1º
Trimestre/20013
Texto
Básico:2Reis 4:1-7
“Então,
entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos
aqueles vasos, e põe à
parte o que estiver cheio”(2Rs 4:4).
INTRODUÇÃO
Milagre é toda alteração da
natureza criada por Deus, feita pelo próprio Deus e para a glória de Deus!
Nesta Aula, trataremos acerca do milagre ocorrido na casa de uma viúva de um
dos profetas, que falecera e deixou uma grande dívida. Achando-se incapaz de saldar
a dívida, enfrentou a possibilidade do credor tomar seus dois filhos para um
período de escravidão. O texto em Levítico 25:39-42 determina que se o devedor
não pudesse pagar a sua dívida, ele era obrigado a servir ao credor como
escravo até o ano do jubileu. Deus, porém, interveio e concedeu-lhe a provisão
suficiente para atender a necessidade urgente dela e de seus dois filhos. De
acordo com o historiador Flavo Josefo, “a viúva desta história era a esposa de
Obadias, o mordomo de Acabe em 1Reis 18. O motivo de a família estar endividada
era que Obadias havia sustentado os 100 profetas do Senhor que ele escondera de
Acabe e Jezabel”. Essa história é muito conhecida no meio cristão tradicional e
é um exemplo importantíssimo de como a
provisão de Deus funciona na nossa vida. O texto base que relata essa história
está em 2Reis 4:1-7. Sem dúvida, esta é uma das mais surpreendentes passagens
bíblicas para aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Esse
milagre nos ensina que a o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode
converter-se em abundância. O Deus de Elizeu é também o nosso Deus. Ele é
imutável - “Porque eu, o Senhor, não mudo...”(Ml
1:17). “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje e eternamente”(Hb
13:8) -, e mediante sua graça continua a alcançar os corações daqueles
que estão desesperados por um milagre em sua casa.
I.
A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE
1. A necessidade humana. A
sociedade de Israel era sobremodo injusta em relação às mulheres e crianças,
vetando-lhes até mesmo os direitos e privilégios garantidos por Deus ao seu
povo. Mesmo em tempos de avivamento espiritual, elas eram vistas como seres
inferiores, impedidas de participar dos cultos, das assembleias e das
festividades religiosas. Imaginem, então, numa época de apostasia, em que o
temor de Deus havia desaparecido; numa época em que cada um fazia o que queria,
ignorando por completo as leis de Deus!
Eliseu era compromissado com
Deus, não com as tradições, por isso não se calou frente à injustiça, nem se
deixou moldar pela teologia deturpada daqueles dias. Em seu ministério, mais do
que no de qualquer outro profeta, a mulher foi valorizada e seus direitos
respeitados. “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é
esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo
guardar-se incontaminado do mundo”(Tg 1:27).
Foi naquele difícil contexto que
a esposa de um seminarista ficou viúva. Como herança, o aprendiz de profeta
deixou-lhe dois filhos para criar e uma dívida para saldar. Não havia pensão,
não havia seguro de vida e não havia ninguém por ela. Por isso, não tardou
surgirem os “abutres do lucro fácil”, ávidos por confiscar-lhe os filhos.
Não tendo a quem mais recorrer, a
pobre viúva apelou ao profeta Eliseu, apesar de saber que este também não possuía
recursos financeiros. Confiava que ele encontraria em Deus uma saída para a
crise. Ela sabia que o profeta Eliseu era um homem de Deus, por isso recorreu a
ele (2Rs 4:1). As Escrituras Sagradas mostram que o Senhor socorre o
necessitado: “Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado
na sua angústia...”(Is 25:4); “Porque o Senhor ouve os necessitados....”(Sl
69:33); “Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor; pois livrou a alma do
necessitado da mão dos malfeitores” (Jr 20:13); “Eu sou pobre necessitado; mas
o Senhor cuida de mim; tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas,
ó meu Deus” (Sl 40:17).
Os contemporâneos de Eliseu
abusavam das crianças necessitadas, tolhendo-lhes o direito, o respeito e a
dignidade. E os nossos contemporâneos, não têm feito o mesmo? Nossas crianças
têm sido comercializadas; sua inocência tem dado lucro a muita gente; seu corpo
angelical tornou-se um objeto de desejo; suas mãos delicadas se transformaram
em “mão-de-obra barata”; a formação do caráter e personalidade de milhares de
crianças inocentes e indefesas tem sido colocada à mercê de casais
homossexuais, com educação moral e espiritual totalmente desviada do padrão
judaico-cristão. Não podemos nos calar, nem fingir que tudo isso não acontece.
2. A misericórdia
divina. Diante do clamor daquela viúva (1Rs 4:1), Eliseu ficou
sensibilizado e não hesitou em atendê-la. Tal como Elias fizera em Sarepta
(1Reis 17), usou do pouco que ela tinha para resolver o problema. Deus
compadeceu-se daquela mulher sofredora e interveio na sua causa. O Senhor é
compassivo, misericordioso e longânime – “Piedoso é o Senhor e justo; o
nosso Deus tem misericórdia” (Sl 116:5). “As misericórdias do Senhor são a
causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm
3:22). Há grande suprimento para toda necessidade quando Deus intervém.
Coloque tudo o que tem nas mãos de Deus e, ainda que seja pouco, se fará mais
que suficiente.
II. A DINÂMICA DO MILAGRE
1. Um pouco de azeite. Diante
do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que te hei de eu fazer?
Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: tua serva não tem nada em
casa, senão uma botija de azeite”(2Rs 4:2). Eliseu havia compreendido o que
Deus podia fazer usando um simples vaso com azeite, a princípio insignificante,
e então disse à mulher e a seus filhos para pedir emprestado aos vizinhos a
maior quantidade de frascos vazios que pudessem (cf. 2Rs 4:3-5). O azeite era
uma mercadoria muito apreciada em Israel, servindo como alimento, medicamento,
cosmético, combustível e para fins religiosos. Aquela mulher demonstrou o seu
calor por meio da fé e por meio de um especial empenho para vender rapidamente
o produto e saldar sua dívidas.
Muitas vezes, nos sentimos como
aquela viúva quando percebemos que o que nos resta parece algo absolutamente
insignificante, de modo que nem cogitamos que aquilo possa ser usado por Deus a
nosso favor. Contudo, essa história nos mostra que Deus tem poder para
transformar em muito aquilo que nos parece pouco.
2. Uma fé
obediente. A viúva e seus filhos olharam para todos os vasos cheios
do azeite que viera de sua pequena botija. Eliseu disse para ela vender o
azeite e pagar a dívida deixada por seu marido. Com o dinheiro que sobrasse,
ela e seus filhos poderiam viver por muito tempo. Aquilo foi realmente um
milagre! Deus trouxe àquela família Sua provisão de maneira extraordinária. A
partir de um único vaso de azeite que a viúva possuía, Deus foi capaz de
multiplicar a quantidade de óleo de modo a atender a necessidade urgente da
família.
A fé que aquela mulher tinha no
Senhor tornou possível que ela saísse daquela situação crítica; permitiu que
ela apresentasse seu problema a Deus e confiasse nele para orientá-la no
sentido de encontrar a solução. Deus também deseja que você creia e busque em
Sua Palavra a orientação sobre o que esperar dele e sobre como agir com
sabedoria nos momentos de escassez.
Um detalhe importante no texto é
a ordem de Eliseu para a mulher: “fecha a porta” (2Rs 4:4). O que se
percebe aqui é que o homem de Deus, Eliseu, não buscou notoriedade no milagre.
Ele tinha plena certeza que Deus era quem estava operando aquele grande
milagre. Então a glória pertencia a Deus e não ao profeta. Segundo o pr. José
Gonçalves, é possível que uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na
publicidade desenfreada. Deus quer privacidade, mas os homens gostam de
notoriedade. Gostam de aparecer e vangloriar-se (Lc 12:15). Deixam a porta
aberta para serem vistos!
3. Deus
age com o que você tem. Quando o profeta Eliseu perguntou à viúva sobre o
que ela tinha em casa, a resposta da mulher vem em um tom desanimador: “Tua
serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite”. Ora, se para Deus
o nada já é muita coisa, quanto mais uma botija de azeite. A provisão milagrosa
lhe veio mediante o que ela já tinha: um vaso de azeite. A provisão foi dada na
medida da fé que a mulher tinha e da sua capacidade de armazenamento. Deus usou
o que ela possuía para multiplicar-lhe os recursos e realizar o milagre de que
ela precisava. Para Deus operar um milagre a quantidade não faz nenhuma
diferença. Vejamos:
·
Moisés – tinha uma vara: “… e os filhos de Israel passaram
pelo meio do mar em seco…” (Êx 14:16,21, 22).
·
Sansão – tinha uma queixada de um jumento: “… e feriu com
ela mil homens.” (Jz 15:15).
·
Davi – tinha uma funda e cinco pedras: “E assim… prevaleceu
contra o gigante filisteu…” (1Sm 17:40,50).
·
A viúva de Sarepta – tinha farinha na panela e azeite na
botija: “… e assim comeu ela… e a sua casa muitos dias” (1Rs 17:12,14,15).
·
Elias – tinha uma capa: “… e passaram ambos (Elias e
Eliseu) o rio Jordão em seco.” (2Rs 2:8).
·
Os discípulos – tinham cinco pães e dois peixinhos: “… e
deram de comer a quase cinco mil pessoas.” (Mc 6:37-44).
·
O apóstolo Pedro – tinha unção e poder e disse ao
paralítico: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de
Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda.” (At 3:6).
·
A mulher do profeta – tinha apenas uma botija de azeite. E
foi a partir desta botija de azeite que Deus operou o milagre: “E sucedeu que,
todos os vasos foram cheios…” (2Rs 4:2,6,7).
O milagre, portanto, depende do que se têm. O que é
que você tem em casa? Diante da pergunta, você poderia responder: “Não tenho
nada”. Não seja tão pessimista para enxergar o quão é suficiente para Deus para
fazer um grande milagre através daquilo que você considera não ser nada. Um
martelo é suficiente para transformar você num homem de grandes negócios. Deus
irá operar o milagre em sua vida a partir do que você tem. Se nada oferecemos a
Deus, Ele nada terá para usar. Mas Ele pode usar o pouco que temos e
transformá-lo em muito. “Sem fé é impossível agradar a Deus”.
Nós podemos nem ter tudo, e, contudo, podemos ter
conosco alguma coisa que Deus é capaz de abençoar abundantemente - “Ora, àquele
que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que
pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Ef 3:20).
Não perca a esperança! “O pouco
pode ser transformado em muito se for colocado nas mãos do Senhor e por Ele
abençoado” (Mc 6:30-44). Creia!
III. OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE: OBEDIÊNCIA,
FÉ E AÇÃO
“Então, disse ele: Vai pede
para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. Então, entra, e fecha a porta sobre
ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte
o que estiver cheio. Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus
filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia” (2Rs 4:3-5). A mulher
obedeceu à orientação do servo de Deus, usando o que ela tinha em suas mãos, e
o milagre da multiplicação do azeite aconteceu. A orientação do profeta Eliseu
foi simples e objetiva:
1. “...pede
para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos”. Às vezes temos que fazer algo
que esteja ao nosso alcance para receber o que Deus nos quer dar.
2. “...fecha a porta sobre ti e sobre teus
filhos...”. A mulher devia fechar a porta, ficar a sós com seus filhos e
trabalhar. Nem sempre as bênçãos de Deus acontecem no meio de muita gente. Neste
sentido, Jesus orientou assim: “Mas quando você orar, vá para seu quarto,
feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em
secreto, o recompensará” (Mt 6:6).
3. “...fechou a
porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os
enchia”. A mulher foi
ajudada por seus filhos. A participação de nossos filhos na obra de Deus é a
resposta às orações e à orientação dos pais. Isso é uma bênção!
4. A viúva
recebeu mais do precisava - “...E sucedeu que, cheios que foram os vasos,
disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais
vaso nenhum. Então, o azeite parou “(2Rs 4:6). A viúva recebeu do Senhor
mais do que pedira. Seu pedido fora apenas que seus filhos ficassem livres de
viver na escravidão. Mas em sua pobreza, ela ainda tinha muitas outras
necessidades. Deus Se dispôs a suprir essas necessidades. Ele constantemente dá
aos seres humanos bênçãos muito maiores do que eles pedem para si mesmos.
5. “ vivei
do resto”(2Rs 4:7). O milagre da multiplicação do azeite, além de
resolver o problema da dívida deixada pelo marido, proveu o sustento dela e dos
filhos por muito tempo. Às vezes Deus quer dar bênçãos duradouras e a pessoa
quer apenas as temporárias. Salvação é bênção duradoura. Cura de alguma
enfermidade é temporária.
Portanto, precisamos agir com fé, pois a fé sem
obras, sem atitudes, sem ação, é morta. A mulher pegou as vasilhas e começou a
enchê-las a partir da botija de azeite que ela tinha em sua casa. Ela foi quem
encheu as vasilhas e não o profeta. Este somente deu a orientação. Da mesma
forma, Deus nos orienta, conforme as nossas forças e os nossos recursos, a
agirmos e buscarmos a solução para os nossos problemas. Mas, nós é que devemos
que correr atrás, que buscar, que agir.
Prezado irmão e amigo, você está
aguardando no Senhor algum milagre em sua casa, em sua vida? Você tem passado
por provações na vida semelhante às desta viúva? Você é temente a Deus como
essa viúva? Você tem buscado em Deus a solução de seus problemas ou apenas tem
comentado com os outros o que você está passando? Faça como a viúva em comento:
seja obediente aos mandamentos de Deus, tenha fé e aja com ousadia e
determinação.
IV.
O OBJETIVO DO MILAGRE
1. Uma resposta ao
sofrimento. Conforme disse o pr. José Gonçalves, todos os
milagres realizados por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta
a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2Rs 4:1-38;5:1-19; 6:1-7). O
poder de Deus, manifestado através de Eliseu, aumentou o pequeno suprimento do
azeite da viúva até uma quantidade que seria suficiente para saldar a dívida, e
ainda sobrar para atender à sua família.
Jesus Cristo realizou inúmeros
milagres. Ele libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano.
Veja dois exemplos dos milagres de Jesus em resposta ao sofrimento do ser
humano:
- Jesus se compadece de uma
mulher enferma e a cura: “E ensinava no sábado, numa das sinagogas. E
eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade havia já
dezoito anos; e andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se. E,
vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua
enfermidade. E impôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou e glorificava a
Deus. E, tomando a palavra o príncipe da sinagoga, indignado porque Jesus
curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que é mister trabalhar;
nestes, pois, vinde para serdes curados e não no dia de sábado. Respondeu-lhe,
porém, o Senhor e disse: Hipócrita, no sábado não desprende da manjedoura cada
um de vós o seu boi ou jumento e não o leva a beber água? E não convinha soltar
desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos
Satanás mantinha presa?” (Lc 13:10-16).
- Cura de um leproso: “E
aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante
dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande
compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! E, tendo
ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo” (Mc 1:40-42).
2. Glorificar
a Deus. Os milagres exarados nas Escrituras objetivam a glorificar
a Deus. A maioria deles é uma resposta de Deus ao sofrimento do ser humano,
todavia, não se concentra no ser humano, mas em Deus. Diferentemente do que
acontece hoje em muitos segmentos cristãos, principalmente aqueles que se
expõem na mídia, os profetas do Antigo Testamento bem como os discípulos de
Cristo nunca buscaram chamar a atenção para si através dos milagres que
realizavam nem tirar proveitos deles. No Novo Testamento, os milagres estão
diretamente ligados com a obra salvífica de Cristo e tem a função de confirmar
a palavra que é pregada pelos mensageiros do Senhor.
O milagre não tem por
objetivo criar um espetáculo. Observe que os
milagres não davam testemunho dos apóstolos e sim do Senhor Jesus e da sua
mensagem. Somente os que buscam a própria gloria transformam os milagres em um
show (é o que estamos vendo hoje em muitas igrejas). Para esses, Jesus tem um
recado: “Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos
nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não
fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci;
apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”(Mt 7:22,23).
3.
Mostrar aos homens que a salvação é feita mediante a fé. O
milagre é uma forma perceptível de demonstração de que a fé é o meio pelo qual
alguém obtém os benefícios da parte de Deus, notadamente o do estabelecimento
de uma comunhão com Ele por meio do perdão dos pecados. O maior milagre do
ministério de Jesus, qual seja, a ressurreição de Lázaro, é uma comprovação de
que um dos intuitos dos milagres era despertar a fé salvadora no povo, pois as
Escrituras registram que muitos creram que Jesus era o Messias ao verem Lázaro
ressuscitado depois de quatro dias em que esteve sepultado (João 12:11,12).
4. Autenticar a mensagem de Cristo. Após sua ressurreição e subida aos Céus, seus discípulos deram
prosseguimento à proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres
tiveram uma participação ativa nessa proclamação. Marcos, ao fim do seu
Evangelho, conta que quando os discípulos pregavam, o Senhor cooperava com eles
realizando milagres e dando validade à pregação, pois o poder de Deus era
demonstrado junto com as palavras - “E eles, tendo partido, pregaram por
todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os
sinais que se seguiram. Amém”(Mc 16:20).
5. O
cuidado com a supervalorização dos milagres. Conquanto
Deus realize sinais e maravilhas através do seu povo santo, os mesmos não devem
nortear a vida do crente. Sinais e maravilhas são feitos pelo Senhor,
que utiliza a instrumentalidade humana para esse fim, mas isso não significa
que eles são o indicativo para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas
que se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco
regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida
se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam aprender a crer que os
milagres são parte do Evangelho, mas que a Palavra de Deus é que deve nortear a
vida do crente. Os sinais seguem aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os
que creem seguem os milagres.
CONCLUSÃO
No benevolente milagre que Eliseu
realizou na casa da viúva, vemos a lição de “muitos vasos...vazios”: (a)
Havia um urgente senso de necessidade – 2Rs 4:1; (b) Foi usado o que estava
disponível, uma vaso de azeite - 2Rs 4:2; (c) A medida da fé e da expectativa
tornou-se a medida da benção - 2Rs 4:4-6; (d) A necessidade foi atendida através
da generosidade e do milagre de Deus - 2Rs 4:7.
É necessário obedecer aos
princípios de Deus exarados nas Escrituras Sagradas para alcançar a vitória
sobre a escassez. De nada adianta deixar-se dominar pela emoção, chorar e
demonstrar sua necessidade de forma aparente. É necessário que você obedeça aos
princípios divinos contidos nas Escrituras Sagradas. É necessário as
orientações do Senhor para que haja um milagre em sua casa, para que haja
fartura e bênção na sua vida. Deus espera que sigamos suas orientações sempre.
Não basta saber qual é a vontade de Deus para nossas vidas. É preciso obedecer
ao Senhor quando a vontade dele é revelada. Em certos casos, mesmo tendo a
providencia de Deus, é preciso sabedoria para tratar dos problemas. Aquela
viúva viu o milagre em sua casa, mas parece que ainda não tivera ideia de como
agir com toda aquela bênção. Ela retornou ao profeta Eliseu para lhe dar a
nova, e ouviu o profeta: “Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e
disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do
resto”(2Rs 4:7).
“O Senhor é meu Pastor; de nada
terei falta” (Sl 23:1,NVI). Deus, o Pastor do Salmo 23, é Aquele que detém
todas as coisas em Suas mãos, e faz com que nada falte aos Seus. Restaura a
saúde, proporciona tranquilidade, segurança, proteção, prosperidade e fartura.
Sua bondade e fidelidade acompanham seus filhos por toda a vida. Creia nisso!
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo
Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 53 – CPAD.
A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck.
Comentário Bíblico Beacon, v.2 – CPAD.
Porção Dobrada – Pr. José Gonçalves – CPAD.
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal.
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