3º Trimestre/2016
Texto Base: Marcos 16:9-20
"Portanto, ide, ensinai iodas as
nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado [...]"
(Mt 28:19,20).
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, trataremos do “desafio da
evangelização” num mundo em tremenda decadência moral e aversão a tudo o que se
prega sobre Deus. A evangelização não espera época específica para ser
praticada, ela é ultracircunstancial. Diz o apóstolo Paulo: “Conjuro-te, pois,
diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos,
na sua vinda e no seu Reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de
tempo...” (2Tm 4:1,2).
A evangelização é a tarefa mais urgente da
Igreja de Cristo. Além das criaturas humanas que estão bem longe de nossa
pátria, aqui mesmo, bem pertinho de nós, há alguém suspirando pelo evangelho
que salva, transforma e reconcilia o ser humano com o Deus Todo-Poderoso.
Nenhum outro trabalho é tão primordial e urgente quanto a evangelização. Quando
os cristãos têm consciência disso, passam a entender que sua existência gira em
torno desta missão dada a cada crente, que é membro do Corpo de Cristo em
particular. Assim, tudo quanto fizermos nesta vida, em qualquer setor ou
aspecto, deve levar em consideração, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua
justiça (Mt 6:33). Se crermos, de fato, que Cristo morreu e ressuscitou para
redimir-nos do inferno, não nos calaremos acerca de tão grande salvação (Hb
2:3). A evangelização compreende, também, o ensino, o batismo e a integração do
novo convertido.
I. EVANGELISMO E EVANGELIZAÇÃO
“Evangelismo ou evangelização? Evangelização
depende do evangelismo. Se este é a teoria, aquela é a prática”.
1. Evangelismo. É
a doutrina cujo objetivo é fundamentar biblicamente o trabalho evangelístico
da Igreja de Cristo (Mt 28:19,20; At 1:8). Segundo alguns estudiosos, o termo “evangelismo”
tem sido usado na maioria das vezes de maneira incorreta e inadequada, até
mesmo em meio acadêmico e em conferências missionárias, com o sentido igual ao
do verbo “evangelizar” ou do substantivo deste. Contudo, a palavra “evangelismo’,
é formada pelos termos gregos “euangelion”,
que é “evangelho”, e “ismós”, que
denota “sistema”. Desta maneira, quando falamos de “evangelismo”, literalmente
não estamos nos referindo propriamente a ação de transmitir a Palavra, porém, a
um “sistema baseado em princípios, métodos, estratégias e técnicas da ação de ‘evangelizar’”.
Então, o “evangelismo” é um sistema disciplinar que organiza a operação da ação
de evangelizar, suprindo-a de recursos. Como disse o pr. Claudionor de Andrade,
o evangelismo fornece também as bases metodológicas, a fim de que os
evangelizadores cumpram eficazmente a sua tarefa. Exorta Paulo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”
(2Tm 2:15).
2.
Evangelização. Evangelização é o anúncio do Evangelho, é
o anúncio de que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e leva para o
céu. Era esta a mensagem que era pregada pelos apóstolos, aqueles que receberam
diretamente a “Grande Comissão” (At 2:22-36; 3:13-26; 5:40-42; 6:14; 8:5,35;
9:20; 10:37,38; 11:20; 13:26-41).
O assunto primordial da Igreja é a salvação
do homem na pessoa de Jesus Cristo. É para isto que existe a Igreja. Não
devemos nos perder em discussões inúteis e que não trazem proveito algum (1Tm 1:4-7;
6:3,5). O Senhor nos mandou pregar o Evangelho e não ficar discutindo filigranas,
inúteis temas doutrinários-teológicos ou nos perdendo em interpretações de
aspectos absolutamente secundários das Escrituras, quando não de questões
relacionadas com a cultura e costumes. “Pregai o Evangelho”, diz o Senhor; esta
é a função da Igreja, nada mais, nada menos que isto.
Concordo com o Ev. Dr. Caramuru Afonso
Francisco, quando diz que nos dias em que vivemos, até mesmo nos cultos das
igrejas locais o Evangelho não tem mais sido pregado! Perdem-se horas em
eventos, em ensaios, em apresentações, em efemérides sociais, em discussões
relativas a usos e costumes, e se esquece de dizer que Jesus salva, cura,
batiza com o Espírito Santo e leva para o céu. Há, mesmo, milhares de cultos
diariamente em que nem sequer é feito o convite ao pecador para aceitar a
Cristo! Como estamos distantes do objetivo fixado pelo Senhor: a pregação do
Evangelho.
Diz mais o Ev. Dr. Caramuru Afonso: “algumas
igrejas procuram se cercar de métodos e de estratégias para aumentar a
eficiência e a eficácia da evangelização. Nas últimas décadas, surgiram mais
métodos de evangelização e técnicas de crescimento de igrejas do que em toda a
história da Igreja. É o “crescimento por células”, “crescimento por grupos
pequenos”, “evangelismo explosivo”, “crescimento por propósitos”, enfim, um
sem-número de fórmulas e modelos que procuram recuperar o tempo perdido e fazer
com que as igrejas retomem a evangelização como prioridade. Muitos destes
métodos foram testados e, aqui ou ali, tiveram algum resultado (além de, vez
por outra, enriquecer os seus idealizadores…), mas nada, absolutamente coisa
alguma pode substituir o modelo bíblico, que é o do comprometimento de toda a
igreja local, o amor real de cada crente pelas almas perdidas. Sem este
compromisso, que não é gerado por método algum, mas tão somente pelo amor de
Deus derramado pelo Espírito Santo em cada coração (Rm 5:5), pode fazer com que
cada crente na sua igreja local se esforce para que as almas sejam salvas. Como
diz o apóstolo Judas, somente se nos conservarmos no amor de Deus, esperando a
misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna, teremos piedade
de alguns, que estão duvidosos, como também nos empenharemos para salvar alguns
arrebatando-os do fogo (Jd.21-23)”.
II. POR QUE TEMOS DE EVANGELIZAR
“A evangelização é um mandamento de Jesus. É
também a maior expressão de amor, pois o mundo jaz no maligno e em breve Jesus
voltará”.
1. É um mandamento de Jesus.
Está expresso em Mateus 28:19,20: “Portanto
ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos
tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos”. O verbo “ide”, tanto em
Mateus como em Marcos, está no imperativo, ou seja, trata-se de uma ordem, não
de uma recomendação ou de um conselho que venha da parte do Senhor.
A ordem do Senhor é que devemos ir por todo
o mundo. Ir ao encontro dos pecadores, levar-lhes a mensagem da salvação em
Cristo Jesus. O homem não tem condições de salvar-se a si próprio e, mais, o
deus deste século lhe cegou o entendimento para que não tenha condições de ver
a luz do evangelho da glória de Cristo (2Co 4:4). Portanto, a ordem do Senhor é
para que se pregue a toda criatura, mesmo aquela que, pela sua conduta, pela
sua forma de proceder, é alvo de todo ódio, de toda repugnância, de todo o
desprezo da sociedade e do mundo. Deve-se pregar a toda a criatura, mesmo que
seja a pior pessoa que exista sobre a face da Terra. Não cabe à Igreja julgar as
pessoas e dizer a quem deve, ou não, ser pregada a Palavra.
É interessante observarmos que, nos dias do
profeta Jonas, o Senhor mandou que fosse feita a pregação a todos os ninivitas,
sem exceção alguma, ainda que eles fossem os homens mais cruéis que existiam no
mundo naquele tempo. Jonas teve de pregar para todos, sem exceção, ainda que
muitos, pela sua extrema crueldade e maldade, fossem, na verdade, verdadeiras
“bestas-feras”, verdadeiros “animais” (Jonas 3:8), que, mesmo sendo o que eram,
foram alcançados pela misericórdia divina. Observe o exemplo de Jesus - Ele ia
ao encontro dos publicanos e das meretrizes, considerados a escória da
sociedade de seu tempo. E nós, o que estamos a fazer? Jesus valorizava a todos
indistintamente, até mesmo aquele considerado a pior escória da sociedade, como
era o endemoninhado gadareno (cf. Mc 5:1-20). Jesus, depois de um dia
fatigante, atravessou o mar da galileia, enfrentou uma tempestade impiedosa
para salvar um homem que todos tinham rejeitado e descartado, até mesmo pelos
de sua família. Qual o valor de uma vida? Para Jesus tem um valor imenso. E
nós, como avaliamos as pessoas?
2.
É a maior expressão de amor da Igreja. A Igreja é chamada
de “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 2:15), porque deve sustentar e ser a
legítima anunciadora da Palavra de Deus sobre a face da Terra. Num mundo onde a
iniquidade aumenta a cada dia (Mt 24:12), num mundo onde a corrupção geral do
gênero humano é cada vez maior (Rm 1:18-32), cabe à Igreja a difícil tarefa de
anunciar a Verdade, de mostrar ao mundo a Palavra de Deus, resplandecendo como
astro no meio de uma geração corrompida e perversa (Fp.2:15).
A igreja existe para evangelizar, assim como
o hospital existe para cuidar de doente e a escola, para que professores
ensinem os alunos. Sem a evangelização as igrejas não passarão de clubes
sociais, e, diremos, de qualidade muito inferior a muitos outros que, pelo
menos, têm alguma relevância social, o que, via de regra, não ocorre com as
igrejas locais que se esqueceram da evangelização.
No princípio, a igreja desempenhava a grande
comissão com muita dedicação e amor. Havia um espírito de união, unidade,
comunhão, movido pelo amor divino. Diz o texto sagado: “E perseveravam na
doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At
2:42). Estes princípios eram tão intensos na vida daqueles irmãos que “... todos
os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At
2:47). Urge voltamos a estes princípios que caracterizavam a igreja primitiva.
A ressurreição de Cristo -
esta foi a primeira grande mensagem da Igreja. Todos em Jerusalém estavam
cientes do que acontecera a Jesus de Nazaré: a sua crucificação, a sua morte e
o seu sepultamento. O que eles desconheciam é que Ele se tinha levantado dentre
os mortos e estava vivo. Era uma mensagem difícil de ser entregue. Como
convencer alguém de que um morto estava vivo? Como persuadir à fé os judeus
religiosos, os gregos racionalistas e os poderosos romanos? Quando Paulo, em
pleno Areópago de Atenas, mencionou a ressurreição de Jesus, a reação dos
atenienses foi esta: “E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns
escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez” (Atos
17:32). No entanto, Paulo não se deixou abater e afirmou com convicção: “Se
Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé…” (1Co 15:17). E a verdade é que
muitos, perante os sinais que evidenciavam que Cristo estava vivo no meio da
Igreja, criam e a multidão dos crentes multiplicava-se, a ponto de conquistar
todo o império no espaço de uma geração (Cl 1:6).
3.
O mundo jaz no maligno. O mundo arma um cenário encantador
para nos atrair. Contudo, o mundo jaz no maligno, como diz o apóstolo João
(1João 5:19).
Nós vivemos em uma época caracterizada por
imundície moral. O perigo da contaminação pelo mundo por meio de suas
diversões, revistas, livros, internet, comunicação social e a vida do
dia-a-dia, é algo que nós conhecemos muito bem. Quando o cristão e a igreja
local apresentam-se como “luz do mundo” e “sal da terra”, tendo uma vida
diferente dos demais homens e mulheres que os cercam, vivendo aquilo que
pregam, “fazendo a diferença”, como se costuma dizer hoje em dia, estamos a
proclamar a Palavra de Deus, a cumprir o encargo profético que nos foi dado
pelo Senhor Jesus.
Como portadora da Verdade, a igreja deve se
posicionar sempre que uma decisão, uma ideia, uma afirmação vier a contrariar
as Escrituras. É dever indeclinável da Igreja alertar os descaminhos e os rumos
contrários à Palavra de Deus que têm sido cada vez mais intensamente adotados
pelo mundo. Esta atitude profética da Igreja encontra-se muito demonstrada nos
profetas do Antigo Testamento que, não poucas vezes, tiveram de se indispor com
a sociedade de seus dias, mui especialmente com os governantes e os integrantes
das classes sociais integrantes da elite. Quando vemos as mensagens
contundentes de Elias, Eliseu, Amós, Isaías, Jeremias, Ezequiel e de João
Batista, entre outros, percebemos que o exercício do encargo profético é
espinhoso, antipático e ensejador de perseguições, mas que não há outro caminho
a seguir senão falar a verdade, custe o que custar. Aliás, estes profetas
falaram sem ter noção exata do preço da salvação, ao contrário da Igreja, que
sabe que custou o precioso sangue de Jesus (1Pd 1:18,19), o que tornará o custo
da nossa denúncia sempre muito inferior ao preço do nosso resgate, como também
em comparação com a glória que está reservada para os fiéis (Rm 8:18).
4.
Porque Jesus em breve virá. A igreja deve realizar com
presteza e urgência a pregação do evangelho da Salvação porque haverá um tempo,
quando a noite chegar, que não será mais possível trabalhar. Foi o próprio
Jesus quem advertiu: "Convém que eu
faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando
ninguém pode trabalhar" (João 9:4). O termo “noite” neste versículo
refere-se à morte. Passamos uma só vez por este mundo; se não fizermos aqui o
que devemos e podemos fazer para Deus e para o próximo, não teremos outra
oportunidade. A evangelização é o trabalho mais sublime que a igreja deve fazer
em prol das pessoas que ainda não aceitaram Cristo como seu único e suficiente
Senhor e Salvador. Além disso, Jesus em breve virá, no momento certo, que não
sabemos nem temos condição de saber qual é (Mt 24:36), e se a igreja não for
mais ousada em sua principal obrigação aqui na Terra, que é a pregação do
Evangelho, então a maioria das pessoas do planeta irão para o inferno onde
padecerão eternamente. Não podemos comparecer de mãos vazias perante o Senhor
da Seara.
III. COMO EVANGELIZAR
“A missão de pregar a todos, em todos os
lugares e em todo tempo inclui a evangelização pessoal, coletiva,
nacional e transcultural”.
1.
Evangelização pessoal. Evangelização Pessoal é a obra de
falar de Cristo aos perdidos individualmente, é levá-los a Cristo, o Salvador
(João 1:41,42; At 8:30). Jesus foi um exímio praticante deste modelo de
evangelização. Certa feita, na calada da noite, recebeu Nicodemos, a quem falou
do milagre do novo nascimento (João 3:1-16) e, no ardor do dia, mostrou à
mulher samaritana a eficácia da água da vida (João 4:1-24).
Concordo com o pr. Antônio Gilberto quando
diz que a importância da Evangelização Pessoal vê-se no fato de que a
evangelização dos pecadores foi o último assunto de Jesus aos discípulos antes
de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou à Igreja o encargo da
evangelização do mundo (Mc 16:15). O Evangelismo Pessoal vai além do pecador
perdido: ele alcança também o desviado e o crente necessitado de conforto,
direção, ânimo e auxílio. Ele reaviva a fé e a esperança nas promessas das
Santas Escrituras (GILBERTO, Antônio -
Pratica do Evangelismo Pessoal. 1ed. Rio de Janeiro. CPAD, 1983, p. 10).
O destino de muitas pessoas será o inferno.
O Novo Testamento revela o local dessas chamas eternas: o Lago de Fogo (Ap
19:20; Ap 20:10,14,15). Então, o que fazer quando você quiser dizer a alguém
que ama como evitar o castigo eterno? Você evangeliza, anuncia a Boa-Nova, ou
seja, dá a boa notícia, você apresenta o Evangelho.
Como deve ser feito a Evangelização Pessoal?
a) Com profundo amor;
b) Com paciência e persistência;
c) Ouvindo a pessoa evangelizada;
d) Usando linguagem que as pessoas compreendam;
e) Fazendo perguntas sábias sobre a salvação;
f) Não fugindo do assunto da salvação.
g) Evitando assuntos polêmicos e discussões;
h) Evitando ficar irritado;
i) Mostrando o plano da salvação de modo simples;
j) Procurando responder todas as perguntas com
apoio bíblico.
2.
Evangelização coletiva ou em massa. Este método implica em
alcançar muitas pessoas ao mesmo tempo. Cristo e os Apóstolos sempre gostaram
desse método – Ex.: Jesus e o sermão do monte; Paulo no Areópago, ensinando que
filosofia não traz paz à alma e que só devemos adorar a um Deus. Exemplos mais
usuais atualmente: Cruzadas, Culto nos templos, Cultos nas praças, dentre
outros.
3. Evangelização
urbana. A vida urbana é
uma realidade que desafia e exige da igreja uma pronta e veemente atitude para
alcançá-la. Tem havido um enorme êxodo rural de pessoas em busca de melhores
oportunidades, e isto tem inchado as grandes cidades de favelas e de
marginalização, causando um desarranjo social incontrolável. A desorganização
da vida urbana tem causado muitos problemas sociais, e a igreja deve estar
preparada para responder a esses dilemas. Estratégias adequadas devem ser
desenvolvidas para alcançar as pessoas. Os problemas típicos da vida urbana,
tais quais a diversidade cultural, a marginalização social, o materialismo, a
invasão das seitas e as tendências sociais, desafiam a igreja no sentido de,
sem afetar a essência da mensagem do evangelho, demonstrar o poder da Palavra
de Deus que transforma e dá esperança a todos (Rm 1:16).
“O
Evangelho deve ser pregado aos pobres, aos ricos, aos setores médios, a nossas
autoridades – a todos os setores de nossa sociedade urbana. Devemos evitar a
tentação de limitar o Evangelho a nossos gostos, juízos e versículos favoritos.
Façamos o esforço de anunciar a mensagem, fazendo discípulos e ensinando tudo o
que Jesus nos ensinou. Não caiamos na tentação de pregar uma mensagem
parcializada e barata, à moda das liquidações e ofertas do mercado, sem
anunciar a renúncia e o sacrifício que implica o ser cristão. Não façamos do
Evangelho uma mercadoria barata, que Jesus expulsará com açoites dos templos
prostituídos de nossas vidas. Não esqueçamos de ensinar todo o conselho de Deus
a todo o povo de Deus, para que este seja uma fiel testemunha do Evangelho ali
onde o Senhor o tem enviado”(Tito Paredes - A DIMENSÃO TRANSCULTURAL DO
EVANGELHO).
4.
Evangelização transcultural. O Evangelho da graça foi
dado a todo o mundo e não é monopólio de um só povo ou cultura. Se cremos que a
Bíblia é a Palavra de Deus devemos crer necessariamente que missões
transculturais é o programa de Deus, visto que de Gênesis ao Apocalipse ela nos
revela o amor de Deus pelas nações da Terra (Gn 12:3b; Is 49:6; Ap 5:9) .
A evangelização transcultural começa na vida
urbana com as diferentes culturas vividas pelos seus habitantes. Porém, ela
avança quando requer dos missionários uma capacitação especial para alcançar as
pessoas. É preciso que o missionário tenha uma visão nítida de que a mensagem
do evangelho é global, pois o cristianismo deve alcançar cada tribo, e língua,
e povo, e nação até as extremidades da terra – “... também te porei para luz
das nações, para seres a minha salvação até a extremidade da terra”(Is 49:6);
“porque assim nos ordenou o Senhor: Eu te pus para luz dos gentios, a fim de
que sejas para salvação até os confins da terra”(At 13.47).
CONCLUSÃO
A melhor e mais impressionante forma de
pregarmos o Evangelho é vivermos de acordo com o Evangelho, é termos uma vida
sincera e irrepreensível diante de Deus e dos homens. É necessário que cada um
de nós, com nossas vidas, pregue o Evangelho, que cada um de nós seja “… uma
carta de Cristo e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não
em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração, conhecida e lida de
todos os homens” (cf. 2Co 3:2,3). Assim, ao contrário do que muitos pensam, ou
seja, de que evangelizar é entregar folhetos, bater de porta em porta, levar
alguém até uma igreja ou subir em um púlpito ou pregar ao ar livre, evangelizar
é tudo isto e muito mais: é viver de acordo com a Palavra de Deus, é desfrutar
de uma comunhão sincera e perfeita com o Senhor, a ponto de sermos vasos de
honra em todos os lugares em que estivermos ou vivermos (2Tm 2:20,21).
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível
no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário
Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Guia
do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards.
Revista
Ensinador Cristão – nº 67. CPAD.
Ev.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Missão Profética da Igreja. PortalEBD_2007.
Ev.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Evangelização – a Missão máxima da Igreja.
PortalEBD_2007.
O
novo dicionário da Bíblia.
Pr.
Antônio José Correa. Aspectos do Novo Pacto.
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