3º Trimestre/2015
Texto Base:1Tm 1:1,2; Tito 1: 1-4
“Ninguém despreze a tua mocidade; mas
sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé,
na pureza” (1Tm 4:12).
INTRODUÇÃO
Mais um trimestre se inicia. Estudaremos agora
sobre as Epístolas Pastorais: 1º e 2º Timóteo e Tito. Estas Epístolas são as
últimas que o apóstolo Paulo escreveu. Elas foram destinadas, originalmente,
aos seus amigos e cooperadores Timóteo, que mandara pastorear a igreja em Éfeso
(1Tm 1:3) e Tito, em Creta (Tt 1:5). A função primordial delas foi orientar estes
obreiros no exercício das funções que lhes foram confiadas como pastores
cristãos.
O problema comum entre as igrejas de Éfeso e Creta
era as falsas doutrinas. Surgiram falsos mestres ensinando uma mistura de
doutrinas e práticas judaicas e pagãs: proibição do casamento, abstinência de
alimentos (1Tm 4:3); alguns afirmavam que a ressurreição dos mortos já havia
ocorrido (2Tm 2:18). Havia, ainda, muitas contendas e discussões nas igrejas
(Tt 3:9-11). Para combater estas e outras falsas doutrinas, Paulo recomenda a
nomeação de oficiais qualificados, em cada igreja (1Tm 3:1-13, Tt 1:5-9).
Enfim, o conteúdo destas Epístolas está repleto de
conselhos úteis sobre a estrutura da vida da igreja. Esses conselhos são
atemporais e gerais, por isso devem ser seguidos pela igreja hodierna (1Tm 3:14,15).
I. AS EPÍSTOLAS PASTORAIS
1. Datas
em que foram escritas.
a) 1º
Timóteo. Quase todos os conservadores concordam que 1Timóteo é a
primeira Carta pastoral escrita, seguida de Tito e de 2Timóteo pouco antes da
morte de Paulo. Indica-se uma data entre 64 e 67 d.C., com base na informação
de que Paulo foi liberado da prisão domiciliar no ano 61 d.C, o que possibilitou
suas viagens. A Epístola foi provavelmente escrita na Grécia.
b) 2º
Timóteo. Esta epístola foi escrita por ocasião de sua 2ª prisão em Roma. Como
cidadão romano, Paulo não poderia ser lançado aos leões nem crucificado, mas
"honrosamente" decapitado com uma espada. Uma vez que ele foi morto
quando Nero era imperador, falecido em 8 de junho do ano 68 d.C, é provável que
a redação de 2Tímóteo tenha ocorrido entre o outono de 67 e a primavera de 68.
c) Tito. Devido à
semelhança dos temas e da linguagem, os conservadores creem que Tito foi
escrito por volta do mesmo período ou um pouco depois de 1Timóteo. De qualquer
modo, o livro foi escrito entre 1 e 2Timóteo, e não depois de 2Timóteo. Embora
seja impossível fixar uma data exata, é provável que tenha sido entre 64 e 66
d.C. O lugar possível de origem é a Macedônia.
2.
Conteúdo. O
conteúdo de cada epístola pode ser resumido da seguinte maneira:
a)
1Timóteo. Nesta Epístola, Paulo transmite cuidados
específicos que Timóteo deve proceder na Igreja de Éfeso. Um dos cuidados
principais é que Timóteo lute com denodo pela fé e refute os falsos ensinos que
estavam comprometendo o poder salvífico do Evangelho (1Tm 1:3-7; 4:1-8; 6:3-5,20,21).
Paulo também instrui Timóteo a respeito das qualificações espirituais e pessoais
dos dirigentes da igreja, e oferece um quadro geral das qualidades de um
obreiro candidato a futuro pastor de igreja. Entre outras coisas, Paulo ensina
a Timóteo sobre o relacionamento pastoral com os vários grupos dentro da
igreja, como as mulheres em geral (1Tm 2:15; 5:2), as viúvas (1Tm 5:3-16), os
homens mais idosos e os mais jovens (1Tm 5:1), os presbíteros (1Tm 5:17-25), os
escravos (1Tm 6:1,2), os falsos mestres (1Tm 6:3-6) e os ricos (1Tm
6:7-10,17-19). Paulo confia a Timóteo cinco tarefas distintas para ele cumprir
(1Tm 1:18-20; 3:14-16; 4:11-16; 5:21-25; 6:20-21). Neta Epístola, Paulo exprime
sua afeição a Timóteo como seu convertido e filho na fé, e estabelece um
elevado padrão de piedade para a vida dele e da igreja.
b)
2Timóteo. É a Epístola de despedida de Paulo. No capítulo
1, Paulo assegura a Timóteo o seu incessante amor e orações, e exorta-o a nunca
transigir na fidelidade ao Evangelho, a guardar com diligencia a verdade e a
seguir o seu exemplo.
