4º Trimestre/2016
Texto Base: Gênesis 22:1-3
"E disse Abraão: Deus proverá para
si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos
juntos" (Gn.22:8).
INTRODUÇÃO
Aos 75 anos de idade, Abraão matriculou-se
na escola da fé. Passou por diversas provas desde o início: a prova da família
– quando Deus lhe ordenou a sair do meio da sua parentela para uma terra
desconhecida (Gn.11:27-12:5); a prova da fome – quando não consultou a Deus e
desceu ao Egito para buscar ajuda (Gn.12:10-13:4); a prova da comunhão – quando
ele deu a Ló a oportunidade de fazer a escolha primeiro para ele e seus
pastores (Gn.13:5-18); a prova da luta – quando ele derrotou os reis
confederados que sequestraram Ló (Gn.14:1-16); a prova da riqueza – quando ele
disse não às riquezas de Sodoma (Gn.14:17-24); a prova da paciência – quando
ele fracassou em ceder às pressões de Sara, arranjando um filho com a escrava
Hagar (Gn.16:1-16) e; a maior de todas as provas: a da obediência e do amor a
Deus, que se deu no monte do sacrifício (Gn.22:1-19). Ele tinha mais ou menos
cento e vinte anos de idade quando lhe ocorreu a maior de todas as provas. Isto
mostra que nunca a pessoa é velha demais para enfrentar novos desafios, travar
novas batalhas e aprender novas verdades. Quando paramos de aprender, paramos
de crescer; e, quando paramos de crescer, paramos de viver. Abraão enfrentou
todas estas provas, mas pela fé ele triunfou e pode nos ensinar a passar pelas
provas vitoriosamente. A provisão de Deus nos é garantida, quando nos
submetemos a Ele em obediência, fidelidade e amor.
I. FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
A prova que Abraão passou, quando Deus pede
a ele o seu único filho em sacrifício, é uma demonstração convincente de amor
por Deus. Este episódio retrata uma das experiências mais tremendas registradas
em Gênesis. Deus provou Abraão não para fazê-lo tropeçar e assistir a sua
queda, mas para aprofundar sua capacidade de obedecer a Deus e verdadeiramente
desenvolver seu caráter. Assim como o fogo refina o minério para extrair metais
preciosos, Deus nos refina através de circunstâncias difíceis.
1.
Abraão é provado. Certa feita, provavelmente à noite, o
Senhor ordenou a Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque,
a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma
das montanhas, que eu te direi. Então, se levantou Abraão pela manhã, de
madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e
Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao
lugar que Deus lhe dissera” (Gn 22:2,3). Em Hebreus 11:17 diz: “Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando
foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito”
(Hb.11:17).
Deus
prometeu um filho a Abraão, e demorou 25 anos para cumprir a promessa. Agora
que o filho já é um jovem, Deus pede esse filho a Abraão em holocausto. Isto
parece um paradoxo diante do Deus amoroso, justo e que jamais aceitaria um
sacrifício humano. Esse tipo de prática era realizado em rituais das religiões
pagãs na terra de Canaã (Dt.18:10). Mas o desafio foi feito e Abraão teria de
provar sua lealdade e seu amor ao Senhor. Abraão obedece prontamente, sem
questionar, por entender que Deus era poderoso para ressuscitar seu filho
(Hb.11:18). Sem fé, esse ato seria loucura e paranoia. Sem fé, o gesto de
Abraão seria um atentado criminoso. Sem fé, Abraão seria um carrasco sem
coração, e não um gigante de Deus. A fé verdadeira sempre é provada. Ela não se
enfraquece nas provas, mas torna-se ainda mais robusta e combativa. Veja que a
qualidade do metal é comprovada por aquilo que pode suportar. A coragem de um
soldado se evidencia na luta. Só uma casa edificada sobre a rocha enfrenta a
fúria da tempestade sem desabar. A fé de Abrão foi provada. Ele atravessou,
resiliente, o vale da provação.
