3º Trimestre/2023
Subsídio para a Lição 07
Texto
Base: Provérbios 31:10-31
“Enganosa é a
graça, e vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa
será louvada” (Pv.31:30).
Provérbios
31:
10.Mulher virtuosa, quem a achará? O
seu valor muito excede o de rubins.
11.O coração do seu marido está nela
confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará.
12.Ela lhe faz bem e não mal, todos os
dias da sua vida.
13.Busca lã e linho e trabalha de boa
vontade com as suas mãos.
14.É como o navio mercante: de longe
traz o seu pão.
15.Ainda de noite, se levanta e dá
mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas.
16.Examina uma herdade e
adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.
17.Cinge os lombos de força e fortalece
os braços.
18.Prova e
vê que é boa sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga
de noite.
19.Estende as mãos ao fuso, e as palmas
das suas mãos pegam na roca.
20.Abre a mão ao aflito; e ao
necessitado estende as mãos.
21.Não temerá, por causa da neve,
porque toda a sua casa anda forrada de roupa dobrada.
22.Faz para si tapeçaria; de linho fino
e de púrpura é a sua veste.
23.Conhece-se o seu marido nas portas,
quando se assenta com os anciãos da terra.
24.Faz panos de linho fino, e vende-os,
e dá cintas aos mercadores.
25.A força e a glória são as suas
vestes, e ri-se do dia futuro.
26.Abre a boca com sabedoria, e a lei
da beneficência está na sua língua.
27.Olha pelo governo de sua casa e não
come o pão da preguiça.
28.Levantam-se seus filhos, e chamam-na
bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo:
29.Muitas filhas agiram virtuosamente,
mas tu a todas és superior.
30.Enganosa é a graça, e
vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será
louvada.
31.Dai-lhe do fruto das suas mãos, e
louvem-na nas portas as suas obras.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos a questão da
"desconstrução da feminilidade bíblica". É inegável o avanço
significativo do papel das mulheres em comparação com décadas passadas. As
conquistas ao longo do tempo resultaram de lutas e movimentos em busca de
igualdade com os homens, levando a mudanças culturais, legais e sociais que
expandiram as oportunidades e “empoderaram” as mulheres em diversas áreas. É
digno de louvor que as mulheres alcancem sucesso profissional enquanto também
encontram realização como esposas e mães, desempenhando um papel que glorifica
a Deus e equilibra o ambiente familiar. A Bíblia chama uma mulher assim de
"virtuosa".
O livro de Provérbios, mais
especificamente em Provérbios 31:10-31, apresenta uma descrição poética da
mulher virtuosa como um símbolo de feminilidade. Essa passagem é um elogio à
mulher ideal, que é vista como uma esposa fiel, uma mãe amorosa, uma administradora
habilidosa e uma empreendedora exemplar. Esse trecho bíblico retrata as
virtudes, habilidades e contribuições dessa mulher para sua família e
comunidade.
No entanto, nestes tempos pós-modernos,
esse paradigma de mulher-feminina-cristã vem sendo desconstruído. O ativismo
feminista tem se empenhado em desconstruir a noção de feminilidade presente na
Bíblia. Militantes feministas não aceitam tranquilamente uma mulher
bem-sucedida, independente profissionalmente, que escolhe voluntariamente a
maternidade, o papel de esposa e, acima de tudo, que seja cristã. O objetivo
desta lição é mostrar que Deus requer das mulheres cristãs uma postura feminina
conforme revelada na Palavra de Deus, mesmo em meio aos desafios e
questionamentos da sociedade atual.
I. FEMINILIDADE BÍBLICA
1. A criação divina da mulher
De acordo com o Livro de Gênesis, a
mulher foi criada por Deus. Primeiro, Deus criou o primeiro homem, Adão, e
percebendo que ele estava sozinho, decidiu criar uma companheira, a primeira
mulher, Eva, a partir de sua costela (Gn.2:18-23).
¹⁸.Disse
mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora
que lhe seja idônea.
¹⁹.Havendo,
pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves
dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o
homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.
²⁰.Deu
nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os
animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que
lhe fosse idônea.
²¹.Então,
o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma
das suas costelas e fechou o lugar com carne.
²².E
a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha
trouxe.
²³.E
disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne;
chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.
O texto apresenta uma detalhada
descrição da criação da mulher. Quando Adão nomeou os animais e notou que todos
tinham sua companheira, sentiu-se sozinho (Gn.2:20). Por isso, Deus criou a
mulher para estar ao lado do homem e ser o complemento que ele necessitava.
Eva foi criada para ser esposa,
companheira e auxiliadora de Adão. Agora, Adão tinha outro ser humano com quem
conviver, alguém também criado à imagem de Deus. Suficientemente parecidos para
serem companheiros e suficientemente diferentes para ter um relacionamento
complementar. Assim, Deus presenteou Adão e Eva com o casamento, formando a mais
sublime instituição: a família. No casamento, cada um tem seu papel próprio,
carregando privilégios exclusivos. Não há razão para considerar um cônjuge
superior ao outro, mas a liderança da família foi confiada ao homem.
