"A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele" (Lc 16.16).
INTRODUÇÃO
Após quatrocentos anos de silêncio, desde o último profeta pós-exílio, Deus novamente se manifesta através do ofício profético para se comunicar com o seu povo, desta vez para apresentar o Desejado das nações, o Messias prometido(vide Malaquias 3:1). É o clímax do ofício profético. O apóstolo Paulo denomina de plenitude dos tempos(Gl 4:4). Nascido da linhagem sacerdotal, João foi escolhido por Deus para ser profeta(assim como aconteceu com Jeremias) e alertar o povo sobre a vinda do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”(João 1:29). Ele é o personagem que demarca a transição da Antiga para a Nova Aliança, e seu trabalho foi essencial como elo profético entre o Antigo e o Novo Testamento, demonstrando que o tempo de Deus para a salvação da humanidade tinha chegado ao seu ápice e que era necessário, da parte do povo, o arrependimento para entrar no Reino de Deus. Nesta aula, trataremos da origem, ministério e mensagem deste último profeta veterotestamentário.
I. A ORIGEM DE JOÃO BATISTA
1. Sua família. João Batista veio de uma piedosa família, formada pelo sacerdote Zacarias e Isabel, sua esposa. Eles viveram no tempo que o malvado Herodes, o grande - que era da Iduméia, portanto, descendente de Esaú -, era o rei da Judéia.
Zacarias (que significa O SENHOR LEMBRA) foi sacerdote pertencente ao turno de Abias, um dos 24 turnos em que o sacerdócio judaico fora dividido por Davi(1Cr 24:10). Cada turno era chamado para servir no Templo em Jerusalém duas vezes no ano, de sábado a sábado. Havia tantos sacerdotes naquele tempo que o privilégio de queimar incenso no Santuário ocorria uma vez na vida, se ocorresse(Lc 1:8-10).
Isabel (que significa O JURAMENTO DE DEUS) descendia da família sacerdotal de Arão. Ela e o marido eram judeus devotos, cuidadosos em obedecer às Escrituras do Antigo Testamento, tanto no aspecto moral quanto no cerimonial.
Toda manhã um sacerdote deveria entrar no Lugar Santo e queimar incenso. Eram lançadas sortes para decidir quem entraria no santuário; um dia a sorte caiu sobre Zacarias. Mas não foi por acaso que ele estava a serviço e foi escolhido naquele dia para entrar no Lugar Santo; foi uma ocasião especial. Deus estava guiando os acontecimentos, preparando o caminho para a vinda de Jesus à Terra.
No verso 6 lemos o seguinte a respeito de Zacarias e Isabel: “Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor”. Eles não fingiam seguir as leis de Deus; a submissão exterior era fundamentada na obediência interior. Diferentemente dos líderes religiosos a quem Jesus chamou de hipócritas, Zacarias e Isabel não se detiveram apenas na letra da lei. A obediência deles era de coração; por esta razão foram chamados “justos perante Deus”.
Conquanto Zacarias e Isabel fossem “justos perante Deus” enfrentavam um problema que lhes tirava toda a alegria: eles não tinham filhos. De acordo com o verso 7, eles formavam um casal de velhos e não tinham filhos, à semelhança de Abraão e Sara (Gn 11.30; 21.2). Que grande tristeza para uma mulher judia! Apesar de tudo, Zacarias servia ao Senhor no Templo. Ele era da tribo de Levi e, naquele momento, estava servindo ao Senhor no altar da oração. Ele estava pondo incenso no altar quando lhe apareceu um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do incenso. Ao “vê-lo, Zacarias turbou-se”; nenhum dos seus contemporâneos já tinha visto um anjo. Mas o anjo o tranqüilizou com notícias maravilhosas. A oração de Zacarias e Isabel fora ouvida: “Isabel tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João”(Lc 1:13).
2. Seu nome e seu nascimento(Lc 1:13; 57-66). Quando se cumpriu o tempo de Isabel, ela deu à luz um filho. Os parentes e amigos se alegraram. No oitavo dia, quando a criança foi circuncidada, eles pensaram que, sem dúvida, ele seria chamado Zacarias, o nome do pai. Quando Isabel lhes falou que o nome da criança seria João, ficaram admirados, porque nenhum dos seus parentes tinha esse nome. Para chegar à decisão final, fizeram sinais a Zacarias (isso significa que ele não estava somente mudo, mas surdo). Pedindo uma tabuinha, ele resolveu o assunto: o nome da criança seria João. As pessoas se admiraram. O nome João significa “Favor ou Graça de Jeová”. Além de trazer prazer e alegria aos próprios pais, ele seria uma bênção para muitos (Lc 1:14), pois tal acontecimento era prova inequívoca de que o Senhor ainda amava Israel (Lc 1.65-80).
Mas tiveram uma surpresa maior quando perceberam que Zacarias voltara a falar ao escrever “João”. A notícia se espalhou rapidamente por toda a região montanhosa da Judéia, e todos se perguntavam sobre a futura obra daquela criança incomum. Eles sabiam que o favor especial do Senhor estava com ele(ver Lc 1:64-66).
3. Sua estatura espiritual e sua missão. “Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe”(Lc 1:15). “E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus”(Lc 1:16). “e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto”(Lc 1:17).
Em primeiro lugar, o anjo Gabriel discorre sobre a estatura espiritual de João Batista, declarando que ele seria "grande diante do Senhor" e "cheio do Espírito Santo, desde o ventre de sua mãe".
a) “será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte”. João seria grande diante do Senhor(o único tipo de grandeza que tem valor). Ele seria grande na sua separação pessoal a Deus, ele não beberia vinho(feito de uvas) nem bebida forte(feita de cereais). O filho de Zacarias e Isabel deveria ser nazireu. Informações mais detalhadas a respeito desse assunto são encontradas no Livro de Números. Os nazireus não tomavam vinho ou bebida forte, não cortavam os cabelos e achavam a sua alegria no Espírito de Deus. Essa é a razão por que o apóstolo Paulo diz: “E não vos embriagueis com vinho... mas enchei-vos do Espírito Santo”(Ef 5:18). Infelizmente, muitas pessoas procuram em diversos produtos a alegria e o prazer. O verdadeiro crente se alegra e regozija na intimada com Deus.
b) “será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe”. Isso não pode significar que João era salvo ou convertido de nascença, mas somente que o Espírito de Deus estava nele desde o princípio a fim de prepara-lo para a missão especial como o precursor de Cristo.
Em segundo lugar, ele seria grande na sua função de arauto do Messias(Lc 1:16,17). A missão de João era semelhante ao dos profetas do Antigo Testamento: encorajar o povo a converter-se de seus pecados e seguir a Deus – “E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus”. Ele era o precursor do Messias. Como o texto sagrado diz: ele veio para converter os corações dos pais e dos filhos; converter muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus; converter os corações dos pais aos filhos; converter os desobedientes à prudência dos justos.
Tudo indica que havia um problema muito grande entre os pais e os filhos naquele tempo. É um problema que talvez acompanhe os séculos. Porém, o maior problema em nossos dias não está no relacionamento entre pais e filhos, mas entre os pais e Deus. Quando o pai tem um relacionamento correto com Deus, não terá dificuldades para relacionar-se com seus filhos.
4. A pregação de João Batista preparando o caminho do Messias(Lc 3:3-14). Neste texto de Lucas temos cinco características da pregação de João Batista:
a) Relativo à sua abrangência. Em relação ao local do seu ministério, devemos entender que, ao optar pelo ministério profético, e não pelo sacerdotal, João Batista percorreu toda a circunvizinhança do Jordão. Em relação aos seus ouvintes, ele pregou a todos, sem diferença de classe social. Pregou para as multidões, isto é, para as pessoas comuns, pregou para os publicanos e soldados e não deixou as autoridades sem ouvir a sua mensagem.
