segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Aula 10 – OFERTAS PACÍFICAS PARA UM DEUS DE PAZ - Subsídio


3º Trimestre/2018
Texto Base: Levítico 7:11-21

 “Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome”(Hb.13:15).

INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao estudo do Livro de Levítico estudaremos nesta Aula a respeito das Ofertas Pacíficas (ou ofertas de paz). Das cinco ofertas prescritas no Livro de Levítico, a mais excelente em voluntariedade era a Pacífica. Esta oferta denotava que o ofertante estava em comunhão com Deus; caso contrário, não lhe seria permitido comer a carne do animal. Aliás, era a única oferta da qual o ofertante podia comer. O sacrifício pacifico era efetuado diante de Deus, no sentido de o ofertante ter comunhão com Ele, expressar gratidão (Lv.7:11-15; 22:29) ou fazer um voto (Lv.7:16). Para o ofertante, envolvia um compromisso com o concerto e celebrava a paz e a reconciliação entre Deus e o adorador. Essa oferta também prenunciava a paz e a comunhão que o crente da Nova Aliança teria com Deus e com os irmãos na fé, tendo por base a morte de Cristo na cruz (cf. Cl.1:20); 1João 1:3); prenunciava ainda a nossa comunhão plena, quando todos nos assentarmos com Deus no seu reino eterno (Sl.22:26; Lc.14:15; Ap.19:6-9).
I. A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
As Ofertas Pacíficas eram excelentes pelo fato de serem voluntárias. Conforme veremos a seguir, a Oferta Pacifica ou oferta de paz tinha um caráter voluntário por parte do ofertante e era movido pelo seu desejo em apresentar gratidão a Deus por algum motivo especial. Primeiramente, o adorador devia resolver o problema do pecado (com a oferta pelo pecado); em seguida, o adorador se entregava plenamente a Deus (com o holocausto e a oblação); após, estabelecia-se a paz ou comunhão entre o Senhor, o sacerdote e o adorador.
1. Oferta Pacífica. Era uma oferta de comunhão. Era oferecida quando o adorador se conscientizava das ternas misericórdias de Deus e de sua fidelidade ao concerto, sentindo-se obrigado a ofertar. Seu traço característico residia no fato de a maior parte do corpo do animal sacrificado ser comida pelo ofertante e seus convidados em um banquete de camaradagem entre Deus e o homem. O adorador oferecia um bode ou cordeiro macho ou fêmea. Era a única oferta da qual o ofertante podia comer. Enquanto compartilhava a refeição com o sacerdote e às vezes com outros adoradores, era como se Deus fosse o anfitrião da mesma, comungando com todos os presentes.
A Oferta Pacífica tipificava a comunhão entre Deus e o homem, tornada possível por meio do Senhor Jesus. Ela apontava para Aquele que “é a nossa paz” (Ef.2:14), e que “fez a paz pelo sangue da sua cruz” (Cl.1:20). O sacrifício de Cristo desfez a inimizade entre Deus e o homem e possibilitou a comunhão com Deus (Ef.2:14-16). O Sacrifício Pacífico em um aspecto era muito semelhante à Ceia do Senhor.
A Oferta Pacifica poderia ser de gado (Lv.3:1), ovelha (Lv.3:6) ou cabra (Lv.3:12). Não havia prescrição sobre sexo e idade do animal. Porém, o animal não podia ter defeito (Lv.3:6). O ofertante tinha de impor a mão sobre a cabeça da sua oferta (Lv.3:2,8,13), matar o animal e apresentar ao sacerdote os pedaços e a gordura a serem oferecidos. Em seguida, o sacerdote oficiante os queimava no altar. A porção apresentada era o manjar da oferta queimada ao Senhor (Lv.3:11), de cheiro suave (Lv.3:16). Segundo Dennis F. Kinlaw, não é necessário ver nestas palavras referências a alimentar Deus, como ocorria entre as nações vizinhas de Israel. O Deus de Israel não dependia dos adoradores. Ele almejava comunhão com eles e queria que pensassem que esta oferta de paz era comida de comunhão.
A Oferta Pacifica era feita por meio de sacrifícios de animais (cf. Lv.3), porém, Levítico 7:11-18 esclarece que essa oferta vinha acompanhada de certos tipos de bolos (ou pães) apresentados nos versículos 12 e 13. O ofertante deveria trazer um bolo por oferta a ser entregue ao sacerdote oficiante (Lv.7:14).
A carne do sacrifício de ação de graças tinha de ser consumida no mesmo dia (Lv.7:15), ao passo que a carne da oferta por voto e da oferta voluntária poderiam ser consumidas naquele dia e no dia seguinte (Lv.7:16). O que sobrasse após o segundo dia deveria ser queimado (Lv.7:17). Comer as sobras no terceiro dia era coisa abominável, e o indivíduo que fizesse isso não seria aceito, isto é, seria excomungado da comunidade, ou seus privilégios como participantes do povo de Deus seriam revogados. Isso nos mostra que a comunhão com Deus deve ser sempre renovada e não pode ficar muito longe da obra do altar.
Para nós, povo de Deus da Nova Aliança, leva-nos a conscientizarmos de que a Ceia do Senhor deve sempre ser repetida em espaço curto de tempo, porque o povo não pode ficar muito tempo longe da cruz. A Ceia do Senhor é o símbolo da nossa união com Cristo; ela expressa a nossa “comunhão” (gr. koinonia) com Cristo e de nossa participação nos benefícios oriundos da sua morte sacrifical, e ao mesmo tempo expressa a nossa “comunhão” com os demais membros do Corpo de Cristo (1Co.10:16,17).
2. Objetivo das Ofertas Pacíficas. O objetivo das Ofertas Pacíficas no Livro de Levítico era fazer com que a pessoa apresentasse voluntariamente um ato de gratidão a Deus, aprofundando assim, a comunhão dele com o Criador; também, levar o ofertante à conscientização de que tudo quanto o ser humano recebe vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Êx.19:5; Lv.25:23; Sl.24:1). De maneira coletiva, esse ato significava a ratificação da comunhão da nação de Israel com Deus.
3. Tipos de ofertas pacíficas. Os sacrifícios pacíficos (ofertas de paz) tinham três variedades: ofertas de ação de graças (louvores - Lv.7:12), ofertas votivas (Lv.7:16) e ofertas voluntárias (Lv.7:29). A oferta de paz é a única oferta na qual o adorador tem permissão de participar.
a) Ação de graças (Lv.7:12) – “Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscorões asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de farinha”.
Este tipo de oferta era oferecido por benefícios recebidos de Deus. Ao aproximar-se do Senhor, com tal oferta, o crente da Antiga Aliança manifestava-lhe, em palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo por todos os benefícios recebidos (Sl.103:1,2). O Salmo 107:22 fala de tal sacrifício feito depois da libertação de situações de perigo.
Mediante a gratidão, a comunhão com Deus era fortalecida e renovada. Hoje, conhecemos comumente a expressão "culto de ação de graças"; este ato tem como raiz bíblica a apresentação das ofertas pacificas; a ideia é expressar gratidão, alegria por muitos benefícios feitos pelo Senhor. É a oportunidade de viver devocionalmente o aprofundamento de nossa fé em Cristo. É o desejo de Deus que sejamos gratos pelo que Ele é e por tudo que tem feito por nós, oferecendo nossas vidas como sacrifício vivo, santo e agradável (Rm.12:1).
O apóstolo Paulo ensina-nos a oferecer, de forma contínua, ação de graças a Deus – “Em tudo daí graças” (1Ts.5:18). A gratidão é uma virtude cristã maravilhosa, mas o fator significativo acerca deste mandamento é a expressão “em tudo”, que quer dizer, “em todas as circunstâncias” (NTLH; confira, também, Ef.5:20). Estas passagens abrangem a alegria e a tristeza, a doença e a saúde, o ganho e a perda. Como bem diz o hino: “Se nesta vida você perdeu tudo, menos a fé, então você não perdeu nada”. A fé em Deus faz a diferença (Rm.8:28). Se agirmos assim, jamais perderemos a comunhão com Deus e com a Igreja de Cristo – “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos” (Cl.3:15).
b) Voto (Lv.7:16) – “E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício, se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte”.
A oferta por voto era oferecida em cumprimento a uma promessa feita a Deus em troca de algum favor especial solicitado em oração. Nos momentos de angústia, ou proteção durante uma viagem perigosa, os filhos de Israel faziam votos ao Senhor, prometendo-lhe ofertas pacíficas (Gn.28:20; 1Sm.1:11; 2Sm.15:7,8). Foi isso que aconteceu com Jacó, quando fez um voto ao Senhor na ocasião que fugia de seu irmão Esaú (Gn.28:20,21); com Ana, quando em meio a angustia por não gerar filhos, fez um voto ao Senhor (1Sm.1:11); com Davi, rei de Israel. Pelo que observamos nos Salmos, Davi foi o homem que, em todo o Israel, mais sacrifícios pacíficos apresentou ao Senhor (Sl.22:25; 56:12; 61:5,8). Ele era apaixonado pelo Senhor. Aliás, os seus cânticos já são, em si mesmos, um sacrifício de louvor e paz ao Deus de Israel. Todas estas pessoas que se colocaram em compromisso com Deus tiveram seus anseios atendidos e, assim, tiveram uma experiência de fé que aprofundou a comunhão deles com o Senhor Jeová.
