Na Palavra de Deus podemos ver que o povo de Israel, que entra em guerra com os filisteus, tinham um grande problema, que era um Gigante que lutava do lado de seus inimigo. (1Samuel 17:1-11). Muitos temeram o gigante, e não quiseram guerrear com ele, mas quando Davi resolve guerrear, os seus familiares o menosprezam e zombam dele. Mas Davi não vê somente o insulto que o gigante fazia, mas também o que ele ganharia para enfrentar aquele problema (1Samuel 17:23-31). E não somente isso, Davi também mostra seu valor e seu espírito de coragem ao enfrentar aquele gigante (1Sm 17.32-37). E mesmo assim, aqueles que estavam ao redor de Davi, tentaram mostrar para ele o problema, e dizer que ele não era capaz de enfrentar aquele gigante(1Sm 17.38-39). E pela orientação do Espírito, Davi escolhe pedras do ribeiro (1Sm 17.40), e não somente isso, além de escolher bem sua arma de guerra, ele vai em direção ao seu inimigo com a certeza da vitória (1Sm 46-47). E depois disso, enfrenta o inimigo em Nome do Senhor. Vence e volta mostrando sua vitória para todos (1Samuel 17:48-54).
Vencedores de gigantes triunfam em público, porque já tiveram importantes vitórias privadas. Saul destacava-se do ombro para cima de todos os demais guerreiros de Israel, mas não tinha estatura suficiente para lutar contra o gigante Golias. Davi enfrentou e venceu o gigante porque já triunfara sobre um leão e um urso na solidão das montanhas de Belém. O que você é quando está sozinho determina o que você será publicamente. O caráter precede a performance. Ser é mais importante do que fazer.
Vencedores de gigantes não olham para os obstáculos, mas para as oportunidades. Henry Ford estava coberto de razão quando afirmou: “Obstáculos são aquelas coisas tenebrosas que vemos quando desviamos os olhos do nosso objetivo”. Na Bíblia, vemos o grande exemplo de Calebe, contemporâneo de Josué. Ele foi um dos únicos de uma geração a alcançar as promessas de Deus para a sua vida. Ele era um homem de visão e não temia obstáculos que surgissem à sua frente como empecilhos para que alcançasse a benção de Deus, mesmo que esses obstáculos fossem gigantes de quase três metros de altura, os anaquins. Calebe, assim como Davi era um vencedor de gigantes. Muitos de nós também enfrentamos todos os dias, situações que parecem gigantes que se levantam contra nós. Problema financeiro; problema de saúde na família; crise conjugal; desemprego; pecados... E muitas vezes nos sentimos como “gafanhotos” diante dos problemas. Mas o relato da vida de Calebe nos serve como inspiração para enfrentarmos todas as situações que nos são propostas em nossas vidas.
Vencedores de gigantes mantém seus olhos em Deus e nunca nas circunstancias. Pedro afundou no mar quando tirou os olhos de Jesus para colocá-los no fragor das ondas. Enquanto ele manteve os olhos em Jesus foi capaz de caminhar em meio à tormenta, mas no instante em que reparou na força do vento, teve medo e começou a ser engolido pelos vagalhões. Andar sobre as águas é algo impossível para o homem, mas quando nossos olhos estão fitos no Criador do Céu e da terra, podemos experimentar o sobrenatural e pisar no solo firme dos milagres.
Vencedores de gigantes não ouvem a voz dos pessimistas. Tenhamos cuidado com o vozerio dos pessimistas, eles olham para a vida com lentes embaraçadas. Eles perdem a vida por medo de viver. Eles correm até da sombra. Eles pensam que os gigantes são invencíveis. O gigante Golias julgava-se invencível. Era um guerreiro inveterado, assombroso, experiente, que infundia medo em todo o exército de Saul. Ele desafiou os exércitos de Israel e fez Saul e seus soldados recuarem, empapuçados de medo. Durante quarenta dias, duas vezes por dia, Golias afrontou os exércitos do Deus vivo e não apareceu ninguém com coragem para enfrentá-lo. Mas, em meio à orquestra do medo, ouve-se o clarinete da esperança. Entre o povo circulou a notícia de que o jovem pastor Davi, que acabara de chegar de Belém, estava disposto a enfrentar o gigante. Essa notícia espalhou-se rapidamente e foi parar no palácio do rei. Davi tapou os ouvidos à voz dos embaixadores do caos; ele não ouviu os profetas do pessimismo, nem inclinou os seus ouvidos ao vozerio desolador da multidão apavorada.
