domingo, 17 de novembro de 2024

A PROMESSA DE PAZ

         4° Trimestre de 2024

SUBSÍDIA PARA A LIÇÃO 08

Texto Base: Números 6:24-26; Filipenses 4:6,7; 1Pedro 3:10,11

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).

Números 6:

24.O Senhor te abençoe e te guarde;

25.O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;

26.O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Filipenses 4:

6.Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.

7.E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

1Pedro 3:

10.Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;

11.Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.

INTRODUÇÃO

A Paz, na perspectiva bíblica, vai muito além da simples ausência de conflitos. Ela é um estado profundo de harmonia interior que abrange o relacionamento do ser humano com Deus, consigo mesmo e com o próximo. Desde o início, a paz fazia parte do plano divino, mas foi interrompida pela entrada do pecado no Éden. No entanto, Deus não abandonou Sua criação à desordem e ao caos. Em Cristo, o "Príncipe da Paz" (Is.9:6), a promessa de reconciliação e paz foi restaurada. Esta paz, conforme Jesus ensinou, é única — não é a falsa tranquilidade que o mundo oferece, mas uma paz que excede todo o entendimento humano, capaz de trazer alívio mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras. Nesta lição, veremos como essa promessa de paz é parte essencial da redenção e do relacionamento que Deus oferece aos que O seguem.

I. A PAZ NO PLANO DE DEUS

1. O significado de Paz

O termo “paz” possui um significado profundo tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, ultrapassando a simples ausência de conflitos.

No Antigo Testamento, a palavra hebraica "shalom" não se refere apenas à tranquilidade, mas abrange um estado completo de bem-estar físico, emocional e espiritual. Ela expressa segurança, saúde, prosperidade e harmonia nas relações com Deus e com o próximo (Nm.6:26).

No Novo Testamento, a palavra grega “eirene” mantém esse sentido amplo de paz, porém com uma ênfase maior em quietude e repouso interior (Fp.4:6).

Ambas as palavras -"shalom" e “eirene”, apontam para uma paz que resulta da reconciliação com Deus, trazendo harmonia não só nas circunstâncias externas, mas principalmente no coração e na alma, uma paz plena que envolve todas as esferas da vida humana. Essa paz bíblica não é apenas uma condição estática, mas uma realidade dinâmica que nos transforma e nos sustenta em tempos de adversidade.

2. A Paz na bênção sacerdotal

“O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz” (Número 6:24-26).

A bênção sacerdotal expressa nestes textos é um dos trechos mais significativos do Antigo Testamento, revelando o desejo de Deus para o Seu povo, especialmente no que diz respeito à Paz (shalom).

A estrutura tripla da bênção sacerdotal reflete um processo gradual: Deus abençoa e guarda, fazendo Seu rosto resplandecer sobre o Seu povo, concedendo-lhes misericórdia, e culmina com a promessa de Paz.

A palavra "shalom", neste contexto, carrega um sentido profundo e abrangente que vai além da simples ausência de conflitos ou da tranquilidade superficial. Ela aponta para uma completude interior e exterior, um estado de bem-estar total que abrange a saúde, a prosperidade, a segurança e, acima de tudo, um relacionamento pleno com Deus.

Essa Paz divina não é apenas uma bênção espiritual, mas algo que permeia todas as esferas da vida, proporcionando ao povo de Israel uma certeza de que, mesmo em meio à sua jornada pelo deserto e na Terra Prometida, Deus estaria presente para garantir sua segurança, provisão e bem-estar.

A paz que Deus oferece aqui não é circunstancial, mas contínua e duradoura, uma paz que confere satisfação completa em Deus, expulsando a ansiedade, a tensão e a discórdia, e gerando um estado de harmonia interior que reflete a presença do próprio Deus. Essa bênção revela que a verdadeira paz é um dom de Deus, disponível para aqueles que O seguem e confiam em Sua proteção e provisão.