Não há nada mais sublime e vivificador que as nossas experiências diretas com Deus. Quando fazemos votos e Deus nos responde, isto nos marca profundamente. Seja por meio de um milagre, como a cura de enfermidades, livramentos físicos; ou por meio de pequenas intervenções em fatos corriqueiros; enfim, viver tais experiências fortalece a nossa fé, faz com que tenhamos mais gratidão e demonstra o quanto nosso Deus é tão pessoal para nós.
Quando coisas extraordinárias da parte de Deus acontecem, resta-nos manifestar um "espírito" de gratidão e comunhão. Esse reconhecimento faz parte de nossa consagração incondicional, de nossa disposição em louvar ao Senhor de todo o nosso coração por meio de um estilo de vida que mostre que somos verdadeiros adoradores (João 4:23).
Como já disse acima, nesse tipo de oferta, o sacrifício poderia ser comido tanto no mesmo dia quanto no dia seguinte (Lv.7:15,16); porém, no terceiro dia, nada podia ser ingerido. O que sobrasse após o segundo dia deveria ser queimado (Lv.7:17).
c) Oferta voluntária (Lv.7:16). “E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária...”. Tendo em vista que era uma oferta voluntária, aceitava-se (excluindo aves) qualquer animal limpo de ambos os sexos. Espargia-se o sangue sobre o altar e se queimava a gordura e os rins. Assim Deus recebia o que se considerava a melhor parte e a mais saborosa. O peito do animal era levantado e movido pelo sacerdote diante do Senhor em sinal de que lhe era dedicado. Depois os sacerdotes tomavam o peito e a espádua direita (coxa direita –ARA) como sua porção. O restante do animal sacrificado era comido em um banquete dentro do recinto do tabernáculo no mesmo dia. Aquele que oferecia o sacrifício convidava outros para o banquete - especialmente o levita, o pobre, o órfão e a viúva -, desse modo convertendo-o em uma verdadeira refeição de amor e comunhão (Dt.12:6,7,17,18). Esse procedimento lembra-nos da Ceia do Senhor.
Observe:
Aarão e seus filhos alimentavam-se do "peito" e da "espádua direita" (leia atentamente Lv.7:28-36). Todos os membros da família sacerdotal, em comunhão com o seu líder, tinham a sua própria porção da Oferta Pacífica. Na Nova Aliança, todos os verdadeiros crentes, constituídos, pela graça, sacerdotes para Deus, podem alimentar-se das afeições e da força da verdadeira Oferta Pacífica; podem fruir a feliz certeza de terem o Seu coração amantíssimo e o Seu ombro poderoso para os confortar e suster continuamente.
- “O peito" e "a espádua" são emblemáticos do amor e poder – afeição e força.
- Há força e beleza no versículo 31: "... o peito será de Arão e de seus filhos". É privilégio de todos os verdadeiros crentes alimentarem-se das afeições de Cristo - do amor imutável desse coração que bate com amor imortal e imutável por eles.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
A título de informação, apresentamos no quadro a seguir, os cinco tipos de sacrifícios levíticos, apresentados individualmente pelos israelitas.
SACRIFÍCIO
ELEMENTOS
PROPÓSITO
TIPOLOGIA
Holocausto (ofertas queimadas – Lv.1; 6:8-13; 8:18-21; 16:24).
Bode, carneiro, boi, pombinho (para os pobres); totalmente queimado, sem defeito.
Ato voluntário de adoração; expiação pelos pecados involuntários em geral; expressão de devoção; compromisso e completa entrega a Deus.
Cristo, nosso sacrifício perfeito, que se entrega voluntariamente (Mt.27:35,36; Ef.5:2; Hb.7:26; 9:14; 1João 2:6).
Oblação (ofertas de cereais – Lv.2; 6:14-23).
Grão, flor de farinha, azeite de oliveira, incenso, bolo assado, sal; sem fermento nem mel; acompanhava a oferta queimada (holocausto) e a oferta de comunhão.
Ato voluntário de adoração; reconhecimento da bondade e das provisões de Deus; devoção a Deus.
Destaca-se aqui a perfeita humanidade de Cristo, ressalta-se a entrega de sua vida (1João 2:6).
Ofertas pacificas (oferta de Comunhão – Lv.3; 7:11-34).
Qualquer animal sem defeito tomado do rebanho de gado ou ovelhas; variedade de bolos.
Ato voluntário de adoração; ação de graças e comunhão (incluía uma comida de toda a comunidade).
Cristo, mediante a cruz, restaurou a comunhão do crente com Deus. Ele é nossa paz.
Oferta pelo pecado (Lv.4:1 – 5:13; 6:24-30; 12:6-8; 14:12-14).

1. Para o sumo sacerdote e a congregação: um bezerro.
2. Para os líderes: um bode.
3. Para qualquer pessoa do povo: uma cabra ou um cordeiro.
4. Para os pobres: duas rolas ou dois pombinhos.
5. Para os muitos pobres: a décima parte de um efa de flor de farinha.
Para expiação de pecado específico e involuntário; confissão de pecado; perdão de pecado; limpeza da imundícia.
Cristo padeceu “fora da porta” (Hb.13:10-13).
Ofertas pela culpa (Sacrifício de restituição – Lv.5:14 – 6:7; 7:16); 14.12-18.
Cordeiro ou ovelha sem defeito.
Para expiação de pecados involuntários que requeriam restituição; Era também requerida quando houvesse cura da lepra, pois Deus era privado de um adorador enquanto a pessoa estivesse doente; fazer restituição; acrescentar 20%.
Cristo, mediante seu sacrifício, pagou a culpa dos pecados atuais dos crentes (Rm.3:24-26; Gl.3:13; Hb.9:22).
Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal
II. A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
Neste tópico, veremos três exemplos de pessoas que fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas: Jacó, Ana e Davi.
1. Jacó, filho de Isaque. Após a experiência sobrenatural da visão da escada, Jacó passou a ver as coisas numa perspectiva espiritual de um novo relacionamento com Deus e fez-lhe um voto, dizendo: "... se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus” (Gn.28:20,21).
Aqui, o texto trata de um voto, ou uma obrigação que Jacó assumiu com Deus. Na Bíblia, um voto é geralmente uma oração em que o indivíduo se compromete a fazer alguma coisa quando Deus atende suas orações. Isso era realizado principalmente em tempos de intensa necessidade ou perigo. A prática era baseada no princípio da reciprocidade: um favor recebido requer uma expressão de gratidão; a pessoa que recebe algo, por meio de sua oferta, transforma-se em doadora. Isso não era uma tentativa de barganhar com Deus, mas o desejo de ter intimidade e relacionamento com Ele. Deus é considerado alguém com quem se pode conversar e pedir um favor, e alguém para quem se pode fazer uma promessa de retribuir Sua bondade. As pessoas sabiam que Deus podia escolher não conceder a petição, o que tornava desnecessário o cumprimento do voto.
Jacó, em seu voto, pediu a presença divina para protegê-lo e para retornar a salvo. Se isso lhe fosse concedido, o Senhor seria o seu Deus. Observe que Deus já havia prometido a Jacó, em sonho, o que ele estava pedindo, e muito mais. Deus já havia prometido que lhe daria o lugar em que estava dormindo, que multiplicaria seus descendentes, que todos os povos seriam abençoados por meio dele e que estaria com ele para protegê-lo (Gn.28:13-15). Então, por que Jacó não confiou nas promessas de Deus sem recorrer à “garantia” do voto? Talvez porque Jacó ainda não tinha maturidade espiritual plena, ou seja, ele ainda não tinha um compromisso total com o Senhor.
O voto de Jacó foi uma experiência que o levou a assumir um compromisso pessoal com o plano de Deus para ele e seus descendentes. Deus lida conosco de acordo com nossa condição espiritual e, se desejarmos, Ele pacientemente nos conduz a um relacionamento mais profundo e pessoal com Ele como nosso Redentor.
No voto, ele disse: “Então o Senhor será o meu Deus” (Gn.28:21). Vendo esta atitude de Jacó, Deus Se identificou como “o Deus de seu pai, Abraão, e o Deus de Isaque” (Gn.28:13). Ele ainda não era o Deus de Jacó; foi Seu cuidado providencial que resultou na conversão desse patriarca. Deus o abençoou tão abundantemente enquanto trabalhava para Labão que ele disse: “Foi assim que Deus tirou os rebanhos de seu pai e os deu a mim” (Gn.31:9). O Senhor também protegeu a Jacó em seus negócios com Labão (Gn.31:22-24) e durante seu encontro com Esaú (Gn.33:1-5).