No capitulo 2, Paulo incumbe seu filho espiritual a
preservar a fé, transmitindo suas verdades a homens fiéis que, por sua vez,
ensinarão a outros (2Tm 2:2). Admoesta o jovem pastor a sofrer as aflições como
bom soldado (2Tm 2:3), a servir a Deus com diligência e a manejar corretamente
a Palavra da verdade (2Tm 2:15), a separar-se daqueles que se desviam da
verdade apostólica (2Tm 2:18-21), a manter-se puro (2Tm 2:22) e a trabalhar com
paciência como mestre (2Tm 2:23-26).
No capítulo 3, Paulo declara a Timóteo que o mal e
a apostasia aumentarão (2Tm 3:1-9), porém, ele precisa permanecer sempre, e em
tudo, leal às Escrituras (2Tm 3:10-17).
No capítulo 4, Paulo incumbe Timóteo de pregar a
Palavra e de cumprir todos os deveres do seu ministério (2Tm 4:1-5). Termina,
informando a Timóteo quanto aos seus assuntos pessoais, quando ele já encarava
a morte, e instando com o pastor a vir logo ao seu encontro (2Tm 4:6-21).
c) Tito. A carta
de Paulo a Tito trata de vários temas fundamentais para a igreja. Dentre elas
destacamos:
a) A
organização das igrejas (Tt 1:5). Muitas coisas estavam fora de
lugar nas igrejas de Creta. Tito foi deixado lá para colocá-las em ordem. Essas
coisas incluíam o ensino da sã doutrina, a aplicação da disciplina, o combate
aos falsos mestres e a instrução da sã doutrina aos crentes.
b) A
liderança das igrejas (Tt 1:5-9). Paulo tinha uma solene
preocupação com o governo da igreja. Uma igreja bíblica precisa ter líderes
sãos na fé e na conduta. Paulo deixa claro que o objetivo supremo do governo da
igreja é a preservação da verdade revelada.
c) O
combate aos falsos mestres e às falsas doutrinas (Tt 1:10-16). A
liderança da igreja precisa vigiar para que os lobos que estão do lado de fora
não entrem; nem os lobos vestidos de peles de ovelha, disfarçados dentro da
igreja, arrastem após si os discípulos (At 20:29-31).
d) O
ensino da sã doutrina (Tt 2:1). A igreja não deveria ficar
apenas na defensiva, combatendo os falsos mestres, mas deveria, sobretudo,
engajar-se no ensino da sã doutrina.
e) A
promoção da ética cristã (Tt 2:2-10). Paulo dá
orientações claras para os líderes e para os liderados. As prescrições
apostólicas contemplam os idosos, os recém-casados, os jovens e os servos. Não
é suficiente ter doutrina sã, é preciso também ter vida santa. A doutrina
sempre deve converter-se em vida. Quanto mais conhecemos a verdade, tanto mais
deveríamos viver em santidade.
f) A
prática das boas obras (Tt 2:11-14; 3:8,14). Não somos salvos pelas boas
obras, mas demonstramos nossa salvação por meio delas. A salvação é pela fé
somente, mas a fé salvadora nunca vem só; ela é acompanhada das boas obras. A
fé é a causa; as boas obras são o resultado da salvação. As nossas boas obras
não nos levam para o céu, mas nos acompanham para o céu (Ap 14:13).
g) A
submissão às autoridades (Tt 3:1-11). A igreja de Deus é um lugar de
ordem, e não de anarquia; de obediência, e não de insubmissão. Insurgir-se
contra as autoridades instituídas por Deus é desafiar o próprio Deus que as
instituiu. Assim, a fonte da autoridade não está nela mesma, mas em Deus.
