Texto Básico: 1Corintios 7:12-16
“Semelhantemente,
vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum
não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem
palavra”(1Pe 3:1)
INTRODUÇÃO
A família é um projeto divino.
Uma ideia que nasceu no coração de Deus, executada por Ele mesmo. Ele a criou
porque é importante o convívio familiar. Ele mesmo disse: “Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele”(Gn 2:18, CF). Foi um plano
incluído dentro do projeto geral da criação, perfeito em todos os aspectos: “Viu
Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom“(Gn 1:31).
A Bíblia é clara e resoluta, a
família começa com a união matrimonial entre um homem e uma mulher. Somente
duas pessoas de sexos diferentes – macho e fêmea – podem contrair matrimônio.
Observe que o Senhor, ao instituir o casamento, disse: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe,
e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”(Gn
2:24). É impossível que as partes que se unem no casamento sejam
complementares, se não forem de sexos diferentes. O Criador fez a mulher
distinta do homem, para que ambos, juntos, pudessem realizar o que Ele
determinou. A mulher tem outro modo de ser, de andar, de sorrir. Deus criou Eva
para compartilhar com Adão as suas emoções e os seus afetos. Juntos, podem
cumprir os propósitos de Deus para essa instituição, propósitos esses que vão
além da procriação.
Não há instituição que substitua
a família, no processo da socialização do indivíduo. Tudo o que é feito por
outras instituições é de caráter complementar.
O comportamento humano é
construído sobre os alicerces lançados na família. Entretanto, a cada dia fica
mais difícil encontrar famílias saudáveis. Deus não cometeu nenhum erro no Seu
projeto. Ocorre que a família é formada de seres humanos imperfeitos, os quais
vivem, às vezes, sob o domínio do pecado, e outras vezes sob sua influência.
É válido salientar que o
casamento é uma aliança. Malaquias 2:14 se refere ao casamento como uma
aliança: "E perguntais: Por que? Porque o Senhor foi testemunha da
aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo
ela a tua companheira e a mulher da tua aliança". É por isto
que Deus odeia o divórcio(Ml 2:16). No livro de Provérbios 2:17, Deus adverte
contra a adúltera que lisonjeia com palavras, que "deixa o amigo da sua
mocidade e se esquece da aliança com Deus". Note bem, ao deixar a
pessoa com quem ela se casou, é acusada de quebrar sua aliança. Portanto, o
casamento é uma aliança, e por isto não podemos tratá-lo a nosso próprio gosto.
Às vezes a divergência de credos
pode ser uma grande fonte de conflitos na família. Porém, em todo o tempo a
Bíblia enfatiza a importância do vinculo conjugal e recomenda, ao cônjuge
descrente, a submissão(1Pe 3:1; Tt 2:4,5) a fim de que ele seja alcançado por
intermédio do bom testemunho do cristão. Essa é a vontade de Deus. É o que
vamos estudar nesta Aula.
I.
CONVIVENDO COM O CÔNJUGE NÃO CRENTE
1. A convivência com
o cônjuge descrente. A convivência com o cônjuge
descrente é um desafio à fé. Existem três situações, consideradas mistas, que
podem ocorrer numa convivência entre cônjuges: (a) Existe o caso em que um
homem e uma mulher se casam não sendo crentes, e um deles depois se converte ao
evangelho, e o outro não; (b) Existe o caso de uma pessoa crente que se casa
com uma não crente. Isso ocorre com certa frequência, quando um cristão decide
desobedecer a Deus quanto à escolha de um cônjuge; (c) Existe o caso de duas
pessoas se casarem na igreja, e um dos cônjuges professar ser cristão, mas não
mostrar de forma evidente o fruto do espírito e a salvação depois do casamento.
Em qualquer destes casos há divergências
sobre o pensamento religioso, com grande possibilidade de conflitos,
dificultando a convivência e a unidade da família. Não obstante, a vontade de
Deus é que seja preservada a unidade familiar. A Bíblia não defende o divórcio,
nem mesmo de um cônjuge crente e um não crente. O ideal de Deus é que marido e
esposa permaneçam juntos, mesmo quando um dos cônjuges não for crente.
O apóstolo Paulo recomenda que não haja
a separação do casal, se houver entre eles consenso no tocante à vida em comum,
ou seja, se o não crente quer continuar vivendo com o crente, que não haja a
separação: "Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar
com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente
em habitar com ela, não o deixe" (1Co 7:13,14). Por causa do desejo de
servir a Cristo, algumas pessoas na igreja corintia pensavam que deveriam
divorciar-se de seu cônjuge pagão e se casar com um cristão. Mas Paulo
reafirmou o compromisso do casamento.
O cônjuge cristão deve tentar ganhar o
outro para Cristo. Seria fácil pensar no rompimento do relacionamento, porém,
Paulo enfatizou que se deve permanecer com o cônjuge incrédulo e ser uma
influência positiva na união. Assim como Jesus, Paulo acreditava que o
casamento deve ser para sempre(ver Mc 10:1-9).
Quando a fé cristã entra em um lar
descrente, ela deve ser uma ponte de novas bênçãos e não de novas desavenças. O
fato de um cônjuge incrédulo viver com um cônjuge crente possibilita a esse
cônjuge incrédulo conhecer o evangelho e ser abençoado por ele. O cônjuge
incrédulo é trazido para mias perto de Deus ao conviver com um cristão na mesma
casa.
Como, então, se evitar o conflito entre
os cônjuges que não professam a mesma fé?
A pessoa que é cristã deve se portar como uma serva ou servo de Deus,
dando testemunho de autentico filho de Deus, de uma pessoa santa. Desta feita,
o cônjuge que é cristão deve fazer de tudo para evitar o conflito. Deve-se
evitar discussões sobre religião ou igreja. O cônjuge descrente deve perceber
que ser cristão é ter uma vida alegre, de paz, de harmonia, de mansidão e de
profunda esperança no porvir. A recomendação de Paulo é bastante acolhedora:
“Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens”(Rm
12:18).
Sabe por que o apóstolo Paulo exorta que
o cônjuge se comporte dessa maneira? Ele responde no versículo 16: “Pois, como
sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás
tua mulher?”. Nesta mesma linha de pensamento o apóstolo Pedro diz: “Mulheres,
sede vós, igualmente, submissos a vosso próprio marido, para que, se ele ainda
não obedece à Palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento
de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor”(1Pe
3:1,2). É claro que este mesmo conselho vale para o homem.
Mas se o cônjuge
incrédulo quiser se separar do outro por não aceitar a sua fé em Cristo? Paulo responde: “Mas, se o incrédulo se apartar,
aparte-se; porque neste caso o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão”. Observe
que a iniciativa é do incrédulo e nunca do cristão. Caso aconteça do cônjuge
descrente abandonar ou divorciar-se do cônjuge crente, o relacionamento
conjugal é dissolvido e o crente está livre das suas obrigações conjugais
anteriores. “Neste caso... não está sujeito à servidão”, significa que o
crente fica desobrigado do contrato conjugal anterior. A palavra “servidão”
significa literalmente “escravizar”. Neste caso, o crente fiel já não está
escravizado aos seus votos conjugais. Tal cônjuge crente abandonado fica livre
para casar-se de novo, mas só com um crente (1Co 7:39). Contudo, é bom
ressaltar que o propósito principal da carta de Paulo era exortar as pessoas
casadas a buscarem a união, não a separação(ver 1Co 7:17; 1Pe 3:1,2).
2.
Santificando o cônjuge. O apóstolo Paulo dando continuidade a sua
explicação sobre a união matrimonial entre um crente e um incrédulo, se
expressa: “Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher
incrédula é santificada pelo marido crente” (1Co 7:14). Paulo não está
dizendo que o marido incrédulo é convertido e salvo pelo fato de estar casado
com uma mulher crente ou vice-versa. O casamento não é um meio de conversão. O
que Paulo está dizendo é que o marido ou a mulher traz benefícios para a sua
família. Esse cônjuge incrédulo fica, assim, exposto à influencia benéfica do
evangelho.
Quando a
fé cristã entra em um lar descrente, ela deve ser uma ponte de novas bênçãos e
não de novas desavenças. O fato de um cônjuge incrédulo viver com um cônjuge
crente possibilita a esse cônjuge incrédulo conhecer o evangelho e ser
abençoado por ele. O cônjuge incrédulo é trazido para mais perto de Deus ao
conviver com um cristão na mesma casa.
II.
AGINDO COM SABEDORIA
1. Na criação dos filhos. A tarefa
mais importante que os pais devem desenvolver em relação a seus filhos é, sem
dúvida, a formação de um caráter reto. A formação do caráter é como a
construção de uma casa, onde cada tijolo é colocado cuidadosamente, sendo que
cada “tijolo” representa um hábito. Podem ser hábitos bons ou maus. Muitas vezes
observam-se rachaduras, e isto é evidência de que os “tijolos” são de má
qualidade ou foram mal colocados. Esses hábitos ruins devem ser corrigidos,
senão a casa cairá quando a tempestade da prova a açoitar. É pela repetição de
atos que se formam os hábitos e o caráter é confirmado.
A desestruturação do lar pode trazer consequências
desastrosas à formação do caráter dos filhos. Estas podem ser de menor ou maior
gravidade, acarretar pequenos desvios recuperáveis ou deformações de conduta
moral, ética e sobretudo espiritual de proporções alarmantes. A ausência de
regras no lar, a falta de liderança paterna ou liderança dividida, a
permissividade, a passividade, a cumplicidade, o medo, entre outros, incluem-se
nas barreiras que contribuem para a desestruturação do lar e a má formação do
caráter dos filhos.
No lar, onde um dos cônjuges não é cristão temente a
Deus, ainda fica mais difícil a formação do caráter da criança ou do
adolescente dentro dos ditames orientadores da Palavra de Deus. Apesar disso, o
servo ou a serva de Deus deve evitar, de todas as maneiras, o conflito. Deve,
sim, se comportar com maturidade espiritual, visando trazer harmonia e paz no
lar. Deve-se ter cuidado para não dar lugar ao diabo(Ef 4:27), possibilitando-o
interferir na estrutura familiar.
Com muita oração, prudência e sabedoria, os filhos
devem receber instrução espiritual adequada e progressiva para aprender a
colocar sua fé em Deus e não se tornarem desobedientes, teimosos e rebeldes(ver
Dt 6:1-9). A ausência dessa instrução é prejudicial ao relacionamento entre
pais e filhos e à formação do caráter cristão dos filhos. O ensino da Palavra
de Deus molda o caráter e aperfeiçoa a vida moral, emocional e espiritual dos
membros da família. Não é tarefa fácil, mas não impossível.
Tome-se como exemplo a mãe de Timóteo, Eunice. Ela,
judia, era casada com um grego que não temia o Deus de Israel(At 16:1). Mas
isso não impediu que ela instruísse seu filho “no caminho que deve andar”(Pv
22:6). Ela e sua mãe(Lóide) ensinaram a Timóteo a Palavra de Deus, livrando-o
das influências do paganismo helênico. O apóstolo Paulo testemunha isso: ”Trazendo à memória a
fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua
mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti”(2Tm 1:5). Timóteo
tornou-se um zeloso ministro de Deus(1Ts 3:2), fiel no Senhor(1Co 4:17), e um
grande cooperador no ministério do apóstolo Paulo (Rm 16:21; 1Ts 3:2).
O apóstolo Paulo escrevendo à
igreja de Corinto orienta ao cristão, cujo cônjuge é descrente, da seguinte
maneira: “Porque o marido incrédulo é santificado
pela mulher, e a mulher incrédula é
santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam
imundos; mas agora são santos”. Aqui, o termo “santo”
não indica, de maneira alguma, que os filhos em si são santificados, ou seja,
que vivem de modo limpo e puro. Antes, significa que são separados e colocados
em posição de privilégio. Pelo menos um de seus pais ama ao Senhor e lhes
contará sobre o amor de Cristo e o seu plano salvífico. Existe a grande
possibilidade de serem salvos. Eles têm o privilégio de viver em um lar no qual
um dos pais possui, dentro de si, a presença do Espírito Santo. Desde o nascimento eles estão expostos ao
ensino e ao exemplo da fé cristã.
2. Nos afazeres domésticos.
Conquanto o cônjuge seja zeloso em sua fé em Deus e diligente no cumprimento
dos deveres demandados pela igreja, jamais deve privilegiar estes em detrimento
dos pleitos do lar. Na escala de prioridade está: Deus, a família e a igreja.
Portanto, deve-se evitar a compatibilidade dos momentos necessários para os
afazeres domésticos com aqueles reservados à igreja.
Com relação à mulher, ela não deve deixar sua casa
desorganizada, as refeições por fazer e as roupas da família sujas, sob a
alegação de que a reunião da igreja encerrou fora do horário normal. O cônjuge
descrente poderá não gostar da atitude da esposa e poderá alegar que a igreja
está sendo uma pedra de tropeço à sua família.
A mulher casada tem deveres e responsabilidades
diferentes das que tem a mulher quando solteira. Quando casada, ela deve ser
diligente e boa dona-de-casa. Assim sendo e assim agindo, a esposa está
contribuindo para o equilíbrio das finanças do lar e da família. Mesmo aquela
que tenha recursos para manter uma empregada doméstica, é bom lembrar que
cabe-lhe dar as ordens, portanto, deverá conhecer o que será melhor para o bom
andamento do seu lar. “Toda mulher sábia edifica sua casa, mas a tola
derruba-a com a suas mãos”(Pv 14.1). Logo, a mulher é negligente com
sua casa quando a sua prioridade não é cuidar dos seus encargos familiares e
agradar seu marido, seja ele crente ou não.
Faz bem enfatizar que a administração do cotidiano
do lar, segundo os planos e diretrizes decididos pelo marido, deve ficar com a
mulher, pois sua intuição e sensibilidade são fundamentais para que a família
possa suprir todas as suas necessidades econômico-financeiras, de higiene e
vestuário entre outras (Pv 31:13-27). Verdade é que, em virtude de a mulher
estar, cada vez mais, trabalhando fora de casa, deve haver um compartilhamento
de tarefas com o marido, mas jamais deve a mulher deixar de responder pela
coordenação e supervisão desta parte, pois é este o modelo bíblico e as
condições culturais não alteram a natureza do homem e da mulher.
Agir com sabedoria na administração do tempo é um
fator que evita conflitos. Uma mulher que sabe discernir entre o certo e o
errado, que é cônscio de seus deveres no lar, que sabe respeitar o seu cônjuge
e admoestar os seus filhos, é considerada uma mulher sábia, virtuosa. “Os seus
filhos a respeitam e falam bem dela, e o seu marido a elogia”(Pv 31:28). A
recíproca é verdadeira.
3. Na
vida espiritual. O que fazer quando o cônjuge descrente impede o
outro de participar das reuniões e das atividades da igreja? É bom saber que
isto acontece com muita frequência, muito mais para o lado da mulher! Numa
situação dessa o cônjuge cristão deve agir com bastante sabedoria, visando a
unidade da família e o bem-estar dos filhos.
Em hipótese nenhuma deve-se conflitar com o cônjuge
descrente. Pense bem que a sua conduta e a sua maneira de agir poderá, em
muito, causar reflexos sérios na vida do esposo descrente, cauterizando a sua
mente com relação às coisas de Deus e da igreja. Lembre-se que ele é uma alma a
ser ganha para Jesus. Portanto, deve-se agir com prudência. Deve-se ter
sabedoria de coração. Está escrito: “o sábio de coração será chamado
prudente...”(Pv 16:21); “No coração do prudente a sabedoria permanece, mas o
que está no interior dos tolos se faz conhecido”(Pv 14:33); “A casa e os bens
são herança dos pais; porém do Senhor vem a esposa prudente”(Pv 19:14).
Todavia, mesmo diante deste
obstáculo, a vida espiritual nunca deve ser relaxada. Os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em Espírito em Verdade(João 4:23). Deve-se reservar um espaço e
um horário adequado para oração, adoração e meditação da Palavra de Deus. Veja
o exemplo de Daniel, apesar de suas inúmeras atividades no reinado na
Babilônia(no reinado de Nabucodonosor(Dn 2:48), de Dario e Ciro – Dn 6:28), ele
nunca deixou de buscar (três vezes ao dia – Dn 6:10) a face do Senhor Deus.
Jesus, também nos ensina que devemos reservar um lugarzinho em nossa casa para
buscar a sua face de forma mais reservada: “Mas tu, quando orares, entra no
teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu
Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”(Mt 6:6). Certamente,
esses momentos preciosos na presença de Deus trará fortaleza espiritual e
ajudará suportar as perseguições por parte do cônjuge descrente; além disso,
evitará conflitos. Procedendo assim, Deus agirá em seu favor; e, quem sabe,
pela sua maneira de agir o cônjuge descrente converta-se ao Senhor Jesus, e
mais tarde poderá dizer: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Atente para a boa
recomendação de Pedro: “SEMELHANTEMENTE, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios
maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas
mulheres sejam ganhos sem palavra”(1Pe 3:1).
III.
EVANGELIZANDO O CÔNJUGE
1. Com nova postura. Em Jesus Cristo nos tornamos novas criaturas (2Co 5:17).
Fomos gerados novamente pelo Espírito Santo e passamos a viver uma nova vida.
Não vivemos mais segundo a carne, cumprindo os seus desejos malignos. Como
novas criaturas, produzimos novos frutos, ou seja, novas ações, pois agora
somos guiados e dirigidos pelo Senhor.
Nossas atitudes são como frutos.
Elas nos identificam, revelando o nosso caráter cristão (Gl 5:22). Como podemos
distinguir um cristão autêntico de um falso? Pelas suas ações, atitudes. A
Palavra deixa claro que uma árvore boa não pode produzir mau fruto (Mt 17:17),
pois vai contra a sua natureza, sua essência. Assim também acontece conosco.
Os atos falam mais
alto do que as palavras. Por isso é que dizem que a pregação com
a nossa vida, com os nossos atos são mãos penetrantes do que as palavras. Cada
um de nós precisa entender que estamos em cena e nossas ações estão sendo
observadas o tempo todo. Depois que entregamos a nossa vida a Cristo
tornamos-nos pessoas marcadas; o mundo está apenas aguardando a primeira
oportunidade para nos chamar de hipócritas! Satanás é o deus deste mundo e
tenta explorar cada deslize nosso.
Portanto, portar-se como
autêntico servo de Deus é uma maneira substancial de evangelizar o cônjuge
descrente. Ele verá que em você há algo diferente, sua vida foi transformada de
verdade, houve profunda mudança em seu caráter. E, dessa maneira, o incrédulo
poderá até vir a se converter a Cristo. Pense nisso!
2. Com
bom testemunho. Quando passamos a ter Jesus como nosso único e
suficiente Senhor e Salvador, passamos a viver como o patriarca Jó: retos,
sinceros, tementes a Deus e que se desviam do mal (Jó 1:8; 2:3). Isso será demonstrado através de
nossa conduta, em nosso viver diário.
Após a conversão, o nosso comportamento
deve evitar toda a aparência do mal. Exorta-nos o apóstolo Paulo: “Abstende-vos
de toda aparência do mal” (1Tes 5:22). A abstenção do pecado é a
única forma pela qual obteremos a santificação, mediante a qual teremos uma
vida de comunhão com Deus.
Muitos crêem que “pecadinhos”, “pecados menos
graves” não os impedirão de ir para o céu, mas o apóstolo deixa aqui bem claro
que devemos nos abster de toda a forma do mal, de todo tipo de mal, de toda
espécie de mal. Se nos abstivermos de toda a espécie de mal, se fizermos a
nossa parte, Deus fará a dEle, qual seja, a de nos santificar em tudo,
começando pelo espírito, passando pela alma e indo até o corpo. Quando tomamos
a decisão de nos afastarmos do pecado, entramos em comunhão com Deus e o Senhor
nos santifica, nos torna santos, nos justifica, numa transformação que começa
de dentro para fora.
A conduta do crente deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi
lapidada pelo poder do Espírito Santo. O crente deve ter uma vida
exemplar, quer em costumes, vestimentas, negócios, palavras, por está sendo
observado por outros. As pessoas do mundo podem não ler a Bíblia, mas
certamente lerão a vida do crente, que deve ser uma carta viva a testemunhar de
seu Criador. Está escrito: “Vivei, acima de tudo, por modo
digno do Evangelho de Cristo” (Fp 1:27).
Nos dias em que vivemos, muitos há que defendem
estratégias de convivência ou de tolerância com o pecado. Criam um sem-número
de subterfúgios para conviver com condutas pecaminosas, entre as quais a mais em
voga, na atualidade, é a chamada “questão cultural”, querendo, com isto,
justificar condutas que, “no passado seriam pecaminosas, mas que, com a
evolução da humanidade, não mais podem ser assim consideradas”. Tudo não passa
de artimanha do inimigo de nossas almas, que está bramando como leão buscando a
quem possa tragar (1Pe 5:8). Pecado é pecado porque é uma ofensa a Deus e Deus
não muda (Tg 1:17), de sorte que pecado será pecado em qualquer cultura, em
qualquer região, em qualquer lugar.
Portanto, o testemunho caracteriza-se, pois, pela
prática de atos que são agradáveis a Deus, que demonstram obediência e
reconhecimento da soberania do Senhor sobre a pessoa. Não é possível ter o
testemunho de Jesus Cristo sem que se faça aquilo que o Senhor tem ordenado na
Sua Palavra. O testemunho nada mais é que a expressão do amor à Palavra do
Senhor (Ap 1:2,9; 6:9; 12:11,17).
Não esqueçamos que o bom
testemunho, a boa conduta do cristão, começa no lar, nas pequenas atitudes. “O
cônjuge descrente precisa perceber a mudança realizada por Jesus em sua casa
através da conversão do outro”.
CONCLUSÃO
O primeiro grupo social a que uma pessoa pertence é a
família, grupo criado pelo próprio Deus (Gn.2:23,24) e que procura suprir as
necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas do ser humano. A
função da família é, precisamente, impedir que haja o sentimento de solidão,
que caracterizava Adão antes da formação da mulher (Gn.2:20). É o desejo de Deus que os
cônjuges superem as dificuldades e permaneçam unidos como Deus os criou, mesmo
que aja “divisão espiritual no lar”.
Portanto, se um cristão tem uma esposa incrédula e esta
consente em morar com ele, não deve deixá-la. Isso não significa que é
permitido a um homem cristão casar com uma mulher incrédula. Antes, se ele já
era casado quando foi convertido, não deve abandoná-la. Semelhantemente, a
mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, deve ficar
com o marido. Talvez possa ganhá-lo por meio de seu testemunho humilde e
piedoso. A vida e o testemunho da pessoa convertida a Cristo influenciam esse
lar para Deus. O cônjuge descrente se vê sob uma influência espiritual que
contém a possibilidade da conversão.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Novo
Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 51 – CPAD.
Princípios de Deus para o casamento – Rev. Hernandes
Dias Lopes.
Paz do Senhor parabéns mais uma vez por seus estudos, são de grande ajuda para nós professores da EBD. Sempre publico no meu blog seus estudo citando a fonte, aproveito e convido voce a nos visitar e se possivel nos seguir no http://luzevida123.blogspot.com.br/ . Obrigado Deus abençoe voce e sua familia.
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