Finalmente, o Senhor enviou Jacó de volta à terra de Canaã com a promessa de Sua presença (Gn.31:3). Nesse momento da história, Jacó escolhe o Senhor como seu Deus; o Senhor agora era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Este já não era mais Jacó, e sim Israel (Gn.32:24-30). Em Canaã, ele construiu um altar e adorou ao Senhor (Gn.33:20). A partir daí o patriarca tornou-se um fiel e zeloso adorador (Gn.35:1-3).
2. Ana, mãe de Samuel. O ser humano não tem como escapar da angústia. Somos frágeis e essa fragilidade nos coloca frente a frente com a angústia quando somos ameaçados. E nesse caso não tem heróis. Todos nos sentimos angustiados muitas vezes.
A Bíblia diz que Ana, mãe de Samuel, orava no Templo com espírito angustiado, a ponto de Eli, o Sacerdote, pensar que a mesma estivesse embriagada. Ela orava somente com o movimento dos lábios por muito tempo. Isso chamou a atenção de Eli. Mas, Ana não havia bebido nada, estava sóbria. O problema dela era ter um filho, porém, era estéril e não podia conceber do ponto de vista humano. E naquela época isso era visto como uma maldição. Por isso, essa pobre mulher vai à presença de Deus em angústia de espirito. Atribulada, Ana fez este voto ao Senhor: “Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1Sm.1:11). O Senhor atendeu a oração de Ana, e lhe deu um filho a quem deu o nome de Samuel, que foi uma grande bênção para Israel; ele ocupou uma tríplice missão: juiz, profeta e sacerdote. Depois disso, Deus abriu a madre de Ana e a mesma teve mais filhos (cf.1Sm.2:5). Os momentos da alma em aflição ficaram para trás. Ana cumpriu o seu voto: entregou o menino Samuel ao Senhor, cumprindo a ordenança quanto ao sacrifício pacífico (1Sm.1:24-28).
É válido dizer que o mesmo Deus de ontem é o Deus de hoje. Nem sempre Ele livra da angústia, mas livra na angústia. Ele não é somente o Deus da previsão, mas da provisão. Não é somente o Deus da previdência, mas da providência. Ele não age antes, mas também não se atrasa. Ele sempre diz: Eu estou aqui, conte comigo. Devemos, sim, confiar em Deus, seja qual for a nossa angústia, a tribulação – “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl.46:1). Ele, certamente, está conosco nos problemas e nas angústias (Sl.91:15). “O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (Sl.46:11). Creia nisso!
3. Davi, rei de Israel. Davi, o grande rei de Israel, o ascendente do Messias, é conhecido como o “homem segundo o coração de Deus” (1Sm.13:14). Ser segundo o coração de Deus é ter, sobretudo, humildade de espírito; não é por acaso que o Senhor Jesus põe esta característica em primeiro lugar ao elencar as qualidades dos seus discípulos (Mt.5:3). Davi também é um exemplo a ser seguido no que toca à prontidão para o arrependimento. Nas vezes em que ele pecou (pois não há homem que não peque - 1Rs.8:46; 2Cr.6:36), vemo-lo profundamente arrependido e pronto a confessar o seu pecado. Assim ocorreu, seja no episódio da revelação de seu adultério e homicídio por intermédio de Natã, seja no episódio do recenseamento do povo de Israel. Davi não resistiu ao chamado divino para o arrependimento, humilhando-se e confessando publicamente a sua falta. Além do mais, vemos que, após o arrependimento, Davi não mais voltou a praticar aqueles atos, demonstrando ter, realmente, mudado de mentalidade, modificado a sua conduta, e prontamente fazendo aquilo que o Senhor Jesus diria à mulher adúltera: “vá e não peques mais” (João 8:11).
Davi era um homem apaixonado pelo Senhor; é um exemplo a ser seguido no que toca à prontidão para cumprir o seu voto - “O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem” (Sl.22:25). Concordo com o Pr. Claudionor de Andrade, quando diz que “tem-se a impressão de que ele andava de sacrifício em sacrifício e de voto em voto. Eis porque, ao pecar duplamente contra Deus, centuplicadamente viu-se no pó e na cinza. Para o homem segundo o coração de Jeová, mais valia um sacrifício de louvor do que mil pelo pecado”.
III. A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
Continuamente devemos oferecer a Deus ofertas pacíficas. Há três maneiras de apresentarmos ao Senhor, continuadamente, nossos sacrifícios pacíficos: consagrando-nos a nós mesmos, perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a Deus em todo o tempo -Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Ec.9:8).
1. Consagração incondicional. O melhor sacrifício que um crente pode oferecer ao Senhor é apresentar a si mesmo a Deus. Exorta o apóstolo Paulo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm.12:1).
O termo “apresenteis”, neste versículo, significa “apresenteis de uma vez por todas”. Paulo ordena uma entrega definitiva do corpo ao Senhor, como os noivos se entregam um ao outro na cerimônia de casamento. Esse sacrifico é descrito como “vivo” em contraste com os sacrifícios antigos cuja vida era tirada antes de ser apresentada sobre o altar; como “santo”, isto é, consagrado, separado e reservado para o serviço de Deus; e “agradável” a Deus”, como o ascender em sua presença da oferta aromática de outrora oferecida no ritual levítico.
A sociedade contemporânea idolatra o corpo. As academias de ginástica estão lotadas. Muitas pessoas gastam rios de dinheiro em cosméticos, cultivam a beleza e também a força. Entretanto, a Palavra de Deus nos ensina não cultuar o corpo, mas cultuar a Deus por intermédio do corpo.
Glorificamos a Deus em nosso corpo quando contemplamos o que é santo, quando nossos ouvidos se deleitam no que é puro, quando nossas mãos praticam o que é reto, quando nossos pés caminham por veredas de justiça. Paulo diz que a oferta do nosso corpo a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável é nosso culto racional. A palavra, no original grego, carrega a ideia de razoável, lógico e sensato. Trata-se, portanto, de um culto oferecido de mente e coração, culto espiritual em oposição a culto cerimonial.
- “...por sacrifício vivo...”. Antes da nossa conversão oferecíamos os membros do nosso corpo ao pecado (Rm.6:12-14); agora, oferecemos nosso corpo como sacrifício vivo a Deus. Não oferecemos mais um cordeiro morto no altar, mas nosso corpo vivo.
Como pode o corpo tornar-se um sacrifício? Deixe que o olho não veja nada mau, e ele se tomará um sacrifício; permita que a língua não diga nada vergonhoso, e ela se tornará uma oferta; deixe que a mão não faça nada ilegal, e ela se tornará uma oferta em holocausto. Que possamos produzir frutos para Deus com as nossas mãos, com os nossos pés, com a nossa boca e com todos os nossos outros membros.
2. Sacrifícios de louvores. Os crentes em Cristo Jesus não fazem mais sacrifícios de animais nem purificações de sangue. Essa época já passou. Oferecemos hoje sacrifícios de louvor. Está escrito: “Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb.13:15).
O Rev. Hernandes Dias Lopes, citando Olyott, afirma:
O cristianismo não é uma religião de formas e cerimônias, ofertas e liturgias, sacerdotes e mistérios, ordens de faça isso e não faça aquilo, altares e velas, paramentos e placas, incensos e crucifixos, santos, ícones, sinos, sacrifícios ou qualquer outra coisa semelhante. Uma religião que dê atenção a essas coisas não é cristianismo, pois tal doutrina consiste no dom da graça de Deus no coração.
Nossos sacrifícios agora são espirituais. Nós os oferecemos sempre a Deus por intermédio de Cristo. Que sacrifícios são esses? O sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. Esse sacrifício não é apenas música, mas sobretudo louvor, apesar das circunstâncias. Por isso, devem estar em nossos lábios sempre, ou seja, de forma ultracircunstancial. As Escrituras dizem que a alegria do SENHOR é a nossa força (Ne.8:10). Paulo exorta que devemos nos alegrar sempre no Senhor (Fp.4:4).
Esses sacrifícios de louvor são endereçados a Deus, e não aos homens. São endereçados por intermédio de Cristo, e não mediante algum outro mediador (1Tm.2:5). Esses sacrifícios são, acima de tudo, o testemunho ousado, mesmo em face do perigo, do nome de Jesus, o nome que está acima de todo nome. Enquanto somos atacados do lado de fora, empunhamos a espada do Espírito, abrindo nossos lábios num sacrifício de louvor, confessando o nome de Cristo. Portanto, quando cumprimos a vontade divina, apesar das circunstâncias adversas que nos cercam, oferecemos-lhe o mais excelente sacrifício de louvor.
Temos louvado a Deus pela bondosa provisão divina, suprindo nossas necessidades materiais? Temos rendido louvores a Deus pelos nossos líderes espirituais, pastores, presbíteros, diáconos, professores de Escola Bíblica Dominical, que nos ensinam fielmente as Escrituras? Temos oferecido a Deus sacrifícios de louvor, por Jesus Cristo, seu amado Filho, por sua morte salvífica, seu cuidado e seu futuro plano para nós? Tudo isso, e muito mais, deveria inspirar nossa adoração e ações de graças.
3. Adoração contínua. Devemos louvar e adorar a Deus em todas as circunstâncias, porque por maiores que sejam as nossas lutas, por mais cruéis que estejam as nossas batalhas, o louvor será sempre uma arma de guerra.
Paulo e Silas estavam encarcerados em Filipos, mas ainda assim eles louvavam a Deus. De tal forma cantaram, que o seu louvor a Deus veio a abalar os alicerces da prisão (At.16:25-31). E as cadeias se romperam, o carcereiro foi salvo e toda a sua família. Eles ofereceram um sacrifico sincero e dedicado que, além de pacífico, era profundamente redentor:
Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos” (At.16:25,26).
Não se intimide com suas aflições, antes, vença-as pela fé, pelo constante louvor que deve fluir de seu coração, em oferta suave ao Senhor. E os que estiverem ao seu redor conhecerão o seu Deus, aquele que transforma vidas e delas faz brotar o louvor como sublime forma de expressão de amor. Quando tudo parecer contrário, quando as circunstâncias lhe apresentarem um quadro de desolação, ainda assim, louve a Deus.
O apóstolo recomenda-nos a louvar e adorar continuamente a Deus (Ef.5:19; Cl.3:16).
“Falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef.5:19).
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl.3:16).
Tem você cantado hinos de louvor ao Senhor? Temos adorado ao Senhor de forma contínua?
CONCLUSÃO
Nesta Aula vimos que a Oferta Pacífica tinha como objetivo aprofundar a comunhão de Israel com o seu Deus. Ao aproximar-se de Jeová, com tal oferta, o crente do Antigo Testamento manifestava-lhe, em palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo por todos os benefícios recebidos (Sl.103:1,2). Visto que o sacrifício pertencia ao Senhor, Deus era quem oferecia o banquete; o ofertante e os convidados eram os hóspedes. Adoramos a Deus com ofertas pacíficas quando nos apresentamos diante dEle com o propósito de render-lhe graças por todas as bênçãos recebidas. Com tal atitude, honramos ao Senhor com um culto racional, agradável e vivo. Apresentemo-nos, pois, continuamente diante do Senhor com ofertas voluntárias, para que a nossa vida seja um sacrifício pacífico ao Deus Único e Verdadeiro (Rm.12:1).
----------
Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 75. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Bacon.
C.H. Mackintosh. Estudo sobre o Livro de Levítico.
Pr. Claudionor de Andrade. Adoração, Santificação e Serviço – Os princípios de Deus para sua Igreja em Levítico. CPAD.
Paul Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Victor P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD.
Rev. Hernandes Dias Lopes. Hebreus. A Superioridade de Cristo.
Lopes, Hernandes Dias. Romanos. O evangelho segundo Paulo. Hagnos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Lição 09 – JESUS, O HOLOCAUSTO PERFEITO - ESBOÇO

Tempo Previsto: 70 minutos
TEXTO BASE: LEVÍTICO 1:1-9
“NA QUAL VONTADE TEMOS SIDO SANTIFICADOS PELA OBLAÇÃO DO CORPO DE JESUS CRISTO, FEITA UMA VEZ” (HB.10:10).
INTRODUÇÃO
O HOLOCAUSTO É UM TEMA FREQUENTE E RELEVANTE NO ANTIGO TESTAMENTO. 
NA ANTIGA ALIANÇA, OS HOLOCAUSTOS APONTAVAM PARA O PLANO PERFEITO DA SALVAÇÃO QUE O PAI JÁ HAVIA PREPARADO ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO.
ELES EXPUNHAM A VERDADE DE QUE JESUS CRISTO, O CORDEIRO DE DEUS, MORRERIA EM NOSSO LUGAR.
SEU SACRIFÍCIO FOI PERFEITO, ÚNICO E SUPERIOR A TODOS OS HOLOCAUSTOS JÁ OFERECIDOS, PARA RESGATAR-NOS DE NOSSOS PECADOS, TORNANDO-NOS PROPÍCIOS AO PAI.
NO HOLOCAUSTO, COM O QUAL ABRE O LIVRO DE LEVÍTICO, TEMOS UMA FIGURA DE CRISTO, QUE "SE OFERECEU, IMACULADO, A SI MESMO A DEUS" (HB.9:14).
O LIVRO DE LEVITICO MOSTRA TRÊS CLASSES DE OFERTAS QUE ERAM OFERECIDAS, RESPEITANDO O PODER ECONÔMICO DO OFERTANTE:
NOVILHO (LV.1:3,5) MACHO SEM DEFEITO;
CARNEIRO OU CABRITO (LV.1:10), TAMBÉM MACHO SEM DEFEITO E;
AVES (LV.1:14), PODENDO SER ROLAS OU POMBINHOS.
TODOS ESSES CONSTITUEM ANIMAIS PACÍFICOS; NENHUM ANIMAL FEROZ PODIA SER SACRIFICADO NO ALTAR DO SENHOR.
PETER PELL, EM SEU LIVRO “O TABERNÁCULO”, ARGUMENTA QUE ESSES ANIMAIS REPRESENTAVAM OS ATRIBUTOS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO:
O BOI SIMBOLIZAVA A RESIGNAÇÃO DE JESUS COMO TRABALHADOR INCANSÁVEL, SEMPRE FAZENDO A VONTADE DO PAI POR MEIO DE UMA VIDA DE SERVIÇO PERFEITO E UMA MORTE SACRIFICIAL PERFEITA.
O CARNEIRO REFLETIA SUA HUMILDADE EM ENTREGA E SUBMISSÃO TOTAL E VOLUNTÁRIA À VONTADE DE DEUS.
O CABRITO O REPRESENTAVA COMO NOSSO SUBSTITUTO.
O POMBINHO INDICAVA SUA ORIGEM CELESTIAL.
NO HOLOCAUSTO, SOMOS CONDUZIDOS A UM PONTO PARA ALÉM DO QUAL É IMPOSSÍVEL IR, E ESSE PONTO É A OBRA DA CRUZ, REALIZADA POR JESUS CRISTO, O CORDEIRO DE DEUS, SOB AS VISTAS DE DEUS PAI, COMO A MAIOR EXPRESSÃO DO SEU EXCELSO AMOR PELA HUMANIDADE PERDIDA.
I. HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
O HOLOCAUSTO É O MAIS ANTIGO SACRIFÍCIO DA HISTÓRIA SAGRADA.
COMO SE VÊ NA BÍBLIA SAGRADA, O PRIMEIRO ATO SACRIFICIAL EM GÊNESIS OCORREU QUANDO DEUS VESTIU ADÃO E EVA COM PELES DE ANIMAIS PARA COBRIR SUA NUDEZ, SUA VERGONHA (GN.3:21).
CERTAMENTE, ADÃO FOI INSTRUÍDO PARA QUE O CULTO A DEUS TIVESSE COMO ELEMENTO PRINCIPAL O SACRIFÍCIO.
NÃO É POR ACASO QUE OS SEUS FILHOS, CAIM E ABEL, ASSIM PRATICAVAM.
SE CONSIDERARMOS O SACRIFÍCIO QUE ABEL OFERECEU AO SENHOR UMA ESPÉCIE DE HOLOCAUSTO, ENTÃO ESSE SACRIFÍCIO FOI, DE FATO, O MAIS ANTIGO DA HISTÓRIA SAGRADA (GN.4:4).
APÓS O DILÚVIO,NOÉ EDIFICOU UM ALTAR AO SENHOR; E TOMOU DE TODO O ANIMAL LIMPO E DE TODA A AVE LIMPA E OFERECEU HOLOCAUSTOS SOBRE O ALTAR” (GN.8:20).
MUITO TEMPO ANTES DE MOISÉS, OS PATRIARCAS ABRÃO, ISAQUE E JACÓ TAMBÉM OFERECERAM VERDADEIROS SACRIFÍCIOS.
NO CULTO LEVÍTICO, DEUS QUIS QUE ESSA SISTEMÁTICA ESTIVESSE BEM PRESENTE, POIS O SISTEMA DE SACRIFÍCIOS TINHA UM OBJETIVO: PREPARAR A MENTE DOS HEBREUS A ENTENDER AS IDEIAS DE EXPIAÇÃO E REDENÇÃO.
OS SACRIFÍCIOS INCESSANTES DE ANIMAIS E A CHAMA INCESSAN­TE DO FOGO DO ALTAR, FORAM SEM DÚVIDA PROPOSTOS POR DEUS PARA GRAVAR NA CONSCIÊNCIA DOS HOMENS A CONVICÇÃO DE SUA PRÓPRIA PECAMINOSIDADE E PARA SER UM QUADRO PERDURÁVEL DO SACRIFÍCIO VINDOURO DE CRISTO, PARA QUEM APONTAVAM E EM QUEM FORAM CUMPRIDOS
1. DEFINIÇÃO DE HOLOCAUSTO.
O TERMO "HOLOCAUSTO" SIGNIFICA "O QUE SOBE", VISTO QUE O MATERIAL SACRIFICADO SE TRANSFORMAVA EM OUTRO: A FUMAÇA E AS CHAMAS, QUE SUBIAM A DEUS COMO CHEIRO SUAVE.
A EXPRESSÃO "CHEIRO SUAVE AO SENHOR" É A MANEIRA HUMANA DE DIZER QUE DEUS SE AGRADA DA OFERTA.
À SEMELHANÇA DO HOLOCAUSTO, QUANDO O CRENTE SE CONSAGRA INTEIRA E ALEGREMENTE AO SENHOR, O FOGO DIVINO TRANSFORMA SEU SER A FIM DE QUE SUBA AO CÉU O AROMA DE SEU SACRIFÍCIO.
SIMBOLICAMENTE, PAULO CONSIDEROU A ATITUDE DOS IRMÃOS FILIPENSES, EM FAVOR DA OBRA MISSIONÁRIA, COMO HOLOCAUSTO DE AROMA SUAVE (FP.4:18).
MAS BASTANTE TENHO RECEBIDO E TENHO ABUNDÂNCIA; CHEIO ESTOU, DEPOIS QUE RECEBI DE EPAFRODITO O QUE DA VOSSA PARTE ME FOI ENVIADO, COMO CHEIRO DE SUAVIDADE E SACRIFÍCIO AGRADÁVEL E APRAZÍVEL A DEUS”.
TODA A VIDA TERRENAL DE JESUS E SUA MORTE NA CRUZ FORAM COMO O CHEIRO DO HOLOCAUSTO SUBINDO AO CÉU.
O PAI LHE DISSE: "TU ÉS MEU FILHO AMADO, EM TI ME TENHO COMPRAZIDO" (LC.3:22).
O HOLOCAUSTO ERA O PRIMEIRO E O MAIS IMPORTANTE SACRIFÍCIO DO CULTO DIVINO NO ANTIGO TESTAMENTO (LV.1:1-3).
ERA A OFERTA QUE ABRIA AS SOLENIDADES DIÁRIAS, SABÁTICAS, MENSAIS E ANUAIS DO CALENDÁRIO LEVÍTICO.
A CERIMÔNIA ERA CONHECIDA TAMBÉM COMO OFERTA QUEIMADA (Lv.1:9).
“...E QUEIMARÁ TUDO ISSO SOBRE O ALTAR; É HOLOCAUSTO, OFERTA QUEIMADA, DE AROMA AGRADÁVEL AO SENHOR”.
TODAS AS MANHÃS E TODAS AS TARDES DIANTE DO TABERNÁCULO SE OFERECIA UM CORDEIRO EM HOLOCAUSTO PARA QUE ISRAEL SE LEMBRASSE DE SUA CONSAGRAÇÃO A DEUS (ÊX.29:38-42).
O FOGO NO ALTAR NÃO PODERIA SE EXTINGUIR (LV.6:12,13).
DA MESMA MANEIRA CONVÉM QUE RENOVEMOS NOSSA CONSAGRAÇÃO DIARIAMENTE.
O SANTO FOGO NO ALTAR (LV.6:12) PRECISAVA SER MANTIDO ACESO PORQUE:
·       DEUS O HAVIA INICIADO (LV.9:24);
·       REPRESENTAVA A ETERNA PRESENÇA DE DEUS NO SISTEMA DE SACRIFÍCIOS E;
·       MOSTRAVA AO POVO QUE APENAS ATRAVÉS DO GRACIOSO FAVOR DE DEUS SEUS SACRIFÍCIOS PODERIAM SER ACEITOS.
HOJE, O FOGO DE DEUS ESTÁ PRESENTE NA VIDA DE CADA CRENTE.
ELE ACENDE A CHAMA QUANDO O ESPÍRITO SANTO PASSA A HABITAR EM NÓS, E CRESCEMOS EM GRAÇA ENQUANTO ANDAMOS COM ELE.
QUANDO TEMOS CONSCIÊNCIA DE QUE DEUS VIVE EM NÓS, APROXIMAMO-NOS DELE COM CONFIANÇA PARA PEDIR PERDÃO E OBTER RESTAURAÇÃO.
OBSERVAÇÃO: NO TEMPLO HAVIA TRÊS FOGOS QUE DEVIAM ESTAR SEMPRE ACESOS:
·       O FOGO DO ALTAR DO HOLOCAUSTO (LV.6:8-13). A PARTE DO SACRIFÍCIO, QUE ERA PARA SER QUEIMADA, ERA POR MEIO DESTE FOGO.
·       O FOGO DO CASTIÇAL (ÊX.25:37; 27:21). ESTE FOGO SIMBOLIZA A NECESSIDADE DE QUE SEMPRE TENHAMOS O FOGO DO ESPÍRITO SANTO ACESO EM NOSSA VIDA. TEM QUE ESTAR ACESO, PARA QUE A NOSSA LUZ ESTEJA SEMPRE ACESA.
·       O FOGO DO ALTAR DO INCENSO (ÊX.30:8). SEM O FOGO NESTE ALTAR A FUMAÇA DO INCENSO NÃO PODIA SUBIR, ASSIM TAMBÉM NÓS PRECISAMOS DE FOGO NAS ORAÇÕES, NO LOUVOR, NA ADORAÇÃO, ETC.
2. OBJETIVOS DO HOLOCAUSTO.
DOIS ERAM OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DO HOLOCAUSTO:
- TORNAR O HOMEM PROPÍCIO A DEUS.
- PREPARAR A MENTE DOS HEBREUS A ENTENDER AS IDEIAS DE EXPIAÇÃO E REDENÇÃO E MANTÊ-LOS EM PROXIMIDADE E INTIMIDADE COM DEUS.
PARA O HOLOCAUSTO, ERA EXIGIDO UM TOURO, CARNEIRO OU BODE, MAS OS ADORADORES POBRES PODIAM OFERTAR POMBOS, ROLINHAS (LV.14:21,22; LC.2:22-24).
CADA OFERTANTE SE IDENTIFICAVA COM A SUA OFERTA: ELA DEVERIA SUBSTITUÍ-LO (LV.1:4).
O ANIMAL INTEIRO DEVERIA SER CONSUMIDO PELO FOGO PARA REPRESENTAR A TREMENDA SANTIDADE DE DEUS AO LIDAR COM O PECADO.
ESSA OFERTA TIPIFICAVA CLARAMENTE A OFERTA VOLUNTÁRIA DE CRISTO COMO O CORDEIRO DE DEUS, EM TOTAL OBEDIÊNCIA AO PAI. ELE SOFREU O CASTIGO PELO NOSSO PECADO.
A OFERTA DO ANIMAL PARA O SACRIFÍCIO TAMBÉM SIMBOLIZAVA A APRESENTAÇÃO VOLUNTÁRIA DO ADORADOR A DEUS.
SOMENTE QUANDO NOS IDENTIFICAMOS COM CRISTO, NOSSA PERFEITA OFERTA (EF.5:2; HB.10:10), PODEMOS SER PURIFICADOS DO PECADO E NOS TORNAMOS SACRIFÍCIOS VIVOS PARA DEUS (RM.12:1,2).
O HOLOCAUSTO NÃO ERA OFERECIDO APENAS PELA CULPA DO PECADO; ERA OFERTADO TAMBÉM COMO AÇÃO DE GRAÇAS A DEUS POR UMA VITÓRIA ALCANÇADA:
- JOSUÉ CELEBROU UMA IMPORTANTE VITÓRIA SOBRE OS CANANEUS COM HOLOCAUSTOS E OFERTAS PACÍFICAS (JS.8:31);
- GIDEÃO, AO SER COMISSIONADO PELO SENHOR PARA LIBERTAR ISRAEL, OFERTOU-LHE UM HOLOCAUSTO (JZ.6:26);
- QUANDO A ARCA FOI DEVOLVIDA PELOS FILISTEUS, FOI OFERECIDO UM SACRIFÍCIO EM AGRADECIMENTO AO SENHOR (1SM.6:14);
- SAMUEL OFERECEU SACRIFÍCIO AO DEUS DE ISRAEL, ANTECIPANDO UMA GRANDE VITÓRIA SOBRE OS FILISTEUS (1SM.13:9,10);
- A REFORMA DE EZEQUIAS FOI MARCADA POR GENEROSOS HOLOCAUSTOS (2CR.29:7-35);
- APÓS O RETORNO DO EXÍLIO, OS JUDEUS, AGRADECIDOS A DEUS PELA RESTAURAÇÃO DE SEU CULTO, TAMBÉM OFERECERAM-LHE HOLOCAUSTOS QUE IAM ALÉM DE SUAS POSSES (Ed.8:35).