3. A Paz do Senhor

A Paz do Senhor, mencionada em Isaías 9:6, ao chamar Jesus de "Príncipe da Paz", aponta para uma das mais profundas características do Messias. Essa paz é muito mais do que a ausência de guerra ou conflito; ela abrange uma harmonia interior, uma reconciliação com Deus e um estado de completa tranquilidade que Jesus veio trazer ao mundo. O Senhor Jesus, como Príncipe da Paz, inaugurou uma era onde a paz com Deus é possível através da Sua obra redentora, promovendo a reconciliação entre o ser humano e o Criador (Colossenses 1:20).

O apóstolo Paulo, em Filipenses 4:6.7, reforça a importância dessa paz divina na vida cristã ao exortar a igreja a não viver ansiosa, mas a confiar em Deus, entregando-lhe todas as preocupações em oração. Como resultado, a paz de Deus, que excede todo entendimento, protegerá o coração e a mente dos crentes. Essa paz transcende as circunstâncias externas e age como uma "fortaleza espiritual", guardando a mente e as emoções daqueles que permanecem em Cristo. Não é uma paz que depende das circunstâncias, mas uma paz sobrenatural, proveniente de um relacionamento íntimo com o Senhor.

Além disso, o apóstolo Pedro, em 1Pedro 3:10,11, ensina que essa paz deve se estender para além de nós mesmos, influenciando nossas relações com os outros. Ele instrui os cristãos a buscarem a paz e a evitarem contendas, refreando a língua de falas enganosas e distanciando-se do mal.

Assim, a paz de Cristo, além de ser um estado interior, deve refletir-se na maneira como nos relacionamos com os outros, promovendo reconciliação e evitando discórdias. Viver em paz com os outros é um reflexo da paz que Cristo nos dá, e essa busca por paz demonstra nossa maturidade espiritual e comprometimento com os valores do Reino de Deus.

Portanto, a paz do Senhor Jesus não é apenas um presente para o indivíduo, mas uma virtude que devemos expressar em todas as áreas da vida, com Deus e com os outros, refletindo o caráter do Príncipe da Paz em nossas ações e atitudes.

II. A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO

1. Uma paz enganosa

A paz oferecida pelo mundo é frequentemente ilusória e temporária. Muitas pessoas, em sua busca por um sentimento de tranquilidade ou satisfação, recorrem a vícios, festas, prazeres momentâneos e até filosofias de vida que prometem alívio, mas falham em proporcionar paz duradoura. Esses caminhos oferecem apenas um alívio superficial e fugaz, deixando as pessoas ainda mais vazias e inquietas quando o efeito dessas experiências passa. A tentativa de preencher o vazio com o que é temporário, como o uso de substâncias, jogos ou distrações, apenas perpetua uma busca incessante por algo que possa verdadeiramente satisfazer o coração humano.

Essa paz que o mundo oferece muitas vezes se define como a ausência de conflitos ou dificuldades, mas é uma paz condicionada e frágil. Ela não consegue resistir às adversidades da vida e rapidamente se dissolve diante de problemas e tribulações. Isso ocorre porque essa paz é construída sobre fundamentos terrenos e humanos, baseados em circunstâncias que estão fora do controle das pessoas. Sem um fundamento eterno, ela não pode proporcionar verdadeira segurança ou descanso para a alma.

Jesus, ao contrário, oferece uma paz que transcende o entendimento humano e não depende de circunstâncias externas. Em João 14:27, Ele declara: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá". Essa paz é profunda, genuína e baseada na reconciliação com Deus, através da obra redentora de Cristo. Ela não se abala diante de tribulações, porque sua origem é celestial e eterna, diferente da paz do mundo, que é limitada e enganosa. Como diz em João 7:38, a paz de Cristo flui como rios de água viva, preenchendo as necessidades mais profundas do ser humano. Ela é verdadeira porque se baseia na realidade da comunhão com Deus, algo que nenhuma paz mundana pode oferecer.

Portanto, a paz do mundo é passageira, enganosa e vazia, enquanto a paz de Cristo é duradoura, trazendo verdadeira satisfação e descanso para a alma, independentemente das circunstâncias.