O texto enfatiza que a criação de Eva a
partir da costela de Adão ensina a igualdade entre homens e mulheres perante
Deus - ambos foram criados iguais em pessoalidade, valor, honra e respeito. No
entanto, essa igualdade não implica em uniformidade de papéis (Gn.1:26-28;
3:16-19). A Bíblia ensina a igualdade entre ambos, mas também deixa claro as
funções distintas de cada um.
2. A bênção da maternidade
No mandato criacional, Deus ordenou ao homem e à mulher:
"frutificai, multiplicai-vos e enchei a terra" (Gn.1:28). Essa tarefa
era, obviamente, impossível para Adão realizar sozinho; a participação da
mulher era imprescindível.
Todas as mulheres são consideradas filhas de Eva, cujo nome tem seu
significado revelado em Gênesis 3:20: "mãe de todos os viventes". Assim
como Eva, cada mulher recebeu um corpo projetado para gerar vida. Seus seios
têm a capacidade de nutrir o recém-nascido. Aquelas que engravidam e dão à luz
experimentam a plena realização desses dons, fazendo uma descoberta pessoal
magnífica de que uma criança depende inteiramente do corpo da mãe para a
própria vida. Portanto, o papel natural da mulher inclui a dádiva da procriação
e a função de cuidadora do lar e dos filhos (1Tm.5:14).
Contudo, esse papel da mulher, reafirmado pela Bíblia, é o ponto sensível
para as feministas, que consideram um ultraje que limita a função social da
mulher, lutando assim pela emancipação dos afazeres do lar e da maternidade.
Hoje, muitas mulheres, influenciadas pelo ativismo feminista, não querem
assumir essa missão nobre dada por Deus. No entanto, a mulher cristã deve se
conscientizar de que ela foi criada com a bênção da maternidade e com a sublime
missão de ser esposa e mãe. A feminilidade das mulheres se acentua quando são
mães, e a sociedade com certeza sucumbirá se essa missão for negligenciada.
Citando as palavras de Bárbara Hughes: "Servir como mãe é minha
responsabilidade diante de Deus como ser humano e, em particular, como mulher.
O contexto de onde e como cuidarei dos outros será ditado por onde Deus me colocar
- seja em uma casa, escola, hospital, favela, onde quer que seja. Um dia
responderei a Deus pelo modo como gerei vida neste planeta" (HUGHES,
Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.156).
3. A mulher como auxiliadora
A decisão de criar a mulher foi um ato
de amor e bondade de Deus para com o homem. Deus deu a Adão a tarefa de nomear
os animais, e nesse processo, Adão deve ter percebido que cada animal tinha um
parceiro semelhante, mas também diferente. Ao ver a solidão de Adão, Deus
declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele uma auxiliadora
que esteja como diante dele" (Gn.2:18). Foi uma decisão pessoal de Deus
Pai, pois o verbo está na primeira pessoa do singular – far-lhe-ei -,
enfatizando a iniciativa especial do Criador, sempre amoroso, atento e solícito
às necessidades de suas criaturas.
Deus criou a mulher para cooperar com o
homem, não como alguém inferior, mas como complemento com suas igualdades e
diferenças. Essa complementaridade mútua é essencial para a formação do casal,
para a procriação, satisfação sexual e para a vivência afetuosa e prazerosa, de
acordo com a vontade de Deus (Pv.5:18).
Assim, Eva surgiu, uma auxiliadora
semelhante a Adão, formada de uma de suas costelas enquanto ele dormia um pesado
sono (Gn.2:21) - "... e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em
seu lugar". Na verdade, Deus anestesiou Adão. Com ele anestesiado, Deus
realizou a primeira cirurgia, retirando uma costela e criando a mulher. Deus
fez a primeira cirurgia e a primeira "plástica". Ele não só operou
Adão, mas também substituiu a costela com carne. A cirurgia e a
"plástica" foram perfeitas, porque Ele conhece profundamente a nossa
estrutura; Ele é nosso Criador e conhece cada parte do nosso corpo, mesmo as
mais recônditas.
Deus poderia ter formado a mulher do pó
da terra, da mesma maneira que formou o homem, mas escolheu formá-la da carne e
dos ossos de Adão. Dessa forma, Deus quis mostrar que, no casamento, o homem e
a mulher estão simbolicamente unidos em uma só carne; é o que chamamos de união
monossomática. Em toda a Bíblia, Deus trata essa união especial com seriedade.
O propósito do casamento deve ser mais do que apenas companheirismo; deve haver
unidade.
II. A DESCONSTRUÇÃO DA
FEMINILIDADE
1. O ativismo feminista
O ativismo feminista é uma prática
engajada que busca promover a igualdade de gênero e os direitos das mulheres na
sociedade. As pessoas envolvidas no ativismo feminista, trabalham para
identificar, abordar e combater diversas formas de discriminação e opressão de
gênero que afetam as mulheres em diferentes contextos.
A primeira onda do ativismo feminista
ocorreu durante o século 19 e início do século 20 na Europa e nos Estados
Unidos. Esse movimento foi marcado pela luta das mulheres que reivindicavam
direitos iguais aos dos homens, especialmente no campo político e legal.
Algumas das principais questões e demandas da primeira onda feminista incluíam:
ü Direito
ao voto: As mulheres lutavam pelo sufrágio feminino, ou seja, o direito de
votar e serem eleitas para cargos públicos. Esse foi um dos principais focos de
atuação das feministas nesse período.