3. A TIPOLOGIA DO HOLOCAUSTO.
A OFERTA DO HOLOCAUSTO APONTAVA PARA UM SACRIFÍCIO MELHOR E PERFEITO, NÃO TRANSITÓRIO (SL.40:6; HB.10:8,9).
“SACRIFÍCIO, E OFERTA, E HOLOCAUSTOS, E OBLAÇÕES PELO PECADO NÃO QUISESTE, NEM TE AGRADARAM (OS QUAIS SE OFERECEM SEGUNDO A LEI). ENTÃO, DISSE: EIS AQUI VENHO, PARA FAZER, Ó DEUS, A TUA VONTADE. TIRA O PRIMEIRO, PARA ESTABELECER O SEGUNDO” (HB.10:8,9)
AS DEMAIS OFERTAS ERAM TRANSITÓRIAS E INSUFICIENTE PARA RESOLVER O PROBLEMA DO PECADO, CONFORME NARRA O ESCRITOR AOS HEBREUS:
"DIZENDO NOVO CONCERTO, ENVELHECEU O PRIMEIRO. ORA, O QUE FOI TORNADO VELHO E SE ENVELHECE PERTO ESTÁ DE ACABAR" (HB.8:13).
OS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO SABIAM DISSO, E QUE UMA ALIANÇA SUPERIOR E DEFINITIVA JÁ HAVIA SIDO PROVIDENCIADA POR DEUS (JR.31:31-33):
“EIS QUE DIAS VÊM, DIZ O SENHOR, EM QUE FAREI UM CONCERTO NOVO COM A CASA DE ISRAEL E COM A CASA DE JUDÁ. NÃO CONFORME O CONCERTO QUE FIZ COM SEUS PAIS, NO DIA EM QUE OS TOMEI PELA MÃO, PARA OS TIRAR DA TERRA DO EGITO, PORQUANTO ELES INVALIDARAM O MEU CONCERTO, APESAR DE EU OS HAVER DESPOSADO, DIZ O SENHOR. MAS ESTE É O CONCERTO QUE FAREI COM A CASA DE ISRAEL DEPOIS DAQUELES DIAS, DIZ O SENHOR: POREI A MINHA LEI NO SEU INTERIOR E A ESCREVEREI NO SEU CORAÇÃO; E EU SEREI O SEU DEUS, E ELES SERÃO O MEU POVO”
OS HOLOCAUSTOS DA ANTIGA ALIANÇA ERAM TRANSITÓRIOS E IMPERFEITOS, MAS O SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO É PERFEITO E ETERNO, PORQUE ELE MORREU E RESSUSCITOU EFICAZMENTE POR TODA A HUMANIDADE.
HOJE, GRAÇAS A DEUS,  NÃO É PRECISO MAIS QUEIMAR NENHUM ANIMAL. JESUS CRISTO JÁ REALIZOU O SACRIFÍCIO PERFEITO E VICÁRIO (1CO.5:7).
ELE É O HOLOCAUSTO PERFEITO PORQUE NELE TUDO O QUE ERA NECESSÁRIO PARA QUE O SER HUMANO FOSSE SALVO SE REALIZOU.
PORTANTO, TUDO ESTÁ CONSUMADO (JOÃO 19:30). TUDO ESTÁ PAGO (CL.2:14). ALELUIA!
II. O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL
O SISTEMA SACRIFICIAL FOI INSTITUÍDO POR DEUS PARA LIGAR A NAÇÃO ISRAELITA A ELE PRÓPRIO.
O SACRIFÍCIO ERA O MEIO PELO QUAL O POVO PODIA APROXIMAR-SE DE DEUS.
O SENHOR ORDENOU: "NINGUÉM APARECERÁ VAZIO DIANTE DE MIM" (ÊX.34:20; DT.16:16).
1. NO PERÍODO PATRIARCAL.
NESTE PERÍODO, QUE É ANTERIOR AO PERÍODO MOSAICO, TEMOS DOIS EXEMPLOS EMBLEMÁTICOS: NOÉ E ABRAÃO.
- NOÉ. APÓS SAIR DA ARCA, JUNTAMENTE COM SUA FAMÍLIA, ERIGIU UM ALTAR EM AGRADECIMENTO À GRAÇA SALVADORA DE DEUS, E TOMOU DE TODO ANIMAL LIMPO E DE TODA AVE LIMPA E OFERECEU HOLOCAUSTOS SOBRE O ALTAR (GN.8:20).
O SENHOR SE AGRADOU DE SUA OFERTA DE GRATIDÃO.
E POR MEIO DE UMA ALIANÇA, O SENHOR PROMETEU NÃO MAIS DESTRUIR A TERRA COM ÁGUA: “NÃO TORNAREI A AMALDIÇOAR A TERRA [...] NEM TORNAREI A FERIR TODO VIVENTE, COMO FIZ” (GN.8:21).
ADORAR AO SENHOR COM SINCERIDADE CONTINUA TÃO ACEITÁVEL E AGRADÁVEL A DEUS COMO NA ÉPOCA DE NOÉ.
OBSERVE QUE EM GÊNESIS 6:5 E 8:21 DEUS FALA DA GRANDE MALDADE INTERIOR DO CORAÇÃO DO HOMEM.
“E VIU O SENHOR QUE A MALDADE DO HOMEM SE MULTIPLICARA SOBRE A TERRA E QUE TODA IMAGINAÇÃO DOS PENSAMENTOS DE SEU CORAÇÃO ERA SÓ MÁ CONTINUAMENTE” (GN.6:5).
NO PRIMEIRO MOMENTO, OU SEJA, ANTES DO DILÚVIO, NÃO HÁ SACRIFÍCIOS, DE MODO QUE O MUNDO ACABA EM JULGAMENTO.
NO SEGUNDO MOMENTO, OU SEJA, DEPOIS DO DILÚVIO, HÁ SACRIFÍCIOS, E DEUS AGE MISERICORDIOSAMENTE.
- ABRAÃO. TEMOS O SACRIFÍCIO DE UM CORDEIRO OFERECIDO AO SENHOR, EM SUBSTITUIÇÃO AO SEU FILHO ISAQUE, QUANDO A SUA FÉ FOI PROVADA POR DEUS NO MONTE MORIÁ (CF.GN.22:1-18).
ESTA É A MAIS ESPETACULAR EXPERIÊNCIA REGISTRADA NO ANTIGO TESTAMENTO.
NO MOMENTO EM QUE ABRAÃO TOMOU O CUTELO PARA IMOLAR O SEU FILHO, O ANJO DO SENHOR LHE BRADOU DESDE OS CÉUS E DISSE:
NÃO ESTENDAS A TUA MÃO SOBRE O MOÇO E NÃO LHE FAÇAS NADA; PORQUANTO AGORA SEI QUE TEMES A DEUS E NÃO ME NEGASTE O TEU FILHO, O TEU ÚNICO FILHO. ENTÃO, LEVANTOU ABRAÃO OS SEUS OLHOS E OLHOU, E EIS UM CARNEIRO DETRÁS DELE, TRAVADO PELAS SUAS PONTAS NUM MATO, E OFERECEU-O EM HOLOCAUSTO, EM LUGAR DE SEU FILHO ISAQUE (GN.22:10-13).
ABRAÃO ENFRENTOU A AMEAÇA DEVASTADORA DA MORTE E VENCEU SEU PODER PELA CONFIANÇA PLENA NA INTEGRIDADE DE DEUS.
POR OUTRO LADO, DEUS DEMONSTROU CLARAMENTE QUE O SACRIFÍCIO QUE ELE DESEJA É INTEIREZA DE CORAÇÃO, RENDIÇÃO AOS SEUS MANDAMENTOS.
2. NO PERÍODO MOSAICO.
ISRAEL, JÁ COMO NAÇÃO LIBERTA DA ESCRAVIDÃO DO EGITO, JÁ COMO POVO DA ALIANÇA, RECEBEU INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS COM RESPEITO AOS SACRIFÍCIOS.
LEVÍTICO É O MANUAL QUE INSTRUI OS ISRAELITAS COMO PROCEDER DE FORMA CORRETA.
TUDO SERIA EXECUTADO DE CONFORMIDADE COM AS REGRAS ESTABELECIDAS POR DEUS.
CASO CONTRÁRIO, OS ISRAELITAS CORRIAM O RISCO DE SE ENVEREDAR PELAS IDOLATRIAS EGÍPCIAS E CANANEIAS.
NO SISTEMA MOSAICO DE SACRÍFICOS, O HOLOCAUSTO ERA CONSIDERADO O MAIS PERFEITO DOS SACRIFÍCIOS. ERA INTEIRAMENTE CONSUMIDO PELO FOGO DO ALTAR;
CONQUANTO TIVESSE O ASPECTO EXPIATÓRIO, REPRESENTAVA ANTES DE TUDO A CONSAGRA­ÇÃO DO OFERTANTE, POIS A VÍTIMA ERA QUEIMADA POR INTEIRO AO SENHOR.
TODOS OS HOLOCAUSTOS LEVÍTICOS PREFIGURAVAM O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA OS PECADOS DO MUNDO, JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO VICÁRIO E PERFEITO.