2. A “paz” das obras da carne

A "paz" das obras da carne é uma ilusão perigosa que engana muitas pessoas, fazendo-as acreditar que estão vivendo uma vida de tranquilidade e satisfação. A Carta aos Gálatas (5:19-21) descreve as obras da carne, como prostituição, impureza, inimizades, invejas e outras práticas pecaminosas, como elementos que trazem uma falsa sensação de prazer e bem-estar. Quem vive segundo esses desejos carnais experimenta uma satisfação momentânea, baseada no prazer físico ou emocional. Entretanto, essa satisfação é superficial e passageira, deixando a pessoa novamente vazia e necessitada, perpetuando um ciclo de busca incessante por alívio.

Essa falsa paz é confundida com felicidade ou tranquilidade, pois é baseada em sensações e experiências que atendem aos impulsos imediatos da carne. No entanto, a Bíblia alerta que essa é uma paz ilusória e perigosa, pois as obras da carne afastam a pessoa de Deus e da verdadeira paz que Ele oferece. O prazer momentâneo é rapidamente seguido por sentimento de culpa, insatisfação e a constante necessidade de mais, sem jamais alcançar uma paz duradoura. Como Paulo destaca em Efésios 2:3, aqueles que vivem segundo os desejos da carne estão, na verdade, sob o domínio do Mundo, da Carne e do Diabo, e não podem experimentar a verdadeira paz de Cristo enquanto estiverem presos a esses desejos.

A verdadeira paz, oferecida por Jesus, é incompatível com a prática contínua do pecado. Não há como experimentar a paz de Deus vivendo em desobediência aos seus mandamentos. A "paz" das obras da carne é apenas uma sombra distorcida da paz genuína, que só pode ser encontrada em uma vida transformada pelo Espírito Santo. Somente quando renunciamos às obras da carne e nos voltamos para Deus é que podemos experimentar a verdadeira paz que excede todo entendimento e que traz plenitude à alma. Essa paz não é baseada em circunstâncias ou sensações, mas em um relacionamento com Cristo, que nos liberta do domínio do pecado e nos conduz à vida eterna.

3. Uma falsa paz

Disse o apóstolo Paulo: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1Ts.5:3). A falsa paz mencionada por Paulo neste texto refere-se à aparente tranquilidade que muitos acreditarão ter alcançado antes da repentina vinda do Dia do Senhor. Paulo alerta a igreja de que, quando o mundo estiver proclamando "paz e segurança", uma destruição inesperada virá, semelhante às dores de parto que chegam abruptamente para uma mulher grávida, inevitáveis e inescapáveis. Essa falsa paz será um dos grandes enganos do período da Grande Tribulação, onde a humanidade, confiando em soluções humanas, políticas e temporais, acreditará que alcançou estabilidade e tranquilidade, mas tudo não passará de uma ilusão.

Essa paz será superficial e frágil, construída sobre alicerces humanos, sem qualquer fundamento espiritual ou divino. As pessoas que buscarem e confiarem nessa falsa paz serão incapazes de discernir a verdadeira realidade espiritual que as cerca, cegas para os sinais da proximidade do julgamento divino. Elas serão pegas desprevenidas, justamente quando acharem que tudo está seguro e sob controle, revelando o quão ilusória é a paz que não provém de Deus.

A falsa paz, portanto, está diretamente relacionada à confiança no poder humano e nas soluções terrenas. No entanto, o que ela oferece é temporário e enganador, pois ignora a necessidade de reconciliação com Deus e a verdadeira paz, que só pode ser encontrada em Cristo. Somente Jesus, o Príncipe da Paz, pode nos oferecer uma paz duradoura e verdadeira, que ultrapassa as circunstâncias do mundo e que nos prepara para enfrentar tanto as dificuldades presentes quanto os eventos futuros. Aqueles que buscarem e confiarem na paz de Cristo não serão surpreendidos pelo Dia do Senhor, mas estarão prontos, vivendo em comunhão com Ele e aguardando sua vinda com segurança.

III. A PAZ QUE JESUS PROMETEU

1. O Príncipe da Paz

Isaías, ao profetizar sobre o Messias, destacou a vinda de um governante que seria chamado "Príncipe da Paz" (Is.9:6,7). Esse título revela a natureza profunda e transformadora da missão de Jesus. A paz que Ele traria ao mundo não é apenas a ausência de conflitos, mas uma reconciliação completa entre o ser humano e Deus. O “Príncipe da Paz” não apenas acalma tempestades externas, mas, acima de tudo, traz a verdadeira paz interior, restaurando a comunhão perdida no Éden.