2.
No limite da capacidade humana. Deus pede a Abraão seu
filho amado, o melhor que ele tem. Na verdade, Deus pede tudo; pede mais do que
a vida de Abraão, pede seu amor, pede seu filho em sacrifício. A prova a que
Abraão fora submetido fez com que ele chegasse ao máximo da sua capacidade
espiritual e emocional. Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá
sermos provados além do que podemos suportar (cf.1Co.10:13). Segundo o Rev.
Hernandes Dias Lopes, “as provas não só testam a fé, mas a revigoram. Os
músculos exercitados tornam-se mais rijos. O corredor bem treinado tem melhor
desempenho na corrida. As tribulações produzem paciência, e esta conduz a ricas
e profundas experiências”.
O autor da prova é o próprio Deus. Deus
prova Abraão não para envergonhá-lo ou derrotá-lo, mas para elevá-lo. Abraão
crê em Deus e lhe obedece sem questionar.
3.
Um pedido difícil. Quando Isaque nasceu foi uma grande
alegria para o lar de Abraão. Foi um grande e notório milagre. Isaque era
tratado com grande carinho e desvelo, como se fosse a joia preciosa jamais
encontrada. Mas, agora que Isaque já é um jovem, Deus pede esse filho, o filho
da promessa, em holocausto. Foi a prova suprema da fé do patriarca. Foi um
pedido muito difícil. Segundo Paul Hoff, o pedido lhe era muito difícil porque:
·
A alma de Abraão se desfazia ante o conflito
de seu amor paternal e a obediência a Deus.
·
Parecia-lhe estranho porque Abraão já sabia
que não agradava a Deus o conceito pagão de ganhar o favor dos deuses
sacrificando seres humanos.
·
O pedido era contrário à promessa de que
somente por Isaque se formaria a nação escolhida.
Parecia um paradoxo, um contrassenso. Parece
que Deus estava contra Deus, fé contra fé e promessa contra ordem. Isto,
portanto, pregava contra a lógica humana. Mas Deus nunca precisou da lógica
humana para realizar os seus planos. Abraão obedece prontamente, sem
questionar, por entender que Deus era poderoso para ressuscitar seu filho, como
está escrito em Hebreus 11.19: “porque
considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos...”.
Quantas vezes, em meio às dificuldades e
provações, dizemos para Deus que não podemos obedecê-lo, que não podemos
suportar o que Ele nos pede. Deus não quer o nosso mal, pois nos prova para que
o conheçamos melhor.
II. PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO
O propósito da prova era aumentar a fé que
Abraão tinha, dar-lhe a oportunidade de alcançar uma vitória maior e receber
uma revelação mais profunda ainda de Deus e de seu plano. É bom ressaltar que Deus
não tentou a Abraão como algumas versões da Bíblia traduzem Gn.22:1. A tentação
é do diabo e tem o propósito de conduzir o homem ao pecado (Tg.1:12-15). Ao
contrário, Deus prova o homem para dar-lhe a oportunidade de demonstrar sua
obediência e crescer espiritualmente.
1.
Amor, obediência e fé no monte do sacrifício. No
Monte do Sacrifício, Abraão demonstrara amor, obediência e fé. E nós? Quando
estamos sendo provados por Deus demonstramos essas qualidades? Embora Abraão
não tenha entendido o motivo da ordem de Deus, obedeceu imediatamente, a
despeito de o momento ser muito difícil e tribuloso para Abraão. O apóstolo
Paulo diz que as tribulações produzem paciência, e esta conduz a ricas e
profundas experiências. Deus provou Abraão não para envergonhá-lo ou
derrotá-lo, mas para aprová-lo, elevá-lo. A fé sempre é provada, para mostrar
que ela é verdadeira, resiliente, que resiste a todas as provas.
Não somente foi uma prova de fé, mas também
de grande amor a Deus. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a Deus,
deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. Foi um
ato de fé e amor a Deus, mas também uma mera demonstração de obediência
incondicional e ultracircunstancial. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que
o Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição.
2.
O clímax da prova. Em Gênesis 22:3-5 está escrito: “Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e,
tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque,
seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia
indicado. Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.
Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos
até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós”.
Tendo deixado os dois moços ao pé do monte,
Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do sacrifício
(Gn.22:4-6). Enquanto subiam o monte, Abraão e Isaque conversavam. Entrementes,
Isaque percebendo que não havia nenhum cordeiro sendo levado para o holocausto,
perguntou ao seu pai: "[...]onde está o cordeiro para o holocausto?"
(Gn.22:7), e Abraão, de forma incisiva e confiante, respondeu: [...] "Deus
proverá para si o cordeiro [...]" (Gn.22:8).
Parece que enquanto caminhava para o monte do
sacrifício Abraão meditava sobre o conflito entre a ordem de sacrificar Isaque
e as promessas de perpetuar a aliança por meio dele. Teria pensado que a
solução era crer que mesmo quando atravessasse com o cutelo o coração de Isaque
e acendesse o fogo para que o corpo de seu filho fosse reduzido a cinzas, Deus
ressuscitaria a Isaque do montão de cinzas. Por isso, ao deixar seus criados,
disse-lhes que tornariam a eles (Gn.22:5; Hb.11:19).
Só uma fé inabalável faz com que o ser
humano aja dessa maneira. Sem fé, esse ato seria loucura, seria paranoia. Sem
fé, o gesto de Abraão seria um atentado criminoso. Sem fé, Abraão seria um
carrasco sem coração, e não um homem de Deus. Crer no poder divino para
ressuscitar os mortos foi o auge de sua fé. Não havia ainda registro de
ressurreição na História, mas Abraão cria no impossível, via o invisível e
tomava posse do intangível. Ele já tinha experimentado o poder da ressurreição
de Deus em seu corpo (Rm.4:19-21). Por isso, ele já sabia que Deus era poderoso
para levantar Isaque da morte (Hb.11:19).
Quando estivermos no “monte da prova”, nas
provas mais profundas, precisamos saber que para Deus não há impossível, e que
podemos todas as coisas naquele que nos fortalece (Fp.4:13).
3.
O momento decisivo da prova. Enfim, Abraão e Isaque
chegaram ao local do sacrifício. Isaque, como um filho obediente e
compreensível, permitiu que fosse amarrado sobre a lenha. E no momento que
Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, o anjo do Senhor bradou forte e
não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto.
Deus proveu o Cordeiro, e este tomou o lugar de Isaque (Gn.22:13). Assim,
Abraão descobriu um novo nome para Deus: Jeová-Jirê,
que significa "o Senhor provera”.
Esse nome de Deus nos ajuda a entender algumas verdades sobre a provisão do
Senhor (adaptado do livro “Quatro homens,
um destino”, do Rev. Hernandes Dias Lopes):
a)
Deus provê às nossas necessidades no lugar em que Ele determinar. Abraão
estava no lugar em que Deus mandou que estivesse. Do jeito que Deus mandou. Na
hora que Deus mandou. Por isso, Deus proveu para ele. A estrada da obediência é
a porta aberta da provisão. Não temos o direito de esperar a provisão de Deus
se não estivermos no centro da vontade de Deus.
b)
O Senhor provê às as nossas necessidades exatamente quando nós temos a
necessidade, nem um minuto antes. Do ponto de vista humano,
isso pode parecer muito tarde, mas Deus nunca chega atrasado. O relógio de Deus
não se atrasa. Veja o exemplo de Ana, mãe de Samuel. Veja o exemplo do
nascimento de João o Batista. Veja o exemplo da ressurreição de Lázaro.
c)
O Senhor provê às nossas necessidades por caminhos naturais e também
sobrenaturais. Deus não enviou um anjo com um sacrifício,
mas mostrou um cordeiro preso pelos chifres. Abraão só precisava de um
cordeiro, por isso Deus não lhe mostrou um rebanho. Mas, ao mesmo tempo, Abraão
ouviu a voz de Deus. O natural se mistura com o sobrenatural.
d)
Deus dá sua provisão a todos
os que confiam nEle e obedecem à Suas instruções. Quando você está onde
Deus o mandou estar, fazendo o que Deus o mandou fazer, então pode esperar a
provisão de Deus em sua vida. Quando a obra de Deus é feita do jeito que Deus
manda, nunca falta a Sua provisão. O Senhor não tem obrigação de abençoar
minhas ideias e meus projetos. Mas Deus é fiel para cumprir Suas promessas.
e)
Deus provê às nossas necessidades para a glória de Seu próprio nome.
Deus foi glorificado no monte Moriá porque Abraão e Isaque fizeram a vontade de
Deus. A intervenção divina no Monte Moriá é uma antecipação da expressão mais
profunda do amor de Deus por nós: a entrega de seu Filho Unigênito para morrer
em nosso lugar no Monte Calvário. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por nossos
pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo.
4.
Nas provações, procure glorificar ao Senhor. Em
tempos de provações é muito fácil pensarmos apenas em nossas necessidades e em
nossos fardos, em vez de focarmos nossa atenção em trazer glória ao nome de
Cristo. Normalmente, perguntamos: "Como posso sair dessa situação de
provação?". Em vez disso, deveríamos perguntar: "Como posso trazer
glória ao nome do Senhor nessa situação?".
III. JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE
DO SACRIFÍCIO
Como em nenhum outro episódio, a experiência
de Abraão e Isaque aponta para o amor do Pai e o sacrifício de Jesus na cruz. A
entrega de Isaque é um farol a apontar o amor eterno e sacrificial do Pai que
deu Seu Filho para morrer por nós, pecadores. No miraculoso nascimento de Isaque, Abraão viu
o dia do nascimento de Cristo. No
casamento de Isaque, ele viu o dia da vinda de Cristo para Sua noiva, a Igreja.
Mas no monte Moriá, quando Isaque foi colocado no altar, Abraão viu o dia da
morte e da ressurreição de Cristo.
Algumas semelhanças entre esse gesto de
Abraão e o amor do Pai podem ser identificadas nesta experiência (adaptado do livro “Quatro homens, um
destino”, do Rev. Hernandes Dias Lopes):
1. Assim como Abraão, Deus não
poupou Seu próprio Filho (Hb.11:17; Rm.8:32). Abraão
entregou seu filho a Deus, e Deus entregou Seu Filho para morrer pelos
pecadores.
2. Isaque foi o filho do
coração - Jesus foi o Filho amado (Gn.22:2; João 3:16). Assim
como Isaque era o filho da promessa, Jesus é o Filho amado, em quem Deus tem
todo o prazer.
3.
Isaque foi a Moriá sem reclamar - Jesus, como ovelha muda, foi obediente até à
morre, e morte de cruz. A atitude de Isaque, caminhando três
dias para o monte Moriá, lança luz sobre a atitude de Jesus caminhando para o
Calvário, sem abrir a boca e sem lançar maldição sobre seus exatores.
4.
Isaque foi o filho da promessa - Jesus é o Filho prometido antes da fundação do
mundo. Isaque foi prometido por Deus. Seu nascimento foi
profetizado. Seu nascimento veio por uma intervenção miraculosa de Deus, no
tempo oportuno de Deus. Assim, também, Jesus veio ao mundo para cumprir um
propósito do Pai. Sua vinda foi prometida, preparada. Ele nasceu para cumprir
um plano perfeito do Pai.
5.
Isaque teve seu sacrifício preparado (Gn.22:2,3) - o sacrifício de Jesus foi
planejado na eternidade (Ap.13:8). Assim como Deus estabeleceu
os detalhes do sacrifício de Isaque, também planejou desde a eternidade a
entrega, o sacrifício e a morte vicária de Seu Filho na cruz.
6.
Abraão e Isaque caminham sós para o Moriá - Jesus também bebeu o cálice
sozinho, mas conversando com o Pai. Os servos de Abraão
ficaram no sopé do Monte Moriá; os homens abandonaram Cristo, inclusive Seus
discípulos. Jesus, quando suou sangue no Getsêmani, estava só; somente Ele e o
Pai travaram aquela batalha de sangrento suor. Jesus marchou para a cruz sob as
vaias da multidão e tendo como único refúgio a intimidade com o Pai.
7.
Isaque carregou a madeira para o sacrifício - Jesus carregou a cruz. Assim
como Isaque levou a lenha para o sacrifício no monte Moriá, Cristo carregou a
cruz para o Gólgota, onde morreu por nossos pecados. Jesus, o Filho de Deus,
teve de carregar o fardo do pecado de toda a humanidade sobre Seus ombros. A
lenha é mencionada cinco vezes no capítulo 22 de Gênesis. O versículo seis diz
que Abraão colocou sobre Isaque, seu filho, a lenha do holocausto. Deus fez
cair sobre Jesus a iniquidade de todos nós. Ele foi transpassado pelas nossas
transgressões. Jesus carregou o lenho maldito sob as vaias da multidão tresloucada
e ensandecida. Foi pregado no lenho e exposto ao vitupério público. Carregou a
cruz e na cruz morreu.
8.
Abraão e Isaque caminham sempre juntos - o Pai e o Filho fizeram na eternidade
um pacto de sangue para salvar o homem e andaram sempre juntos.
Sempre houve comunhão perfeita entre o Pai e o Filho. Sempre andaram juntos
nesse glorioso propósito de remir-nos. Quando caminhamos pela fé, mostramos ao
mundo não só nossa fidelidade a Deus, mas revelamos ao mundo o próprio coração
de Deus.
9.
Deus poupou Abraão e Isaque, mas não poupou Seu Filho. Deus não
providenciou um cordeiro substituto para Jesus. Ele viu Seu clamor e não O
amparou. A Bíblia diz que Deus não poupou Seu próprio Filho, antes O entregou
por todos nós (Rm.8:32). Diz ainda que Deus prova Seu amor para conosco pelo
fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm.5:8).
10.
Isaque morreu apenas em sentido figurado (Hb.11:19), mas Jesus realmente morreu
e ressuscitou. O texto não diz que Isaque retornou com
Abraão aos seus dois servos (Gn.22:19). A próxima vez que ouvimos falar em
Isaque é quando ele se encontra com sua noiva (Gn.24:62). Isso mostra-nos que o
próximo glorioso evento no calendário de Deus é o retorno de Jesus Cristo para
encontrar-se com a Sua noiva, a Igreja.
Jesus,
o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa
condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o
Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé,
temos paz com Deus (Rm.5:1).
CONCLUSÃO
No topo do Calvário, há uma bandeira que
tremula e proclama: Jeová-Jirê - "Deus
proverá". Ele providenciou para nós perdão e salvação. Creia que Deus
provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e lugar, desde que
estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema vontade. Olhe para o
Cordeiro de Deus. Olhe para Jesus, com fé, e seja um filho de Abraão, seja um
filho de Deus.
-------
Luciano de Paula Lourenço
Disponível
no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário
Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Revista
Ensinador Cristão – nº 68. CPAD.
Dr.
Caramuru Afonso Francisco. Tempos trabalhosos para a Igreja. PortalEBD_2007.
Rev.
Hernandes Dias Lopes. Quatro homens, um destino.
Pr.
Elienai Cabral. O Deus da Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja
em meio ás crises. CPAD.
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