3º
Trimestre/2013
Texto
Básico: Fp 4:14-23
“Os
sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração
quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás” (Sl 51:17). “Eu te oferecerei
voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom” (Sl
54:6)
INTRODUÇÃO
Graças
ao nosso bondoso Deus chegamos ao fim de mais um trimestre letivo. Estudar a
Epístola aos filipenses foi uma maravilha sem-par; foi como nadar num mar calmo
e tranquilizador; foi como andar em campo verdejante e ter uma visão clara do
que significa ser um verdadeiro cristão. À luz do relacionamento do apóstolo
Paulo com a igreja filipense pôde-se aperceber de lições maravilhosas para vida
eclesiástica contemporânea. Outrossim, ao estudar a Epístola aos Filipenses
percebemos que a igreja em Filipos não se fechava em si mesma; ela participava
ativamente das aflições alheias. Incentivada pelo apóstolo Paulo, os membros
dessa comunidade piedosa eram incansáveis no amor mútuo. Sua preocupação em
repartir o que tinham com o apóstolo preso denota a predisposição que os
cristãos devem ter em repartir generosamente com o outro aquilo que tem. Este é
o sacrifício que agrada a Deus - "E não vos esqueçais da beneficência e
comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada" (Hb 13:16);
“Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração
quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás” (Sl 51:17).
I.
A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (Fp 4:14)
“Todavia, fizestes
bem em tomar parte na minha aflição”.
1.
Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo.
A igreja de Filipos não apenas enviava dinheiro para Paulo, mas também consolo.
Ela não apenas supria as suas necessidades físicas, mas também emocionais e
espirituais. Paulo via essas atitudes dos crentes de Filipos como o agir de
Deus para fortalecer a musculatura da sua alma, do seu coração. A igreja
filipense renovara sua bondade de dois modos: ajudando o apóstolo
financeiramente e partilhando sua aflição. Era uma igreja que contribuía para a
obra missionária não apenas por um desencargo de consciência, mas, sobretudo,
por um profundo gesto de amor ao missionário.
2.
O exemplo da igreja após o Pentecostes. A igreja
em Filipos encontrava-se na mesma dimensão de generosidade e serviços da
comunidade de Jerusalém imediatamente após o Pentecostes (At 2:45-47). Ela vivia o que pregava. Os teólogos
chamam isso de ortopraxia. Aliás, ortodoxia e ortopraxia se
completam. Para que haja real ortopraxia, é preciso ortodoxia; e para que a
ortodoxia gere frutos é necessário que ela seja encarnada na vida, se manifeste
nas ações; é necessário que seja algo mais do que mero conhecimento; é
necessário que se materialize em ortopraxia.
Vivemos em uma sociedade
marcada pelo individualismo e o egoísmo, onde parece não existir mais lugar
para a generosidade. Todavia, ajudar aos necessitados, e contribuir para a Obra
missionária, tanto do ponto-de-vista material quanto espiritual, é um dos
elementos do serviço cristão; é um preceito bíblico. Podemos fazer muitas
declarações ao Senhor e prometer-lhe obediência e amor. No entanto, é diante do
nosso próximo que vamos mostrar se há mesmo amor, benignidade, bondade, etc, em
nossos corações. De nada vale o nosso discurso se não há a prática de boas
obras palpáveis (Tg 2:14-17). Como bem disse o pr. Elienai Cabral, os cristãos
filipenses, com o seu exemplo, nos ensinam que ‘tomar parte’, ou ‘associar-se’,
nas tribulações de nossos irmãos é mostrar-se amorosamente recíproco. Ou seja,
devemos nos amar uns aos outros, pois assim também Cristo nos amou.
3.
O padrão de amor para a igreja. A demonstração de
amor que a igreja filipense manifestava deve ser o mesmo que a igreja atual
deve acompanhar. Esta recomendação o escritor aos Hebreus também faz: “Não
negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com
tais sacrifícios, Deus se compraz” (Hb 13:16). Se Deus se compraz com esta atitude, então é
coisa certa agir assim. Agradar a Deus é o padrão bíblico recomendado ao
indivíduo que é salvo.
Reminiscência: o
ato de solidariedade da igreja filipense. Esta
igreja foi a única que se associou a Paulo desde o início para sustentá-lo (Fp
4:15). Enquanto Paulo esteve em Tessalônica, eles enviaram sustento para ele
duas vezes (Fp 4:16). Enquanto Paulo esteve em Corinto, a igreja de Filipos o
socorreu financeiramente (2Co 11:8,9). Quando Paulo foi para Jerusalém depois
da sua terceira viagem missionária, aquela igreja levantou ofertas generosas e
sacrificais para atender os pobres da Judéia (2Co 8:1-5). Quando Paulo esteve
preso em Roma, a igreja de Filipos enviou a ele Epafrodito com donativos e para
lhe prestar assistência na prisão (Fp 4:18). Este é o padrão de amor para a
igreja de Jesus Cristo.
II. REMINISCÊNCIA:
O ATO DE DAR E RECEBER (Fp 4:15,17)
Dar e
receber: uma linguagem do amor. Aliás, “dar” é a
única forma de expressão do amor - “Deus
amou de tal maneira que deu...”. O apóstolo Paulo mantém o tom de
gratidão pelo carinho dispensado dos crentes de Filipos ao longo de toda a
Epístola. Era uma recíproca permanente. Paulo tinha as suas necessidades
materiais supridas pelos filipenses, enquanto estes achavam-se espiritualmente
sanados pelo apóstolo dos gentios. Uma relação como esta é o que Deus requer para
sua igreja. Um relacionamento baseado no amor, sem interesse egoísta, mas pelo
fato de estarmos ligados com o outro irmão pelo amor do Pai.
Os crentes das
igrejas da Macedônia, inclusive da igreja filipense, agiram deliberadamente e
com muito amor exerciam o dom de repartir. Eles realmente tinham o dom da
caridade. O apóstolo Paulo assim relata a generosa ação desses irmãos amados: “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça
de Deus dada às igrejas da Macedônia; Como em muita prova de tribulação houve abundância
do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua
generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda
acima do seu poder, deram voluntariamente. Pedindo-nos com muitos rogos que
aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os
santos”(2Co 8:1-4).
O que faz com que
um grupo de crentes pobres, carentes de ajuda, abra mão do pouco ou quase nada
que possuem, para ajudar os outros? A resposta está em 2Co 8:5: “... a si
mesmos se deram primeiramente ao Senhor...”. Aqueles que se dão ao Senhor,
mesmo tendo poucos recursos, têm mãos abertas não apenas para dar, mas também
para receber. O segredo para ser despojado das coisas materiais, seja rico ou
pobre, é se dar ao Senhor.
1.
Paulo relembra o apoio dos filipenses. No
passado, os filipenses excederam na graça de “dar e receber”. Nos primeiros
dias do ministério de Paulo, quando ele partiu da Macedônia, nenhuma igreja se
associou a ele financeiramente, a não ser os filipenses. Paulo, agora, relembra
essa solidariedade dispen sada por esses irmãos - “E bem sabeis também vós,
ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia,
nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós
somente “(Fp 4:15).
A relação de Paulo com a igreja de Filipos era de
parceria. Paulo estava ligado à igreja,
e a igreja o apoiava. Havia uma troca abençoadora entre o obreiro no campo e os
crentes na base. A igreja não apenas enviava ofertas ao missionário, mas estava
efetivamente envolvida com ele.
A relação da
igreja com o apóstolo era uma avenida de mão dupla.
Ela dava e recebia. Ela investia bens financeiros e recebia benefícios
espirituais (1Co 9:11; Rm 15:27). Ela investia riquezas materiais e recebia
riquezas espirituais. De Paulo, a igreja recebia bênçãos espirituais; da
igreja, Paulo recebia bênçãos materiais. Ela ministrava amor ao apóstolo e
recebia dele gratidão.