Nos Evangelhos, Jesus é apresentado como o cumprimento dessa promessa; Ele oferece uma paz que o mundo jamais poderia proporcionar. Em João 14:27, Jesus assegura aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá”. Aqui, Ele distingue claramente entre a paz temporária e ilusória oferecida pelo mundo e a paz eterna que Ele dá. A paz de Cristo não depende de circunstâncias externas, como prosperidade material ou ausência de guerras, mas é uma paz que invade o coração e o espírito, trazendo tranquilidade mesmo em meio às tribulações.

Além disso, o “principado” de Jesus, ou seja, o governo d’Ele como Príncipe da Paz, assegura-nos uma paz permanente e duradoura. Ele governará com justiça e amor, garantindo que aqueles que se submetem ao seu senhorio possam viver em plena confiança de que estão sob o cuidado de um rei que sempre proverá paz.

Quando Jesus enviou seus discípulos para pregar, Ele os ensinou a abençoar com paz as casas que os receberam (Mt.10:12,13), mostrando que essa paz acompanha os seguidores de Cristo em todas as suas jornadas. Onde quer que os seus discípulos forem, eles podem levar consigo a paz que provém do Príncipe da Paz, criando um ambiente de reconciliação e harmonia.

Essa paz prometida por Jesus vai além da dimensão humana e terrena, alcançando a paz que haverá no futuro, quando Ele estabelecerá seu reino eterno de Justiça e Paz sobre toda a criação.

Portanto, a Paz que Jesus nos concede é um dom inestimável e contínuo, disponível a todos os que se submetem ao seu reinado e buscam viver conforme seus ensinamentos.

2. Uma promessa redentora

A promessa redentora de paz, introduzida logo após a Queda do ser humano no Éden, revela o plano de Deus para restaurar o relacionamento entre Ele e a humanidade. Quando Adão e Eva pecaram, a paz que Deus havia estabelecido no início da criação foi interrompida. O Diabo, por meio de sua astúcia, trouxe desobediência e, com ela, a separação entre o ser humano e Deus (Gênesis 3:1-7). Contudo, Deus, em sua graça e misericórdia, prometeu desde aquele momento uma solução definitiva: a vinda da “semente da mulher”, que pisaria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). Essa promessa apontava para Cristo, o Redentor, que reconciliaria a humanidade com Deus.

O cumprimento dessa promessa redentora encontra seu clímax em Jesus Cristo. Ele veio para restaurar a paz quebrada pelo pecado, oferecendo reconciliação por meio de Seu sacrifício na cruz. Como Paulo explica em Romanos 5:1: "Justificados, pois, pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo". Essa paz é a restauração do relacionamento correto com Deus, uma paz que só pode ser alcançada por meio da obra redentora de Cristo.

Além disso, a obra de Jesus não apenas trouxe paz entre o ser humano e Deus, mas também entre os próprios seres humanos. Efésios 2:14,15 revela que Jesus derrubou a "parede da separação" que existia entre judeus e gentios, unindo ambos em um só corpo, a Igreja. Antes, havia uma inimizade entre os povos, mas Cristo, com sua morte e ressurreição, desfez essa inimizade, criando uma nova humanidade reconciliada, onde todos têm acesso à mesma paz.

Essa promessa de paz continua a ser uma realidade para aqueles que creem em Cristo. O Novo Testamento enfatiza que essa paz está sempre ao alcance dos fiéis. Filipenses 4:9 promete que a paz de Cristo estará com aqueles que seguem Seus mandamentos e vivem segundo Seus ensinamentos. Em Colossenses 3:15, Paulo instrui que a paz de Cristo deve "dominar em nossos corações", governando nossas vidas e decisões diárias. Além disso, Jesus, no Sermão do Monte, afirma que os pacificadores serão chamados filhos de Deus (Mateus 5:9), mostrando que aqueles que promovem a paz, por estarem reconciliados com Deus, também desfrutarão de verdadeira felicidade.