Um vencedor de gigantes não segue o caminho dos medrosos. Os prognósticos agourentos dos covardes só infundem desespero. Eles olham para a vida com lentes cinzentas e só enxergam dificuldades. A voz da multidão quase sempre infunde medo e conduz ao fracasso. Aqueles que nunca mataram um gigante vão lhe dizer que os gigantes são invencíveis. Aqueles que correm até da sombra dirão que a estrada da vida está cheia de fantasmas. Aqueles que fracassam justificarão suas retiradas do campo de batalha.
Precisamos olhar não para a altura dos gigantes, mas por sobre seus ombros e agarrar a crise pelo pescoço. Precisamos olhar não para a carranca da crise, mas para as possibilidades que se ocultam pr trás delas. A crise é um tempo de oportunidade, um terreno fértil de milagres. A crise é o cemitério dos covardes e a porta de entrada da terra prometida para os vencedores. Enquanto todos se assentam para chorar, os vencedores empunham as armas e triunfam. Enquanto os covardes só se encolhem de medo diante das dificuldades, os vencedores permanecem com os olhos fixos na recompensa e obcecados pela vitória. Por isso, não dê atenção aos medrosos. Você pode derrubar os gigantes e ser um vencedor.
O vencedor de gigantes não tira os olhos de Deus para colocá-los nas circunstancias. Os dez espias de Israel foram esmagados pela síndrome do gafanhoto porque tiraram os olhos de Deus para colocá-los na fortaleza dos gigantes. Isso lhes deu uma perspectiva falsa do problema, fazendo com que dissessem: os gigantes são fortes e nós fracos; são muitos e nós poucos; são guerreiros e nós nômades; são gigantes e nós gafanhotos. Porque duvidaram da promessa de Deus, sentiram-se menos do que homens, sentiram-se insetos, gafanhotos. Eles não só introjetaram um sentimento de fracasso na alma, mas também contaminaram todo o arraial de Israel com o seu pessimismo. Como resultado, toda aquela geração pereceu no deserto e não pôde entrar na Terra Prometida. Apenas Josué e Calebe olharam para as circunstâncias com os olhos da fé. Note o que eles disseram: “Certamente o Senhor nos deu toda esta terá em nossas mãos. E todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós”(Josué 2:24). Eles creram e venceram. Por terem crido, eles tomaram posse da Terra Prometida.
Vencedores de gigantes triunfam sobre as críticas. Os críticos são como erva daninha, florescem em qualquer lugar. São os inimigos de plantão, que sempre estão à nossa espreita. Estão espalhados por toda parte, esperando para nos morder sem piedade. Eles estão dentro de casa, nas ruas, no trabalho, na escola e até na igreja. Davi foi duramente criticado pelo seu próprio irmão Eliabe. A raiz da crítica era a inveja. Davi foi criticado também por Saul, que o julgou incapaz de enfrentar o gigante Golias. Saul subestimou Davi. Finalmente, Davi foi criticado pelo próprio duelista, o gigante Golias, que o desprezou, escarnecendo dele e do seu Deus. A motivação foi o sentimento de superioridade.
Você não pode ser um vencedor de gigantes sem antes vacinar-se contra o veneno dos críticos. O objetivo deles é sempre querer nos nivelar à sua mediocridade. Eles são medrosos e covardes e não toleram ver em nós uma atitude de confiança diante dos desafios da vida. Os críticos questionam nossas motivações, julgam nossos propósitos e assacam contra nós acusações pesadas e levianas, tentando macular a nossa honra e desbaratar nossos objetivos.