A MORTE VICÁRIA DE JESUS CRISTO É, INFINITAMENTE, VALOROSA PARA O SER HUMANO, JÁ QUE SÓ ELA PRODUZ EFEITOS ETERNOS, QUAIS SEJAM: PROPICIAÇÃO, EXPIAÇÃO, REDENÇÃO E RECONCILIAÇÃO COM DEUS.
PELA MORTE VICÁRIA DE JESUS CRISTO, OS PECADOS DE QUEM CRER NELE COMO ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR SÃO PERDOADOS.
QUEM TEM OS SEUS PECADOS PERDOADOS, TEM A VIDA ETERNA, A QUAL É DADA PELO ÚNICO QUE PODE SALVAR, JESUS CRISTO (ATOS 4:12).
O SISTEMA MOSAICA DE SACRIFÍCIOS MOSTRAVA ALGUMAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES, A SABER:
A) O MOTIVO BÁSICO DOS SACRIFÍCIOS É A SUBSTITUIÇÃO E SEU FIM É A EXPIAÇÃO.
O HOMEM QUE PECASSE MERECIA A MORTE. PORÉM, EM SEU LUGAR, MORRIA UM ANIMAL INOCENTE, E ESSA MORTE CANCELAVA OU RETIRAVA O PECADO POR UM PERÍODO DE TEMPO.
SEM POSSIBILIDADE DE EXPIAÇÃO, A LEI SERVIRIA APENAS PARA CONDENAR O HOMEM DEIXANDO-O FRUSTRADO E DESESPERADO.
SE NÃO FOSSE PELOS SACRIFÍCIOS, FICARIA ANULADA TODA A POSSIBILIDADE DE QUE O HOMEM SE APROXIMASSE DE DEUS, UM DEUS SANTO, E O ANTIGO CONCERTO SERIA UMA DESILUSÃO.
POR MAIS QUE O HOMEM SE ESFORÇASSE POR CUMPRIR A LEI, FRACASSARIA POR SUA FRAQUEZA MORAL.
POR ISSO, ENQUANTO A LEI REVELA AS EXIGÊNCIAS DA SANTIDADE DE DEUS, A EXPIAÇÃO POR MEIO DO SACRIFÍCIO MANIFESTAVA A GRAÇA DIVINA QUE CUMPRIA AS EXIGÊNCIAS DE DEUS.
B) RELACIONAVA-SE COM O SACRIFÍCIO A IDEIA DE CONSAGRAÇÃO.
AO COLOCAR AS MÃOS SOBRE O ANIMAL ANTES DE DEGOLÁ-LO, O OFERTANTE IDENTIFICAVA-SE COM O ANIMAL.
OFERECIDA SOBRE O ALTAR, A VÍTIMA REPRESEN­TAVA AQUELE QUE A OFERECIA E INDICAVA QUE O OFERTANTE PERTENCIA A DEUS.
C) NO SISTEMA SACRIFICIAL ENCONTRAVA-SE A IDEIA DE ADORAÇÃO.
SACRIFICAR EQUIVALIA A "PRESTAR CULTO A DEUS, ATRIBUIR-LHE GLÓRIA POR SER O DEUS DE QUEM DEPENDEMOS E A QUEM DEVEMOS CULTO E SUBMISSÃO".
INFELIZMENTE, COM O TRANSCORRER DO TEMPO, OS ISRAELITAS CHEGARAM A ATUAR COMO SE O QUE IMPORTASSE PARA DEUS FOSSEM OS PRÓPRIOS SACRIFÍCIOS EM LUGAR DO CORAÇÃO PIEDOSO DO OFERTANTE.
O SALMISTA DAVI E OS PROFETAS PROCURARAM INCULCAR NO POVO A VERDADE DE QUE DEUS NÃO SE CONTENTAVA COM AS VÍTIMAS OFERECIDAS QUANDO FALTAVAM O ARREPENDIMENTO, A FÉ, A JUSTIÇA E A PIEDADE NAQUELES QUE AS OFERECIAM (cf.1Sm.15:22; SALMO 51:16, 17; Is.1:11-17; Mq.6:6-8.).
D) A FORMA EM QUE SE OFERECIAM OS SACRIFÍCIOS. O OFERTANTE SEGUIA OS SEGUINTES ATOS:
·       LEVAVA PESSOALMENTE O ANIMAL À PORTA DA CERCA DO TABERNÁCULO ONDE ESTAVA O ALTAR DO HOLOCAUSTO.
·       DEPOIS PUNHA AS MÃOS SOBRE O ANIMAL PARA INDICAR QUE ESTE ERA SEU SUBSTITUTO. EM DETERMINADOS SACRIFÍCIOS ESTE ATO INDICAVA A TRANSFERÊNCIA DOS PECADOS PARA O ANIMAL.
·       DEGOLAVA O ANIMAL COMO SINAL DA JUSTA PAGA DE SEUS PECADOS. ASSIM FOI NO CASO DE JESUS: A MORTE FOI A CONSEQUÊNCIA LÓGICA DE ELE HAVER CARREGADO O PECADO DE TODOS NÓS (Is.53:6). A SEGUIR, O SACERDOTE DERRAMAVA O SANGUE SOBRE O ALTAR.
·       SE FOSSE UM HOLOCAUSTO, TODO O ANIMAL ERA QUEIMADO; SE NÃO FOSSE HOLOCAUSTO, A PARTE DA VÍTIMA ERA QUEIMADA, E O RESTANTE ERA COMIDO PELOS SACERDOTES E SUAS FAMÍLIAS OU, NO CASO DO SACRIFÍCIO PACÍFICO, PELOS SACERDOTES E PELOS ADORADORES.
AO APROXIMAR-SE DO SENHOR COM UMA OFERTA QUEIMADA, O CRENTE HEBREU MOSTRAVA, ATRAVÉS DESSE RITO, A SUA DISPOSIÇÃO DE ENTREGAR, NÃO SOMENTE A VÍTIMA AO SENHOR, COMO TAMBÉM A SI MESMO.
III. JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO
A FIM DE QUE O CORDEIRO DE DEUS, JESUS CRISTO, SE TORNASSE O NOSSO HOLOCAUSTO PERFEITO, TRÊS COISAS FORAM-LHE NECESSÁRIAS: A ENCARNAÇÃO, O SOFRIMENTO E MORTE, E A RESSURREIÇÃO.
A MORTE E A RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR FORAM O "CLÍMAX" DE TODO O PLANO DIVINO PARA PROVER UMA SALVAÇÃO SUFICIENTE E ETERNA PARA TODO AQUELE QUE NELE CRER, OU SEJA, PARA TODO AQUELE QUE O RECEBER COMO ÚNICO SENHOR E SUFICIENTE SALVADOR.
JESUS É O HOLOCAUSTO DOS HOLOCAUSTOS.
A BÍBLIA APRESENTA TODOS OS SERES HUMANOS COMO PECADORES, VIVENDO NUM ESTADO DE MORTE ESPIRITUAL E DESTINADOS À MORTE FÍSICA E ETERNA.
A SENTENÇA DE MORTE PESA SOBRE O SER HUMANO POR CAUSA DA SUA IDENTIFICAÇÃO COM A QUEDA DE ADÃO (RM.5:14), SUA REBELIÃO CONTRA DEUS (CL.1:21,22) E SEU PECADO CONSTANTE (GN.6:5; 8:21; RM.3:10).
LOGO APÓS A QUEDA DO HOMEM, DEUS REVELOU SEU PLANO PARA SALVÁ-LO (GN.3:15).
ELE TOMARIA SOBRE SI O CASTIGO DO PECADO DE CADA INDIVÍDUO E RENOVARIA A COMUNHÃO ROMPIDA.
O PLANO FOI IMPLEMENTADO QUANDO JESUS CRISTO, DEUS ENCARNADO, SE OFERECEU POR NÓS (HB.9:1-28).
SEGUNDO O REV. HERNANDES DIAS LOPES, EM SEU LIVRO “HEBREUS”, CRISTO OFERECEU, UMA VEZ POR TODAS, O SACRIFÍCIO DE SI MESMO, PARA SATISFAZER A JUSTIÇA DIVINA E NOS RECONCILIAR COM DEUS.
NOSSA CULPA FOI TRANSFERIDA E IMPUTADA A ELE, QUE SOFREU A PENALIDADE QUE NÓS DEVERÍAMOS SOFRER.
ELE ELIMINOU O PECADO PELO SACRIFÍCIO DE SI MESMO.
·       OS SACERDOTES DO TABERNÁCULO TERRENO OFERECIAM O SANGUE DE ANIMAIS; CRISTO OFERECEU O PRÓPRIO SANGUE.
·       OS SACERDOTES TERRENOS ENTRAVAM NO SANTUÁRIO MUITAS VEZES PORQUE OFERECIAM O SANGUE DE ANIMAIS PELOS PECADOS DO POVO; CRISTO ENTROU DE UMA VEZ POR TODAS PORQUE OFERECEU O SEU PRÓPRIO SANGUE.
·       O MINISTÉRIO DOS SACERDOTES TERRENOS ERA CONTÍNUO E INSUFICIENTE; O DE CRISTO FOI ÚNICO E OBTEVE REDENÇÃO ETERNA PARA NÓS.
·       OS SACRIFÍCIOS TERRENOS ERAM ISENTOS DE MÁCULA APENAS FÍSICA; CRISTO ENTREGOU-SE A SI MESMO SEM MANCHA A DEUS, ISENTO DE TODA MÁCULA MORAL E ESPIRITUAL. ELE NÃO CONHECEU PECADO.
·       AS BÊNÇÃOS ADVINDAS POR MEIO DO TABERNÁCULO TERRESTRE ERAM TEMPORAIS; AS QUE CRISTO OFERECE SÃO ESPIRITUAIS E ETERNAS.
NO ENTENDIMENTO DO REV. HERNANDES DIAS LOPES, O HOLOCAUSTO DE CRISTO ENSEJA-NOS TRÊS GLORIOSAS BÊNÇÃOS:
A) ETERNA REDENÇÃO (HB.9:12).
O SANGUE DE BODES E BEZERROS NÃO PODIA PURIFICAR O POVO DE SEUS PECADOS, MAS APENAS LHES OFERECER PURIFICAÇÃO CERIMONIAL. POR ISSO, ESSES SACRIFÍCIOS PRECISAVAM SER REPETIDOS CONSTANTEMENTE.
CRISTO, PORÉM, OFERECEU SEU PRÓPRIO SANGUE COMO SACRIFÍCIO EFICAZ, PARA ADQUIRIR ETERNA REDENÇÃO PARA O SER HUMANO QUE O RECEBER COMO ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR.
CRISTO FOI MOÍDO NA PRENSA DE UVAS DA IRA DO PAI.
ELE SOFREU UM ECLIPSE DUPLO NA CRUZ: UM ECLIPSE SOLAR E UM ECLIPSE DA LUZ DA FACE DE DEUS.
ELE SENTIU AS DORES EM NOSSO LUGAR PARA CUMPRIR AS PROFECIAS DAS ESCRITURAS (LC.24:46).
CRISTO MORREU PARA SELAR O TESTAMENTO COM SEU SANGUE E COMPRAR PARA NÓS MANSÕES GLORIOSAS.
ELE FOI PENDURADO NA CRUZ PARA QUE PUDÉSSEMOS NOS ASSENTAR NO TRONO.
SUA CRUCIFICAÇÃO É NOSSA COROAÇÃO. SE ELE NÃO TIVESSE SUBIDO À CRUZ, NÓS DESCERÍAMOS AO INFERNO.
B) PURIFICAÇÃO DA CONSCIÊNCIA (HB.9:13,14).
OS SACRIFÍCIOS DA ANTIGA ALIANÇA NÃO PODIAM TRATAR DA PURIFICAÇÃO DA CONSCIÊNCIA; NÃO PODIAM OFERECER PLENO PERDÃO NEM ETERNA REDENÇÃO.
MAS, O SACRIFÍCIO ÚNICO, IRREPETÍVEL E EFICAZ REALIZADO POR CRISTO OFERECE PURIFICAÇÃO INTERIOR E CONSCIÊNCIA INCULPÁVEL.
O HOMEM TENTA DE TUDO PARA APLACAR SUA CONSCIÊNCIA CARREGADA DE CULPA.
SÓ HÁ APENAS UMA COISA CAPAZ DE PURIFICAR A CONSCIÊNCIA HUMANA: O SANGUE DE CRISTO DERRAMADO EM NOSSO FAVOR, COMO UM PAGAMENTO COMPLETO, PERFEITO E ABSOLUTO.
ESSA É A RESPOSTA DO CRISTIANISMO AO PROBLEMA DA CONSCIÊNCIA CULPADA.
C) SERVIÇO SANTIFICADO (HB.9:14).
SOMENTE AQUELES CUJA CONSCIÊNCIA FOI PURIFICADA DAS OBRAS MORTAS PELO SANGUE DE CRISTO PODEM SERVIR AO DEUS VIVO.
O SANGUE DE CRISTO NOS PURIFICA DIANTE DE DEUS E PURIFICA TAMBÉM NOSSO SERVIÇO PARA DEUS.
A PREGAÇÃO SEM UNÇÃO, AS ORAÇÕES SEM FERVOR, O CÂNTICO SEM ENTUSIASMO E OS TESTEMUNHOS VAZIOS OU OUTROS SERVIÇOS MERAMENTE FORMAIS, NADA DISSO É ACEITÁVEL A DEUS.
O SACRIFÍCIO DE JESUS:
- NÃO CONTEMPLA APENAS O PASSADO, MAS TAMBÉM O FUTURO.
- NÃO FAZ APENAS QUE O HOMEM SEJA PERDOADO, MAS TAMBÉM QUE SEJA INSTRUMENTALIZADO PARA FAZER A OBRA DE DEUS.
- NÃO APENAS PAGA SUA DÍVIDA, MAS TAMBÉM LHE CONCEDE VITÓRIA.
O SANGUE DE ANIMAL NÃO TINHA PODER PARA ANIQUILAR OS PECADOS; ELE ERA EFICAZ SOMENTE EM CASOS DE OFENSAS TÉCNICAS CONTRA O RITUAL RELIGIOSO.
MAS, O SANGUE DE CRISTO É DE VALOR INFINITO; SEU PODER É SUFICIENTE PARA PURIFICAR TODOS OS PECADOS DE TODOS OS POVOS QUE JÁ VIVERAM, QUE VIVEM E QUE AINDA VIVERÃO.
É EVIDENTE QUE SEU PODER É APLICÁVEL SOMENTE ÀQUELES QUE CHEGAM A CRISTO PELA FÉ. MAS, O POTENCIAL DE PURIFICAÇÃO É ILIMITADO.
JESUS FOI O CORDEIRO DE DEUS IMACULADO E SEM PECADO. OS ANIMAIS PARA OS SACRIFÍCIOS TINHAM DE SER FISICAMENTE SEM MANCHAS; JESUS ERA MORALMENTE SEM MÁCULA.
O NOSSO SENHOR “ENTROU NO SANTO DOS SANTOS, UMA VEZ POR TODAS, TENDO OBTIDO ETERNA REDENÇÃO” (HB.9:12).
NUNCA DEVERÍAMOS PARAR DE NOS REGOZIJAR COM ESTAS PALAVRAS: UMA VEZ POR TODAS”. A OBRA ESTÁ COMPLETA. LOUVADO SEJA O SENHOR JESUS!
OS SACERDOTES LEVÍTICOS OFERECIAM HOLOCAUSTOS PELO PECADO, DIA APÓS DIA; CRISTO SACRIFICOU-SE UMA SÓ VEZ.
OS SACERDOTES LEVÍTICOS SACRIFICAVAM ANIMAIS; CRISTO OFERECEU A SI MESMO.
OS SACRIFÍCIOS LEVÍTICOS APENAS COBRIAM O PECADO; O SACRIFÍCIO DE CRISTO REMOVEU O PECADO.
OS SACRIFÍCIOS LEVÍTICOS CESSARAM; O SACRIFÍCIO DE CRISTO TEM EFICÁCIA ETERNA.
CONCLUSÃO
CRISTO, O HOLOCAUSTO SUPREMO E PERPÉTUO, É O ÚNICO SACRIFÍCIO PELO PECADO QUE EXISTE ATUALMENTE.
COM O HOLOCAUSTO PERFEITO DO CORDEIRO PERFEITO DE DEUS, O SISTEMA SACRIFICIAL TERMINOU.
O PRÓPRIO DEUS ABRIU O CAMINHO PARA O PERDÃO E A RESTAURAÇÃO DA COMUNHÃO.
AGORA, PODEMOS DESFRUTAR DE ACESSO DIRETO AO PAI (JOÃO 10:27-30; 14:6,15; 17:3,21-23).
NÃO HÁ MAIS NECESSIDADE DE UM SACERDOTE PARA REPRESENTAR-NOS DIANTE DE DEUS, PORQUE AGORA TEMOS O SUMO-SACERDOTE PERFEITO (1TM.2:5).
NINGUÉM, POIS, DEVE REJEITAR O HOLOCAUSTO REDENTOR DE NOSSO SENHOR JESUS; AS PESSOAS QUE REJEITAM A CRISTO SOFRERÃO O TERRÍVEL JUÍZO DIVINO (HB.10:30,31).
“PORQUE BEM CONHECEMOS AQUELE QUE DISSE: MINHA É A VINGANÇA, EU DAREI A RECOMPENSA, DIZ O SENHOR. E OUTRA VEZ: O SENHOR JULGARÁ O SEU POVO. HORRENDA COISA É CAIR NAS MÃOS DO DEUS VIVO”.
-------------
Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas: