domingo, 12 de maio de 2019

Aula 07 – O LUGAR SANTO – Subsídio


2º Trimestre/2019

Texto Base: Êxodo 25:23,30,31; 26:31-37; 30:1,6-8

19/05/2019
 “Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário” (Hb.9:2).

Êxodo 25:23,30,31
23-Também farás uma mesa de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados, e a sua largura, de um côvado, e a sua altura, de um côvado e meio,
30-E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente.
31-Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal; o seu pé, as suas canas, as suas copas, as suas maçãs e as suas flores serão do mesmo.
Êxodo 26:31-37
31-Depois, farás um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará.
32-E o porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes serão de ouro.
33-Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo.
34-E porás a coberta do propiciatório sobre a arca do Testemunho no lugar santíssimo,
35-e a mesa porás fora do véu, e o castiçal, defronte da mesa, ao lado do tabernáculo, para o sul; e a mesa porás à banda do norte.
36-Farás também para a porta da tenda uma coberta de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador,
37-e farás para esta coberta cinco colunas de madeira de cetim, e as cobrirás de ouro; seus colchetes serão de ouro, e far-lhe-ás de fundição cinco bases de cobre.
Êxodo 30:1,6-8
1-E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de cetim o farás.
6-E o porás diante do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me ajuntarei contigo.
7-E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará.
8-E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o SENHOR pelas vossas gerações.

INTRODUÇÃO

Continuamos a nossa jornada dentro do Tabernáculo de Deus. Já passamos pela única Porta, nossos pecados já foram expiados no Altar de bronze, já tivemos a experiência da purificação na Pia de bronze. Agora, estamos prontos para adentrar no recinto mais sagrado do Tabernáculo: a Tenda da Congregação.
Neste Lugar havia dois compartimentos: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Entre os dois compartimentos havia um Véu de linho com desenhos em cor azul, púrpura e carmesim, adornado com figuras de querubins. Primeiramente, vamos explorar o Lugar Santo. Este era um local de serviço, adoração ao Senhor Deus e de estrita comunhão com Ele.
Na Aula passada vimos que as Coberturas da Tenda apontavam para a obra completa de salvação. Nesta Aula, veremos a importância do serviço, da comunhão e da adoração a Deus refletida no Lugar Santo.

I. O LUGAR SANTO

1. O Lugar Santo - a primeira divisão da Tenda da Congregação.

Este era um Lugar de Serviço e Adoração onde somente os sacerdotes podiam entrar para ministrar (Hb.9:6).
Não havia cadeiras no Santo Lugar, pois o trabalho dos sacerdotes nunca terminava.
Ao entrar nesse Lugar, uma nova visão descortinava-se ante os olhos dos sacerdotes. Eles viam as paredes cobertas de ouro, o azul, a púrpura, o escarlate, misturados ao linho branco e os querubins tão habilmente bordados conforme Deus estabelecera. Tudo isto revelado pelo brilho das sete lâmpadas sobre o Candelabro. Era uma visão deslumbrante.
Quando alguém está na presença de Deus, esse lugar passa ser de profundas experiências.
-Moisés, quando teve um encontro com Deus pela primeira vez, escondeu seu rosto.
-Isaías bradou: "ai de mim".
-Daniel caiu sobre o rosto em terra.
-João, o apóstolo amado, na ilha de Patmos, caiu como morto ao ver Cristo glorificado.
-Paulo disse ter ouvido palavras inexprimíveis.
- Conosco não é diferente. A reação espontânea do cristão que aprofunda sua caminhada com Deus quase sempre é: "Isto é como o Paraíso para mim!".
O povo comum tinha acesso ao Pátio (Átrio), mas a entrada para o Tabernáculo lhe era proibida. Porém, após Cristo entrar no Tabernáculo espiritual - Lugar Santo e no Lugar Santíssimo - com o seu próprio sangue, todos os crentes em Cristo, redimidos e santificados, têm o privilégio de entrar na presença de Deus e exercer uma nova posição em Cristo como "sacerdotes de Deus" (ver Ef.2:18,19; Hb.10:19-22).
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa” (Hb.10:19-22).

2. O Lugar Santo - lugar da experiência de uma Nova Dimensão.

Quando o sacerdote entrava no Lugar Santo, seus passos dirigiam-se a uma dimensão e cenário totalmente novos. Não se via mais a cor escura e pardacenta da primeira Cobertura da Tenda, constituída de peles de texugo; era só beleza e glória.
Assim é com a pessoa do mundo, que nunca compreenderá a razão pela qual o crente em Cristo tanto se maravilha acerca do seu modo cristão de viver. Tudo o que conseguem ver é a falta de atrativos das “peles de texugo”. Mas, a beleza, o descanso, a alegria, a paz e a satisfação total só serão percebidas quando se entra numa vida com Cristo. Esta é a nova dimensão do viver e a experiência que irrompe sobre a vida da pessoa.
O Cristianismo começou com o canto de hostes angelicais: "Glória a Deus nas alturas". A Igreja começou com línguas de fogo e um vento impetuoso, e participará da Ceia das Bodas do Cordeiro quando for raptada deste mundo.

Deus planejou muitas experiências gloriosas e maravilhosas pelo caminho e nós não precisaremos nos deter no Altar de bronze, na Pia ou em qualquer Lugar entre eles. Há mais, muito mais além deles. Há uma "vida em Cristo" à disposição daqueles que quiserem continuar a jornada dentro do Tenda e chegar ao Lugar Santíssimo. É neste Lugar que atingiremos a “estatura de varão perfeito”. Só atingiremos este status se conseguirmos atravessar o segundo Véu e chegar incólume ao Lugar Santíssimo, ou seja, junto ao trono de Deus.
Portanto, continuemos em nossa santa comunhão com o Senhor, no ponto em que o Espírito Santo nos revela Jesus em toda a sua beleza, a saber no Lugar Santo.
O escritor aos Hebreus faz a seguinte colocação:
"Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição..." (Hb.6:1).

3. O Lugar Santo – um Lugar de serviço e de comunhão com Deus.

Para entrar nesse Lugar, necessariamente o sacerdote deveria lavar-se com água (cf. Ex.30:20,21).
“Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram...”.
Para se chegar a Deus, é preciso, antes, que os pecadores alimpem as mãos (Tg.4:8).
“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração”.
Isto significa que para a pessoa servir ao Senhor e agradar-lhe é preciso que, antes, tenha sido purificada no sangue de Jesus, tenha sido perdoado dos seus pecados.

II. AS TRÊS PEÇAS QUE COMPUNHAM O INTERIOR DO LUGAR SANTO

O Lugar Santo era o espaço de preparação dos sacerdotes para a entrada no Lugar mais sagrado de todo o Tabernáculo, o Lugar Santíssimo. Era a antessala do Trono de Deus.

1. Os mobiliários do Lugar Santo.

Lá encontravam-se três móveis: a Mesa dos pães, o Castiçal e o Altar do incenso. Estes móveis indicavam como a nação sacerdotal podia prestar culto a Deus e servi-lo de uma forma aceitável.
Alguns estudiosos da Bíblia pensam que na Obra de Cristo encontra-se o simbolismo destes móveis: o Castiçal de ouro representa a Cristo, a luz do mundo. A Mesa dos pães representa a provisão de Deus para com o seu povo; é Ele quem nos dá o pão nosso de cada dia. O Altar do incenso representa a Cristo, o intercessor.
Tendo em vista que os que oficiavam no Lugar Santo eram os sacerdotes comuns, simbolizando os crentes da Nova Aliança (1Pd.2:9; Ap.1:6), é lógico considerar que o uso dos móveis do Lugar Santo prefigurava o culto e o serviço dos cristãos.

2. O Castiçal de ouro (Êx.25:31-37).

“Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal; o seu pé, as suas canas, as suas copas, as suas maçãs e as suas flores serão do mesmo” (Êx.25:31).
Entrar no Lugar Santo era certamente uma experiência profundamente tocante. Não havia janela nem abertura para a luz natural ali penetrar. A atenção era imediatamente levada ao belo Castiçal de Ouro com as sete lâmpadas de ouro em suas hastes. Certamente, este não era um lugar triste, escuro, pois o brilho das lâmpadas refletia-se nas paredes de ouro, iluminando todo o aposento.
-O Castiçal era feito de 01(um) talento de puro ouro batido. Não há tamanho declarado para o Castiçal, apenas declara-se que devia conter um talento de ouro. Alguns sustentam que um talento equivalia, aproximadamente, a 100 libras (45,3 quilos), mas, qualquer que fosse a medida, aceitamos o fato de que aos olhos de Deus era a medida certa.
-O Castiçal de ouro simbolizava o povo de Israel. Ensinava que Israel devia ser "luz dos gentios" (Is.49:6; 60:1-3; Rm.2:19), dando testemunho ao mundo por meio de uma vida santa e da mensagem proclamada do Senhor.
-O Castiçal de ouro simbolizava Jesus Cristo. Ele é o cumprimento pleno da vontade de Deus para a salvação do homem. A representação desse fato é o ouro batido.
Jesus disse: "Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória?" (Lc.24:26).
Isaías profetizou seu sofrimento: "Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos" (Is.53:5,6).
Em Hebreus 5:8 está escrito: "... aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu". Nosso Salvador foi espancado e maltratado, mas o ouro puro de modo algum foi ferido ou diminuído em valor. Ele é a luz verdadeira em um mundo de trevas.
-O Castiçal de ouro simbolizava a Igreja de Cristo. Em Apocalipse 1:12,13, o Castiçal é utilizado como figura da Igreja de Jesus Cristo. Está escrito: “E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro”.
“...os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas” (Ap.1:20).
A Igreja não é uma organização a ser dirigida e regulada por pastores e Convenções fazendo "negócios para Deus".
A Igreja deve ser aquela na qual Jesus é o "Senhor," onde Ele não precisa ser convidado a entrar, mas ao contrário, onde as pessoas venham encontrá-lo.
Assim como o tronco do castiçal unia os sete braços e suas lâmpadas, assim também Jesus Cristo está no meio de suas igrejas e as une.
João viu Jesus andando em meio a “Castiçais de Ouro”, com cabelo parecendo lã, brancos como a neve, e com olhos como chamas de fogo. Seus pés, como bronze polido, sua voz, como som de muitas águas (Ap.1:13,14). Este é o Jesus que anda no meio da Sua Igreja.
Para a igreja que já perdeu seu primeiro amor, Jesus diz: "Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres" (Ap.2:4,5).
Jesus não diz: "Farei com que feches as portas de tua igreja, e tu não mais te reunirás como igreja". Suas palavras são contundentes: "... tirarei do seu lugar o teu castiçal". Isto significa que eles ainda estariam se reunindo, cantando hinos, fazendo orações, pregando sermões, mas o Castiçal já se teria ido. O poder do Espírito Santo e a Luz de Deus já teriam partido.
Sejamos, portanto, o Castiçal do Senhor e nos preenchamos regularmente com o Espírito Santo para que as lâmpadas se acendam com claridade, e assim Jesus estará caminhando em nosso meio.
-O Castiçal de ouro consistia de um Eixo Central principal com uma lâmpada em cima, e de cada lado saiam três hastes. Eis a importância de Cristo como o centro. As seis hastes dos lados constituem o número do homem. Com a inclusão do centro o número é sete, isto é, o número da perfeição de Deus.
Sem Jesus no centro, a igreja é apenas um clube social. Pode ter bons e nobres objetivos em mente, mas Jesus não está lá. Conseguimos ver as pegadas de Jesus na igreja onde congregamos?
-As lâmpadas necessitavam ser cheias de Azeite duas vezes por dia para mostrarem-se acesas (Êx.27:20,21).
“Tu, pois, ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o candeeiro, para fazer arder as lâmpadas continuamente. Na tenda da congregação fora do véu, que está diante do Testemunho, Arão e seus filhos as porão em ordem, desde a tarde até pela manhã...".
O azeite utilizado era de oliveira especial, que tipifica o Espírito Santo. Vemos assim quão dependentes eram as lâmpadas.
Arão e seus filhos deviam dispensar-lhes cuidados e serviços diários. As lâmpadas precisavam de suprimentos de azeite regularmente. Todos os dias um sacerdote trazia azeite fresco para o castiçal, de modo que a luz ardesse desde a tarde até ao amanhecer (Êx.27:20,21).
Do mesmo modo, o crente necessita receber todos os dias o óleo do Espírito Santo (Salmo 92:10) para que sua luz brilhe diante dos que andam na escuridão espiritual. Se o crente não tem a presença e o poder do Espírito em sua vida, não será uma boa testemunha.
“Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Sl.51:11).

3. A Mesa com os Pães da Proposição (Êx.25:23,30).

 “Também farás uma mesa de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados, e a sua largura, de um côvado, e a sua altura, de um côvado e meio, e sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente”.
O Senhor deu a Moisés o modelo de uma mesa medindo 88cm (comprimento) x 44cm (largura) x 66cm (altura). Ela foi construída com madeira de acácia e recoberta de ouro. Em seu contorno foi fixado um beiral de ouro puro, medindo "quatro dedos de largura", que servia como enfeite (pode ser também para evitar que os pães caíssem da mesa e se tornassem cerimonialmente impuros). Nesse beiral foram fixadas quatro argolas de ouro, por onde passariam cabos confeccionados com madeira de acácia e revestidos de ouro, quando a mesa tivesse que ser transportada.
Sobre a mesa havia duas bandejas e dois pratos grandes (Êx.25:29 e 37:16), onde eram colocados doze pães (seis em cada bandeja, cf. Lv.24:6). Havia também duas taças com incenso puro, copos, uma jarra com água e outra com vinho. Todos esses objetos eram de ouro polido.
O total de doze simbolizava as tribos de Israel, que se beneficiariam do resultado do ritual.
Nas taças, ao lado de cada pilha de pães, era colocado incenso puro como oferta ao Senhor.
Os sacerdotes que ministravam no Lugar Santo se alimentavam desses pães, e todos os sábados, quando eram renovados, o incenso era queimado como oferta ao Senhor. Na verdade, os sacerdotes se alimentavam de quase todas as oferendas que lhes eram entregues: (a) oferta dos cereais (Lv.2.3); (b) a carne das ofertas pelo pecado e pelas transgressões (Lv.6:26; 7.6); (c) o azeite para as ofertas de cereais (Lv.14:10); (d) um molho das primícias (Lv.23:10,11); (e) as ofertas pacíficas (Lv.7:11-36); (f) os doze pães da proposição (Lv.24:8,9).
Os pães que estavam sobre a Mesa eram fabricados por mãos humanas; conquanto sagrados, saciavam a fome apenas por um momento. Mas, o “Pão que desceu do Céu”, Jesus Cristo, tem pleno poder para saciar a fome e a sede do ser humano perpetuamente.

A simbologia dos Pães da Proposição

-Simbolizavam a presença do Deus da provisão. A frase “pães da proposição” significava literalmente “pães do rosto”, e em algumas versões da Bíblia se traduz “pão da presença”, pois o pão era colocado continuamente na presença de Deus. Quer no tabernáculo quer fora dele, o pão sempre simbolizou a presença de Deus entre o seu povo.
No Lugar Santo, colocado sobre a mesa continuamente (Ex.25:30), o pão representava a presença do Senhor como sustentador de Israel na sua vida em geral.
Os pães simbolizavam o fato de que a pão diário do povo é um presente de Deus. Sugerem também que o trabalho das mãos do crente deve ser devolvido a Deus, que dá ao crente aquilo com que ele trabalha.
-Representavam oferta de gratidão a Deus. Os doze pães colocados na mesa também representavam uma oferta de gratidão a Deus da parte das doze tribos de Israel, pois o pão era ao mesmo tempo uma dádiva de Deus e fruto dos esforços humanos. Por isso, o povo reconhecia que havia recebido seu sustento de Deus e ao mesmo tempo consagrava a Ele os frutos de seu trabalho. Portanto, a mesa dos pães refere-se também à mordomia dos bens materiais.
-Simbolizam a Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o nosso sustento diário. No Lugar Santo do Tabernáculo, não podia faltar pão sobre a mesa (cf.Êx.25:30). Os sacerdotes alimentavam-se desse pão sagrado (Êx.24:9).
A Palavra de Deus é vida e saúde para nós; é dela que, diariamente, os sacerdotes da Nova Aliança (1Pd.2:9) se alimentam. Em Provérbios 4:20-22, Deus nos adverte a ficarmos atentos às Suas Palavras porque elas nos fornecem vida e saúde:
“Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo” (Pv.4:20,22).
A Bíblia Sagrada deve ser o nosso alimento espiritual diário, para sermos fortes e vigorosos na fé que professamos. Precisamos ter: decisão para ler a Palavra constantemente; graça para assimilá-la; presteza para reproduzi-la no viver diário e; conhecimento para darmos testemunho dela aos outros.
Se alguém não possui o necessário entendimento para isso, o útil conselho que a própria Escritura dá é: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tg.1:5).
Bem-aventurados são aqueles que diariamente se alimentam da Palavra de Deus.
A Palavra é:
ü  Leite que nutre – “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1Pd.2:2).
ü  Água que limpa – “tendo-a purificado por meio da lavagem e da água pela palavra” (Ef.5:26).
ü  Mel que deleita – “Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca” (119:103).
O Salmo primeiro faz-nos entender que é impossível uma pessoa ser bem-aventurada sem seguir e meditar continuamente na Palavra de Deus.
O justo possui um apetite insaciável pela Palavra do Senhor, ama a Bíblia Sagrada e medita a seu respeito de dia e de noite. Desse modo, sua vida é enriquecida, e ele se torna canal de benção para outros.
Tomar tempo para alimentar a alma com a Palavra de Deus é essencial à nossa experiência. Que possamos dizer como o salmista:
 "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (Sl.119:11). “A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama” (Sl.119:140).

4. O Altar de Incenso (Êx.30:1-10).

“E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de cetim o farás” (Êx.30:1).
À semelhança dos outros móveis da tenda, o Altar do Incenso era feito de acácia e revestido de ouro, por isso era chamado de Altar de ouro (Êx.40:26). Tinha seus quatro lados iguais; cada lado media meio metro e sua altura era aproximadamente de um metro. Os seus ornatos compunham-se de quatro chifres, bordas, quatro argolas e dois varais; tudo revestido de fino ouro.
O sumo sacerdote espargia sangue sobre os chifres do altar uma vez por ano, demonstrando que, embora o culto humano seja imperfeito (Rm.8:26,27), somos "agradáveis a si no Amado" por seu sangue expiador e sua intercessão perpétua (Ef.1:6,7; Rm.8:34; Hb.9:25).
“Uma vez no ano, Arão fará expiação sobre os chifres do altar com o sangue da oferta pelo pecado; uma vez no ano, fará expiação sobre ele, pelas vossas gerações; santíssimo é ao SENHOR” (Êx.30:10).
Ø  O Altar do Incenso estava no centro (Êx.30:6). Ficava em frente ao Véu que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, a mostrar que a oração é o meio pelo qual se dá o contato entre o homem e Deus. 
“Porás o altar defronte do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me avistarei contigo”.
Ø  A queima do incenso era contínua (Êx.30:7,8). Duas vezes por dia acendia-se o incenso sobre o Altar e ele ardia durante o dia todo. Isto ensina que os filhos de Deus devem estar em constante oração.
Acendia-se o incenso com o fogo do Altar de bronze, o que nos leva a notar que a oração aceitável ao Senhor se relaciona com a expiação do pecado e a consagração do crente.
Se o incenso não queimava, não havia cheiro agradável. Igualmente, o crente necessita do fogo do Espírito Santo para que faça arder o incenso da devoção (Ef.6:18). As orações frias não sobem ao trono da graça.
Ø  O Incenso deveria ter uma composição especial (Êx.30:34-38). Não era admitido incenso estranho (Ex.30:9). Isto nos fala que a oração não pode ser feita de qualquer modo, mas deve ter um conteúdo do agrado de Deus. Daí porque Jesus ter nos ensinado como devemos orar, a fim de que o nosso “incenso” suba até à presença do Senhor, onde Ele está a interceder por nós (Rm.8:34).
Esta era a composição do incenso para o Altar do Incenso: “estoraque, ônica e gálbano” (Êx.30.34-36).
“Disse mais o SENHOR a Moisés: Toma especiarias aromáticas, estoraque, e ônica, e gálbano; estas especiarias aromáticas e incenso puro de igual peso; e disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado, puro e santo; e dele, moendo, o pisarás, e dele porás diante do Testemunho, na tenda da congregação, onde eu virei a ti; coisa santíssima vos será”.
Observe que a receita do perfume não constituía nenhum segredo; todavia, se alguém o reproduzisse para uso profano seria punido severamente.
O incenso destinado ao Altar de ouro não podia ser usado indistintamente, era de uso exclusivo do Senhor (Êx.30:37,38)
“Porém o incenso que farás conforme a composição deste, não o fareis para vós mesmos; santo será para o SENHOR. O homem que fizer tal como este para cheirar será extirpado do seu povo”.
Ø  O incenso deveria ser temperado e puro (Ex.30:35). Isto nos mostra que a oração que agrada a Deus, a oração por Ele exigida deve ser temperada, ou seja, deve ser feita com domínio próprio, sem fanatismo, feita conscientemente, com propósito e discernimento. Além de temperada, a oração deve ser pura, ou seja, a oração deve ser tal que a pessoa que está orando deve estar devidamente purificada de seus pecados.
Ø  O incenso deveria ser santo (Êx.30:35). Além de temperado e puro o incenso deveria ser santo. Assim deve ser a oração, santa.
O incenso que chega à presença de Deus é a oração dos santos (Ap.5:8). A santificação é uma condição para que se veja a Deus (Hb.12:14). O Altar do Incenso ficava no Lugar Santo, a mostrar que, sem santidade, não há como orar.
A oração é um privilégio dos sacerdotes, ou seja, daqueles que alcançaram a salvação na pessoa de Jesus Cristo e que, por isso, têm as vestes brancas (Ap.3:18). Somente aqueles que estão santificados em Cristo Jesus são chamados santos (1Co.1:2), e somente estes, que têm as vestes brancas (como os sacerdotes na Antiga Aliança – Ex.28:40-43), podem orar; e por orarem, comunicando-se com o Senhor aqui, estarão para sempre com Ele na eternidade (Ap.3:4,5).

III. O VÉU QUE DEMARCA O LUGAR SANTO E O LUGAR SANTÍSSIMO


1. O primeiro Véu (Êx.26:36).

“Farás também para a porta da tenda uma coberta de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador”.
Este Véu era o que cobria o acesso ao Lugar Santo. Ele era feito com linho torcido bordado (Êx.26:36). Tinha o objetivo de demarcar o espaço entre o Pátio e o Lugar Santo.
Os sacerdotes, ao entrar no Lugar Santo se deparava, em primeiro lugar, com essa Cortina (Véu). Isto deixava patente o propósito sacro do Lugar. Começava, aqui, a ficar claro os espaços permeados de sacralidade no Tabernáculo. Esta Cortina (Véu) apontava Cristo como o caminho para obtermos comunhão com Deus (Ef.2:18; 3:12).

2. O segundo Véu (Êx.26:31-33).

 “Depois, farás um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará” (Êx.26:31).
Esta era a única peça do Tabernáculo que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo. Ele excluía todos os homens, com exceção do sumo sacerdote, acentuando que Deus é inacessível ao homem pecador.
Somente por via do mediador nomeado por Deus e do sacrifício do inocente podia o homem aproximar-se de Deus. Com a morte de Jesus, algo aconteceu: o Véu do Templo se rasgou em dois, de alto a baixo (Mc.15:38).
Nosso Sumo Sacerdote entrou uma vez e para sempre com seu próprio sangue para fazer propiciação por nossos pecados e expiá-los. Agora temos livre acesso à presença do Senhor Deus. Aleluia!
“E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mc.15:38).
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu” (Hb.10:19-23).

CONCLUSÃO

Saímos do Átrio e cruzamos o Primeiro Véu. Ao adentrar no Santo Lugar participamos da plena comunhão de Deus.
O primeiro móvel que deparamos foi a Mesa do Paes da Proposição. Ela estava posta nos aguardando para cear com o Senhor.
No Lugar Santo a Mesa do Senhor está sempre posta. Um Dia estaremos com o Senhor ceando com Ele nas Bodas do Cordeiro. Aqueles que foram lavados pelo sangue do Cordeiro virão do Leste e do Oeste, do Norte e do Sul, e assentar-se-ão com Aquele que os redimiu.
Após cearmos com o Senhor, a nossa atenção foi imediatamente levada ao belo Castiçal de Ouro com as sete lâmpadas de ouro, cuja luz refletia nas paredes de ouro, iluminando todo o aposento. Este Castiçal tipificava o nosso Salvador Jesus, a luz do mundo. Ele é o cumprimento da vontade de Deus para a salvação do homem.
Continuando a nossa caminhada no Lugar Santo, avistamos agora, logo à direita, perto do segundo Véu, o Altar de Ouro, o Altar de incenso. Neste Altar levamos o suave incenso do louvor e adoração. No átrio, junto ao Altar de Bronze, o sacerdote oficiava por nós; porém, junto ao Altar de ouro, vimos pessoalmente perante o Senhor, na qualidade de sacerdotes, em uma experiência absolutamente única. Nesse Altar temos plena comunhão e intimo relacionamento com Deus.
Na próxima Aula daremos continuidade à nossa caminhada na Tenda da Congregação. Espero em Deus que possamos atravessar incólume o segundo Véu e, assim, estarmos juntos no Lugar mais sagrada do Tabernáculo - o trono de Deus, o Lugar Santíssimo. Acheguemo-nos, com ousadia e confiança, diante de Deus. Até lá, então!
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 78. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Paul Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.
Leo G. Cox - O Livro de Êxodo - Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Victor P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD.
Elienai Cabral. O Tabernáculo – Símbolos da Obra redentora de Cristo. CPAD.
Alvin Sprecher. Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto. CPAD.
Abraão de Almeida. O Tabernáculo e a Igreja. CPAD.

domingo, 5 de maio de 2019

Aula 06 – AS CORTINAS DO TABERNÁCULO - Subsídio


2º Trimestre/2019

Texto Base: Êxodo 26:1-14

“Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” (1Co.10:11).
Êxodo 26:1-14
1-E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada.
2-O comprimento de uma cortina será de vinte e oito côvados, e a largura de uma cortina, de quatro côvados; todas estas cortinas serão de uma medida.
3-Cinco cortinas se enlaçarão uma à outra; e as outras cinco cortinas se enlaçarão uma com a outra.
4-E farás laçadas de pano azul na ponta de uma cortina, na extremidade, na juntura; assim também farás na ponta da extremidade da outra cortina, na segunda juntura.
5-Cinquenta laçadas farás numa cortina e outras cinquenta laçadas farás na extremidade da cortina que está na segunda juntura; as laçadas estarão travadas uma com a outra.
6-Farás também cinquenta colchetes de ouro e ajuntarás com estes colchetes as cortinas, uma com a outra, e será um tabernáculo.
7-Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás.
8-O comprimento de uma cortina será de trinta côvados, e a largura da mesma cortina, de quatro côvados; estas onze cortinas serão de uma medida.
9-E ajuntarás cinco destas cortinas por si e as outras seis cortinas também por si: e dobrarás a sexta cortina diante da tenda.
10-E farás cinquenta laçadas na borda de uma cortina, na extremidade, na juntura, e outras cinquenta laçadas na borda da outra cortina, na segunda juntura.
11-Farás também cinquenta colchetes de cobre e meterás os colchetes nas laçadas; e, assim, ajuntarás a tenda para que seja uma.
12-E o resto que sobejar das cortinas da tenda, a metade da cortina que sobejar, penderá sobre as costas do tabernáculo.
13-E um côvado de um lado e outro côvado de outro, que sobejará no comprimento das cortinas da tenda, penderá de sobejo aos lados do tabernáculo de um e de outro lado, para cobri-lo.
14-Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima.

INTRODUÇÃO

Dando continuidade à nossa caminhada dentro da Casa de Deus – o Tabernáculo -, vamos analisar as Cortinas da Tenda do Tabernáculo.
Já passamos pela Porta, única entrada para chegarmos ao Pátio; caminhamos até o Altar onde o sacrifício substitutivo é aceito; caminhamos até à Pia da purificação, que condicionava os sacerdotes entrar no Lugar Santo, e ali prestar serviços ao glorioso Deus.
Agora, antes de contemplarmos a beleza deste Lugar Santo e sentirmos o clina do sobrenatural de Deus, analisemos a beleza da Cobertura e das Cortinas da Tenda da Congregação. Veremos a relação dessas Cortinas com as verdades espirituais. Elas têm muito a dizer-nos acerca da maravilhosa Obra redentora de Cristo. 
Os tipos das Cortinas e as suas cores têm um significado distinto na montagem do Tabernáculo, apontando para a Pessoa e Obra do Senhor Jesus. Aparentemente, nada havia de muito atrativo que chamasse a atenção; foi assim também quando o Senhor Jesus esteve na Terra, quando nada de especial foi visto nEle. Isaias, assim, profetiza:  “não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse...era desprezado, e dele não fizemos caso” (Is.53:2,3).
As nações pagãs circunvizinhas, certamente, não compreendiam por que essa estrutura tão simples era o centro da atração do povo de Israel. Era-lhes impossível entender como dentro daquela construção sem quaisquer atrativos habitasse a Glória de Deus. Da mesma forma, hoje, não é o edifício nem sua suntuosidade nem os esforços naturais do homem que atrairão pessoas à Igreja de Cristo, mas a real presença gloriosa de Deus dentro da Igreja.

I. AS TÁBUAS QUE SUSTENTAVAM A COBERTURA E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO

As paredes da Tenda da Congregação (Lugar Santo e Lugar Santíssimo) eram de tábuas, haja vista que o Tabernáculo seria desmontável.
Segundo estudiosos, toda madeira requerida para construção das tábuas (de acácia) foi extraída de inúmeros oásis que circundavam a região do Sinai.
“Farás também de madeira de acácia as tábuas para o tabernáculo, as quais serão colocadas verticalmente. Cada uma das tábuas terá dez côvados de comprimento e côvado e meio de largura. Cobrirás de ouro as tábuas e de ouro farás as suas argolas, pelas quais hão de passar as travessas; e cobrirás também de ouro as travessas” (Êx.26:15,16,29).

1. As Tábuas e o seu revestimento.

Conforme o texto sagrado, cada tábua media aproximadamente 4,50m por 0,68cm, e todas foram inteiramente revestidas de ouro.
A madeira nos faz lembrar da vida humana e o ouro aponta para a glória de Deus. Para chegarmos à presença santa de Deus é preciso que o velho homem (deformado) seja esculpido, transformado e revestido de uma nova natureza – a natureza de Cristo (Cl.3:9,10).
As tábuas eram cobertas de ouro. Desta feita, todas as marcas anteriores e imperfeições eram totalmente cobertas. O observador não via a tábua de acácia, mas sim o ouro. Como cristãos devemos perguntar-nos: "Quando alguém me observa, o que ele vê?". As marcas e defeitos da vida antiga ainda estão visíveis ou ele vê a graça de Deus em mim? Estarei dando desculpas por minhas fraquezas e fracassos ou ele vê Cristo em mim? Para ser parte do edifício de Deus, uma pessoa não pode mais inventar desculpas para seus pecados e fraquezas. O apóstolo Paulo assim afirmou:
"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim" (Gl.2:20).
"Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus" (Cl.3:3)..
E de forma conclusiva, o apóstolo Paulo informa em 2Corintios 5:17:
“se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo“.
As pessoas não vão mais dizer: "não é um belo pedaço de madeira". Eles verão apenas a beleza do ouro, que é "Cristo em você". A madeira, a natureza humana, não será mais atrativa, não atrairá maior atenção do observador.
Se eu chamar a atenção para mim mesmo em vez de para Cristo, estou perdendo minha razão de ser e não terei mais cobertura de “ouro”. Como é triste quando um crente se torna o foco das atenções, em lugar do Senhor Jesus Cristo!

2. Unidade das Tábuas.

As tábuas eram todas do mesmo tamanho (Êx.26:16). Havia vinte para a parede norte, vinte para a parede sul, seis no terminal oeste, com uma tábua dupla em cada um dos cantos posteriores para reforçá-los (cf. Êx.26:18-24).
As vinte tábuas das laterais eram firmemente ligadas com travessões de madeira de acácia de modo que formassem uma unidade. Para cada parede havia cinco destes travessões. Cinco é o número da Graça. Verdadeiramente é a Graça de Deus que liga os crentes uns aos outros.
A Unidade da parede dava segurança e beleza à construção.
Jesus teve este mesmo desejo para seus seguidores (João 17:20,21):
“Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”.
O salmista também expressou a mesma verdade:
“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes”.
Paulo também enfatizou a necessidade de união entre os crentes:
"Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos" (Ef.4:3-6).
Que Deus nos conceda toda a "unidade do Espírito" (Ef.4:3) até que "todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus" (Ef.4:13).

3. As Argolas para unir as tábuas e suportar as tempestades no deserto (Êx.26:29).

“Cobrirás de ouro as tábuas e de ouro farás as suas argolas, pelas quais hão de passar as travessas; e cobrirás também de ouro as travessas”.
Em cada tábua foram fixadas quatro argolas de ouro - duas em cima e duas embaixo - para que se passassem quatro varões folhados a ouro, os quais uniriam as tábuas umas às outras. Esses “varões” simbolizavam comunhão e mutualidade.
As tempestades no deserto eram intensas e sem aviso, de maneira que se as tábuas não estivessem bem presas umas às outras cairiam com facilidade. Assim, também, Deus espera de Sua Igreja: que cada membro apoie o outro nos momentos de crises, de tempestades.

II. AS COBERTURAS E AS CORTINAS DA TENDA DO TABERNÁCULO

“Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima” (Êx.26:14).
“e todo homem que se achou com pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabras, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de texugos, os trazia” (Êx.35:23).
Os israelitas estavam no deserto por ocasião da construção do Tabernáculo. Aquela era uma região extremamente inóspita, difícil de ser habitada e só suportada pela contínua proteção divina.
Durante o dia a temperatura poderia chegar aos 50°C, a umidade relativa do ar não chegava a 5% e as noites eram impiedosamente gélidas, marcando quase 10°C. Graças a Deus pela nuvem que amenizava o calor do dia e a coluna de fogo que os aquecia à noite (cf.Êx.13:21,22). Devido a essas condições adversas, o Tabernáculo precisaria de uma cobertura especial, algo que protegesse, preservasse e mantivesse uma temperatura estável.
Deus mostrou a solução, não com uma, mas com quatro coberturas sobrepostas, a partir das ofertas requeridas:
  • A Primeira Cobertura – ou Cobertura exterior - de peles de animal texugo (Êx.26:14).
  • A Segunda Cobertura – de peles de Carneiro, tingida de vermelho (Êx.25:5; 26:14).
  • A Terceira Cobertura – de peles de Cabra (Êx.26:7-13).
  • A Quarta Cobertura – ou Cobertura interior - de linho fino torcido (Êx.26:1).
Estas coberturas quadriformes eram uma proteção completa e durável para a construção e tudo o que ali se abrigava.

1. Primeira Cobertura – ou Cobertura exterior - de peles de Texugo (Êx.26:14).

“Farás também à tenda uma coberta de peles de ...texugo em cima”.
Esta Cobertura de peles de texugo era a maior e a mais simples e cobria completamente a Tenda.
A pele de texugo está associada a couro forte para as solas de sapato. Veja o que diz Ezequiel: "Também te vesti de bordadura, e te calcei com pele de texugo..." (Ez.16:10). Portanto, seu uso se devia mais à durabilidade que ao aspecto estético, uma vez que deveria suportar os rigores do clima. Dureza nos fala de Resiliência. Jesus suportou as intempéries quando esteve aqui. Ele suportou as tentações e as provações.
Esta Cobertura, também, nos fala da humildade que há em Cristo Jesus. Esta Cobertura não mostrava qualquer forma exterior de beleza ou atrativo à construção. Do mesmo modo, a beleza da Igreja não está na decoração externa, mas na presença de Cristo. Isto também nos faz pensar no nascimento de Jesus que, embora fosse Deus, com todo esplendor e glória, veio ao mundo sem ostentação e atrativo algum (Is.53:2). Ele nasceu em um lugar humilde, e poucos perceberam Sua magnífica glória. Seu nascimento aconteceu discretamente.
A Cobertura de peles de texugo nos explica claramente que falta de humildade é o maior obstáculo a uma vida cristã abençoada e frutífera. Não me refiro à humildade que se desfila ante os olhos humanos, quando se quer parecer humilde, mas àquela que se torna parte da nossa natureza através de Cristo.
A pele de texugo nos informa que precisamos aprender a humildade na escola de nosso Senhor, que diz: "... aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração..." (Mt.11:29).
“Que possamos valorizar as pessoas, não pela aparência exterior ou pela status, mas pela beleza interior, pelo caráter, pelo coração”.

2. Segunda Cobertura – de pele de Carneiro, tingida de vermelho (Êx.25:5; 26:14).

“Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho...”.
Esta Cobertura ficava abaixo da primeira, da qual falamos anteriormente. Ela não seria vista por olhares indiscretos ou impenitentes, mas estava ali para simbolizar que para entrar na presença de Deus era preciso haver derramamento de sangue.
O pecado impede que nos aproximemos de Deus e desfrutemos de Sua comunhão. O único meio de nos livrarmos do pecado é o sangue de Cristo, pois "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb.9:22).
Jesus derramou Seu precioso sangue na cruz (como Cordeiro de Deus), em nosso favor, a fim de tornar possível nosso acesso à presença de Deus.

3. Terceira Cobertura – peles de Cabra (Êx.26:7-13).

 “Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás. O comprimento de uma cortina será de trinta côvados, e a largura da mesma cortina, de quatro côvados; estas onze cortinas serão de uma medida”.
A Cobertura de pele de cabra era bastante diferente das duas primeiras, mencionadas anteriormente. Parece ser uma divisória entre as duas primeiras coberturas e a quarta cobertura. Era feita de onze cortinas de aproximadamente 13,30m por 1.80m.
Esta Cobertura também tem para nós uma mensagem espiritual.
Cinco das Cortinas formam, costuradas, uma só peça; as outras seis são igualmente atadas de modo a, também, se constituírem em uma só peça.
A quinta Cortina da primeira peça tinha cinquenta alças, de igual modo a segunda peça (que consistia de seis cortinas) também possuía cinquenta alças. As peças eram ligadas uma à outra por meio de cinquenta ganchos de bronze, tornando a cobertura inteira.
A peça contendo as cinco Cortinas cobria a área do Santo dos Santos, e a parte com as seis cortinas cobria o Lugar Santo. Uma vez que esta última peça continha uma cortina a mais, a sexta dobrava-se para trás.
Assim, nesta Cobertura, temos o número cinco, que é número da Graça, e na outra extremidade, o número seis, que é o número do homem. Portanto, as cinquenta alças e ganchos que fazem a ligadura das duas peças, significam Deus e o homem unidos pela Graça.
O número cinquenta, também, tem o seguinte significado:
-No Antigo Testamento, havia se passado cinquenta dias da noite de Páscoa de Israel, quando o Senhor voltou a falar-lhes no monte Sinai: "Eu sou o Senhor, teu Deus... Não terás outros deuses diante de mim" (Êx.20:2,3). Nessa ocasião, Ele lhes deu os Dez Mandamentos e identificou-se com o seu povo. Foi o tempo em que Deus fez aliança com o homem.
-No Novo Testamento, cinquenta dias após a ressurreição de nosso Senhor veio o Dia de Pentecostes em sua plenitude, quando o Senhor derramou de seu Espírito sobre os que esperavam e oravam reunidos no Cenáculo.

4. Quarta Cobertura – ou Cobertura interior - de linho fino torcido (Êx.26:1).

“E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada”.
Esta era uma Cobertura de grande beleza, que só podia ser apreciada quando se entrasse na Tenda. A beleza não podia ser vista pelo lado de fora. De igual modo, apenas aqueles que entram em relacionamento íntimo e comunhão com o Senhor podem ver e conhecer a maravilha e a beleza de servir a Jesus, nosso Senhor.
Esta quarta Cobertura continha dez cortinas, cada uma com 28 côvados (aproximadamente 14 metros) de comprimento por 4 côvados (aproximadamente 2 metros) de largura (Êx.26:2).
Cinco cortinas eram ligadas umas às outras, bem como as outras cinco, perfazendo duas partes de cerca de 14 por 10 metros (Êx.26:3). Estas duas partes eram ligadas entre si por cinquenta laços de tecido azul na borda de cada última cortina de cada peça, que se encaixavam em cinquenta ganchos de ouro. Estes cinquenta laços e ganchos apontavam para o Pentecostes.
A diferença era que a Cobertura de pele de cabra fazia-se unir com ganchos de bronze. O bronze significa julgamento. Como eu disse anteriormente, a Lei foi dada a Israel cinquenta dias após a Páscoa, e julgava e condenava aqueles que pecavam.
Esta Cobertura interior era unida com cinquenta ganchos de ouro. O ouro tipifica a divindade, ou o Espírito Santo que veio sobre os 120 (cento e vinte) que estavam unidos no Cenáculo, cinquenta dias após a ressurreição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O Senhor mantém a sua Igreja unida pela presença e o poder do Espírito Santo.
Quando os sacerdotes adentraram o Lugar Santo, uma nova visão descortinou-se ante os seus olhos. Eles viram as paredes cobertas de ouro, o azul, a púrpura, o escarlate, misturados ao linho branco e os querubins tão habilmente bordados de acordo com o padrão pré-estabelecido. Tudo isto revelado pelo brilho de sete lâmpadas sobre o candelabro. Que visão maravilhosa!
Não é de admirar que a reação espontânea do cristão que aprofunda sua caminhada com Deus quase sempre seja: "que coisa maravilhosa é sentir a presença de Deus nesta caminhada rumo ao Céu; é como o Paraíso para mim!".

III. AS CORES DAS CORTINAS DO TABERNÁCULO

No Tabernáculo, em especial na Tenda, os materiais utilizados envolviam as mais variadas cores, principalmente as Cortinas preparadas para a Cobertura do Santuário. Quando os sacerdotes entravam na Tenda da Congregação, deparava-se com essas cores, que pregavam uma simbologia bastante significativa. Por meio delas, o povo de Israel percebia o símbolo da manifestação da glória de Deus nos sacrifícios que fossem apresentados.
Para nós, povo de Deus da Nova Aliança, essas cores apontavam para a Obra de Cristo que envolve a remissão do passado, do presente e do futuro. É a Obra completa da salvação.
As cores predominantes eram:  azul celeste, púrpura, carmesim e o branco (Êx.27:16).
“E à porta do pátio haverá uma coberta de vinte côvados, de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador; as suas colunas, quatro, e as suas bases, quatro”.
Analisemos, de forma resumida, cada uma dessas cores.

1. A Cor Azul celeste

O Azul fala do que é celestial, e indica a origem celestial de Cristo em sua divindade. Ele era constituído de duas naturezas, a divina e a humana. Ele veio do céu, mas fez-se homem (João 1:14) para identificar-se com a criatura humana e resgatá-la do pecado.
Enquanto Cristo Jesus esteve na terra, ainda assim viveu uma vida celestial. Depois de Sua ressurreição e de Sua vitória contra a sepultura, foi recebido no Céu para reaver seus atributos e o Seu estado original de divindade (ver Fp.2:5-11; Ef.1:20-23).
Hoje, o Senhor Jesus Cristo, por meio do Espírito Santo, está edificando Sua Igreja, exercendo Seu ministério sacerdotal à destra de Deus.
“mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus” (Hb.10:12).
“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus” (Hb.9:24).

2. A cor Púrpura (Êx.27:16)

“...haverá uma coberta de vinte côvados...de pano...púrpura...”.
A Púrpura lembra-nos da realeza de Cristo. Não foram muitos que reconheceram a realeza de Jesus enquanto Ele esteve aqui na terra.
  • Pilatos questionou-o com respeito a isto: "... logo tu és rei?". Jesus respondeu: "... Eu para isso nasci..." (João 18:37).
  • O cego Bartimeu enxergou melhor do que aqueles que não tinha problema de visão, porque clamou: "... Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" (Mc.10:47). “Filho de Davi” é uma expressão messiânica.
  • Houve também uma mulher pecadora que, vindo por trás, lavou-lhe os pés com suas lágrimas (Lc.7:44); ela também reconheceu Jesus como Majestade.
  • Os reis magos, também, reconheceram Jesus como Rei: “e perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo” (Mt.2:2).
  • Ao governador da Judéia, Jesus confirmou que Ele era rei: “E foi Jesus apresentado ao governador, e o governador o interrogou, dizendo: És tu o Rei dos judeus? E disse-lhe Jesus: Tu o dizes” (Mt.27:11).
A Cortina de cor Púrpura também apontava para o futuro, porque a realeza de Cristo será, um Dia, revelada na sua manifestação e vinda no período milenial, onde Ele assumirá o comando da Terra como Rei dos reis e Senhor de todas as coisas (ver Sl.110; Is.9:6; Lc.1.32).
“E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap.19:16).
“Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém” (Ap.1:17).

3. A cor Escarlate – Carmesim - (Êx.27:16)

A cor Escarlate (ou Carmesim), fala-nos do sofrimento de Cristo.
O Carmesim é uma cor de sangue, vermelho vivo, que projeta o vitupério do Calvário e o triunfo da Obra salvífica de Jesus. Nosso Senhor sofreu, foi ferido e derramou seu sangue remidor como nos revela Apocalipse 19.13:
“E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus”.
Por outro lado, o Carmesim aponta para a glória vindoura de seu reinado como "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (ver Zc.14:9; 1Tm.6:14,15; Ap.19:11-16).
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
“E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo.
“E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.
“E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso.
“E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”.

4. A cor Branca do linho torcido

Esta cor era predominante no Tabernáculo, representando pureza, limpidez e graciosidade. Aparecia nas vestes sacerdotais e nas cortinas de linho.
O linho torcido, apontava para o Homem Perfeito, Cristo Jesus. Num sentido especial, o linho torcido é um tecido rústico e batido que lembra a humanidade de Cristo e o seu sofrimento em nosso lugar. Também lembra que a morte de Jesus se tornou o fundamento da justiça a nosso favor.
Linho torcido lembra justiça, na terra, e Jesus fez-se justiça por toda a humanidade.
“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co.5:21).
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rm.5:18).

CONCLUSÃO

Toda a riqueza de detalhes da Tenda da Congregação não passava de "sombra" (Hb.10:1) em relação a tudo aquilo que realmente Deus teria para nós, povo de Deus da Nova Aliança.
Hoje, podemos nos apresentar perante Ele sem rituais ou mediadores humanos, porque a nós foi aberto um novo e vivo caminho à presença de Deus, por intermédio de Jesus Cristo (nossa Cobertura), e nos foi dada uma nova natureza (Tábuas de ouro) que nos torna aceitáveis perante Ele.
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 78. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Paul Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.
Leo G. Cox - O Livro de Êxodo - Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Victor P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD.
Elienai Cabral. O Tabernáculo – Símbolos da Obra redentora de Cristo. CPAD.
Alvin Sprecher. Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto. CPAD.
Abraão de Almeida. O Tabernáculo e a Igreja. CPAD.