Os críticos são movidos pelo combustível da inveja. O invejoso é aquele que se sente infeliz por não ser como você e por não ter o que você tem. Caim matou Abel por inveja, em vez de seguir seu exemplo. Os irmãos de José tentaram se livrar dele por inveja, em vez de seguir os seus passos. Os fariseus, por inveja de Jesus, preferiram persegui-lo a seguir os seus ensinos. O invejoso é um egoísta inveterado, dono de uma auto-imagem doentia. Ele sofre de um avassalador complexo de inferioridade. É capaz de chorar com os que choram, mas jamais se alegrar com os que se alegram.
Vencedores de gigantes não são covardes. Eles não fogem e nunca desistem. São perseverantes. Eles não se contentam com nada menos que a vitória. Fazem das derrotas do passado experiências indispensáveis para construírem as vitórias do futuro. Experiência não é simplesmente aquilo que acontece na vida de uma pessoa, mas como ela lida com o que lhe acontece. Os vencedores nunca desviam os olhos do alvo. Eles são determinados e obcecados pela vitória, não importa o quanto possa lhes parecer difícil alcança-la. Quando Thomas Alva Edison inventou a lâmpada elétrica, foram necessárias mais de duas mil experiências antes de obter sucesso. Certa vez, um jovem repórter perguntou como ele se sentia tendo fracassado tantas vezes. Ele respondeu: “Eu nunca fracassei. Inventei a lâmpada elétrica. Só que para chegar lá, foi preciso uma caminhada de dois mil passos”. John Milton ficou cego aos quarenta e quatro anos de idade. Dezesseis anos depois, escreveu o clássico “Paraíso Perdido”. Após uma perda progressiva da audição, o compositor alemão Ludwig Van Beethoven ficou totalmente surdo aos quarenta e seis anos. Apesar disso, continuou compondo, e algumas de suas melhores composições, inclusive cinco sinfonias, foram escritas durante seus últimos anos. Vencedores de gigantes não desistem, mesmo diante dos maiores obstáculos.
A revista Time de abril de 1986 publicou um artigo sobre algumas pessoas que foram consideradas sem perspectiva de futuro. Todas foram vistas pelos críticos como condenadas ao fracasso. Quer saber os nomes de algumas dessas pessoas?
Beethoven – Seu professor certa feita fez o seguinte comentário sobre ele: “Esse jovem tem uma maneira estranha de manusear o violino. Prefere tocar suas próprias composições ao invés de aprimorar sua técnica”. Esse mesmo professor avaliou que não havia esperança para ele como compositor. Beethoven não aceitou esse prognóstico pessimista a seu respeito. Ele superou todas as dificuldades e triunfou. Mesmo tendo ficado completamente surdo, ele se tornou um dos músicos mais excelentes e consagrados de toda a história. Seus críticos tiveram que engolir suas previsões negativas e ver o sucesso desse gigante da música clássica. Mesmo carregando o fardo da surdez, compôs músicas timbradas pelo mais alto grau de excelência.
Thomas Alva Edison – Sua professora o devolveu à mãe por considerá-lo inapto para o aprendizado. Sua mãe, sem perder o ânimo, resolveu investir em sua educação. Certa feita, ele perguntou à sua mãe porque a escola o recusara, e ela lhe respondeu: “Porque você é muito inteligente e a escola não consegue acompanhar seu ritmo de aprendizado”. Thomas Edison superou as dificuldades e galgou o honroso posto de maior cientista do mundo, tendo registrado mais de mil invenções, entre elas a lâmpada elétrica. No dia de sua morte, como forma de homenageá-lo, desligaram todas as luzes por alguns minutos, mostrando como seria o mundo sem ele.
Albert Einstein – Sua tese de doutorado em Bonn foi considerada irrelevante e sofisticada. Alguns anos depois, foi expulso da Escola Politécnica de Zurich. Alguns de seus críticos acharam que não havia futuro para ele, mas Einstein galgou as alturas excelsas, fazendo vôos altaneiros em suas conquistas cientificas. Tornou-se mundialmente conhecido por ter descoberto a teoria da relatividade, que lhe valeu o Prêmio Nobel de Física.
