Estou
absorto em meus pensamentos diante de mais uma notícia trágica de suicídio de
uma pessoa que se dizia cristã, e desempenhava função de liderança em uma
igreja evangélica, e que era esposa de pastor. Esse
foi o quarto caso de líderes evangélicos brasileiros que cometeram suicídio no mês
de dezembro/2017, sendo três pastores e um presbítero. O caso com maior
repercussão foi o do pastor Júlio César Silva, ex-presidente da Assembleia de
Deus Ministério Madureira em Araruama (RJ). O líder pentecostal era casado e
tinha duas filhas, e foi encontrado pendurado em uma corda no último dia 12 de
dezembro, mas não deixou nenhum bilhete ou recado detalhando sua motivação.
Amigos e colegas de ministério comentaram, posteriormente, que ele havia
enfrentado problemas de depressão. Os outros dois casos foram os do pastor Ricardo Moisés, 28 anos, da Igreja
Assembleia de Deus em Cornélio Procópio (PR), que se enforcou na casa pastoral
nos fundos da igreja; e o presbítero João Luiz Tavares, da Igreja Assembleia de
Deus em Iguaba Grande, na Região dos Lagos (RJ), também enforcado.
Amados
irmãos, o suicídio nada mais é que um autoassassinato. A Palavra de Deus não
distingue entre matar a si próprio ou ao semelhante. Diz apenas o mandamento
que não se deve matar, entendido aqui um ser humano, seja ele quem for,
inclusive o próprio matador.
O suicídio,
assim como o aborto e a eutanásia, são condenados pela Palavra de Deus, e que
seus praticantes estão fora do reino dos céus:
“Mas,
quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos
fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua
parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.”
(Ap.21:8);
“Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e
os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e
comete a mentira”(Ap.22:15).
No
suicídio, o homem, além de se fazer juiz sobre a sua própria vida, o que lhe é
vedado, pois já vimos que só Deus é o dono da vida – “O SENHOR é o que tira a
vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela”(1Sm.2:6), além do mais demonstra total
falta de confiança e de esperança em Deus, porquanto busca resolver seus
problemas e dificuldades pondo fim à sua vida, demonstrando, com isso, que não
confia em Deus.
O
verdadeiro cristão, pelo contrário, ainda que esteja a passar problemas e
dificuldades, não vai buscar a solução no suicídio, mas em Deus. A Palavra de
Deus está repleta de promessas de que o Senhor sempre estará ao nosso lado, se
nos mantivermos fiéis:
“Mas,
agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não
temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu. Quando passares
pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando
passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Não temas,
pois, porque estou contigo; trarei a tua semente desde o Oriente e te ajuntarei
desde o Ocidente” (Is.43:1,2,5).
“Aquele
que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”
(Sl.91:1).
“....eis
que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!”
(Mt.28:20).
“Sejam
vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele
disse:
Não
te deixarei, nem te desampararei. E, assim, com confiança, ousemos dizer: O
Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem”
(Hb.13:5,6).
Não
resta dúvida de que o suicida não chega a este gesto de forma fria ou
insensível. Antes de se chegar a este extremo, o suicida passou por diversos
problemas e desequilíbrios, muitas vezes causados por ele mesmo, mas o
desespero que cerca atitudes como esta, o suicídio, não justifica, perante a
lei de Deus.
Sempre
se terá no suicídio um gesto de falta de fé em Deus, uma verdadeira
manifestação de orgulho e de autossuficiência do suicida. Fazendo-se semelhante
a Deus, o suicida recusa ser ajudado e orientado pelo Senhor e resolve pôr fim
à sua vida, dando a si uma solução que, entretanto, somente lhe criará um
problema eterno – a morte eterna, a eterna separação de Deus. Com efeito, o
suicida morre no seu pecado e, portanto, estará irremediavelmente perdido (Ez.18:24), a menos que tenha tempo
para se arrepender, o que é difícil de acontecer.
“Mas,
desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, e fazendo
conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as
suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que
transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá” (Ez.18:24).
Todos
os exemplos que temos de suicidas na Bíblia Sagrada são de pessoas que se
encontravam distanciadas de Deus, perdidas, numa clara demonstração de que o
suicídio é algo que é contrário à vontade divina. Podemos mesmo dizer que o
suicídio é sempre opção que vem diretamente dos infernos para a mente do
suicida, e, para tanto, tomamos o exemplo de Judas Iscariotes, que a Bíblia diz
ter permitido que o diabo nele entrasse(Lc.22:3).
Até porque, quando se fala em morte, fala-se do que é próprio do diabo,
homicida desde o princípio(João 8:44).
A
oração, sem cessar, é a chave da vitória, pois por meio dela temos intimidade
com Deus e rebemos dele a força necessária para atravessarmos as tempestades da
vida; sem oração estamos fadados ao fracasso, pois vemos só escuridão à nossa
frente. A leitura e o estudo sistemático da Palavra de Deus são a maior âncora
e a bússola que nos ajudam a caminhar no caminho certo até o repouso prometido
pelo Senhor Jesus; só chegaremos ao porto, seguro, se obedecermos à Palavra de
Deus. Pense nisso!
Deus
os abençoe sobremaneira!
Oremos
pelos líderes de nossas igrejas!
Um
feliz e abençoado 2018, sem suicídio!
Excelente posicionamento professor. Vi muitos "teólogos" abrindo a porta para o perdão em outros estudos e não percebem que além de não haver uma defesa bíblica, pelo contrário como você demonstrou neste estudo, estão abrindo precedentes para que mais casos de suicídio ocorram.
ResponderExcluirFeliz 2018 em Cristo Jesus professor!