Portanto, a promessa redentora de paz transcende o mero conceito de tranquilidade; ela é uma reconciliação profunda com Deus e com os outros, alcançada por meio de Cristo. Essa paz é transformadora, tanto para o coração humano quanto para as relações interpessoais, e continua disponível para todos que creem na obra redentora de Jesus.

3. Uma promessa que excede todo o entendimento

A promessa de uma paz que excede todo o entendimento, mencionada em Filipenses 4:6,7, vai além da compreensão humana porque transcende as circunstâncias externas. Essa paz não é o resultado de um ambiente isento de problemas, mas sim da confiança em Deus, que nos fortalece em meio às tribulações. Quando Paulo escreve que a paz de Deus "guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Fp.4:7), ele descreve uma proteção espiritual que se manifesta nas emoções e pensamentos dos crentes, mesmo diante das adversidades.

Essa paz foi claramente demonstrada na vida do apóstolo Pedro, conforme registrado em Atos 12:5-7. Preso em uma cela escura e guardado por soldados, ele ainda conseguia dormir profundamente. Tal tranquilidade em meio a uma situação tão tensa revela o impacto da paz prometida por Jesus, que permite aos crentes descansarem em sua confiança em Deus, mesmo nas circunstâncias mais desesperadoras.

Essa Paz prometida por Jesus, conforme João 16:33, não nega a existência de aflições. Jesus foi claro ao afirmar que, neste mundo, Seus seguidores enfrentariam dificuldades, mas Ele também assegurou que podemos ter bom ânimo, pois Ele venceu o mundo. Essa vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e o Diabo garante que, apesar das tempestades que enfrentamos, nossa confiança está firmada no Príncipe da Paz, que já conquistou a vitória final.

Portanto, essa Paz que excede o entendimento humano é uma realidade presente na vida de todos aqueles que confiam nas promessas de Cristo. Mesmo em meio a angústias, lutas e incertezas, essa paz nos capacita a enfrentar as dificuldades com serenidade e força. Ela não depende das circunstâncias externas, mas da certeza da vitória de Cristo e de Sua providência contínua em nossas vidas.

Confiemos, portanto, no Senhor, sabendo que Ele nos sustenta e nos dá a verdadeira Paz, que é inabalável e eterna.

CONCLUSÃO

Nesta lição sobre a "Promessa de Paz", exploramos a profundidade e a abrangência da Paz que Deus oferece à humanidade. Vimos que a verdadeira paz, como prometida por Jesus, transcende a compreensão humana e é uma dádiva que vai além das circunstâncias e dificuldades da vida.

A Paz descrita na Bíblia não é meramente a ausência de conflitos, mas uma tranquilidade interior que provém da confiança em Deus e da reconciliação com Ele. Enquanto a paz do mundo é frequentemente enganosa e passageira, a paz de Cristo é duradoura e verdadeira, fundamentada em Sua vitória sobre o pecado e a morte.

Observamos que Jesus, o Príncipe da Paz, veio para restaurar o que foi perdido no Jardim do Éden, oferecendo aos Seus seguidores uma paz que pode acalmar e fortalecer mesmo nas situações mais adversas. Essa Paz é uma promessa redentora que une a humanidade com Deus e derruba barreiras de separação, proporcionando um estado de plenitude e segurança espiritual.

Portanto, ao vivermos à luz dessa promessa, somos chamados a buscar e refletir essa Paz em nossas vidas diárias, confiando na providência divina e mantendo a serenidade mesmo diante das tribulações. Que possamos experimentar e compartilhar essa Paz que excede todo o entendimento, permanecendo firmes na esperança e na confiança que Cristo nos oferece.

 

Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.

Dicionário VINE.CPAD.

O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.

Lawrence O. Richards. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.

Pr. Hernandes Dias Lopes. Filipenses. HAGNOS.

Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Pedro. Com os pés no vale e o coração no Céu. HAGNOS.

Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Corintios. HAGNOS.

Pr. Hernandes Dias Lopes. Efésios. Igreja, a Noiva gloriosa de Cristo. HAGNOS.

Pr. Hernandes Dias Lopes, 1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar para a segunda vinda de Cristo.

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