Texto Básico: João 15:1-11
" O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a
destruir, eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância
"(João10:10 )
INTRODUÇÃO
Graças a Deus chegamos ao final
de mais um trimestre letivo. Com certeza fomos edificados e exortados por
intermédio da cada lição. Aprendemos que a verdadeira prosperidade não
significa acúmulo de riquezas e bens materiais, poder adquirido a partir de
status social, mas uma satisfação e bem-estar que vem quando nos relacionamos
bem com aquilo que temos, quando vivemos satisfeitos em meio a toda e qualquer
circunstância. Fazer a vontade de Deus e manter uma estreita comunhão com Ele é
o segredo para se ter uma vida próspera. Independentemente das circunstâncias
que estejamos passando, temos a certeza que o Bom Pastor e Bispo de nossas
almas nunca nos desampara. Ele está conosco em meio aos pastos verdejantes, e
não nos abandona quando temos que enfrentar os vales e os desertos da vida.
Somente em Jesus temos a verdadeira Prosperidade.
I
- A VIDA ABUNDANTE CONSISTE NO EQUILÍBRIO
Jesus disse: “Eu vim para
que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Em que consiste
essa abundância? Muitos cristãos interpretam como sendo 'qualidade de vida'
econômica e social. Porém, esquecem que o reino de Deus não é comida nem bebida
- “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e
alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17).
Se a “vida abundante” refere-se
às questões de ordem econômica e social, jamais Cristo alertaria para que os
seus ouvintes não se inquietassem pelo dia de amanha - "Não andeis,
pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos
vestiremos?" (Mt 6:31) -, pois a vida do ser humano não consiste nas
riquezas - "E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza;
porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui"
(Lc 12:15).
Por que Jesus prometeria riquezas pertinentes a este mundo,
se os cuidados deste mundo tornam infrutíferos os homens, o que poderá levá-los
a serem cortado da Oliveira? - "Mas os cuidados deste mundo, e os
enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a
palavra, e fica infrutífera" (Mc 4:19).
Há também aqueles que apregoam
que a “vida abundante” ofertada por Cristo tem em vista o alívio dos
sofrimentos causados pela pobreza, enfermidades, condições opressoras de
trabalho, injustiças sociais, abusos dos direitos civis, etc., e que a vida
prometida por Cristo tem em vista uma melhoria das questões de ordem moral.
Chegam a ponto de afirmar que a ‘vida é para a eternidade e a vida em
abundância é promessa para o presente momento’, contrariando o que Cristo
falou: “no mundo tereis aflições” (João 16:33).
Por certo, essa “vida abundante”
que Jesus promete não se refere às condições existenciais do homem, pois todos
têm uma expectativa de viver até os setenta anos, sendo que o que disso passar
é canseira e enfado. Além disto, o homem comerá do suor do seu rosto, o que
implica em enfado e cansaço - "Os dias da nossa vida chegam a setenta
anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é
canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" (Sl 90:10).
Certamente, a “vida abundante”
que Jesus prometeu refere-se ao que o reino de Deus proporciona: “justiça,
paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17), pois em tudo os cristãos foram
enriquecidos: “... em toda a palavra e em todo o conhecimento” (1Co 1:5); “Para
que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos
da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de
Cristo” (Cl 2:2). O apóstolo Paulo enfatiza que os cristãos são abençoados
com todas as bênçãos espirituais - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celestiais em Cristo” (Ef 1:3). E o salmista diz que nada tem falta os que
O temem - "Temei ao SENHOR, vós, os seus santos, pois nada falta aos
que o temem" (Sl 34:9).
Com absoluta certeza, a “vida abundante”
que Jesus prometeu é a vida eterna, ela sim é abundante – “E esta é a
promessa que ele nos fez: a vida eterna”(1João 2:25).
1. A
matéria superestimada. É antibíblica a superestimação dos bens materiais,
do físico e do palpável em detrimento das coisas espirituais e do eterno. Isto
é uma atitude inerente à filosofia materialista e ao ateísmo.
O materialismo estimula as
pessoas a viverem para TER. Porem, a ênfase do cristianismo bíblico está em
viver para SER. Somos desafiados a viver para sermos santos, luz do mundo e sal
da terra em meio a uma geração que vive para TER.
É evidente que como seres
terrenos temos que trabalhar com ousadia, integridade e dedicação para
conquistar os recursos materiais necessários para nossa sobrevivência e
contribuir para o reino de Deus. Contudo, a Bíblia condiciona a prosperidade do
homem a uma vida de obediência ao Senhor. Não é possível ter-se felicidade,
bem-estar, alegria, sucesso e êxito se o indivíduo não cumprir a lei do Senhor,
não O buscar de todo o seu coração. A Verdadeira prosperidade, portanto, é o
resultado da obediência, é fruto de um estado espiritual de comunhão com Deus.
Jesus encontrou pessoas
materialistas, como o jovem rico, que preferiu suas próprias riquezas em vez das
riquezas do reino. Mas ele também encontrou pessoas como Zaqueu, que foram
capazes de trocar o materialismo pelos valores do reino.
2. A
matéria negada. Não podemos negar e nem deixar de ser gratos por
essa vida, pois, para os crentes e demais homens, ela é um testemunho da
bondade e misericórdia de Deus. Os bens materiais, inclusive o dinheiro, são
bênçãos que Deus nos concede para usufruirmos dele e beneficiar o próximo e a
obra de Deus. Seria hipocrisia de nossa parte negar que o dinheiro é um bem apreciável,
pois quanto mais recursos financeiros uma pessoa possui, mais oportunidades ela
tem para oferecer uma educação melhor aos seus descendentes, investir em sua
saúde, adquirir bens que serão utilizados de forma razoável e confortável, e
abençoar a obra de Deus de forma generosa. Mas, precisamos entender também que
o dinheiro é um ótimo servo, mas um senhor impiedoso se o colocarmos nessa
posição também. Se não tivermos nossas vidas diante de Deus, perderemos o foco
da verdadeira prosperidade: um relacionamento com o Doador, e não com a dádiva.
Não foi à toa que Jesus falou contra Mamom e os perigos do relacionamento com
Ele.
A Bíblia é um verdadeiro manual
sobre a questão do dinheiro. Aliás, A Bíblia fala mais sobre o dinheiro do que
a respeito do céu. O dinheiro está profundamente conectado à vida espiritual. A
ética cristã lida não apenas com a questão de como ganhar o dinheiro, mas
também com a maneira certa de usufruí-lo, investi-lo e distribuí-lo.
Não há nada nas Escrituras que
condene a posse de dinheiro a não ser o amor a ele (1Tm 6:10). A busca
desenfreada da riqueza produz efeitos desastrosos sobre a alma. Quais são os
perigos produzidos pelo amor ao dinheiro? Vou citar aqui apenas três:
a) O amor
ao dinheiro conduz a pessoa à tentação. O desejo
pela riqueza conduz as pessoas à tentação. Que tentação? Vejamos isso à luz dos
dois maiores mandamentos da Lei de Deus, segundo Jesus: Respondeu-lhe Jesus:
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo
o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois
mandamentos dependem a lei e os profetas“ (Mt 22.37-40).
Quando você deseja ser rico, esse
desejo o domina e o controla. O dinheiro torna-se seu senhor e seu deus. Então
você passa a buscá-lo mais do que a Deus e a procurar a sua felicidade mais do
que o bem do seu próximo. Dessa maneira, o amor ao dinheiro o leva a violar os
dois principais mandamentos da lei de Deus.
b) O amor
ao dinheiro coloca laços e ciladas no caminho da pessoa. As
riquezas são uma armadilha, pois conduzem à escravidão e não à liberdade. Em
vez de saciar, as riquezas produzem outras concupiscências e desejos para serem
satisfeitos. Que armadilha é essa? A Bíblia responde: "Quem ama o dinheiro
jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda"(Ec
5.10). O amor ao dinheiro tem a capacidade de levar você a desejar sempre mais.
Quanto mais você tem, mais quer ter. Você nunca se satisfaz. Esta é a cilada:
insatisfação permanente. O dinheiro é um deus; é Mamom. Muitos trocam o Deus
vivo por esse deus. Outros sacrificam a família e vendem a própria alma no
altar desse deus.
c) O amor
ao dinheiro atormenta a pessoa com muitas dores. Há
determinados sofrimentos que só os ricos têm. Eles são inquietos, inseguros,
medrosos. Vivem perturbados. O rico tem duas grandes perturbações: o desejo
desenfreado de ganhar, ganhar e ganhar; e o medo de perder, perder e perder.
Muitos vivem atormentados por esse
dilema. Além do mais, o dinheiro nunca serviu para promover a união familiar.
As famílias mais desunidas são aquelas que mais dinheiro possuem. O dinheiro
não tem liga. Ele divide e separa.
O amor ao dinheiro fez o jovem rico se afastar de Cristo
(Mc 10:22). O amor ao dinheiro fez o rico pensar apenas em seus banquetes e
desprezar "Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta..." (Lc
16:19-21). O amor ao dinheiro fez Judas trair Jesus e se suicidar (Mt
26:14-16). O amor ao dinheiro fez Ananias e Safira mentirem para o Espírito
Santo (At 5:1-11). O amor ao dinheiro fez os ricos reterem com fraude o salário
do trabalhador (Tg 5:4). O amor ao dinheiro é a causa de muitas fraudes,
casamentos destruídos, divórcios, perjúrios, roubos, sequestros, assassinatos e
guerras.
Portanto amado irmão e amigo, fuja do amor ao dinheiro. Um homem feliz é
conhecido por aquilo de que ele foge. Há momentos em que fugir é um sinal de
covardia, como foi o caso de Neemais. Ele respondeu aos seus inimigos:
"[...] homem como eu fugiria?" (Ne 6:11). Mas em outras
ocasiões, fugir é sinônimo de sabedoria e prudência. José do Egito fugiu da
mulher de Potifar (Gn 39:12). Davi fugiu quando o rei Saul queria matá-lo (1Sm
19:10). Paulo escreve a Timóteo: "Tu, porém, ó homem de
Deus, foge destas coisas" (1Tm 6:11).
Se você se encontra
perguntando: Ah!, se eu tivesse isto ou aquilo, se eu tivesse uma casa
melhor, um carro mais novo eu seria mais feliz...Fuja! Se você perceber que
está olhando a prosperidade do ímpio e dizendo: Ah!, se tivesse o que ele
tem eu seria mais feliz... Fuja! Quando você vê uma propaganda, e pensar: Ah!,
se eu pudesse comprar esse produto, eu seria mais feliz... Fuja!
Sua felicidade não
está nas coisas, mas em Deus. Alguém disse que as pessoas mais felizes são
aquelas que voltam para casa com cheiro de graxa. A Bíblia diz que:
"Melhor é um bocado seco e tranquilidade que a casa farta de carnes e
contendas" (Pv 17:1).
A verdadeira
prosperidade é Cristo, nEle repousa todas as riquezas de Deus (Ef 2:7). Com
Ele, temos razões para estarmos sempre contentes, trabalhando sempre, com
respeito e dignidade (Ef 4:28; 1Ts 2:9; 2Ts 3:8), mas confiando nEle que nos
supre do que temos real necessidade (Mt 6:33).
II - CORRIGINDO OS ERROS ACERCA DA POBREZA
1. Pobreza e pecado. Ser
pobre não é pecado. Há várias explicações para a pobreza no mundo, mas a pior
delas é associar a pobreza à ausência da bênção de Deus. Quando se faz uma
leitura correta das Sagradas Escrituras, observa-se que Deus ordena aos ricos
que reservem uma parte de suas colheitas aos pobres. Essa ordenança é um sinal
claro de que Deus planejou abençoar os pobres utilizando recursos que Ele
mandaria a mais para os mais abastados. E Tiago questiona: “Ouvi, meus
amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem
ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?” (Tg
2:5). Como se vê, os pobres são especiais e preciosos para Deus (cf. Lc
4:18;6:20;7:22). Eles, como muita mais frequência, são os mais ricos na fé e
nos dons espirituais e os que, na sua necessidade, clamam mais intensamente a
Deus, com fome sincera por sua presença, misericórdia e ajuda(Lc 6:20,21).
Portanto, jamais se pode avaliar a espiritualidade de uma pessoa pelo que ela
possui de bens materiais.
Portanto, é necessário estarmos
conscientes de que ser pobre não significa necessariamente estar em pecado.
Veja as seguintes passagens da Bíblia: ”Pois nunca deixará de
haver pobre na terra; pelo que te
ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu
necessitado, e para o teu pobre na tua
terra”(Dt 15:11). Disse Jesus: ”Porquanto sempre tendes convosco os pobres...”(Mt 26:11). “O que oprime o pobre insulta àquele que o criou, mas o que se
compadece do necessitado o honra”(Pv 14:31). “Melhor é o pobre
que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo”(Pv 19:1). ”O
rico e o pobre se encontram; a todos o
Senhor os fez”(Pv 22:2). “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de
Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre,
e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta”(Zc 9:9).
2. Pobreza
magicamente extinta. Hoje quando se ouve alguns
pregadores falando sobre questões financeiras tem-se a impressão de que no
Antigo Testamento não havia pobres, que todo Israelita era como Salomão.
Desafiam os crentes a não aceitarem dificuldades financeiras e a determinar a
prosperidade, exigindo as bênçãos materiais, principalmente as ligadas
ao “ouro e a prata”. Acusam os crentes pobres de falta de fé, até de
estarem em pecado, desviados. Usam, com frequência, duas passagens
bíblicas: Deuteronômio 28:1-14 e 2Crônicas 1:7-17 para fundamentar seus
argumentos em favor da riqueza.
A primeira passagem refere-se à
Nação de Israel, com uma condição: obediência - “...quando
obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para guardar
e fazer”. Observe que a obediência vem antes da bênção e o
servir a Deus antes de ser servido.
A segunda passagem refere-se uma promessa pessoal
feita por Deus a Salomão - “Naquela mesma noite Deus
apareceu a Salomão e disse-lhe: pede o que queres que eu te dê”. Deus,
na sua Soberania, quis honrá-lo; deu o que ele pediu e deu, também, o que não
pediu - ele não pediu riquezas, porém Deus quis lhe dar - “... e
te darei riquezas, e fazendas, e honras, qual nenhum rei antes de ti teve, e
depois de ti não haverá...”. Foi uma promessa pessoal feita a
Salomão. Não consta que esta riqueza foi dada para todos os israelitas fiéis.
Salomão tinha centenas, milhares de súditos, entre eles
muitos que eram sinceros, fiéis e tementes a Deus, porém a riqueza só foi
dada ao rei Salomão. Seus ministros, seus funcionários
administrativos, seus soldados, todos os serviçais do Palácio, todos
continuaram vivendo com o “salário” que ganhavam, embora sendo israelitas fiéis
a seu Deus. Na verdade quem era pobre continuou sendo, quem vivia de salário
continuou vivendo de salário, e dando graças a Deus pelo emprego, ou por sua
fonte de manutenção. Não adiantava determinar a bênção da riqueza com
base na promessa que Deus fez a Salomão.
Portanto, se o crente, fiel e temente a Deus, tem poucos
bens, ou mesmo que não tenha bens para administrar, saiba que
Deus não tem compromissos de dar riquezas para todos os seus servos. Deus
não prometeu que todos os pobres ficariam ricos. O que Deus queria, e quer, é
que os necessitados não fossem abandonados - “... pelo
que te ordeno, dizendo; livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o
teu necessitado e para o teu pobre da tua terra” (Dt 15:11). Não se
está falando de estrangeiros, não se está referindo aos que estão lá fora. Lá
no passado está se referindo aos filhos de Israel, e hoje, está se referindo à
Igreja. Fala-se em “teu irmão”, “teu necessitado”, “teu pobre”, “tua terra”.
Jesus disse: “Porque sempre tendes os pobres convosco...”(Mc 14:7; Mt 26:11; João 12:8).
A Teologia da Prosperidade tem
feito ricos, pobres da presença de Deus e dos pobres, ricos sem Deus. Por quê? “Porque
o [amor ao dinheiro] é raiz de todos os males...”(1 Tm
6.10a). Tenhamos, pois, cuidado com este falso evangelho, com esta investida
materialista travestida de cristã e de evangélica, pois, “… alguns, nessa
cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm
6:10b).
III
- A VIDA ABUNDANTE NÃO SUPERESTIMA O CORPO E NEM NEGA A ALMA
1. A vida abundante é
equilibrada. Somos
peregrinos nesta Terra(cf 1Pe 1:17; Hb 11:8-10,13). Mas, muitos que se dizem cristãos vivem, de forma desequilibrada, em busca das coisas
efêmeras, como se tudo fosse o aqui e o agora. É bom sabermos que a nossa
esperança não está no aqui e agora, pois “os nossos dias sobre a Terra são como a
sombra, não há outra esperança”(1Cr 29:15). Em nossa peregrinação pela terra, devemos usar os
instrumentos necessários e disponíveis por Deus para que possamos não somente
preservar a nossa vida, mas também atingir objetivos. Isso exige de nós
equilíbrio, domínio próprio, para sabermos como utilizar esses instrumentos em
nossa caminhada. Portanto, devemos buscar o que nos é necessário, nem sermos
luxuosos e nem demasiadamente rígidos, sempre buscando os princípios das
Escrituras que estabelecem o legitimo uso das coisas.
Embora
Deus tenha feito muitas coisas para o nosso deleite, e para que pudéssemos
louvá-lo por sua bondade e ser agradecidos, é preciso tomar cuidado para não
cometermos abusos, ou seja, usar do pretexto de liberdade e não nos privar de
nada. A nossa gratidão deve refrear os desejos carnais dos abusos, pois, não
posso estar agradecido pelo “pão, o calçar e o vestir”, e ao mesmo tempo usar
estes bens para me deleitar na lascívia. Jamais poderemos dar rédeas soltas aos
nossos desejos naturais, pois, ultrapassam os limites da temperança e da
moderação.
A
moderação é necessária, pois, sem ela convertemos o que o Senhor nos deu para
enriquecer a nossa vida, em pedra de tropeço. Em nada devemos ser exagerados,
nem no comer, nem no beber, nem em nos deleitar nos prazeres, devemos evitar a
tudo quanto possa fazer diminuir a nossa espiritualidade e devoção. Não podemos
esquecer do nosso interior e nos preocupar apenas com o exterior, pois, como
diz um provérbio antigo, quem põem muita atenção no corpo geralmente se
descuida da alma. Sejamos, pois, equilibrados.
2. Bem-estar físico e emocional. Tudo que se fizer será bom, trará bem-estar se
fizermos de acordo com a Palavra de Deus. Muitos têm tudo, até dinheiro em
demasia, mas não têm o bem-estar emocional. Vivem inquietos, atribulados,
apesar e por causa das muitas riquezas, não tendo qualquer alegria ou
contentamento verdadeiros, porque não fazem as coisas de acordo com a sã
doutrina. Ser próspero é ter bem-estar em tudo o que se faz, ago muito
diferente e muito melhor do que possuir bens materiais.
Bem-estar físico. Vivemos em uma sociedade que cultua, entre tantas “divindades”, o
corpo. Há academias espalhadas em todos os lugares, oferecendo aos
participantes a possibilidade de fazer exercícios que conservarão a estética do
corpo perfeito. Infelizmente, há pessoas que se dedicam tanto ao cuidado com o
corpo que se esquecem de cuidar de sua alma, de nutrir uma vida espiritual.
Quando nos conscientizamos de que o nosso corpo não deve ser um
fim em si mesmo, nossa conduta passa a ser diferente do comportamento que tanto
tem caracterizado os nossos dias de culto ao corpo e a tudo o que lhe diz
respeito, culto este que tem, inclusive, já invadido a comunidade evangélica.
Vivemos, hoje, a época do domínio da moda, da aparência, da beleza estética,
com um sem-número de distúrbios e desequilíbrios de toda a sorte. Muitos, até mesmo
crentes, na busca do corpo perfeito, deixam de comer ou se submetem às dietas
da moda, sem orientação médica, prejudicando a saúde.
A idolatria do Corpo é
um erro bíblico que precisa ser evitado. O corpo tem que ser um instrumento
para glória de Deus, e não para a glória do homem – “... glorificai, pois,
a Deus no vosso Corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”(
1Co 6:20).
É claro
que devemos cuidar do nosso corpo que, segunda a Bíblia nos ensina, é o templo
do Espírito Santo(1Co 3:16). Mas tudo sem obsessão, com muito zelo e
equilíbrio. Como crente em Jesus Cristo, você tem procurado viver de
modo equilibrado? Tem procurado realizar uma alimentação saudável? Se alguém
viver em um edifício de propriedade de outra pessoa, procurará violar as regras
do edifício? Como seu Criador, Deus nos concedeu uma espécie de "manual do
fabricante", que é a Sua Palavra. Precisamos
ter um corpo sadio, para que nossas faculdades mentais tenham condição de
também se desenvolver plenamente, sem o que não poderemos servir a Deus de
acordo com a Sua vontade. Ter uma mente sã em corpo são é uma exigência divina
para que possamos servir a Deus a contento, de acordo com a excelência da Sua
santidade.
3. O bem-estar espiritual. A “Teologia da Prosperidade” tem pregado que o bem-estar espiritual é
irreconciliável com qualquer espécie de sofrimento. Se o crente sofre é porque
não é próspero. Todavia,
a vida cristã não uma sala vip nem uma colônia de férias. O sofrimento é o
cálice que o povo de Deus precisa beber, enquanto caminha rumo à glória. A cruz
vem antes da coroa, o sofrimento antes da recompensa final. Nós entramos no
reino de Deus por meio de muitas tribulações (At 14:22).
Os proponentes dessa falsa teologia ensinam que o crente fiel não pode
adoecer – “se adoecer está em pecado, não entendeu o que é viver pela fé, além
de estar dominado pelo Diabo”. Propalam que todo cristão deve viver uma vida
plena, isenta de doenças; e que, na idade avançada, devem viver sem dor ou
sofrimento. Segundo esses "teólogos", quem fica doente não está
reivindicando seus direitos como filho de Deus ou não tem fé. Que falácia! Tudo
isso porque as suas mensagens visam agradar o ser humano e atendê-lo em suas
necessidades restritas a essa vida, como saúde, prosperidade e bem-estar. O
ensino bíblico, porém, é claro ao ensinar que “muitas são as aflições do
justo, mas o
Senhor o livra de todas”(Sl
34:19). Amém!
CONCLUSÃO
Somente em Jesus Cristo temos a
verdadeira prosperidade, que está associada a uma comunhão intima e estreita
com o Senhor Jesus, que nos promete uma vida abundante, conforme as Escrituras
Sagradas. Quando uma pessoa aceita Cristo como seu único e suficiente Salvador
e Senhor de sua vida, essa pessoa passa a ter uma vida abundante: é liberta da
indolência e da desonestidade e os agrilhoes da miséria são quebrados; aquela pessoa
que vivia dominada pela preguiça começa a trabalhar com afinco; aquela que
vivia desonestamente, agora trabalha com integridade; aquela pessoa que
roubava, agora trabalha para suprir suas necessidades e ainda ajudar os
necessitados; aquela pessoa que gastava com vícios deletérios, jogos de azar e
devassidão, agora só emprega o dinheiro naquilo que é pão, ou seja, naquilo que
satisfaz. Assim, a verdadeira prosperidade e a verdadeira riqueza são
bênçãos que jorram de Deus para todos aqueles que vivem piedosamente. O
apóstolo Paulo escreveu: "De fato, grande fonte de lucro é a piedade
com o contentamento" (1Tm 6:6).
Caros
irmãos e amigos, agradeço-lhes muito por acompanhar-me durante este 1º
trimestre/2012. Para mim, creio que também para todos vocês, foram momentos
assaz edificantes e de superlativas aprendizagens. Espero que o conhecimento
adquirido ao longo deste trimestre possa nos garantir blindagem contra as
investidas dos propagadores da falaciosa “teologia da prosperidade”. “... o
Filho de Deus nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro...”(1João
5:20). Que o Deus de Paz “vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a
sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao
qual seja glória para todo o sempre. Amém”(Hb 13:21).
Espero
encontra-los novamente no próximo trimestre, se Deus quiser.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD –
Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular
(Antigo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 49.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon – CPAD.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Caramuru AFONSO
Francisco – A mordomia cristã das finanças.
Rev.Hernandes Dias Lopes – Dinheiro, a
prosperidade que vem de Deus.
Luciano de Paula Lourenço, gosto muitos seus estudos postados, acompanhei todos, são muito bons, eu as veses os utilizo para enrriquecer a lição, e faço questão de mencionar ao irmão da escola dominical a fonte.
ResponderExcluirObrigado, cara companheiro e irmão "ANÔNIMO".Que o Senhor Jesus te abençoe sobremaneira!
ResponderExcluiridem, não perdi nenhum estudo, fiz uso de todos, citando o amado irmão, até a lição 1 do próximo trimestre.
ResponderExcluirMuito bom artigo, só os cegos não conseguem enxerga isso. Jesus e o Senhor.....
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