b) Relativo ao conteúdo de sua mensagem. João pregou o batismo de arrependimento para remissão de pecados. Tanto esse batismo como a lei dos sacrifícios não salvava o pecador, mas como precursor do Messias, sua mensagem significava uma preparação para a nova época que chegaria. Significava que quem aceitasse o batismo estava predisposto a abraçar com disposição a nova etapa que seria inaugurada pelo Messias.
c) Relativo à base de autoridade da sua mensagem. João pregou de acordo com o Antigo Testamento, de acordo com o profeta Isaias(Is 40:3-5).
d) Relativo à maneira de entregar a mensagem. João foi contundente ao apresentar a sua mensagem. Chamou seus ouvintes de raça de víboras. Exigiu frutos dignos de arrependimento. Destacou que o machado estava colocado à raiz da árvore, isto é, o juízo divino já estava às portas. João pregou a mensagem de arrependimento, uma mensagem de conversão. Hoje, muitos pregadores estão mais preocupados com o seu auditório. Querem agrada-lo e, por isso, deixam de apresentar todo o conselho de Deus, toda a verdade da Palavra sobre a salvação, a vida, a moral e o comportamento. Infelizmente, hoje é anunciado mais o evangelho da adesão (aquele em que se vai a Cristo e se permanece como está, esperando as bênçãos e os benefícios divinos) do que o evangelho da conversão (aquele em que se é chamado por Cristo e uma verdadeira transformação é experimentada; em que o próprio eu é negado; em que a cruz é diariamente tomada e, então, Cristo é seguido, conforme Lucas 9:23).
e) Relativo à aplicação prática que fazia da sua mensagem. João, diferentemente de muitos pregadores dos dias de hoje, não teve que fazer apelos e apelar. A sua palavra, certamente inspirada pelo Espírito Santo, provocou o desejo nos ouvintes de saber o que deveriam fazer. As multidões, os publicanos e até os soldados perguntaram a João o que deveriam fazer, como deveriam agir. João, de modo claro e prático, indicou a cada grupo quais ações demonstrariam o fruto de seu arrependimento.
f) Despertava atenção das autoridades. “Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?”(Mt 3:5-7).
Séculos após o retorno do exílio, os fariseus e saduceus vêem o povo ir ouvir um homem vestido de forma peculiar, com uma mensagem radical, exigindo arrependimento até dos líderes da nação. Mateus 14:5 mostra a importância que João tinha para o povo de sua época. Herodes queria matar João Batista, mas “temia o povo, porque o tinham como profeta”. Aquele homem que pregava no deserto da Judéia e cobrava arrependimento de todas as pessoas foi reconhecido como um autêntico profeta enviado por Deus.
Uma das práticas mais importantes nas pregações ou estudos que fazemos é a aplicação, a sugestão prática que devemos dar aos ouvintes para que a Palavra tenha efeitos. João Batista usou esse recurso de forma espetacular.
Exatamente por isso, a melhor aplicação que podemos fazer dessa mensagem de João Batista é entendermos que não importa o que somos. Você pode dizer ao mundo o que é em Cristo através daquilo que faz, por meio da vida que vive. A vida do cristão deve ser uma mensagem para o mundo. Pelos frutos é que os outros nos conhecem e descobrem o que somos. Devemos produzir frutos de arrependimento, frutos da nossa salvação. Que possamos mostrar o que recebemos gratuitamente de Deus por meio de Cristo.
II. A PERSONALIDADE DE JOÃO BATISTA
1. O testemunho de Jesus. Herodes Antipas havia se casado com sua cunhada, Herodias, esposa de Filipe, seu meio - irmão. Ela abandonou o marido para viver com Herodes. João Batista condenou publicamente os adúlteros pela atitude imoral (ver Mc 6:17,18). Por causa disso, João Batista foi encarcerado por ordem de Herodes.
Na prisão, desanimado e sozinho, João começou a pensar. Se Jesus fosse realmente o Messias, por que permitiria que seu precursor adoecesse na prisão? Como muitos grandes homens de Deus, João sofreu uma perda temporária de fé. Então ele enviou dois dos seus discípulos a perguntar se Jesus realmente era quem os profetas haviam prometido, ou se eles deveriam ainda estar à procura do Ungido. Então Jesus mandou que contassem a João Batista "as coisas que ouvis e vedes: Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho" (Mt 11.4,5). Jesus relembrou a João que ele estava fazendo os milagres preditos acerca do Messias: cegos vêem(Is 35:5), coxos andam(Is 35:6), leprosos são purificados(Is 53:4; cf Mt 8:16-17) e surdos ouvem(Is 35:5). Jesus também relembrou a João que o evangelho estava sendo pregado aos pobres no cumprimento da profecia messiânica em Isaias 61:1. Os líderes religiosos comuns frequentemente concentram sua atenção nos ricos e aristocratas. O Messias trouxera as boas-novas aos pobres. Com tantas evidências a identidade de Jesus era óbvia.
Se você às vezes tem dúvidas quanto à sua salvação, ao perdão de seus pecados ou à obra de Deus em sua vida, olhe para as evidencias existentes nas Escrituras e para as mudanças que ocorrem em sua vida. Se estiver em dúvida não se afaste de Cristo: antes, apegue-se ainda mais a Ele. A vida de um homem não é composta por um único capítulo. Analisando a vida de João na totalidade, encontramos um registro de fidelidade e perseverança.
2. Sua espiritualidade e devoção (Mt 11:7-8). Logo que os discípulos de João partiram com as palavras de consolo de Jesus, o Senhor se dirigiu ao povo com palavras de grande elogio a João Batista. Jesus disse: “Que fostes ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento?”.
Essa mesma multidão fora ao deserto quando João estava pregando por lá. Por quê? Para ver um homem como uma cana fraca, vacilante, agitada por todo vento passageiro de opinião humana? Certamente que não! João era um pregador destemido e cheio do Espírito Santo, que preferiria sofrer a ficar calado, e preferiria morrer a mentir. Ele pregava a verdade e os mandamentos de Deus sem temer os homens e sem jamais temer a opinião popular. As autoridades judaicas ignoraram o pecado de Herodes, mas João nem por um momento jamais fez isso. Ele opôs-se ao tal pecado, com firmeza total, demonstrando nisso fidelidade absoluta a Deus e à sua Palavra. Ele foi fiel a Deus ao condenar o pecado, embora tal atitude viesse a custar-lhe a vida(Mt 14:3-12). Portanto, ele não era "uma cana agitada pelo vento", mas um vigoroso cedro capaz de resistir a fortes tempestades. Ele é o tipo de pregador digno de ser imitado.
3. Sua personalidade (Mt 11:8). “Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que se trajam ricamente estão nas casas dos reis”. Com estas perguntas retóricas, Jesus estava dizendo que esse tipo de personalidade não caracterizava João. Ele era um simples homem de Deus, cuja austeridade era uma repreensão ao grande mundanismo das pessoas.
A vaidade, o orgulho, a soberba, jamais estiveram presentes em João Batista. Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, retruca: "Eu não sou o Cristo" (João 3:28) e “não sou digno de desatar a correia de sua sandália" (João 1:27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29).
III. JOÃO BATISTA, O ÚLTIMO PROFETA
1. "Muito mais que profeta" (Mt 11:9). O testemunho público de Jesus confirma o que o Espírito Santo havia falado pela boca de Zacarias: João seria "profeta do Altíssimo" (Lc 1.76). O Senhor não indicou aqui que ele era maior em relação ao seu caráter pessoal, à sua eloquência ou persuasão; ele era maior por causa de sua posição como precursor do Rei Messias, Jesus Cristo. Isto fica claro no versículo 10. João fora o cumprimento da profecia de Malaquias 3:1 – o “mensageiro” que precederia o Senhor e “prepararia” o povo para a sua vinda. Outros homens profetizaram a vinda de Cristo, mas João fora o escolhido para anunciar sua efetiva chegada.
Jesus acrescentou que “entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista”(Mt 11:11). E isso, por algumas razões: João Batista foi o único que viu o que todos os profetas desejaram ver: ele viu o Filho de Deus, encarnado; não apenas viu, mas, tocou-O; não apenas tocou-O, mas, batizou-O; foi escolhido, por Deus, para apresentar Seu Filho, ao mundo - “... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”(João 1: 29).
2. O término da dispensação da Lei - “Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João”(Mt 11:13). Lucas 16.16:“A Lei e os Profetas duraram até João”. Com estas palavras, o Senhor descreveu a dispensação da lei que começou com Moisés e terminou com João Batista. Mas agora uma nova dispensação estava sendo inaugurada, a dispensação da Graça.
De Gênesis a Malaquias, todos os escritos predisseram a vinda do Messias. Quando João apareceu na história, seu único papel não era apenas profetizar, mas anunciar o cumprimento de todas as profecias a respeito da primeira vinda de Cristo.
Desde o tempo de João, o evangelho do reino de Deus está sendo pregado. João Batista saiu anunciando a chegada do legítimo Rei de Israel. Ele avisou o povo que o arrependimento faria Jesus reinar sobre eles. Como resultado da sua pregação, e a pregação do próprio Senhor, e dos discípulos mais tarde, houve resposta positiva da parte de muitos.
3. "O Elias que havia de vir" (Mt 11:14). Malaquias predisse que antes do surgimento do Messias, Elias viria como precursor (Ml 4:5,6). Jesus confirma essa profecia ao comparar o ministério de João Batista ao de Elias. João não era Elias reencarnado (ele negou ser Elias em João 1:21), mas ele foi adiante de Cristo no espírito e poder de Elias(Lc 1:17), ou seja: exercendo um ministério igual ao de Elias. E o Senhor Jesus o reafirma em outra ocasião (Mt 17.12,13). João não era Elias reencarnado por duas razões básicas: Elias foi arrebatado vivo para o céu, portanto, não morreu (2Rs 2.11). Além disso, reencarnação é algo que não existe e nem é permitido por Deus (2Sm 12.23; Sl 78.39; Hb 9.27).
Conforme disse o pr. Esequias Soares, Elias e João Batista tinham as mesmas características: ambos vestiam-se de pelos e usavam cinto de couro (2Rs 1.8; Mt 3.4), ministravam no deserto (1Rs 19.9,10,15; Lc 1.80), e eram incisivos ao pregarem contra reis ímpios (1Rs 21.20-27; Mt 14.1-4).
CONCLUSÂO
João Batista é um exemplo para todos os cristãos autênticos: em simplicidade (sua vida era plenamente desprendida das coisas efêmeras desta vida, do hedonismo), em austeridade espiritual (não era conformado com o mundo) em coragem (não media esforço para que a mensagem de Deus fosse entregue aos destinatários, seja ele quem fosse, mesmo que as conseqüências lhe fossem desfavoráveis). Como profeta de Deus, foi submisso à vontade do Espírito Santo, falando somente aquilo que lhe foi consentido falar; nunca falou o que não lhe foi autorizado; não se preocupou em ser “politicamente correto” para falar somente aquilo que o povo queria ouvir. Seu compromisso era com o Deus de Israel, era alertar o povo para a chegada do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. É lamentável que sua morte fora tão prematura (na nossa percepção), mas creio que aos olhos de Deus, o tempo de João neste mundo tinha-se encerrado. Ele cumpriu sua missão como “profeta do Altíssimo”(Lc 1:76), então, por que ficar aqui neste mundo, tendo em vista que o lugar do crente não é neste mundo(João 14:1-3). Que o Senhor Deus preserve os seus remanescentes mensageiros, que têm compromisso sério e inexorável com a sã doutrina, e que Ele continue a levantar homens e mulheres santos, destemidos e cheios do Espírito Santo para a expansão do Seu Reino.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. Bíblia de Estudo das Profecias. O novo dicionário da Bíblia. Revista Ensinador Cristão – CPAD nº 43. Guia do leitor da Bíblia - Isaias. A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck. Comentário Bíblico Beacon – CPAD - volume 4. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald. Através da Bíblia – Lucas – John Vernon McGee
A Paz do Senhor Jesus, irmão Luciano!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho realizado neste espaço. Já estou seguindo!
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