Luiz Pasteur – Foi um estudante medíocre. Em uma turma de vinte e dois alunos de química, obteve apenas a décima quinta colocação. Mas devemos a ele a descoberta da penicilina, que tanto tem contribuído para o tratamento dos males que afligem a humanidade.
Portanto, não permita que os críticos roubem as suas forças ou tirem de você a sede da vitória. Enfrente os gigantes e vença-os!
Vencedores de gigantes não dão ouvidos aos arautos do pessimismo. Eles não olham para as dificuldades, mas para as possibilidades. Eles não gastam tempo medindo a altura do inimigo, mas fortalecem os braços para vencê-lo. Eles não fogem assustados com o rugido do inimigo, mas correm para a linha de frente, para a zona de combate, porque estão obcecados pela vitória.
Saul enxergou três empecilhos em Davi:
Primeiro, ele considerou Davi incapaz – Saul disse: “Você não pode...”. Nunca diga para uma pessoa que ela não pode. Aquele que confia em Deus pode o impossível. O apóstolo Paulo, mesmo preso, na ante-sala do martírio, disse: “Tudo posso naquele que me fortalece”(Fp 4:13).
Segundo, ele considerou-o inexperiente – Saul disse: “Você não tem experiência”. O sucesso de uma pessoa não está na sua idade cronológica, mas na sua confiança em Deus. Há jovens sábios e velhos tolos. Há jovens cansados e velhos cheios de sonhos e projetos. Davi nunca tinha estado numa guerra, mas tinha intimidade com o Senhor dos Exércitos. Ele nunca tinha empunhado uma espada, mas tinha matado um urso e agarrado um leão pela barba e vencido. Davi nunca tinha usado uma armadura nem empunhado um escudo, mas manejava com perícia sua funda. Ele não tinha performance para fazer parte do exército de Saul, mas tinha determinação para enfrentar e vencer o gigante.
Terceiro, ele considerou-o muito jovem – Saul disse: “Você é ainda muito jovem”. Davi era jovem, mas corajoso. Era jovem, mas confiava em Deus e possuía a fibra de um vencedor de gigantes. Os jovens também podem ser heróis e vencedores. Eles podem triunfar sobre os gigantes. Se você é jovem, não permita que os críticos contaminem seu coração e deixem você desanimado por causa da sua pouca idade.
Os gigantes pensam que são invencíveis. Eles jamais contam com a derrota. Eles são convencidos. Eles sofrem de um grande complexo de inexpugnabilidade. São megalomaníacos. Mas quem se exalta será humilhado. Quem tenta ficar de pé estribado no bordão da autoconfiança precisa beijar o chão e se alimentar com o pó da derrota. A maldição imprecada a Davi voltou-se contra Golias. Ele mesmo sofreu o golpe fatal de suas medonhas previsões. Ao afrontar Davi, ele estava afrontando o Deus de Davi. Quem toca nos filhos de Deus toca na menina dos olhos de Deus. Quem declara guerra contra os filhos de Deus chama o próprio Deus Todo-Poderoso para a briga. Naquele combate, o gigante caiu. Davi, com uma só pedra, jogou o gigante ao chão. A cabeça de Golias foi cortada pela sua própria espada. Ele pereceu através de suas próprias armas. Golias morreu. Davi prevaleceu. Israel ficou livre e o nome de Deus foi glorificado. Davi não se intimidou porque tinha paixão em promover a glória de Deus; tinha seus olhos na recompensa e sabia que o próprio Deus é quem estava pelejando por ele.
Os tempos mudaram. Nós mudamos. Os gigantes se travestiram e usam novas roupagens, mas eles ainda rondam a nossa vida e nos espreitam com insolentes ameaças. Muitos ainda estão com medo, dando as costas ao inimigo e fugindo acovardados. Muitos estão desacreditados aos seus próprios olhos, enfileirados apenas para fugir ao sonido do próximo estardalhaço do gigante. Volte seus olhos para Deus em vez de inclinar os seus ouvidos às bravatas dos gigantes. Você não foi criado para viver debaixo das botas dos gigantes. Ponha sua fé naquele que está assentado no alto e sublime trono. Enfrente o seu gigante em nome do Senhor dos Exércitos. Não deixe que a insolência dos gigantes tire de você a certeza da vitória e a pressa para vencer. Não abra mão de ser um vencedor de gigantes.
