sexta-feira, 25 de junho de 2021

LIÇÕES BÍBLICAS – 3º TRIMESTRE/2021

 


No 3º Trimestre letivo de 2021, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o seguinte tema: “O Plano de Deus para Israel em meio à Infidelidade da Nação – As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel”. O comentarista das Lições é o pastor Claiton Ivan Pommerening, e estão distribuídas sob os seguintes assuntos:

Lição 1: A Ascensão de Salomão e a Construção do Templo.

Lição 2: O Reino Dividido: Jeroboão e Roboão.

Lição 3: Acabe e o Profeta Elias.

Lição 4: Elias e os Profetas de Aserá e Baal.

Lição 5: O Reinado de Acazias.

Lição 6: O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor.

Lição 7: O Ministério de Eliseu.

Lição 8: Naamã é Curado da Lepra.

Lição 9: O Reinado de Joás.

Lição 10: O Cativeiro de Israel: Reino do Norte.

Lição 11: O Reinado de Ezequias.

Lição 12: O Reinado de Josias.

Lição 13: O Cativeiro de Judá.

Israel, como nação eleita e separada pelo Senhor, não foi zelosa e fiel em cumprir o mandato que recebera de Deus. Por essa razão, os profetas condenaram-lhe a ingratidão e a deslealdade manifestada (Jr.16:10-12). Apesar do clamor dos profetas, Israel acabou por repudiar suas obrigações em relação à aliança divina (Ex.19:5,6; 32:1-25).

Deus quis escolher, por sua soberana vontade, quem formaria o seu povo, e escolheu Abrão, Isaque e Jacó, sem que, em tal escolha, houvesse qualquer participação humana. No entanto, para a sua concretização, a escolha feita dependia da observância, por parte do escolhido, do atendimento ao chamado divino. Deus escolheu Jacó e não Esaú, por um ato seu de soberana vontade. A eleição, portanto, provém de Deus e é soberana, mas a perda da bênção oferecida indistintamente a todos é consequência do mau exercício do livre-arbítrio pelo homem. Esaú, por exemplo, de livre e espontânea vontade, desprezou a bênção da primogenitura, tornou-se um fornicaria e profano, não se arrependendo do que fizera, ainda que tenha tido remorso e, com lágrimas, tenha procurado rever a bênção perdida (cf. Hb.12:16).

Aliás, foi exatamente o que ocorreu com Israel. Embora escolhido por Deus e, de livre e espontânea vontade tenha aceitado viver conforme os preceitos provenientes do Senhor, Israel cedo fracassou neste seu propósito, tendo, a partir da primeira geração adulta do êxodo, aquela mesma que havia firmado o compromisso com o Senhor no monte Sinai, deixado de observar o pacto, endurecendo o seu coração continuadamente ao longo da história, porquanto se mostrara um povo obstinado (Ex.32:9; Dt.9:6; Ez.3:7), e por causa dessa obstinação, Israel sofreu progressivas sanções da parte do Senhor, pois Deus corrige a quem ama e castiga a quem quer bem (Hb.12:5-12); essas sanções foram aplicadas numa escalada já prevista na lei de Moisés (Dt.28:15-68), escalada essa que foi rigorosamente cumprida por Deus, que chegou a tirar o povo da própria Terra Prometida para Babilônia (2Cr.36:15-21), sem falar na integral destruição das dez tribos do Norte (Efraim, Manassés, Ruben, Gade, Issacar, Zebulom, Naftali, Aser, Simeão e Dã – cf. 2Rs.17).

No entanto, apesar de todos os pecados praticados, em Israel sempre houve um remanescente fiel, ou seja, pessoas que, ainda que anônimas e despidas de poder político, social ou econômico, serviam a Deus com sinceridade, cumprindo a sua Palavra. Isto nos mostra, também, que, embora Deus tivesse um compromisso com a nação de Israel, com a qual firmara um pacto (todo o povo o firmou, dizem as Escrituras – Ex.19:8), não devemos nos esquecer que a resposta que se deu ao chamado divino foi de cada indivíduo, tanto assim é que, embora a geração adulta do êxodo tenha perecido no deserto, isto não ocorreu com Josué e Calebe, que ingressaram na Terra Prometida, embora pertencessem àquela geração. E por quê? Por um simples motivo, porque creram em Deus e nas suas promessas, ao contrário do restante, que se manteve incrédulo (Nm.14:24; Dt.1:36,38; Hb.3:19). Esse remanescente fiel, que sempre existiu em cada geração, é o que constitui o verdadeiro e genuíno Israel.

Apesar da infidelidade de Israel ao longo de sua existência, Deus tem um plano especial para essa nação. Foi por causa disso, que Deus nunca abandonou o povo da Antiga Aliança, e por isto procurou corrigi-lo enviando os seus profetas para direcioná-lo no caminho certo. Durante todo o período dos reis, Deus procurou corrigir o seu povo, muitas vezes de forma contundente. É o que vamos ver ao longo deste trimestre letivo, tendo como protagonistas os profetas Elias e Eliseu.

Israel fracassou como povo de Deus, mas esse fracasso abriu a oportunidade para a formação de um novo povo de Deus formado por todos os povos da terra, inclusive pelos Judeus, e com aquelas mesmas três características que Deus queria do povo de Israel: um povo seu, especial, eleito, ou escolhido por Ele; um reino sacerdotal; um povo santo.

Pela rebeldia de Israel o Senhor Deus não alcançou, com este povo, estes três objetivos; porém, alcançou, nesta dispensação da Graça, com a Igreja, conforme afirmou Pedro: “Mas vós sois a geração eleita, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus...” (1Pd.2:9). Compare 1Pedro 2:9 com Êxodo 19:5-6, e perceba a similitude do que Deus queria com Israel e do que Ele alcançou com a Igreja – ela é a sua propriedade peculiar, ou seu povo especial; ela é o povo santo; ela é seu reino sacerdotal, proclamando suas virtudes, ou o seu poder a todos os povos. Israel fracassou, mas a Igreja está cumprindo sua missão. Demos glórias a Deus por isto!

Contudo, a rejeição de Israel é temporária, em virtude de sua eleição consubstanciada através da Aliança do Sinai, pela qual Israel será sempre o povo de Deus: “Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e, de todo, não te terei por inocente” (Jr.30:11).

A misericórdia do Senhor, demonstrada ao povo de Israel, trará a compaixão de Deus aos filhos de Abraão (Rm.11:30,31;9:27). Por causa da promessa que Deus fez aos pais Abraão, Isaque e Jacó, Israel continuará sendo o povo escolhido (Hb.6:13-18). O retorno de Israel ao Senhor é certo (Zc.12:7-10; Rm.11:26). 

Os judeus perderam a oportunidade de salvação, enquanto povo, no exato instante em que rejeitaram o Messias (João 1:11,12). Esta rejeição teve o mesmo significado que a rebelião gentílica em Babel, encerrando, assim, o tempo de Israel no plano de Deus para a salvação da humanidade. Este encerramento, entretanto, não é definitivo, pois restam promessas a Israel que ainda não se cumpriram e sabemos que o Senhor vela pela sua Palavra para a cumprir (Jr.1:12).

No entanto, essa rejeição operada gerou uma bênção para nós, gentios, pois, através dela, pudemos ter livre e independente acesso a Deus por meio de Cristo Jesus - “…pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!” (Rm.11:11b,12).

A triste experiência de Israel deve servir de exemplo para a Igreja. Os israelitas eram os filhos naturais de Deus e, não obstante, foram cortados da verdadeira Oliveira por causa da incredulidade (Rm.11:17-20). Cada cristão, portanto, deve valorizar a sua posição diante de Deus.

O que Deus fez conosco é de uma grandeza infinita. Mas, quem vacilar pode ser cortado por Deus, assim como aconteceu com Israel. O Israelita espiritual é o verdadeiro israelita (Rm.4:11-16). O cristão é reconhecido, no Novo Testamento, como judeu, no sentido espiritual. Isto é, pela fé em Jesus, tornou-se ele filho de Abraão (Gl.3:7) - "Nem todos que são de Israel são israelitas" (Rm.9:6).

É verdade que hoje a "menina dos olhos" de Deus é a Igreja; a nossa posição espiritual está acima da dos judeus; os ramos foram quebrados, por culpa dos próprios judeus: "Não que a palavra de Deus haja faltado" (Rm.9:6). A promessa de Deus não foi quebrada, mas os judeus é que recusaram a promessa. Somos como zambujeiros enxertados no lugar deles, e, assim, participamos da raiz e da seiva da oliveira (Rm.11:15-19).

Hoje, Israel é o relógio de Deus na terra. Jesus disse: "Olhai para a figueira, e para todas as árvores; quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão" (Lc.21:29-30). A figueira é Israel. Pelas palavras de Jesus, conscientizamo-nos de quão próximo está "o verão", pois a figueira está brotando. A restauração nacional já ocorreu, falta apenas chegar o verão para a restauração espiritual. Creia nisso!

Que Deus abençoe a todos que irão participar deste trimestre letivo, e que possamos assimilar as lições propostas com grande absorção para o nosso enriquecimento espiritual e maturidade cristã.

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Ev. Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

 

 

 

 

 

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