ü Direitos
de propriedade: As mulheres buscavam igualdade na propriedade de bens e na
capacidade de gerir suas próprias finanças.
ü Acesso
à educação: As feministas defendiam o acesso igualitário das mulheres à
educação, incluindo o acesso a universidades e instituições de ensino superior.
ü Direitos
de trabalho: As mulheres exigiam igualdade de salários e condições de trabalho
justas, além do direito de participarem de sindicatos e organizações
trabalhistas.
Embora a primeira onda do feminismo
tenha alcançado algumas vitórias significativas, como o sufrágio feminino em
vários países, ainda havia muitos desafios e desigualdades de gênero a serem
enfrentados. A partir desses esforços iniciais, outras ondas do feminismo
surgiriam nas décadas seguintes, cada uma com suas próprias características,
focos e estratégias para continuar a luta pela igualdade de gênero.
Como em qualquer ativismo, a onda
feminista se intensificou, e no século 20 eclodiu para um estágio mais acirrado
e exagerado, agora no intuito de desconstruir os valores judaico-cristãos.
Nessa nova onda, o ativismo feminismo lutou por direitos reprodutivos e
liberdade sexual. Surge então a ativista Simone de Beauvoir (1908-1986), que
estabeleceu uma das máximas do feminismo: “não se nasce mulher, se torna
mulher”. Esse ativismo avançou, se ampliou para a discussão de gênero e o
movimento tomou conotações de desconstrução da feminilidade bíblica.
Em 2011, a partir de um fenômeno na
Universidade de Toronto, no Canadá, se introduziu o slogan “meu corpo, minhas
regras”. Como diz o pr. Douglas Baptista, “como cristãos, devemos afirmar e
defender os direitos das mulheres, bem como combater qualquer tipo de
discriminação, porém, ao mesmo tempo, devemos deixar claro que o feminismo é
uma ideologia que busca desconstruir os valores bíblicos”.
Resumo:
O ativismo feminista busca igualdade de
gênero e direitos das mulheres, mas a maioria de seus interesses conflita com
os valores das Escrituras Sagradas. A primeira onda do ativismo feminista
ocorreu durante o século 19 e início do século 20 na Europa e nos Estados
Unidos. Esse movimento foi marcado pela luta das mulheres que reivindicavam
direitos iguais aos dos homens, especialmente no campo político e legal.
Algumas das principais questões e demandas da primeira onda feminista incluíam:
direito ao voto, propriedade, educação e trabalho. Surgiram outras ondas do
feminismo com diferentes focos.
No século 20 o ativismo eclodiu para um
estágio mais acirrado e exagerado em que foram tomadas conotações de
desconstrução da feminilidade bíblica. Houve manifestação intensa por direitos
reprodutivos e liberdade sexual. Nesta época, surge a ativista Simone de Beauvoir
(1908-1986), que estabeleceu uma das máximas do feminismo: “não se nasce
mulher, se torna mulher”. Esse ativismo avançou, se ampliou para a discussão de
gênero e o movimento tomou conotações de desconstrução da feminilidade bíblica.
Em 2011, o slogan "meu corpo,
minhas regras" ganhou destaque na Universidade de Toronto, no Canadá,
trazendo à tona discussões sobre os direitos das mulheres. Como diz o pr.
Douglas Baptista, “como cristãos, devemos afirmar e defender os direitos das
mulheres, bem como combater qualquer tipo de discriminação, porém, ao mesmo
tempo, devemos deixar claro que o feminismo é uma ideologia que busca
desconstruir os valores bíblicos”.
2. A “liberdade sexual”
A Bíblia faz referência ao sexo como
algo prazeroso e positivo dentro do casamento, ressaltando que a satisfação
sexual deve ser baseada no amor mútuo entre os cônjuges. Provérbios 5:18,19 é
um dos versículos que aborda esse tema, utilizando metáforas poéticas para
descrever a intimidade e a satisfação sexual entre o marido e sua esposa.
No entanto, algumas correntes do
feminismo questionam as interpretações tradicionais da Bíblia em relação à
sexualidade e ao papel da mulher. Elas argumentam que o modelo bíblico de
sexualidade é repressivo e deve ser combatido em busca da "libertação
sexual" da mulher. Para o feminismo, a "liberdade sexual" está
ligada à autonomia do corpo da mulher e sua capacidade de fazer escolhas sobre
sua sexualidade sem ser vítima de controle ou coerção por outros.
Alguns pontos principais sobre a falaciosa
“liberdade sexual” dentro do ativismo feminista são:
ü Consentimento:
O feminismo enfatiza a importância do consentimento em todas as atividades
sexuais. A ideia é que as pessoas têm o direito de escolher quando, com quem e
como desejam se envolver sexualmente e que qualquer atividade sexual deve ser
consensual e baseada no respeito mútuo.
-Aqui, o feminismo defende a libertinagem sexual, o
sexo livre e sem compromisso, mesmo a mulher sendo casada. A Bíblia reprova
isso (cf.1Corintios, cap.7).
ü Direitos
reprodutivos: O feminismo luta pelo acesso das mulheres a métodos
contraceptivos, informações sobre saúde sexual e reprodutiva, e o direito ao
aborto seguro e legal. Isso permite que as mulheres tenham controle sobre suas
decisões reprodutivas e sua liberdade sexual.
-Ou seja, para o feminismo matar uma criança em
formação no útero é um procedimento normal. Só que, biblicamente, isto é
assassinato. A Bíblia reprova terminantemente esta cultura (cf. Êxodo 20:13).
Só Deus tem o direito de tirar a vida (1Sm.2:6)
ü Combate
à violência sexual: O ativismo feminista trabalha para combater a cultura do
estupro e promover uma sociedade onde todas as formas de violência sexual sejam
condenadas e tratadas como crimes.
-A Bíblia Sagrada reprova totalmente quaisquer formas
de violência contra a mulher como, por exemplo, o estupro e a agressão física
por qualquer que seja o parceiro. Está escrito: “Vós, maridos, amai a vossas
mulheres, e não vos irriteis contra elas” (Col.3:19). “Assim devem os maridos
amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua
mulher, ama-se a si mesmo” (Ef.5:28).
ü Desconstrução
de estereótipos sexuais: O feminismo busca desconstruir estereótipos de gênero
que limitam a expressão sexual das mulheres, permitindo que elas sejam livres
para explorar e vivenciar sua sexualidade de maneira autêntica e não restrita
por normas rígidas. Valoriza a importância de que as mulheres se sintam
“empoderadas” em suas escolhas sexuais, livres de julgamentos e pressões
externas.
-Ou seja, o feminismo busca a libertinagem e a
bestialidade sexual, sem se importar com a má reputação exsurgida e o princípio
moral que a mulher deve prezar. Alegam que a mulher deve ter plena liberdade
para fazer o que quer com o seu corpo (seu corpo?) e utilizam frequentemente o
slogan “meu corpo, minhas regras” como expressão de autonomia individual e
defesa da “liberdade sexual”, dos direitos reprodutivos e das escolhas
pessoais.
Enfim, o feminismo critica estruturas
sociais e culturais que, segundo o movimento, historicamente restringiram a
sexualidade das mulheres ou as trataram como "propriedade" dos
homens. Isso inclui normas que limitam a liberdade sexual das mulheres ou que
as pressionam a seguir um determinado modelo de sexualidade imposto pela sociedade.
Combatem a imposição de padrões rígidos e a falta de escolha e controle sobre a
própria sexualidade. Querem que não haja nenhum impedimento para qualquer forma
de relação sexual ser praticada, independentemente de ser dentro ou fora do
casamento. Dentro deste espectro, o feminismo defende a iniciação sexual
precoce, a prática da homossexualidade, a fornicação, o adultério e a
prostituição.
Por outro lado, o feminismo entra em
conflito com os princípios morais da Bíblia que tratam da moralidade da prática
sexual da mulher, a qual deve ocorrer no âmbito do casamento monogâmico e
heterossexual. Enfim, essas correntes feministas se opõem às regras morais
absolutas descritas nas Escrituras Sagradas, cuja rebeldia poderá levar à
perdição eterna (cf. 1Co.6:9,10).
Resumo:
A Bíblia faz referência ao sexo como
algo prazeroso e positivo dentro do casamento, baseado no amor mútuo entre os
cônjuges. No entanto, algumas correntes do feminismo questionam essa
interpretação, defendendo a "liberdade sexual" da mulher e a
autonomia sobre seu corpo. O feminismo enfatiza o consentimento nas atividades
sexuais e luta pelos direitos reprodutivos, mas defende práticas como a
libertinagem sexual e o aborto, que entram em conflito com os princípios morais
da Bíblia. Também buscam desconstruir estereótipos de gênero e criticam
estruturas sociais que restringem a sexualidade das mulheres. No entanto, essas
visões são vistas como contrárias aos princípios morais absolutos da Bíblia,
cuja rebeldia poderá levar à perdição eterna (cf. 1Co.6:9,10).
3. Ataques à família
tradicional
Na busca de promover a pretensa
igualdade de gênero, a equidade e os direitos das mulheres, o movimento
feminista atropela e critica os valores bíblicos que tratam do casamento
tradicional, da família e da relação entre marido e mulher. Trabalha
intensamente para desconstruir os princípios bíblicos que sustentam a família
tradicional, incluindo o casamento monogâmico e heterossexual, com o homem
exercendo liderança e a esposa como auxiliadora. Como afirma o pr. Douglas
Baptista, “a ideologia do ativismo feminista reprova fortemente a forma bíblica
de matrimônio que, segundo esse movimento, escraviza a mulher, obriga o casal a
ter relações sexuais apenas com o seu cônjuge e tiraniza os laços conjugais que
não devem ser rompidos”.
O movimento feminista utiliza-se da
mesma visão marxista, que é desconstruir a família tradicional, promover a
libertinagem sexual e enfraquecer o matrimônio monogâmico e heterossexual.
Desse modo, como afirma o pr. Douglas, “o ativismo radical rejeita a maternidade,
faz apologia ao aborto, considera ofensivo o papel da mulher como auxiliadora,
enaltece a lascívia e engaja-se em uma luta de gênero contra os homens”.
Infelizmente, essa ideologia tem se
infiltrado nas igrejas evangélicas e influenciado diversas mulheres cristãs a
desobedecerem ao que é ensinado nos textos sagrados sobre o relacionamento
entre marido e esposa. O ensino de Paulo sobre “submissão” tem sido visto como
ofensiva pelas mulheres ditas cristãs, em vez de ser reconhecida como uma parte
importante de sua identidade como filhas de Deus. Essa realidade tem criado um
desafio para aquelas mulheres que desejam levar uma vida piedosa.
Para que haja ordem e progresso na
família é necessário ter uma liderança, e Deus confiou essa responsabilidade ao
homem. Segundo John Stott, Deus deu ao homem uma certa liderança, e que sua
esposa encontra a si mesma e seu verdadeiro papel dado por Deus não na rebelião
contra o marido nem contra a liderança dele, mas, sim, na submissão voluntária
e alegre. Essa submissão não é a um tirano, mas a um marido que a ama como
Cristo ama a Igreja. A Bíblia diz que “o marido é o cabeça da mulher, assim
como Cristo é o Cabeça da Igreja, sendo Ele mesmo o Salvador do corpo”
(Ef.5:23)”. A palavra "submissão" indica que a missão da esposa é
apoiar a missão do marido, enquanto a missão dele é amar sua esposa ao ponto de
dar sua vida por ela. Dessa forma, a mulher submissa contribui positivamente
para o bem-estar do marido e ajuda a cultivar o amor dele por ela.
Portanto, a ideologia feminista não
deve ocupar um lugar central na vida das mulheres cristãs, pois é um movimento
com motivações interesseiras, sem uma filosofia sustentável e com moralidade
inconsistente. Não proporciona verdadeira liberdade e satisfação para as
mulheres, e não é capaz de corrigir as injustiças como propõe.
Resumo:
Na busca de promover a pretensa
igualdade de gênero, a equidade e os direitos das mulheres, o movimento
feminista contesta os valores bíblicos relacionados ao casamento tradicional,
família e papel da mulher. O feminismo tenta desconstruir princípios como o
casamento monogâmico, a liderança masculina, a submissão voluntária da esposa,
defende o aborto e enaltece a libertinagem sexual. O feminismo tem influenciado
mulheres cristãs, levando-as a questionar a submissão e criar desafios para uma
vida piedosa.
Mas para que haja ordem e progresso na
família, é necessário ter uma liderança, e Deus confiou essa responsabilidade
ao homem. A palavra "submissão" indica que a missão da esposa é
apoiar a missão do marido, enquanto a missão dele é amar sua esposa ao ponto de
dar sua vida por ela. Dessa forma, a mulher submissa contribui positivamente
para o bem-estar do marido e ajuda a cultivar o amor dele por ela. Portanto, a
ideologia feminista não deve ocupar um lugar central na vida das mulheres
cristãs, pois é um movimento com motivações interesseiras, sem uma filosofia
sustentável e com moralidade inconsistente.
III. MULHER VIRTUOSA: SÍMBOLO
BÍBLICO DE FEMINILIDADE
“A mulher virtuosa é um símbolo bíblico
que tem a ver com a esposa fiel, mãe amorosa e mulher empreendedora”.
1. Modelo de esposa fiel
A Bíblia diz que uma esposa fiel e
exemplar é mais valiosa que rubis (Pv.31:10); ela é, biblicamente, chamada de
esposa virtuosa, e “seu marido tem plena confiança nela e nunca lhe falta coisa
alguma” (Pv.31:11), ou seja, ela merece respeito e admiração, especialmente do
marido. Ela é considerada um símbolo bíblico de feminilidade. Porém, essa
mulher é rara, não se encontra em cada esquina – “Mulher virtuosa quem a
achará?” (Pv.31:10). Na versão Internacional está assim: “Uma esposa
exemplar; feliz quem a encontrar! É muito mais valiosa que os rubis”.
A Bíblia mostra as qualidades de uma
esposa fiel e exemplar:
a)
Ela teme a Deus (Pv.31:30) – “Enganosa é a graça, e
vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada”.
Deus está sempre em primeiro lugar na vida da esposa fiel e exemplar. Ela sabe
que Deus é mais importante que qualquer outra coisa e quer obedecer aos seus
mandamentos. Ela põe seu casamento nas mãos de Deus.
b)
Ela respeita o seu marido (Ef.5:33) – “...que cada um ame a
própria esposa como a si mesmo, e que a esposa respeite o seu marido”. A
esposa exemplar quer o bem de seu marido e respeita-o como líder da família.
Ela é a companheira em quem ele pode confiar, pronta para ajudar e lutar ao seu
lado. Ao marido “ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida”
(Pv.31:12). As suas ações inspiram a indispensável confiança que faz de seu
marido um homem bem-sucedido (Pv.31:23).
c)
Ela é íntegra no seu casamento. Essa mulher não dispõe seus olhos
para outros homens. Todo os seus afetos são endereçados ao seu marido. Não há
relacionamento saudável sem confiança, nem existe casamento feliz sem
fidelidade conjugal. A infidelidade conjugal é um atentado contra o casamento e
uma conspiração contra a família; é uma avalancha que soterra as esperanças de
um casamento feliz. Infelizmente, existe um esforço orquestrado do ativismo
feminista contra a pureza do casamento em nossos dias, e este ativismo tem o
apoio da mídia, que promove a formicação e o adultério. Filmes e telenovelas estimulam
a infidelidade conjugal de forma explícita, que cresce espantosamente. A mulher
virtuosa, na contramão dessa perigosa tendência, age diferente; dela se pode
dizer: “o coração do seu marido confia nela”. Ela pode dizer: “eu sou do meu
amado, e o meu amado é meu” (Ct.6:3). O cônjuge precisa ser um jardim fechado,
um manancial recluso, uma fonte selada (Ct.4:12).
d)
Ela confia em Deus (Pv.31:25) – “Reveste-se de força e
dignidade; sorri diante do futuro”. A esposa exemplar sabe que Deus está no
controle de todas as coisas. Nos momentos difíceis ela encontra força em Deus e
não é destruída pelo desespero. Ela confia em Deus para cuidar de sua família.
e)
Ela é trabalhadora (Pv.31:17,18) – “Entrega-se com
vontade ao seu trabalho; seus braços são fortes e vigorosos. Administra bem o
seu comércio lucrativo, e a sua lâmpada fica acesa durante a noite”.
Casamento é viver em equipe. Cada cônjuge precisa fazer sua parte. A esposa
fiel e exemplar trabalha em harmonia com o marido para sustentar a família.
Para algumas esposas isso significa se dedicar ao trabalho da casa; para outras
significa fazer um bom trabalho no emprego. A dedicação dessa mulher ao
trabalho não deixa a sua família passar necessidade; por isso, nessa casa
“nenhuma fazenda faltará” (Pv.31:11b).
f) Ela é Prudente (Pv.19:14) - “Casas e riquezas herdam-se dos pais, mas a esposa prudente vem do
Senhor”. Ser prudente significa ser sensata, sábia. A esposa exemplar
procura sabedoria e analisa as coisas com cuidado. Ela tem sabedoria para
ensinar e dar conselhos. Bem-aventurado é o marido de uma esposa prudente,
sensata.
f) Ela
é Educadora (Pv.14:1) - “Toda mulher sábia edifica sua casa, mas a tola derruba-a com a
suas mãos”. A primeira e grande tarefa que a esposa tem como adjutora, na
edificação do lar, é na criação e educação dos filhos ao lado do marido. Isso
não é pouca coisa. Diz um provérbio: “Quem educa um homem, educa uma esposa.
Quem educa uma mulher, educa uma nação”. Explicando: Uma mãe, quando cônscia do
seu dever de mãe, contribui com parcela ponderável de sua vida na edificação
moral e espiritual dos seus filhos que, no futuro, serão cidadãos úteis à nação
e à Igreja. Na Igreja Primitiva, duas mulheres, Lóide e Eunice,
respectivamente, avó e mãe do pastor Timóteo, tornaram-se referências na
educação e formação de filhos (2Tm.2:5). A educação espiritual que essas
mulheres deram a Timóteo foi de grande importância para que ele se tornasse um
dos maiores líderes de confiança do apóstolo Paulo.
Resumo:
A Bíblia descreve a esposa fiel e
exemplar como uma mulher temerosa a Deus, respeitosa com o marido e íntegra no
casamento. Ela confia em Deus, é trabalhadora, prudente e uma educadora
dedicada aos filhos. Sua dedicação e sabedoria fazem dela mais valiosa que
rubis. Essa mulher é uma parceira leal e valorizada, cujas qualidades são
elogiadas por sua família e por Deus.
2. Padrão de mãe amorosa
A mulher virtuosa trata a sua família
com bastante afeto e atenção. Ela cuida dedicadamente da sua família. “Antes de
clarear o dia ela se levanta, prepara comida para todos os de casa, e dá
tarefas as suas servas” (Pv.31:15). Se quisesse, ela poderia dormir até tarde e
viver de forma regalada; porém, o sol não a surpreende na cama. Ela se levanta
para cuidar das tarefas necessárias de sua casa. Ela tem o controle de tudo -
ela tem o controle do cardápio da família; sabe o que existe na dispensa e o
que irá para a mesa todos os dias. Ela faz um planejamento de cada refeição da
família.
A mulher virtuosa também é amorosa com
o seu marido (Pv.31:12). Ela é amável no trato, doce nas palavras, firme nas
atitudes e nobre no caráter. Ela cuida bem do seu marido todos os dias. Há
mulheres que são românticas um dia e ranzinzas o resto da semana; mordem de dia
e assopram o resto do tempo. Há muitos casamentos que acabam porque a esposa ou
o marido são instáveis emocionalmente; vivem em uma gangorra emocional; um dia
estão entusiasmados com o casamento; em outro dia, estão encharcados de
desânimo. Oscilam entre afeto e desamor. A relação vai de um extremo a outro
como um pêndulo. Distribuem afeto em um dia; em outro, esbanjam agressividade.
Infeliz é o casamento em que os cônjuges têm um relacionamento instável, onde
não há amor e perdão, onde o Espírito Santo não está presente. Sansão perdeu os
olhos e também a vida porque se entregou a um relacionamento doentio. Como diz
o texto sagrado, feliz é aquele que encontrar uma mulher virtuosa; ela muito
mais valiosa que os rubis (Pv.31:10).
A mulher virtuosa e amorosa é uma
trabalhadora incansável e uma gestora habilidosa; ela “cuida dos negócios de
sua casa e não dá lugar à preguiça” (Pv.31:27). Ela não considera o trabalho
uma maldição nem a atividade doméstica incompatível com sua alta posição
social. Ela atende ao bom andamento da sua casa. Ela tem servas para servi-la,
mas suas mãos não são remissas ao trabalho; ela sabe que, para governar sua
casa, precisa estar com as rédeas nas mãos, dando direção e exemplo às suas
servas. A casa dessa mulher não é bagunçada; ela não fica envergonhada de
receber uma visita de surpresa; sua casa está sempre em ordem. As roupas estão
bem lavadas e passadas; as camas, limpas e cheirosas; os lençóis, macios; e as
roupas, engomadas. Há casas que ostentam riqueza, mas são uma marafunda, isto
é, uma mistura desordenada de coisas diversas. É
possível ter uma casa modesta, mas limpa, organizada e cheirosa. Uma mulher
virtuosa sabe que seu lar deve ser um oásis no deserto, uma fonte no ermo, um
ninho de aconchego nas doloridas jornadas da vida.
Essa mulher virtuosa recebeu vários
elogios pelo belo e amoroso trabalho prestado à sua família (Pv.31:28-31).
Quatro elogios são dedicados a ela:
-Primeiro, o
elogio dos filhos (Pv.31:28). Quando os filhos dessa mulher se levantam, “a
elogiam e lhe chamam ditosa”. Porque ela ensinou os filhos com sabedoria e
bondade, agora recebe o retorno de seu investimento. Porque não amou mais um
filho do que outro, todos estão unidos para enaltecer a mãe como uma mulher
feliz.
-Segundo, o
elogio do marido (Pv.31:29). Ele olha nos olhos da esposa e diz: ”Muitas
mulheres são exemplares, mas você a todas supera” (Pv.31:28,29). O amor
deleita-se em promover a pessoa amada. Essa mulher semeou amor e agora está
colhendo os frutos de sua semeadura. O bem que ela fez ao marido está
retornando sobre sua própria cabeça.
-Terceiro, o
elogio de Deus (Pv.31:30). A mulher virtuosa é conhecida na terra e no céu. Sua
vida é aprovada pelas pessoas e também por Deus. Apesar de seus refinados dotes
administrativos, ela é enaltecida por Deus por causa de seu coração humilde. O
seu valor imensurável não reside na aparência física, mas em um coração temente
a Deus (Pv.31:30).
-Quarto, o
elogio das suas obras (Pv.31:31). A mulher virtuosa fazia muitas obras de
bondade sem nenhum alarde (Pv.31:20), mas o reconhecimento de suas obras foi
público (Pv.31:31). O que ela fazia em secreto era agora proclamado dos
eirados. Porque ela abençoava com generosidade os necessitados, agora suas
obras resplandeciam como luz no topo de uma montanha, por todas as gerações.
Resumo:
A mulher virtuosa é amorosa, previdente
e habilidosa. Ela cuida dedicadamente de sua família, levantando-se cedo para
preparar comida e cuidar das tarefas domésticas. Além disso, é amorosa com seu
marido, demonstrando firmeza e caráter, evitando oscilações emocionais. Ela é
uma trabalhadora incansável e uma gestora habilidosa, mantendo sua casa
organizada e cuidada. Seu trabalho é elogiado pelos filhos, pelo marido, por
Deus e pelas pessoas ao seu redor, mostrando seu valor e a aprovação divina.
Sua dedicação e obras de bondade são reconhecidas publicamente, tornando-a uma
mulher feliz e respeitada.
3. Exemplo de administradora e
empreendedora
A mulher
virtuosa é administradora e empreendedora (Pv.31:21,22) – “Não receia a neve por seus familiares, pois todos eles vestem
agasalhos. Faz cobertas para a sua cama; veste-se de linho fino e de púrpura”.
O modelo tradicional de família, hoje quase inexistente, cometia ao
marido o trabalho fora de casa, e à mulher o trabalho dentro de casa. Hoje em
dia, em virtude da necessidade de ambos os cônjuges trabalharem, para que haja
o mínimo de conforto na vida da família, é preciso que haja uma distribuição de
tarefas entre os cônjuges, o que não é biblicamente condenado, como alguns
“machistas” têm entendido. De qualquer modo, o controle da maioria das tarefas
dentro de casa tem de ser da mulher, pois isto faz parte da sua sensibilidade e
intuição, e também ela gosta de administrar sua casa; como diz o texto sagrado,
a mulher virtuosa “ainda de noite se levanta, e dá mantimento à sua casa e a
tarefa às suas servas” (Pv.31:15).
A mulher virtuosa é proativa. Não é preocupada, é previdente. Ser
previdente é encontrar soluções antecipadamente. Na época de Salomão, a
indústria têxtil não era desenvolvida. As roupas eram caras e feitas
artesanalmente. O inverno rigoroso exigia roupas quentes e adequadas. Sabendo
que o frio chegaria, a mulher virtuosa se antecipava na confecção de roupas
confortáveis e quentes para toda a família.
Precisamos ser agentes de solução, e não apenas construtores de meras
esperanças. Precisamos antecipar soluções, e não viver estressados porque
deixamos tudo para a última hora. Muitas pessoas perdem a paz, o sono, a saúde
e o foco porque não organizam uma agenda de atividades. Quantas donas de casa
ficam ansiosas porque não planejam suas ações no tempo certo, de forma certa,
para buscar os melhores resultados dentro do lar!
A mulher virtuosa não apenas provê para sua família roupas adequadas ao
inverno, mas providencia o melhor. Assim diz o autor sagrado: “...pois todos
andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e
de púrpura” (Pv.31:21b,22). Ela veste sua família com o que há de mais moderno
e bonito. Combina conforto com requinte.
Essa mulher virtuosa não é
controladora, é gerente; ela sabe também mandar. Não é comandada, está no
controle. Levanta cedo porque é ela quem dá o norte em sua casa (Pv.31:15). É
ela quem orienta o que fazer e como fazer. Ela administra sua empresa e também
sua casa. Ela não terceiriza a administração. As servas cumprem a agenda
estabelecida por ela. Em sua casa, ela é a gestora. A casa dessa mulher reflete
sua personalidade. A ordem com que tudo acontece dentro de seu lar resplandece
suas virtudes. Das roupas às refeições, tudo passa por suas mãos habilidosas e
por sua administração exemplar.
Essa mulher virtuosa é aplicada ao
trabalho. Ela “busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos”
(Pv.31:13). Ela não é uma dondoca que vive desfilando na passarela da vaidade,
tomando banho de loja, embalada apenas pelo glamour das coisas fúteis. Não
obstante ter refinado bom gosto, é aplicada ao trabalho. Como comerciante,
busca lã e linho, matérias-primas para a confecção das roupas na estação do
inverno e do verão. E não apenas corre atrás dos produtos essenciais, mas
dedicadamente trabalha com as mãos, fabricando toda a indumentária de sua casa,
além de alargar as fronteiras do seu trabalho para além do lar. Essa mulher não
trabalha murmurando, reclamando da vida, como se as lides domésticas fossem um
peso insuportável. Ela trabalha de bom grado. Sua motivação é sempre alimentada
pelo valor do trabalho e pela alegria de servir bem à sua família.
Há mulheres que não buscam o que é
necessário para sua casa nem investem tempo para ampliar seus rendimentos. Há
mulheres que jamais produzem; apenas consomem. Jamais contribuem para o
orçamento familiar; apenas subtraem. Jamais valorizam o trabalho das mãos;
querem sempre tudo de mão beijada. Porém, a mulher virtuosa está sempre
disposta, sempre feliz, sempre em atividade, sempre contribuindo para o bem-estar
de sua família. Essa esposa, mãe e empreendedora é louvada por sua família
(Pv.31:28,29). “Mulher virtuosa quem a achará?” (Pv.31:10).
Resumo:
A mulher virtuosa é uma administradora
e empreendedora habilidosa, de acordo com o livro de Provérbios (Pv.31:21,22).
Ela não teme as adversidades e se antecipa para prover o melhor para sua
família. Sua previsão e proatividade permitem que ela cuide das necessidades do
lar, incluindo roupas quentes para o inverno. A mulher virtuosa é um agente de
solução, planeja suas ações e busca os melhores resultados.
Ela não apenas provê o essencial, mas
busca o que há de mais moderno e bonito, combinando conforto com requinte para
sua família. Sua administração é firme e eficiente, ela é uma gestora em sua
casa e não terceiriza suas responsabilidades. Seu trabalho é aplicado e
realizado com alegria; ela busca os materiais necessários e trabalha com as
mãos para produzir roupas e outros itens para sua família.
Diferente de mulheres que apenas
consomem e não contribuem, a mulher virtuosa é ativa, sempre disposta a
trabalhar e contribuir para o bem-estar de sua família. Ela é louvada por sua
dedicação e habilidades, sendo uma esposa, mãe e empreendedora exemplar. O
texto questiona: "Mulher virtuosa, quem a achará?" (Pv.31:10),
enaltecendo suas virtudes e qualidades.
CONCLUSÃO
Estamos vendo nitidamente o império do
mal trabalhando de forma engenhosa para descaracterizar e desconstruir o padrão
bíblico das famílias. Para atingir o seu objetivo, os artífices do mal procuram
desconstruir a feminilidade como Deus criou. A integridade da mulher é o
alicerce de sua vida conjugal, e os arquitetos do mal procuram desconstruir
esse perfil da mulher. Mas a mulher cristã, temente a Deus, que tem a Bíblia
como a Palavra de Deus e sua regra de fé e prática, precisa resistir aos ardis
de Satanás. As mulheres precisam estar cônscias de que a desconstrução da
feminilidade as coloca em rota de colisão com a vontade divina. Por isso, a
mulher cristã é instruída a honrar a sua feminilidade e assim glorificar a Deus
em sua soberania.
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Luciano
de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e
Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico popular
(Antigo e Novo Testamento).
Pr. Douglas Baptista. A IGREJA DE CRISTO E O
IMPÉRIO DO MAL. CPAD.
Rev. Hernandes Dias Lopes. Provérbios, Manual de
sabedoria para a vida.
Rev. Hernandes Dias Lopes. Efésios,
Igreja, a noiva gloriosa de Cristo.
Parabéns, sempre contribuindo de forma excelente, muito obrigado!
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