II. PROPÓSITO E MENSAGEM
As Epístolas pastorais remetidas a Timóteo e Tito
têm o propósito precípuo de orientar esses dois ministros a lidarem
corretamente com as diferentes demandas da vida eclesiástica. Aqui, destacamos
dois itens comuns importantes:
1.
Orientar os líderes quanto à vida pessoal. Veja
este texto remetido a Timóteo: “[...] Tem
cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas porque, fazendo
isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Tm 4:16).
Perceba a ordem. Timóteo é primeiro aconselhado a cuidar de si mesmo e, então,
da doutrina. Isso enfatiza a importância da vida pessoal para qualquer servo de
Cristo. Se sua vida é torta, por mais ortodoxa que seja a doutrina, ela é
inútil.
Paulo escreveu que pela leitura, exortação e ensino
Timóteo salvaria tanto a si mesmo como os seus ouvintes. A palavra salvar não se refere à salvação da
alma. O capítulo 4 começa com a descrição dos falsos mestres que causavam dano
ao povo de Deus. Paulo conta a Timóteo que, se ele aderir fielmente à apalavra
de Deus e a uma vida de piedade, se salvará dos falsos ensinamentos e também
poupará seus ouvintes.
2.
Combater as heresias. Uma heresia é uma negação da verdade ou uma
distorção dela. Na época de Paulo, havia diversas heresias, que ameaçavam
solapar as bases e as estruturas das igrejas locais, como parte do edifício maior
da igreja do Senhor Jesus Cristo. O desafio de manter a unidade da igreja, com
fundamento em Cristo e seus ensinos, emanados dos evangelhos, era enorme. As
Epístolas eram o único meio de que se valiam os lideres ou supervisores da obra
para transmitirem ensinamentos, advertências e doutrinas, mas elas demoravam meses
para chegar até aos destinatários, devido a vários fatores, dentre eles a precariedade
dos transportes. Enquanto isso, as heresias grassavam com muita penetração nas
igrejas locais, causando enorme prejuízo espiritual ao povo de Deus,
principalmente aos neoconversos e os crentes mais antigos, que dependiam da
orientação de seus lideres, de presbíteros, que os reuniam para lhes transmitir
o ensino cristão sadio.
Segundo o pr. Elinaldo Renovato, dentre as heresias
que Paulo tinha em mente, duas se destacavam por sua influência cultural e
filosófica: (a) o judaísmo, que se
manifestava de forma insidiosa, visando destruir os ensinos de Cristo, por meio
da observância dos rituais estabelecidos na Lei de Moisés; (b) o gnosticismo, que se propõe a explicar todas as coisas por
meio da gnosis (gr. conhecimento). Os
seguidores desta filosofia herética praticavam “culto aos anjos”, a quem
chamavam de “tronos”, “denominações”, “principados” e “potestades”. Além desse
ensino estranho ao cristianismo, negavam a supremacia de Cristo, negando sua
encarnação, pois consideravam o corpo humano mau; este, sendo matéria,
contaminaria a Cristo, visto que a matéria é má e somente o espírito é bom. Por
considerarem a matéria essencialmente má, negavam a criação, a encarnação e a
ressurreição.
Como se vê, era enorme a luta de Paulo e dos
líderes designados por ele para manter os cristãos nos retos caminhos do
Senhor, seguindo a sã doutrina. Contudo, o ministro do evangelho deve pregar a
verdade e também combater a mentira. Deve anunciar a sã doutrina e também
reprovar as falsas doutrinas. Deve eleger verdadeiros obreiros para cuidarem da
igreja de Cristo, e também combater os falsos mestres.
III. UMA MENSAGEM PARA A IGREJA LOCAL E A LIDERANÇA
DA ATUALIDADE
Como falamos no item 2 acima, duas heresias se
destacavam e atormentavam a igreja do primeiro século: o judaísmo e o
gnosticismo. Mas, na atualidade, duas heresias têm grassado nas igrejas locais
em todo o mundo, mormente aqui no Brasil: a falaciosa “teoria da prosperidade”
e a apostasia fatal. As igrejas precisam mais do que nunca serem alertadas
sobre essas pragas que assolam o orbe cristão.
1. O
“evangelho” da prosperidade. O “evangelho” da prosperidade é
um falso evangelho. Paulo disse: “Assim,
como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar
outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9).
A teoria
da prosperidade é uma das inovações mais influentes nos últimos tempos. Ela tem
invadido as igrejas com a devida anuência dos seus líderes. Segundo os
pregadores dessa falsa doutrina, todo crente tem que ser rico, não morar em
casa alugada, ganhar bem, além de ter saúde plena, sem nunca adoecer. Caso não
seja assim, é porque está em pecado ou não tem fé. Paulo contradiz isso em 1Tm
6:9,10 – “Mas os que querem ser ricos
caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que
submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de
toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores”.
Dizem
mais os defensores dessa falsa doutrina: cada crente é um deus, cada crente é
uma encarnação de Deus como Jesus Cristo o foi; assim sendo, dizem eles, cada
crente tem autoridade suprema para decretar, determinar, exigir e reivindicar
as promessas e bênçãos de Deus. À luz da Bíblia, tal comportamento equivale a
orgulho, presunção e soberba. Isso é doutrina de demônios. Paulo deixou Timóteo
em Éfeso para “[advertir] alguns que não
ensinem outra doutrina” (1Tm 1:3). Sem dúvida, essa advertência é prá hoje!
2.
Apostasia dos últimos dias. O Espírito Santo revelou ao
apóstolo Paulo “que, nos últimos tempos,
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas
de demônios” (1Tm 4:1). Também, em Tito, o apóstolo Paulo faz advertência
semelhante sobre falsos lideres, contradizentes e de torpe ganância (Tt
1:9-13). A apostasia é o principal resultado que as falsas doutrinas promovem.
A apostasia corresponde a um período em que a
pessoa peca cada vez mais e obedece cada vez menos. É o abandono deliberado e
consciente da verdade e da fé cristã. Por influência dos falsos mestres, muitas
pessoas que outrora professaram a fé cristã abandonaram ou abandonam essa
confissão. Pessoas que fizeram parte da igreja visível e assumiram um compromisso
público deixarão as fileiras da fé cristã. Os falsos mestres que promovem a
apostasia engrossam as fileiras das seitas, e muitos estão infiltrados nas
igrejas, lecionando nas cátedras dos seminários e subindo aos púlpitos para
destilar seu veneno letal.
Concordo com o rev. Hernandes Dias Lopes quando diz
que “a igreja evangélica brasileira tem crescido espantosamente. Tem crescido
em extensão, mas não em profundidade. Tem número, mas não credibilidade. Tem
desempenho, mas não piedade. Cresce vertiginosamente o número de igrejas que
abandonaram a sã doutrina e abraçaram o pragmatismo com o propósito de crescer
numericamente. Muitas igrejas parecem mais um supermercado que disponibilizam
seus produtos ao gosto da freguesia. Pregam o que o povo quer ouvir, e não o
que precisa ouvir. Falam para entreter, e não para levar ao arrependimento.
Pregam palavras de homens, e não a Palavra de Deus. A igreja brasileira precisa
desesperadamente voltar às Escrituras. Precisamos de púlpitos comprometidos com
o evangelho. Precisamos de igrejas bíblicas. Precisamos de pregadores que
alimentem o povo de Deus com o Pão do Céu”.
A liderança da igreja precisa ser firme na sã
doutrina, zelosa na disciplina. Deve se posicionar em relação aos falsos
mestres e seus ensinos perigosos. Precisa advertir o povo de Deus do perigo das
falsas doutrinas e da apostasia. Hoje há muitos pastores que não gostam de
combater as heresias. Outros não têm apreço pelo estudo das doutrinas da graça.
Alguns dizem que a doutrina divide e que só deveríamos falar sobre aquilo que
nos une. Mas o pastor precisa alertar a igreja sobre o perigo das heresias e
sobre a influência perigosa dos falsos mestres. Expondo e alertando os irmãos
sobre esses perigos é que ele se torna um bom ministro de Cristo.
IV. MENSAGEM PARA A LIDERANÇA
1. Administração eclesiástica. Em
1Timóteo 3:1-12 e em Tito 1:5-9, o apóstolo Paulo apresenta um conjunto de características que um pretendente ao
ministério eclesiástico ou à liderança de uma igreja deve ter. Essas características
têm mais a ver com a vida da pessoa do que com o seu desempenho. A vida precede
o ministério e é a sua base. A vida do líder é a vida da sua liderança.
Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si
a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (1Tm
3:1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de
Deus (1Tm 3:1-10; 4:12) e pela igreja (1Tm 3:10), porque Deus estabeleceu para
a igreja certos requisitos específicos. Por isto, aquele que deseja trabalhar
na obra de Deus, deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 1Tm
3:1-13; 4:12; Tt 1:5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa
alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua
escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou
chamada ou ainda, por conveniência. Infelizmente, em muitas igrejas, nem sempre
estas recomendações são obedecidas. Por causa dessa inobservância, a igreja tem
sofrido grandes reveses em sua administração eclesiástica e estrutura espiritual.
O rev. Hernandes Dias Lopes, quando analisa 1Tm
3:2-7, diz que das quinze qualificações exigidas para um homem ocupar o
presbiteriato da igreja, apenas uma se refere à habilidade de ensino. A maioria
são qualificações morais e apenas uma está relacionada à habilidade
intelectual. Na verdade, os requisitos para ocupar uma posição de liderança na
igreja exigem excelência moral mais que intelectual. A qualificações estão
relacionadas com a personalidade, o caráter e o temperamento da pessoa.
2. Ética
ministerial. A ética é o conjunto de padrões, de condutas, de
atitudes que devem ser observados pelos indivíduos. Toda atividade humana tem
um padrão a ser observado, tem a sua ética. Isso se aplica ardentemente na
liderança ministerial. Na Segunda Epístola de Timóteo 2:15, Paulo exorta o
ministro a respeito de como deve se apresentar a Deus – “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que
se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. Aqueles que são
vocacionados por Deus para liderar o Seu rebanho em alguma igreja local, deve
ser um líder autêntico, aprovado por Deus, cônscio de sua responsabilidade,
irrepreensível (1Tm 3:2), que tenha um bom testemunho dos de fora (1Tm 3:7).
Como bem disse o pr. Elinaldo Renovato, “a verdadeira liderança se estabelece
pelo exemplo, pelo testemunho, muito mais do que pela eloquência, pela oratória
ou pela retórica. Não são os diplomas de um pastor que o qualificam como líder
cristão, mas seu exemplo, sua ética, diante de Deus e da igreja local”.
Como tem sido o nosso comportamento no meio das
pessoas? Será que nossa conduta revela que somos sal da terra e luz do mundo,
ou já estamos irremediavelmente comprometidos com os princípios, valores,
crenças e comportamentos mundanos? Será que nossa conduta tem servido para a
glória de Deus, ou temos sido motivo de escândalo na igreja ou entre os não
crentes? Será que poderemos dizer que nossa conduta é a esperada por Deus? Que
Deus nos abençoe e nos faça melhorar os nossos caminhos, para que, a cada dia,
possamos nos santificar ainda mais (Ap 22:11), pois Jesus está às portas e, no
arrebatamento, somente levará para Si aqueles que forem achados fiéis(Mt 24:45-47).
CONCLUSÃO
“As Epístolas pastorais – escritas por Paulo e
enviadas às igrejas de Éfeso e de Creta por mãos de Timóteo e de Tito,
respectivamente – são verdadeiros manuais de Administração Eclesiástica. Elas
contêm doutrina, ensino, exortações, quanto a assuntos práticos, mas, também,
diretrizes gerais sobre liderança, designação de obreiros, suas qualificações,
as responsabilidades espirituais e morais do ministério, o relacionamento com
Deus, com os líderes e as relações interpessoais. São riquíssimas fontes de
ensino preciso para edificação das igrejas locais, no tempo presente” (Elinaldo
Renovato de Lima).
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Luciano
de Paula Lourenço - Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista
Ensinador Cristão – nº 63. CPAD.
Comentário
Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD
Guia
do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards
Tito e
Filemom – doutrina e vida, um binômio inseparável. Rev. Hernandes Dias Lopes.
Hagnos.
1 Timóteo
– o pastor, sua vida e sua obra. Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.
Comentário
do Novo Testamento – 1 e 2 Timóteo e Tito. William Hendriksen.
As
Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Elinaldo Renovato de Lima. CPAD.
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