Paulo não poderia
levar a cabo tudo o que fez sem o apoio e a ajuda da igreja filipense. Esta igreja
deu-lhe suporte financeiro e sustentação espiritual. Aqueles que estão na linha
de frente precisam ser encorajados pelos que ficam na retaguarda: "...
porque qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será a parte dos que
ficaram com a bagagem; receberão partes iguais" (1Sm 30.24). Deus
chama uns para irem ao campo missionário e aos demais para sustentar aqueles
que vão. A obra missionária é um trabalho que exige um esforço conjunto da
igreja e dos missionários. A igreja precisa cuidar do obreiro, e não apenas da
obra. A igreja demonstra cuidado com o obreiro à medida que lhe dá suporte
financeiro para realizar a obra. De
forma particular, a igreja de Filipos deu suporte financeiro a Paulo, mesmo
quando estava ainda na região da Macedônia, no início do processo de
evangelização da Europa (Fp 4:16).
A falta de vínculo
entre o missionário e a igreja local é um dos grandes problemas da missiologia
moderna. Os missionários vão para os campos, mas perdem o contato com as
igrejas. As igrejas enviam ofertas aos missionários, mas não se envolvem com
eles no sentido de dar e receber. Assim, os missionários ficam
solitários nos campos, e as igrejas, alheias aos resultados que acontecem nos
campos. Falta aos missionários o encorajamento das igrejas, e, às igrejas, as
informações dos missionários.
2.
O necessário para viver. Mesmo quando Paulo estava em
Tessalônica, os filipenses mandaram não somente uma vez, mas duas, o bastante
para as suas necessidades. É evidente que os filipenses mantinham tão estreita
comunhão com o Senhor que Deus podia orientá-los com respeito às suas
contribuições. O Espírito Santo fez pesar o coração deles com relação às
necessidades do apóstolo Paulo, e eles responderam enviando-lhe dinheiro não
somente uma vez, mas duas. A generosidade deles torna-se ainda mais notável
pelo fato de Paulo haver ficado muito pouco tempo em Tessalônica. É por isso
que Paulo não podia esquecer o amor que lhe demonstraram os crentes daquela
igreja generosa e missionária.
Conquanto tenha
sido tão grandiosamente assistido pela igreja filipense, Paulo não se deixou
cair na tentação de amar o dinheiro; não fez dele uma oportunidade para
locupletar-se. Ele era um líder que sabia respeitar a liberalidade dos seus
liderados. Que não se aproveitava da abundância material que lhe estava ao
alcance, não. Ele sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a
religião (1Tm 6:10,11). As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente
na Obra Missionária. Como seria bom para a igreja hodierna se seus líderes
acatassem essa lição de comportamento moral e espiritual do apóstolo Paulo!
Imaginem uma igreja livre de líderes mercenários e gananciosos!
3.
“Não procuro dádivas”.
“Não que procure dádivas,
mas procuro o fruto que aumente a vossa conta”(Fp 4:17). Este versículo
destaca um fato importante, digno de ser imitado: Paulo não era ganancioso, era
desapegado do materialismo. Ele estava mais contente com a ideia de que os
cristãos de Filipos iam ser recompensados por Deus, por causa de seus
donativos, do que por ser seu receptor favorecido. Seu desejo de aumentar o
“fruto” para crédito dos irmãos filipenses era maior que o prazer de receber
deles ajuda financeira. É precisamente o que acontece quando contribuímos com
dinheiro para a Obra do Senhor. Tudo é registrado nos livros de contabilidade
de Deus, e, num Dia futuro, quem contribui será reembolsado “cem vezes mais”. O
que temos não é nosso, tudo pertence ao Senhor. Desta feira, quando
contribuímos para sua Obra, damos do que é propriamente dEle. Pense nisso!
III.
A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (Fp 4:18-23)
“Mas bastante tenho recebido e tenho
abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte
me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a
Deus.
“O meu Deus,
segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por
Cristo Jesus.
“Ora, a nosso Deus
e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!
Saudai a todos os
santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam.
“Todos os santos
vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César.
A graça de nosso
Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!”.
1.
A oblação no Antigo Testamento. O termo “oblação”
quer dizer: dedicação de alguma coisa inanimada a Deus, como, por exemplo,
azeite, flor de farinha, espigas verdes tostadas, etc. Ou seja, refere-se a uma
oferta sacrifical comestível (cereais). Uma parte da oferta era queimada para
memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (veja Lv 2:1-3).
Nenhum fermento poderia estar presente na “oblação”, ou seja, na oferta de
cereais (Lv 2:11), isto porque a fermentação envolve alteração, decomposição ou
deterioração e, geralmente, simboliza o mal, o pecado (Ex 13:7). E a “oblação”
deveria ser realizada das primícias, ou seja, os primeiros (e melhores) frutos
da colheita eram dedicados ao Senhor; era uma oferta de gratidão acima de tudo
– “E, se ofereceres ao SENHOR oferta de
manjares das primícias, oferecerás a oferta de manjares das tuas primícias de espigas verdes, tostadas ao fogo, isto
é, do grão trilhado de espigas verdes cheias. E sobre ela deitarás azeite e porás sobre ela incenso;
oferta é de manjares. Assim, o sacerdote queimará o seu memorial do seu grão
trilhado e do seu azeite, com todo o seu incenso; oferta queimada é ao SENHOR”(Lv
2:14-16).
Por que “espigas verdes tostadas ao fogo e azeite”?
Porque grãos de espigas verdes esmagados e tostados com azeite constituíam o
alimento típico da maioria das pessoas. Por isso esta oferta era um símbolo da
alimentação diária do povo. Ao trazer a oferta (mesmo uma pessoa pobre poderia
oferecê-la), o povo estava reconhecendo a Deus como o seu Provedor. Deus se
agradava da motivação e dedicação com que as pessoas lhe ofertavam.
Este tipo de
oferta tem o seguinte significado espiritual: (a) Envolve adoração a Deus (Lv
2:8-10); (b) Todos os frutos do labor humano pertencem a Deus (Lv 2:12,14); (c)
As instruções para esse tipo de oferta são dignas de nota: o óleo representa o
Espírito Santo; o incenso caracteriza a oração; a ausência de fermento indica
pureza; o sal pressupõe a conservação; o fogo denota a aceitação de Deus; o
cheiro suave fala do prazer de Deus (Lv 2:11,13,15).
Portanto, as expressões “cheiro de suavidade” e “sacrifício agradável
e aprazível a Deus”, utilizadas pelo apóstolo Paulo em Fp 4:18, estão
relacionadas com a oblação, que fazia parte do sistema sacrifical levítico.
2.
A oblação e a generosidade dos filipenses.
Se há uma igreja que sabia adequadamente o significado da palavra oblação era a
de Filipos. Ela encarnou exatamente o que o apóstolo escreveu para os crentes
romanos: "Rogo-vos, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus"
(Rm 12:1). Os cristãos filipenses encarnaram isso até a última consequência.
Mente, coração e corpo estavam em plena sintonia para fazer o bem, pois quem
faz o bem em Deus, ama, e "quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm
13:8).
A dádiva de amor
dos filipenses que Epafrodito entregou a Paulo é descrita como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus – uma verdadeira
oblação. Diante de tão superlativa generosidade praticada pelos cristãos
filipenses, Paulo declara com plena convicção: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas
necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4:19).
Deus havia suprido
a necessidade de Paulo através da generosidade da igreja filipense. Deus iria
retribuir mais do que aquela generosidade, suprindo a necessidade dessa igreja.
Deus não só iria suprir todas as necessidades deles, mas o faria “segundo as
suas riquezas”. Os crentes não podem sequer começar a compreender as riquezas
de Deus em glória – suas riquezas são ilimitadas, infinitas. Se é a partir
deste depósito que as necessidades dos crentes são supridas, então os crentes
filipenses poderiam descansar seguros de que Deus certamente supriria cada
necessidade, não importando quão grandes, quando urgentes ou quão impossíveis
se parecessem. Não há sacrifício maior que amar. Deus não o rejeita.
3.
Doxologia. “Doxologia” significa literalmente “palavra
de glória”; manifestação de louvor e enaltecimento à divindade através
de expressões de exaltamentos e cânticos espirituais. A doxologia foi uma fórmula de louvor e
glorificação frequente no Antigo e no Novo Testamento, aplicada principalmente
a Deus. Só a Deus pertence toda glória para todo o sempre - “Ora,
a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!”.
Paulo passou a uma doxologia de louvor, ao se lembrar do grande amor e
provisão de Deus. Só Deus merece toda a glória de sua criação!
4. Saudações finais (Fp 4:21-23).
Paulo conclui a Epístola aos Filipenses – a carta magna da alegria - como um
pastor que se lembra de cada uma das suas ovelhas (Fp 4:21) e invoca sobre elas
a graça do Senhor Jesus (Fp 4:23). E, também, como um evangelista que dá
relatórios dos milagres da pregação do evangelho, cujos frutos são vistos até
mesmo na casa de César (Fp 4:22), ou seja, a todas as pessoas que estavam a
serviço do imperador: nos departamentos domésticos e administrativos da casa
imperial, e a guarda pretoriana. Esses membros da casa de César eram pessoas
convertidas, possivelmente, por intermédio do apóstolo durante a sua prisão em
Roma. Assim, Paulo transformou a sua prisão em um campo missionário, e os
frutos apareceram mesmo entre algemas. Esse fato nos ensina que não é o lugar
que faz a pessoa, mas é a pessoa que faz o lugar. Ensina-nos, outrossim, que no
Reino de Deus não existe lata de lixo, ou seja, não há vida irrecuperável. Há
santos até mesmo na “casa de César”; este era um lugar de traições, opressão e
violência; muitos poderiam pensar que o evangelho jamais entraria nessa casa;
todavia, Paulo teve o privilégio de ganhar pessoas para Cristo ali, mesmo
estando preso e algemado.
Paulo, enfim, nos
ensina que as oportunidades estão ao nosso redor. Paulo poderia esperar a sua
liberdade para depois continuar seu trabalho missionário. Entretanto, ele
entendeu que a prisão também era um campo missionário. Ele aproveitou as
oportunidades, e os frutos surgiram mesmo na cadeia. Deus abre as portas, mas
nós devemos entrar por elas. Deus aponta o caminho, mas nós devemos seguir por
ele. Deus põe diante de nós oportunidades, mas nós devemos aproveitá-las. (*)
CONCLUSÃO
Diante de tudo que
foi tratado neste trimestre acerca da Epístola de Paulo aos Filipenses, carta
esta que tem abençoado e edificado milhões de vidas ao longo da existência da
igreja, o meu anelo é que você ame cada vez mais o Senhor Jesus, e dedique-se a
ser uma “oblação de amor” a Ele. Que a sua vida seja dominada por esta virtude
do Fruto do Espírito, que é o cartão de identidade do cristão, assim como
Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável
e como um sacrifício que agrada a Deus. Que a igreja de Filipos nos ensine o verdadeiro
significado de humildade, serviço e amor. Ouçamos o que o Espírito diz através
da comunidade de Filipos. “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós
todos. Amém!”.
Agradeço a todos que
estiveram comigo ao longo deste 3º trimestre/2013. Sou sincero em dizer
que o esforço engendrado para disponibilizar estes estudos sobre a Carta de
Filipenses, como subsídios otimizadores para vossas aulas, foi dedicado com
muito amor, carinho e com um coração desejoso que a genuína doutrina bíblica seja
manifestada nos corações e inculcada na mente do povo de Deus, com o fim
precípuo de trazer firmeza espiritual e conscientização do quão importante é
ser filho de Deus comprado e remido com o precioso sangue de Cristo Jesus. Até a
próxima oportunidade, se Deus quiser!
Elaboração: Luciano
de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista.
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento)
- William Macdonald.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 55 – CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal.
Filipenses – A alegria triunfante no meio
das provas – Rev. Hernandes Dias Lopes.
(*) Rev. Hernandes
Dias Lopes – Filipenses (A alegria triunfante no meio das provas).
Foi Maravilhoso todos os conteúdos postados pelo Irmão, usei boa parte dele nas aulas ministrada na EBD, A.D cidade Kemel - Sp. Que Deus continue te abençoando e concedendo mais sabedoria querido. Um grande Abraço Fraternal.
ResponderExcluirA graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o Irmão Luciano . Amém!
Parabens Pastor. Semanalmente tenhoprazer em acessar este blog e enriquecer o conhecimento para transmitir a ED em minha cidade.Sou SUperintedente e professor da EBD naAD da cidade de Jardim do Seridó-Rn, e tenho também difundido seu blog a alguns amigos.Sucesso. Paz do Senhor!!
ResponderExcluirDiácono Francisco.
Muito obrigado, irmão. Fomos abençoados por esta lição.
ResponderExcluir:)