-------
Luciano de Paula Lourenço
Alguns trechos foram extraídos do Livro “Vencendo Gigantes”, cujos autor é o Rev. Hernandes Dias Lopes – Editora Hagnos.
Vencedores de gigantes triunfam em público, porque já tiveram importantes vitórias privadas. Saul destacava-se do ombro para cima de todos os demais guerreiros de Israel, mas não tinha estatura suficiente para lutar contra o gigante Golias. Davi enfrentou e venceu o gigante porque já triunfara sobre um leão e um urso na solidão das montanhas de Belém. O que você é quando está sozinho determina o que você será publicamente. O caráter precede a performance. Ser é mais importante do que fazer.
Vencedores de gigantes não olham para os obstáculos, mas para as oportunidades. Henry Ford estava coberto de razão quando afirmou: “Obstáculos são aquelas coisas tenebrosas que vemos quando desviamos os olhos do nosso objetivo”. Na Bíblia, vemos o grande exemplo de Calebe, contemporâneo de Josué. Ele foi um dos únicos de uma geração a alcançar as promessas de Deus para a sua vida. Ele era um homem de visão e não temia obstáculos que surgissem à sua frente como empecilhos para que alcançasse a benção de Deus, mesmo que esses obstáculos fossem gigantes de quase três metros de altura, os anaquins. Calebe, assim como Davi era um vencedor de gigantes. Muitos de nós também enfrentamos todos os dias, situações que parecem gigantes que se levantam contra nós. Problema financeiro; problema de saúde na família; crise conjugal; desemprego; pecados... E muitas vezes nos sentimos como “gafanhotos” diante dos problemas. Mas o relato da vida de Calebe nos serve como inspiração para enfrentarmos todas as situações que nos são propostas em nossas vidas.
Vencedores de gigantes mantém seus olhos em Deus e nunca nas circunstancias. Pedro afundou no mar quando tirou os olhos de Jesus para colocá-los no fragor das ondas. Enquanto ele manteve os olhos em Jesus foi capaz de caminhar em meio à tormenta, mas no instante em que reparou na força do vento, teve medo e começou a ser engolido pelos vagalhões. Andar sobre as águas é algo impossível para o homem, mas quando nossos olhos estão fitos no Criador do Céu e da terra, podemos experimentar o sobrenatural e pisar no solo firme dos milagres.
Vencedores de gigantes não ouvem a voz dos pessimistas. Tenhamos cuidado com o vozerio dos pessimistas, eles olham para a vida com lentes embaraçadas. Eles perdem a vida por medo de viver. Eles correm até da sombra. Eles pensam que os gigantes são invencíveis. O gigante Golias julgava-se invencível. Era um guerreiro inveterado, assombroso, experiente, que infundia medo em todo o exército de Saul. Ele desafiou os exércitos de Israel e fez Saul e seus soldados recuarem, empapuçados de medo. Durante quarenta dias, duas vezes por dia, Golias afrontou os exércitos do Deus vivo e não apareceu ninguém com coragem para enfrentá-lo. Mas, em meio à orquestra do medo, ouve-se o clarinete da esperança. Entre o povo circulou a notícia de que o jovem pastor Davi, que acabara de chegar de Belém, estava disposto a enfrentar o gigante. Essa notícia espalhou-se rapidamente e foi parar no palácio do rei. Davi tapou os ouvidos à voz dos embaixadores do caos; ele não ouviu os profetas do pessimismo, nem inclinou os seus ouvidos ao vozerio desolador da multidão apavorada.
Um vencedor de gigantes não segue o caminho dos medrosos. Os prognósticos agourentos dos covardes só infundem desespero. Eles olham para a vida com lentes cinzentas e só enxergam dificuldades. A voz da multidão quase sempre infunde medo e conduz ao fracasso. Aqueles que nunca mataram um gigante vão lhe dizer que os gigantes são invencíveis. Aqueles que correm até da sombra dirão que a estrada da vida está cheia de fantasmas. Aqueles que fracassam justificarão suas retiradas do campo de batalha.
Precisamos olhar não para a altura dos gigantes, mas por sobre seus ombros e agarrar a crise pelo pescoço. Precisamos olhar não para a carranca da crise, mas para as possibilidades que se ocultam pr trás delas. A crise é um tempo de oportunidade, um terreno fértil de milagres. A crise é o cemitério dos covardes e a porta de entrada da terra prometida para os vencedores. Enquanto todos se assentam para chorar, os vencedores empunham as armas e triunfam. Enquanto os covardes só se encolhem de medo diante das dificuldades, os vencedores permanecem com os olhos fixos na recompensa e obcecados pela vitória. Por isso, não dê atenção aos medrosos. Você pode derrubar os gigantes e ser um vencedor.
O vencedor de gigantes não tira os olhos de Deus para colocá-los nas circunstancias. Os dez espias de Israel foram esmagados pela síndrome do gafanhoto porque tiraram os olhos de Deus para colocá-los na fortaleza dos gigantes. Isso lhes deu uma perspectiva falsa do problema, fazendo com que dissessem: os gigantes são fortes e nós fracos; são muitos e nós poucos; são guerreiros e nós nômades; são gigantes e nós gafanhotos. Porque duvidaram da promessa de Deus, sentiram-se menos do que homens, sentiram-se insetos, gafanhotos. Eles não só introjetaram um sentimento de fracasso na alma, mas também contaminaram todo o arraial de Israel com o seu pessimismo. Como resultado, toda aquela geração pereceu no deserto e não pôde entrar na Terra Prometida. Apenas Josué e Calebe olharam para as circunstâncias com os olhos da fé. Note o que eles disseram: “Certamente o Senhor nos deu toda esta terá em nossas mãos. E todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós”(Josué 2:24). Eles creram e venceram. Por terem crido, eles tomaram posse da Terra Prometida.
Vencedores de gigantes triunfam sobre as críticas. Os críticos são como erva daninha, florescem em qualquer lugar. São os inimigos de plantão, que sempre estão à nossa espreita. Estão espalhados por toda parte, esperando para nos morder sem piedade. Eles estão dentro de casa, nas ruas, no trabalho, na escola e até na igreja. Davi foi duramente criticado pelo seu próprio irmão Eliabe. A raiz da crítica era a inveja. Davi foi criticado também por Saul, que o julgou incapaz de enfrentar o gigante Golias. Saul subestimou Davi. Finalmente, Davi foi criticado pelo próprio duelista, o gigante Golias, que o desprezou, escarnecendo dele e do seu Deus. A motivação foi o sentimento de superioridade.
Você não pode ser um vencedor de gigantes sem antes vacinar-se contra o veneno dos críticos. O objetivo deles é sempre querer nos nivelar à sua mediocridade. Eles são medrosos e covardes e não toleram ver em nós uma atitude de confiança diante dos desafios da vida. Os críticos questionam nossas motivações, julgam nossos propósitos e assacam contra nós acusações pesadas e levianas, tentando macular a nossa honra e desbaratar nossos objetivos.
Os críticos são movidos pelo combustível da inveja. O invejoso é aquele que se sente infeliz por não ser como você e por não ter o que você tem. Caim matou Abel por inveja, em vez de seguir seu exemplo. Os irmãos de José tentaram se livrar dele por inveja, em vez de seguir os seus passos. Os fariseus, por inveja de Jesus, preferiram persegui-lo a seguir os seus ensinos. O invejoso é um egoísta inveterado, dono de uma auto-imagem doentia. Ele sofre de um avassalador complexo de inferioridade. É capaz de chorar com os que choram, mas jamais se alegrar com os que se alegram.
Vencedores de gigantes não são covardes. Eles não fogem e nunca desistem. São perseverantes. Eles não se contentam com nada menos que a vitória. Fazem das derrotas do passado experiências indispensáveis para construírem as vitórias do futuro. Experiência não é simplesmente aquilo que acontece na vida de uma pessoa, mas como ela lida com o que lhe acontece. Os vencedores nunca desviam os olhos do alvo. Eles são determinados e obcecados pela vitória, não importa o quanto possa lhes parecer difícil alcança-la. Quando Thomas Alva Edison inventou a lâmpada elétrica, foram necessárias mais de duas mil experiências antes de obter sucesso. Certa vez, um jovem repórter perguntou como ele se sentia tendo fracassado tantas vezes. Ele respondeu: “Eu nunca fracassei. Inventei a lâmpada elétrica. Só que para chegar lá, foi preciso uma caminhada de dois mil passos”. John Milton ficou cego aos quarenta e quatro anos de idade. Dezesseis anos depois, escreveu o clássico “Paraíso Perdido”. Após uma perda progressiva da audição, o compositor alemão Ludwig Van Beethoven ficou totalmente surdo aos quarenta e seis anos. Apesar disso, continuou compondo, e algumas de suas melhores composições, inclusive cinco sinfonias, foram escritas durante seus últimos anos. Vencedores de gigantes não desistem, mesmo diante dos maiores obstáculos.
A revista Time de abril de 1986 publicou um artigo sobre algumas pessoas que foram consideradas sem perspectiva de futuro. Todas foram vistas pelos críticos como condenadas ao fracasso. Quer saber os nomes de algumas dessas pessoas?
Beethoven – Seu professor certa feita fez o seguinte comentário sobre ele: “Esse jovem tem uma maneira estranha de manusear o violino. Prefere tocar suas próprias composições ao invés de aprimorar sua técnica”. Esse mesmo professor avaliou que não havia esperança para ele como compositor. Beethoven não aceitou esse prognóstico pessimista a seu respeito. Ele superou todas as dificuldades e triunfou. Mesmo tendo ficado completamente surdo, ele se tornou um dos músicos mais excelentes e consagrados de toda a história. Seus críticos tiveram que engolir suas previsões negativas e ver o sucesso desse gigante da música clássica. Mesmo carregando o fardo da surdez, compôs músicas timbradas pelo mais alto grau de excelência.
Thomas Alva Edison – Sua professora o devolveu à mãe por considerá-lo inapto para o aprendizado. Sua mãe, sem perder o ânimo, resolveu investir em sua educação. Certa feita, ele perguntou à sua mãe porque a escola o recusara, e ela lhe respondeu: “Porque você é muito inteligente e a escola não consegue acompanhar seu ritmo de aprendizado”. Thomas Edison superou as dificuldades e galgou o honroso posto de maior cientista do mundo, tendo registrado mais de mil invenções, entre elas a lâmpada elétrica. No dia de sua morte, como forma de homenageá-lo, desligaram todas as luzes por alguns minutos, mostrando como seria o mundo sem ele.
Albert Einstein – Sua tese de doutorado em Bonn foi considerada irrelevante e sofisticada. Alguns anos depois, foi expulso da Escola Politécnica de Zurich. Alguns de seus críticos acharam que não havia futuro para ele, mas Einstein galgou as alturas excelsas, fazendo vôos altaneiros em suas conquistas cientificas. Tornou-se mundialmente conhecido por ter descoberto a teoria da relatividade, que lhe valeu o Prêmio Nobel de Física.
Luiz Pasteur – Foi um estudante medíocre. Em uma turma de vinte e dois alunos de química, obteve apenas a décima quinta colocação. Mas devemos a ele a descoberta da penicilina, que tanto tem contribuído para o tratamento dos males que afligem a humanidade.
Portanto, não permita que os críticos roubem as suas forças ou tirem de você a sede da vitória. Enfrente os gigantes e vença-os!
Vencedores de gigantes não dão ouvidos aos arautos do pessimismo. Eles não olham para as dificuldades, mas para as possibilidades. Eles não gastam tempo medindo a altura do inimigo, mas fortalecem os braços para vencê-lo. Eles não fogem assustados com o rugido do inimigo, mas correm para a linha de frente, para a zona de combate, porque estão obcecados pela vitória.
Saul enxergou três empecilhos em Davi:
Primeiro, ele considerou Davi incapaz – Saul disse: “Você não pode...”. Nunca diga para uma pessoa que ela não pode. Aquele que confia em Deus pode o impossível. O apóstolo Paulo, mesmo preso, na ante-sala do martírio, disse: “Tudo posso naquele que me fortalece”(Fp 4:13).
Segundo, ele considerou-o inexperiente – Saul disse: “Você não tem experiência”. O sucesso de uma pessoa não está na sua idade cronológica, mas na sua confiança em Deus. Há jovens sábios e velhos tolos. Há jovens cansados e velhos cheios de sonhos e projetos. Davi nunca tinha estado numa guerra, mas tinha intimidade com o Senhor dos Exércitos. Ele nunca tinha empunhado uma espada, mas tinha matado um urso e agarrado um leão pela barba e vencido. Davi nunca tinha usado uma armadura nem empunhado um escudo, mas manejava com perícia sua funda. Ele não tinha performance para fazer parte do exército de Saul, mas tinha determinação para enfrentar e vencer o gigante.
Terceiro, ele considerou-o muito jovem – Saul disse: “Você é ainda muito jovem”. Davi era jovem, mas corajoso. Era jovem, mas confiava em Deus e possuía a fibra de um vencedor de gigantes. Os jovens também podem ser heróis e vencedores. Eles podem triunfar sobre os gigantes. Se você é jovem, não permita que os críticos contaminem seu coração e deixem você desanimado por causa da sua pouca idade.
Os gigantes pensam que são invencíveis. Eles jamais contam com a derrota. Eles são convencidos. Eles sofrem de um grande complexo de inexpugnabilidade. São megalomaníacos. Mas quem se exalta será humilhado. Quem tenta ficar de pé estribado no bordão da autoconfiança precisa beijar o chão e se alimentar com o pó da derrota. A maldição imprecada a Davi voltou-se contra Golias. Ele mesmo sofreu o golpe fatal de suas medonhas previsões. Ao afrontar Davi, ele estava afrontando o Deus de Davi. Quem toca nos filhos de Deus toca na menina dos olhos de Deus. Quem declara guerra contra os filhos de Deus chama o próprio Deus Todo-Poderoso para a briga. Naquele combate, o gigante caiu. Davi, com uma só pedra, jogou o gigante ao chão. A cabeça de Golias foi cortada pela sua própria espada. Ele pereceu através de suas próprias armas. Golias morreu. Davi prevaleceu. Israel ficou livre e o nome de Deus foi glorificado. Davi não se intimidou porque tinha paixão em promover a glória de Deus; tinha seus olhos na recompensa e sabia que o próprio Deus é quem estava pelejando por ele.
Os tempos mudaram. Nós mudamos. Os gigantes se travestiram e usam novas roupagens, mas eles ainda rondam a nossa vida e nos espreitam com insolentes ameaças. Muitos ainda estão com medo, dando as costas ao inimigo e fugindo acovardados. Muitos estão desacreditados aos seus próprios olhos, enfileirados apenas para fugir ao sonido do próximo estardalhaço do gigante. Volte seus olhos para Deus em vez de inclinar os seus ouvidos às bravatas dos gigantes. Você não foi criado para viver debaixo das botas dos gigantes. Ponha sua fé naquele que está assentado no alto e sublime trono. Enfrente o seu gigante em nome do Senhor dos Exércitos. Não deixe que a insolência dos gigantes tire de você a certeza da vitória e a pressa para vencer. Não abra mão de ser um vencedor de gigantes.
-------
Luciano de Paula Lourenço
Alguns trechos foram extraídos do Livro “Vencendo Gigantes”, cujos autor é o Rev. Hernandes Dias Lopes – Editora Hagnos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário