domingo, 21 de junho de 2015

Aula 13 – A RESSURREIÇÃO DE JESUS


2º Trimestre/2015
 
Texto Base: Lucas 24:1-8
 
 
“E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?” (Lc 24:5)
 
INTRODUÇÃO
A ressurreição de Jesus é o episódio que dá sentido e significado à fé cristã. Sem ela, como disse o apóstolo Paulo, o cristianismo não teria razão de ser (1Co 15:14). A ressurreição é o fato que distingue o Cristianismo de toda e qualquer outra religião ou sistema filosófico-religioso; é a verdade que demonstra que Jesus é o Salvador do mundo, a Verdade e a Vida. Vários líderes religiosos deixaram suas marcas e ensinamentos na história da humanidade, porém, todos morreram e seus restos mortais ainda se encontram na sepultura. Somente o túmulo de Jesus encontra-se vazio, e a respeito dEle os anjos disseram: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou” (Mt 28:6). Nenhuma outra coisa poderia ter transformado homens e mulheres tristes e desesperados em pessoas radiantes de alegria e inflamadas de um novo valor.
A ressurreição de Jesus é a demonstração de que o seu sacrifício foi aceito por Deus (Is 53:10-12), assim como a saída do sumo sacerdote do lugar santíssimo em vida significava, no tempo da lei, que Deus havia perdoado as iniquidades do povo e que cobrira os pecados por mais um ano (Lv 16:29-34).
A ressurreição de Jesus é a demonstração de que Ele venceu a morte e que, por isso, também nós poderemos nEle vencê-la e alcançar a vida eterna (Rm 8:11; 2Co 4:14; Ef.2:6; 1Ts 4:14).
A ressurreição de Jesus é a prova cabal da eficácia do Seu sacrifico por nós, por isso devemos aceitá-lo como único e suficiente Senhor e Salvador – “e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus” (1Pe 1:21).
A ressurreição de Jesus é a principal garantia de que devemos morrer para este mundo e viver para Deus, de que vale a pena renunciar a si mesmo e seguir a Jesus, porque Ele renunciou a tudo, inclusive à própria vida, mas isto agradou a Deus que O ressuscitou e O exaltou sobre todo o nome. Assim, também, se não buscarmos as coisas e prazeres desta vida, mas única e exclusivamente fazer a vontade de Deus, também teremos o mesmo destino que teve o Senhor Jesus: o de agradar a Deus e ser levado à glória assim como foi o Senhor (Rm 6:4; 7:4; 2Co 5:15; Cl 2:12).
A ressurreição de Jesus é a principal garantia de que devemos aguardá-lo, pois, assim como Ele ressuscitou, como havia prometido, Ele também voltará para arrebatar a sua Igreja e nos livrar da ira futura (1Co 15:51-57; 1Ts 1:10).
Com a ressurreição, Jesus foi exaltado sobre todo o nome (Fp 2:9), passando, então, a ser chamado de Nosso Senhor (Rm 1:4), tendo todo o poder no céu e na terra (Mt 28:18).
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
A verdade da ressurreição dos mortos permeia de forma marcante as escrituras do Antigo e do Novo Testamento. É válido ressaltar que na ressurreição dos mortos os corpos tanto dos salvos como também dos ímpios terão uma natureza eterna, não podendo mais morrer. Desta feita, para aquelas pessoas que a Bíblia nos fala de que tendo morrido foram ressuscitados, tornando a morrer outra vez, como é o caso do filho da viúva de Serepta(1Reis 17:23); o filho da Sunamita(2Reis 4:32-36); o defunto lançado na sepultura de Elizeu(2Reis 13:21); o filho da viúva de Naim(Lc 7:11-17); a filha de Jairo(Lc 8:49-56); Lázaro(João 11:17-45); Dorcas(Atos 9:36-40); Êutico (Atos 20:27), para estes casos, à luz da doutrina bíblica da ressurreição, não se encaixam como ressurreição de fato, mas apenas como volta à vida natural.
Conforme ensina as Escrituras Sagrada, os mortos não serão todos ressuscitados ao mesmo tempo; não terão o mesmo destino, porém, todos serão ressuscitados (João 5:28,29). Daniel, considerado o principal escritor apocalíptico do Antigo Testamento, assim refere-se a cerca da ressurreição: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno" (Dn 12:2). Esta é uma referência clara à ressurreição dos justos e dos ímpios, embora o destino eterno de cada grupo seja bem diferente. Isto revela que há dois e somente dois destinos para toda a humanidade.
A Ressurreição dos mortos acontecerá em duas etapas diferentes. A Bíblia fala em Primeira e Segunda Ressurreição, separadas uma da outra por um período de cerca de mil anos. De acordo com a Bíblia, e conforme afirmou o próprio Jesus, todos os mortos ressuscitarão – “... vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.  E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”(João 5:28-29). Paulo também afirmou: “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos”(Atos 24:15). Este e muitos versículos desfazem a ideia de que os ímpios serão destruídos e de que não haverá condenação porque “Deus é amor”. Segundo a Bíblia, certamente todos ressuscitarão. O que precisamos saber é que os justos não irão ressuscitar juntamente com os ímpios.
1. A ressurreição dos Justos – ou Primeira Ressurreição. Na primeira ressurreição serão ressuscitados todos os santos, de todos os tempos. Não haverá ressurreição dos ímpios, nessa oportunidade. Neste primeira etapa, os santos ressuscitarão em três momentos diferentes, segundo uma determinada ordem, conforme afirmou Paulo: “Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua Vinda”(1Co 15:23).
a) Primeiro Momento. Este já aconteceu. É o que Paulo chama de “Cristo as Primícias”(1Co 15:23). Mateus 27:50-53 descreve esse momento: “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.  E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos”. Os sepulcros se abriram no momento da morte de Jesus, porém, não poderia haver ressurreição antes que Ele ressuscitasse, por isto se diz que “saindo do sepulcro, depois da ressurreição dele”. Jesus teria que ser o primeiro a ressuscitar, e assim aconteceu.
b) O Segundo Momento. Este acontecerá no Dia do Arrebatamento da Igreja – “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”(1Tes 4:16). Portanto, neste segundo momento da Primeira Ressurreição irão ressuscitar todos aqueles que, segundo Paulo, “morreram em Cristo”.
c) O Terceiro Momento. Este momento acontecerá na segunda fase da Segunda Vinda de Jesus, conhecida como o Dia da Revelação do Senhor. Nesse Dia ressuscitarão todos os mártires da Grande Tribulação, conforme escreveu João: “...E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta em a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos”(Ap 20:4). Aqui termina a Primeira Ressurreição. A Bíblia, então, diz: “Bem aventurados e santos são aqueles que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos”(Ap 20:6).
2. A Segunda Ressurreição – “... e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”(João 5:29). Conforme se pode observar, esta é a Ressurreição dos Ímpios. Ela somente acontecerá depois do Milênio – “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram...”(Ap 20:5). Estes “outros mortos” são todos aqueles que morreram sem a salvação, tanto no Antigo como no Novo Testamento, ou seja, são os ímpios de todos os tempos. Diferente da primeira, na segunda Ressurreição todos os mortos ímpios ressuscitarão num só momento e comparecerão diante do Trono Branco para o Juízo Final. Isto foi visto e descrito por João em Apocalipse 20:11-15.
O Juízo Final ocorrerá depois do término do reino milenial de Cristo, depois da condenação definitiva do Diabo e suas hostes. Na Bíblia, este julgamento é explicitamente mencionado, pela primeira vez, por Daniel (Dn 7:9,10). Era algo de pleno conhecimento dos judeus, como mostra Marta, irmã de Lázaro, ao se dirigir ao Senhor, quando este chegou a Betânia quatro dias após a morte de Lázaro(João 11:24). Terá como objetivo retribuir a cada um segundo as suas obras(Ap 20:11-15).
A Igreja - a Universal Assembleia dos Santos (Hb 12:23) - não será submetida ao Juízo Final, por haver crida na eficácia da morte e da ressurreição do Filho de Deus.
II. A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
Deus garantiu que o corpo do Senhor Jesus Cristo não veria a corrupção, não se deterioraria (Sl 16:10); essa profecia cumpriu-se em sua ressurreição (At 2:24-30). O corpo que foi crucificado, não pôde ficar na sepultura. Jesus apresentou-se aos seus discípulos, dizendo ser Ele mesmo, e não uma aparição fantasmagórica. Isso prova que a sua ressurreição não foi em espírito. Ele não era um espírito desencarnado. A ressurreição de Jesus foi literal e física; Ele ressuscitou em carne e osso (Lc 24:39,40). Em sua primeira Carta aos Coríntios o apóstolo Paulo assevera que toda a fé cristã é falsa se a ressurreição de Jesus não aconteceu de forma corpórea (1Co 15:14,15).
1. O corpo de Jesus era visível – “ Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho” (Lc 24:39). Vede que o corpo de Jesus não era somente uma visão ou um fantasma; os discípulos tocaram o Mestre e Ele ingeriu alimentos. Mas o corpo de Jesus não era um corpo humano restaurado como o de Lázaro (João 11), porque Ele podia aparecer e desaparecer. O corpo ressurreto de Jesus era imortal e incorruptível. Este é o tipo de corpo que nós receberemos na ressurreição (1Co 15:42-50).
2. O corpo de Jesus era palpável – “Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente”(João 20:27). O corpo ressurreto de Jesus era singular, não estava mais sujeito às mesmas leis da natureza, como antes de sua morte. Ele podia aparecer em um recinto fechado, mesmo não sendo um fantasma ou uma aparição; também podia ser tocado e se alimentar (Lc 24:41-43).
III. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
A ressurreição é a prova cabal da aceitação do sacrifício de Jesus e da vitória sobre o pecado e a morte, com a consequente salvação da humanidade pela fé em Jesus. Não é outro o motivo pelo qual a ressurreição foi cercada de “muitas e infalíveis provas” (At 1:3), a fim de que não houvesse como negá-la justificadamente. Após a sua morte, Jesus foi sepultado em um sepulcro, que, em virtude de sua ressurreição, os discípulos o encontraram vazio (João 16:5,6). Jesus apareceu, ressurreto, pelo período de 40 dias aos seus discípulos, até que ascendeu ao Céu (At 1:1-11).
1. Evidências diretas. Muitas são as evidências que demonstram a veracidade incontestável da ressurreição de Jesus Cristo. Algumas pessoas, individualmente e coletivamente, viram a Jesus:
a) Maria Madalena – no túmulo (João 20:11-18).
b) várias mulheres – próximas ao túmulo (Mt 28:9,10).
c) dois discípulos – no caminho de Emaús (Lc  24:13-32).
d) Pedro – em localização indefinida (Lc 24:33-35).
e) aos dez discípulos – no salão superior (Lc 24:36-43).
f) aos onze discípulos – no salão superior (João 20:26-31).
g) a sete homens – no Mar da Galiléia (João 21:1-25).
h) aos onze discípulos – no monte (Mt 28:16-20).
i) aos discípulos – próximo a Betânia (At 1:9-12).
j) a quinhentas testemunhas (1Co 15:6). É interessante ressaltar que o apóstolo Paulo escreveu a Primeira Epístola aos Coríntios cerca de 30 anos depois de o fato ter acontecido, afirmando que muitas dessas testemunhas ainda estavam vivas. Em outras palavras, estava colocando as provas à disposição de qualquer interessado.
k) foi visto até pelos que não criam. Paulo menciona o fato de Tiago (irmão do Senhor, que durante a vida de Jesus na Terra não cria nEle - Mc 6:3; João 7:5) ter sido uma testemunha da ressurreição. Aparentemente, a ressurreição de Jesus o havia convencido da verdade a respeito de Cristo, pois ele estava entre o grupo que compareceu ao cenáculo depois da ascensão (At 1:13). Paulo, o maior perseguidor da fé cristã, também teve um encontro com o Cristo ressurreto. Ele mesmo conta como foi esse encontro (cf. At 22:5-8). Jesus provou a Paulo que Ele estava vivo. Com isso, tornou-se Paulo o maior defensor dessa doutrina. Trata-se, pois, de um doutor da lei, líder da religião dos judeus e perseguidor dos cristãos que se converteu a Jesus.
2. Evidência indiretas. Todas as evidências descritas anteriormente tiveram por finalidade mostrar que Ele verdadeiramente ressuscitou e que, portanto, não havia como negar este fato concreto, que, além do mais, se encontrava demonstrado pelo túmulo vazio. Os discípulos, que não haviam compreendido que Ele havia de ressuscitar, ao verem Jesus ressurreto, não tiveram dúvida alguma da veracidade desta mensagem e passaram a pregá-la com veemência e intrepidez. Homens que, outrora medrosos, passaram a anunciar o evangelho de Cristo, sacrificando, se necessário fosse, suas vidas por amor a Cristo (João 20:28; At 2:24,32; 3:15; 5:30).
É importante, ainda, observar que, mesmo durante o ministério de Jesus, houve pessoas que O seguiram e que O abandonaram. A sua própria mãe titubeou na fé, tanto que a vemos acompanhando os irmãos de Jesus numa tentativa de prendê-lo ou demovê-lo de sua pregação (Mc 3:21,31-35). A propósito, não devemos nos esquecer de que os irmãos de Jesus eram incrédulos (João 7:5). Ora, como, então, entender que tenham crido em Jesus e, inclusive, juntamente com sua mãe, esperaram o derramamento do Espírito Santo até o dia de Pentecostes no cenáculo (At 1:14), senão pelo impacto gerado pelo fato de Jesus ter aparecido a Tiago após a ressurreição (1Co 15:7)?
Pessoas que não creram em Jesus enquanto Ele curava, expulsava demônios, fazia milagres, teriam passado a crer com base em alucinações, farsas e fantasias? Evidentemente que não! Jesus realmente ressuscitou e isto não pôde ser desmentido por ninguém! Aleluia!
Paulo é outro que, após ter sido grande perseguidor da Igreja, ao ter um encontro pessoal com Jesus, o Jesus ressurreto (1Co 15:8), não pôde negar esta realidade e passou a pregá-la (1Co 15:1-4), mesmo quando isto representasse o escárnio dos intelectuais de seu tempo (At 17:32). Como entender que alguém tão letrado e versado tanto na lei judaica, quanto na filosofia grega ou no direito romano, renegasse todo o seu conhecimento e saber em nome de uma ilusão, de uma alucinação que o levaria a enfrentar a morte e perseguição? Não há como se justificar tal fato senão pela circunstância de que a ressurreição é uma realidade que gera fé e esperança por meio de Jesus, que dá sentido à vida espiritual.
3. Teorias opostas, sem fundamento. Existem algumas teorias que são comumente propaladas e que objetivam negar que Cristo tenha ressuscitado de entre os mortos.
a) “O túmulo estava errado”. Os adeptos dessa teoria acreditam que as mulheres que anunciaram que o corpo tinha desaparecido se tinham enganado e teriam ido ao túmulo errado. Bem, mas se assim fosse, então os discípulos que foram verificar se o corpo tinha ou não desaparecido (João 20:3) também se enganaram e foram ao túmulo errado? Além disso, certamente que as autoridades judaicas que pediram uma guarda romana junto do túmulo não se enganariam na sua localização, nem, outrossim, os soldados romanos. Se se tratasse de outro túmulo, certamente que iriam buscar o corpo ao túmulo certo, terminando para sempre todo e qualquer rumor sobre a ressurreição.
b) “As aparições de Jesus eram alucinações e ilusões”. Esta noção implica em que os discípulos, perturbados emocionalmente depois da morte de Jesus, apenas pensaram tê-lo visto vivo. Mas como dizer que meras alucinações e imaginações fossem unir um número tão grande de pessoas, mais de quinhentas (1Co 15:6), que aceitaram arriscar e perder suas vidas em nome de fantasias? Além disso, os discípulos estavam inicialmente receosos e fecharam-se em casa. Como discípulos receosos convencer-se-iam com ilusões e saíram para a rua anunciando-o?
c) “Jesus não morreu, apenas desmaiou”. Não há como aceitar esta teoria, pois José de Arimatéia, após a retirada de Cristo da cruz, constatou que Ele, de fato, havia morrido. Além disso, não seria racional que Jesus, após várias horas crucificado, tenha tido forças para, sozinho, se desfazer das amarras e retirar a pedra, que segundo estudiosos pesava duas toneladas, além disso ter dominado os soldados romanos armados da cabeça aos pés e por fim ter escapado por mais de dois quilômetros?
d) “os discípulos roubaram o corpo de Jesus”. Isso está fora de cogitação. A depressão e a covardia reveladas pelos discípulos não se coadunam com a súbita bravura e ousadia de enfrentar um destacamento de soldados e roubar o corpo. Aliás, como explicar a dramática transformação de seres desprezados, desanimados e fugitivos em testemunhas a quem nenhuma oposição pôde calar - nem prisão, nem império romano, nem perseguição. Os discípulos foram inclusive mortos. Ora, nenhum homem na sua perfeita consciência é capaz de se entregar à morte, sabendo que tudo aquilo era uma fraude ou mentira criada por si próprio!
e) “o corpo de Jesus foi retirado pelas autoridades judaicas ou romanas”. Por que as autoridades teriam interesse em retirar o corpo de Jesus do sepulcro? Isso apenas convalidaria a promessa de que Ele haveria ressuscitado de entre os mortos. Esta teoria não tem qualquer lógica, na medida em que quando os discípulos proclamaram a ressurreição, bastava às autoridades mostrar o corpo e, assim desse modo, banido e destruído por completo o Cristianismo pela base. Aliás, o relato bíblico de Mt 28:11-15 mostra que tal teoria era impossível pelo suborno que os líderes judaicos deram aos soldados romanos para que estes mentissem.
IV. O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Salvação e justificação.O qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação” (Rm 4:25). Para garantir a eficácia da Obra vicária, Jesus ressuscitou. Tanto a morte como a ressurreição de Cristo são obras de Deus Pai. Ele O entregou e O ressuscitou. A ressurreição de Cristo é a garantia de que Deus aceitou o sacrifício de seu Filho, em nosso lugar, em nosso favor. Cristo morreu por causa de nossas transgressões e ressuscitou a fim de efetuar nossa justificação. A morte e a ressurreição são dois aspectos de um único evento divino. Sem a ressurreição, a morte de Jesus não é útil para a nossa justificação, uma vez que “se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé” (1Co 15:17).
2. A redenção do corpo. A ressurreição de Jesus é a garantia de que os crentes também ressuscitarão dos mortos – “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4:16.17). Essa expectativa bendita não é apenas uma vaga esperança, mas uma certeza inabalável. Nós, que já fomos salvos da condenação do pecado (justificação) e estamos sendo salvos do poder do pecado (santificação), seremos, então, salvos da presença do pecado (glorificação).
Na ressurreição, receberemos um corpo imortal, incorruptível – “Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor” (1Co 15:42,43).
Na ressurreição, receberemos um corpo poderoso, glorioso e celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo – “que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:21).
Os vivos serão transformados:Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória” (1Co 15:51-54).
CONCLUSÃO
A ressurreição de Jesus é a principal prova de que a fé cristã é a verdadeira, de que o caminho para a salvação é Jesus, é o fundamento da nossa fé e é o motivo da esperança que faz com que o crente não se desespere ao ver a partida de um irmão em Cristo. Assim como Jesus ressuscitou, também os crentes que morrerem antes da volta do Senhor ressuscitarão (1Co 15:51-54). Ele prometeu que todos os Seus com Ele viveriam para sempre nas moradas celestiais que Ele haveria de preparar (João 14:1-3). Assim como Cristo, também venceremos as ânsias da morte para estarmos com o Senhor para sempre (1Ts 4:17). Vem Senhor Jesus!
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Luciano de Paula Lourenço - Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 62. CPAD.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD
Comentário Lucas – à Luz do Novo Testamento Grego. A.T. ROBERTSON. CPAD
Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards
John Vernon McGee. Através da Bíblia – Lucas. RTM.
Leon L. Morris. Lucas (Introdução e Comentário). VIDA NOVA.
MARCOS – O Evangelho dos Milagres. Hernandes Dias Lopes.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. A ressurreição de Jesus. PortalEBD.2008.
 

5 comentários:

  1. A paz do Senhor!

    Muito bom este subsídio. Evangelista eu sempre verifico as referencias bibliográficas dos seus estudos, porem este me chamou a atenção quanto a referencia ao Dr. Caramuru, esta referencia é mesmo de 2008, já que o Evangelista Caramuru ainda não contribuía para o portal nesta época?

    Grato pela resposta.

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    1. Prezado irmão "Anônimo" a referência à postagem do Dr. Caramuru é realmente de 2008. Era um antigo portal da EBD, que foi extinto.
      Obrigado pela tua participação.
      Deus o abençoe!

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    2. Obrigado Evangelista. Gostaria de só esclarecer que quando digo que verifico as suas bibliografias, não é no sentido de ir checar o que o senhor escreve, mas é com o objetivo de procurar estes livros na internet para posterior leituras. Acompanho seu blog desde 2011. Muito obrigado mesmo pela sua colaboração com o nosso enriquecimento na palavra, que o Senhor continue lhe abençoando.

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  2. Prezado Irmão Luciano, boa noite!
    Sou muito grata pelas suas publicações, tenho acompanhado semanalmente, e tem me ajudado bastante para preparação das aulas da Escola Bíblica Dominical.
    Amo o versículo que você utilizou: " Apenas um caco dentre outros cacos de barro" porque é exatamente como me sinto.
    Só o Senhor da Paz para te dá as devidas recompensas.
    Atenciosamente,
    Zeneide Félix
    Caruaru - PE

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  3. Prezado Irmão Luciano, Graça e Paz!
    Sou muito grata pelas suas postagens, acompanho semanalmente, e tem me ajudado bastante para preparação das aulas para a Escola Dominical.
    Amo o versículo que você usou: "um caco dentre outros cacos de barro", pois é exatamente como me sinto!!
    Atenciosamente,
    Zeneide Félix
    Caruaru - PE

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