (l Sm 15:22,23; Am 5:21-23; Mq 6:6-8; Mt 9:13; 12:7).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo
Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 52 – CPAD.
A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 – CPAD.
O Grande Amor de Jeová
Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Oséias (o amor de Deus em ação) –
Rev.Hernandes Dias Lopes.
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