3º Trimestre/2017
Texto Base: 1Ts.4:13-18; Lucas 21:25-27
“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao
ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt.24:27).
Estudaremos nesta Aula a respeito da
Segunda Vinda de Jesus Cristo. Todos aqueles que aceitaram a Cristo como Senhor
e Salvador creem piamente na promessa deste glorioso evento, que fora feita
pelo próprio Senhor Jesus, e que se dará em duas fases distintas: a primeira é
o Arrebatamento da Igreja, e a segunda é a sua vinda em glória. Entre esses
dois eventos, haverá na terra a Grande Tribulação e em algum lugar determinado
o Tribunal de Cristo seguido das Bodas do Cordeiro.
A Promessa da segunda Vinda de Cristo
é a mais importante para a Igreja, é a razão da sua própria fé, é "a
bem-aventurada esperança" de que trata Tito 2:13. Esse tão aguardado
evento significará, para a Igreja, o ápice de sua peregrinação neste mundo (Mt.16:18).
Ela representa o último estágio do processo da Salvação, que é a glorificação.
Paulo, na sua última epístola, mostra que era esta a sua esperança, tanto que
diz que esperava a coroa que estava reservada não só a ele, mas a todos quantos
amassem a vinda do Senhor (2Tm.4:8), a nos indicar, portanto, que o motivo do
bom combate, da guarda da fé e da carreira até o fim era o amor à vinda de
Jesus.
O plano da salvação envolve a
convivência eterna com o Senhor e, por isso, tem-se como necessária a vinda de
Cristo para não só nos levar para junto dEle, mas também para premiar aqueles
que nEle creram e que, por conseguinte, não merecem sofrer a ira divina que há
de vir sobre a face da Terra. Portanto, a iminência da volta do Senhor traz ao
crente uma consciência de vivermos uma vida mais santa e desejo de estar mais
perto do Senhor.
I. OS EVENTOS DO PORVIR
1. Fonte de predição. A Bíblia Sagrada é a fundamental fonte confiável que precisamos saber sobre
os eventos do futuro. Este é um assunto que fascina a todos os cristãos. Certa
feita, os discípulos de Jesus - Pedro, Tiago, João e André - indagaram a Ele
acerca disso. A pergunta dos discípulos envolvia os acontecimentos daquela
época, do nosso tempo e do fim do mundo.
“E, estando assentado no Monte das
Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo:
dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do
mundo? ” (Mc.13:3).
A pergunta dos discípulos, na
verdade, pode ser desdobrada em três, e demonstra a visão correta que eles
tiveram sobre os eventos escatológicos.
a) “Quando serão essas coisas”. Aqui, “essas coisas” falavam daquele tempo presente e estavam
relacionadas com a destruição do templo, segundo Jesus havia dito alguns
momentos antes, e que, na verdade, ocorreu no ano 70 d.C, quando o templo foi
demolido pelo exército romano, que não deixou “pedra sobre pedra”, conforme
tinha sido predito por Jesus.
b) “Que sinal haverá da tua vinda”. Isto refere-se à segunda vinda de Jesus. Essa segunda vinda
acontecerá em duas etapas. Na primeira etapa, o Senhor Jesus virá para a Igreja
- é chamada de momento do Arrebatamento da Igreja, que poderá acontecer a
qualquer momento (Mt.24:44; 1Co.15:51,52). Na segunda etapa de sua vinda, o
Senhor Jesus virá para os Judeus, ou para Israel, pois descerá, de forma
visível, no Monte das Oliveiras. Esta segunda etapa é conhecida como o dia da
Revelação, pois será visível a todos – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho
o verá...”(Ap.1:7).
c) “E do fim do mundo”. É difícil sabermos se naquele momento, Pedro, Tiago, João e André, que
até poucas horas antes parecia que estavam ainda sonhando com um reino terreno,
entenderam a profundidade e o alcance da pergunta que estavam fazendo, ou se
foram inspirados pelo Espírito Santo a fazê-la, a fim de que o Senhor Jesus
pudesse descortinar o futuro em seu grande sermão escatológico.
Portanto, a Primeira parte do que os
discípulos queriam saber cumpriu-se. No ano 70 d.C, o Templo foi totalmente
destruído, não ficando “pedra sobre pedra”, e os judeus que conseguiram fugir,
a partir daquela data, espalharam-se pelo mundo, para somente se fixar de novo
naquela terra, como nação, em 1948. A Segunda parte do que eles queriam saber
ainda não se cumpriu - que é a “Tua Vinda e do fim do mundo”. Após os
acontecimentos relativos à “Tua Vinda”, as atividades na terra continuarão,
pelo menos, por mais mil anos, é o reino milenar de Cristo (Mq.4:3; Is.2:4; 65:21-23;
Zc.8:4-12). Após, ao que parece, virá o fim de todas as coisas!
Infelizmente, muitos não acreditam
mais na Segunda Vinda de Cristo. Já no primeiro século algumas pessoas não
acreditavam neste glorioso acontecimento. O apóstolo Pedro fala sobre os
"escarnecedores", que dizem: "Onde está a promessa da sua vinda?
”, achando que a Palavra de Deus não haveria de se cumprir, por causa da demora
em chegar ao fim dos tempos (2Pd.3:3,4). Imaginem hoje quantos também descreem
da volta do Senhor! Há até pastores de igrejas que desacreditam na volta
literal do Senhor Jesus, descendo sobre as nuvens para buscar a sua igreja.
Ocorre que a Palavra de Deus não pode falhar; ela é ao mesmo tempo inspirada,
revelada e inerrante, pois o seu Autor é Deus, por intermédio do Espírito
Santo, que transmite a mensagem para a Igreja e para o mundo.
Irmãos, Deus não se guia pelo tempo
cronológico (gr. kronos); Ele se guia por seu próprio "tempo", que
pode ser traduzido pela palavra grega kairós,
que se refere a um "tempo", período ou "era"
indeterminados, que não podem ser avaliados ou estabelecidos pela lógica da
cronologia humana. Foi por isso que o apóstolo Pedro, numa inspiração
profética, referiu-se ao tempo da volta de Jesus de forma bem incisiva e
profética, quando escreveu, em sua Segunda Carta, em alusão aos escarnecedores
que duvidavam que Jesus voltaria, face os anos decorridos, desde seu retomo
para os céus: "Mas, amados, não ignoreis uma cousa: que um dia para o
Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2Pd.3:8). Quem pode
entender a mente de Deus? Ninguém. Não se sabe se Ele está usando a equação de
mil anos, como um dia, ou de um dia como mil anos.
2. O destino dos impérios da antiguidade. Segundo Tim LAHAYE, “uma das características mais inigualáveis dos
verdadeiros profetas do Antigo Testamento era a habilidade que tinham de prever
os eventos futuros com perfeita exatidão. O próprio Deus previu o cativeiro de
Israel no Egito e o seu subsequente livramento (Gn.15:13-18). Moisés previu a
conquista bem-sucedida da Terra Prometida pelos israelitas sob o comando de
Josué (Dt.31:23). Samuel previu o fracasso da dinastia de Saul (1Sm.15:28).
Natã previu as consequências do pecado de Davi e seus efeitos sobre a sua
própria família (2Sm.12:7-12). Elias previu as mortes de Acabe e Jezabel (1Rs.21:19-23).
Isaías previu o livramento de Jerusalém da invasão Assíria de Senaqueribe (2Rs.19:34-37).
Jeremias previu o cativeiro dos judeus por setenta anos na Babilónia” [“Portanto,
assim diz o Senhor dos Exércitos: Visto que vocês não ouviram as minhas
palavras, convocarei todos os povos do Norte e o meu servo Nabucodonosor,
rei da Babilônia, declara o Senhor, e os trarei para atacar esta terra, os seus
habitantes e todas as nações ao redor. Eu os destruirei completamente e os
farei um objeto de pavor e de zombaria, e uma ruína permanente. Toda esta terra
se tornará uma ruína desolada, e essas nações estarão sujeitas ao rei da
Babilônia durante setenta anos” (Jr.25:8-11)] (LAHAYE, Tim; H1NDSON, Ed. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica, Rio de Janeiro; CPAD, 2013, pp.120-21).
Assim como aconteceu com os reis e o
povo de Israel, também os profetas do Antigo Testamento vaticinaram, com muita
precisão, sobre os impérios antigos que dominaram a terra, seu surgimento e seu
desaparecimento, conforme os desígnios de Deus. Assim aconteceu com o império
babilônico, seu surgimento e sua queda definitiva no cenário mundial (Is.13:19,20);
a ascensão e queda dos impérios medo-persa, grego e romano registrados nos
capítulos 7 e 8 de Daniel, entre outros profetas, se cumpriram, e a própria história
confirma esses fatos.
Não somente os fatos acima foram
vaticinados e cumpridos de uma forma espetaculosa, também as profecias
messiânicas se cumpriram com abundâncias de detalhes, como o nascimento do
Messias de uma virgem, na cidade de Belém, seu julgamento diante de Pôncio
Pilatos, sua morte, sua ressurreição e a ascensão ao Céu, entre outros.
As profecias são inexoráveis!
Certamente, Jesus vai voltar, pois Ele mesmo prometeu: “Na casa de meu Pai há
muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos
lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para
mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (João 14:2,3).
3. Sobre as Diásporas judaicas. Diáspora judaica
refere-se à dispersão dos judeus pelo mundo, e a formação das comunidades
judaicas fora da Terra Prometida, por consequência disso. De acordo com a Bíblia, a Diáspora é fruto da idolatria e rebeldia do
povo de Israel e Judá para com Deus, o que fez com que Ele os tirasse da terra
que lhes prometera e os dispersasse pelo mundo até que o povo de Israel retornasse
à obediência a Deus, onde seriam restaurados como uma nação soberana e senhora
do mundo. As profecias apontam duas dispersões do povo judeu
e as suas respectivas restaurações.
a) A Primeira Diáspora (Jr.16:13). Geralmente se
atribui o início da Primeira Diáspora judaica ao ano de 586 a.C., quando
Nabucodonosor II — imperador babilônico — invadiu o reino de Judá, destruindo
Jerusalém e o Templo, e deportando os judeus para a Babilônia. Mas, na verdade,
esta dispersão se inicia antes, em 722 a.C., quando o reino de Israel, ao norte,
é destruído pelos assírios e as dez tribos de Israel são levadas cativas à
Assíria, e Judá passa a pagar altíssimos impostos para evitar a invasão. As
forças de Nínive, comandadas por Salmaneser V (2Rs.17:3), invadiram Israel em
722 a.C., levando-os cativos para a Assíria. Salmaneser era filho de
Tiglate Pileser III (2Rs.15:29). Foram 210 anos de idolatria, de rebeldia
espiritual e de corrupção moral. Por causa disso, Deus decretou a queda final e
o exílio de Israel (as dez tribos do Reino do Norte) - “No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria, e
transportou a Israel para a Assíria, e fê-los habitar em Hala e em Habor, junto
ao rio Gozã, e nas cidades dos medos” (2Rs.17:6). O avança implacável do
mal entre o povo de Deus, chegara ao ponto culminante irreversível.
- Diáspora na Babilônia. Às vezes não aprendemos com os
exemplos de pecado e tolice que ocorrem à nossa volta. Apesar de terem vistos
seus irmãos – judeus do Norte - levados para o exílio, o povo de Judá não temeu
a Deus; antes, caiu nos mesmos pecados deles. Diz o texto sagrado: “Até Judá não guardou os mandamentos do
SENHOR, seu Deus; antes, andaram nos estatutos que Israel fizera”
(2Rs.17:19). E 135 anos mais tarde, as tropas babilônicas invadem Judá levando
cativos muitos judeus. Os reis Ezequias e Josias começaram muitas reformas, mas
isto não foi o bastante para converter permanentemente a nação a Deus. Judá é
derrotada pelos babilônios, que enviam muitos deles para o exílio, mas não são
espalhados, e a terra não é repovoada, como fez os Assírios com o povo do Norte.
Em 605 a. C., o exército babilônico,
comandado por Nabucodonosor, derrotou os egípcios em Carquêmis (Jr.46:1,2),
ampliando o império da Babilônia. Neste mesmo ano, pela primeira vez, Jerusalém
submeteu-se ao poderio de Babilônia, período esse considerado o marco inicial
para contagem dos setenta anos preditos pelo profeta Jeremias; um período
encerrado com a queda e rendição da cidade de Babilônia em 538 a.C. Em 586
a.C., o Templo foi destruído por Nabucodonosor.
Com a conquista de Judá os judeus foram
deportados para a Babilônia, onde floresceram como comunidade e mantiveram suas
práticas e costumes religiosos, associados a outros costumes herdados dos
babilônios. A assimilação fez com que o hebraico perdesse sua importância em
função do idioma aramaico que tornou-se a língua comum. Com a queda do poder
babilônico e a ascensão do imperador persa Ciro I, este permitiu que algumas
comunidades judaicas retornassem para a Judéia, mas a grande maioria da
população judaica preferira permanecer na Babilônia onde tinha uma sociedade
constituída, do que retornar às vicissitudes da reconstrução de um país.
b) A Segunda Diáspora. A Segunda Diáspora aconteceu muitos
anos depois, no ano 70 d.C, e foi anunciada pelo próprio Jesus Cristo: “E
cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e
Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se
completem” (Lc.21:24).
Os romanos destruíram Jerusalém, e isso
acarretou uma nova Diáspora, fazendo os judeus irem para outros países da Ásia
Menor ou sul da Europa. Segundo pesquisa que fiz, as comunidades judaicas estabelecidas nos países do
Leste Europeu ficaram conhecidas como Asquenazi (netos de Noé). Os judeus do
norte da África (sefaradins) migram para a península Ibérica (Espanha e
Portugal). Expulsos de lá pelo catolicismo romano do século XV, migram para os Países
Baixos, Bálcãs, Turquia, Palestina e, estimulados pela colonização europeia,
chegam ao continente americano. Espalhados e humilhados os Judeus dispersos
foram perseguidos e maltratados em todos os lugares por onde passaram, e seu
maior inimigo, Hitler, ordenou a morte de seis milhões de Judeus em toda a
Europa.
- O Retorno de Israel - "Tornarão os filhos de
Israel..." (Oseias 3:5). O retorno do povo judeu
à terra de seus antepassados ocorreu depois de mais de 18 séculos, tal como
fora anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, como Jeremias (Jr.31:17),
Ezequiel (Ez.11:17; 36:24; 37:21), Amós (Am.9:14,15) e Zacarias (Zc.8:7,8). A partir
de 12 de maio de 1948, a ONU resolve reintegrar os judeus dispersos em uma
única possessão no território palestino cumprindo assim a profecia de Isaías 66:7,8:
"Antes que estivesse de parto, deu à luz; antes que lhe viessem as dores,
deu à luz um filho. Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas
semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma
nação de uma só vez? Mas logo que Sião esteve de parto, deu à luz seus
filhos". Ezequiel 37:21 está escrito: “Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que
eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os
congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra”.
Quando Jesus voltar, todo o povo judeu
retornará plenamente à sua terra, e o Rei Jesus os governará, conforme afirma a
profecia de Ezequiel:
“E nunca mais se contaminarão com os
seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com as suas prevaricações; e os
livrarei de todos os lugares de sua residência em que pecaram e os purificarei;
assim, eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. E meu servo Davi reinará
sobre eles, e todos eles terão um pastor; e andarão nos meus juízos, e
guardarão os meus estatutos, e os observarão. E habitarão na terra que dei a
meu servo Jacó, na qual habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles, e seus
filhos, e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu
príncipe eternamente. E farei com eles um concerto de paz; e será um concerto
perpétuo; e os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio
deles para sempre. E o meu tabernáculo estará com eles, e eu serei o seu Deus,
e eles serão o meu povo. E as nações saberão que eu sou o SENHOR que santifico
a Israel, quando estiver o meu santuário no meio deles, para sempre”
(Ez.37:22-28).
As Diásporas judaicas advertem
sobremaneira a todo o povo de Deus da Nova Aliança, a Igreja (1Co.10:1-12).
Deus removerá do seu reino todos aqueles que deixarem de permanecer fielmente
na sua Palavra e no seu amor. Os resultados de abandonar a Deus são o castigo,
a ruína, o sofrimento e a rejeição final (cf. Ap.2:5; 3:15,16). Pense nisso!
II. OS EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Por que chamamos de Segunda Vinda de Cristo?
Porque já aconteceu a Primeira, é claro. Na Primeira o Senhor Jesus veio como
homem, nascido de Maria, em Belém de Judá. Sua primeira Vinda deu-se em
cumprimento de diversas profecias. Diante disso, podemos afirmar, com muita
segurança, que se as profecias sobre sua Primeira Vinda se cumpriram, então,
temos a certeza de que as referentes à sua Segunda Vinda também se cumprirão.
A Segunda Vinda
de Jesus acontecerá em duas etapas ou em dois momentos. Num
primeiro momento, que, segundo cremos, poderá acontecer a qualquer instante, acontecimento
este conhecido como Arrebatamento da Igreja. Jesus disse que virá num tempo de
paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele: “Ficai também vós apercebidos, porque, à hora
em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Lc.12:40). Não somente as
virgens néscias, mas até as sábias estarão dormindo: “E, tardando o noivo,
foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mt.25:5).
Num segundo momento, sete anos depois
do Arrebatamento da Igreja, segundo cremos, o Senhor Jesus virá outra vez,
agora, para os judeus, ou para a nação de Israel. Esta segunda etapa,
biblicamente, é conhecida como o Dia da Revelação do Senhor Jesus. Será, pois,
quando acontecerá a volta triunfal de Cristo, conforme está relatado em
Apocalipse 1:7 – “Eis que vem com as
nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos
da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!”. Nesse Segundo Momento, a
Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela
guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado.
Então, Deus declara: “olharão para aquele a quem traspassaram” (Zc.12:10b), e
todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como
“Deus forte, Pai da Eternidade” (Is.9:6); exatamente como os profetas previram,
Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para
salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Aquele, porém,
que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt.24:13). Paulo adiciona:
“...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm.11:26).
1. O Arrebatamento da igreja - “Depois, nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts.4:17). O
Arrebatamento da Igreja é o evento que porá fim à dispensação da Graça, a este
tempo que estamos vivendo em que o Espírito Santo atua livremente através de
todos os homens e mulheres que, independentemente de raça, tribo ou nação,
aceitam a mensagem do Evangelho, creem que Jesus é o Salvador e se submetem ao
seu senhorio, passando a viver segundo a sua vontade.
No Arrebatamento o Senhor Jesus deixará
o Seu Trono e, vindo do Céu (da casa do Pai – João 4:1-3), aparecerá nos ares
(1Ts.4:17). Ele não virá de maneira visível sobre a Terra, mas permanecerá na
atmosfera superior. Os espíritos e almas dos que dormiram nEle o acompanharão,
como provavelmente também o Arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro
os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda
estiverem vivos serão transformados. Então a Igreja será arrebatada
coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens, e Ele levará Sua
noiva para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado seu lugar na Terra e João
14:1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente acontecerá numa fração de
segundos (1Co.15:51-53).
Antes da Volta de Cristo, porém, algo
deverá ser feito nas regiões celestiais. Afirmam as Escrituras que Satanás e as
hostes espirituais da maldade habitam os lugares celestiais (Ef.6:12), ou seja,
por permissão divina, uma certa dimensão celestial é habitada pelo adversário e
por suas miríades angelicais, que vagam sem local e sem destino por este
universo (Jó 1:7), aguardando a execução da sentença de suas condenações. Para
que se faça o encontro de Jesus com o seu povo nos ares, ou seja, na região que
se encontra abaixo da glória divina, será preciso que o diabo e seus anjos
sejam dali retirados, o que será feito pelo arcanjo Miguel, como se vê em Ap.12:7-9:
“E houve batalha no céu; Miguel e os seus
anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; mas
não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus; e foi precipitado o
grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o
mundo; ele foi precipitado na Terra, e os seus anjos foram lançados com ele”.
Essa batalha fará com que o Diabo seja precipitado sobre a Terra, ou seja,
deixará os ares livres para o encontro de Jesus com a sua Igreja.
Simultaneamente, como se revela no livro do Apocalipse, se iniciará uma época
terrível sobre os homens que aqui ficarem, pois o Diabo atuará como nunca sobre
a face da Terra, irado e sabendo que tem pouco tempo, conforme afirma o
apóstolo João: “Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos
que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira,
sabendo que já tem pouco tempo” (Ap.12:12).
Quem será arrebatado? Este acontecimento envolverá somente a
Igreja, ou seja, todos aqueles que foram transformados mediante o Novo
Nascimento. Aqueles que foram redimidos pelo sangue de Jesus e permaneceram
fiéis a Ele serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares, participar das
Bodas do Cordeiro e estar para sempre com o Senhor. Abrangerá tanto os que
estiverem vivos na Terra quanto os que “dormem” no Senhor e estão no Paraíso
(1Co.15:51,52; 1Ts.4:16,17). Os cristãos que estiverem vivos e aqueles que já
“dormem” no Senhor serão arrebatados (1Ts.4:16,17). Chamamos esse evento de a
“Grande Colheita” dos justos.
Assim como outras promessas do Senhor
foram já cumpridas, esta promessa também há de se cumprir fielmente. Ele
voltará para levar a sua Igreja para o céu (Ap.3.11). Essa mensagem não pode
jamais ser abandonada pela Igreja.
2. A Grande Tribulação. É o período de transição entre a
Dispensação da Igreja e o Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem
precedentes na história (Dn.12:1; Jl.2:2; Mt.24:21; Mc.13:19), também conhecido
como “o Dia do Senhor” (Jl.1:15; 2Pd.3:10). Estamos vivendo um espaço de tempo
indeterminado chamado era da Igreja ou era da Graça, o qual se iniciou no dia
do Pentecostes e se findará no Dia do Arrebatamento. Este período de tempo
indeterminado está compreendido entre a 69ª e 70ª semana de anos, conforme as
profecias do livro de Daniel (Dn.9:20-27). Após o arrebatamento, iniciar-se-á
um período de grande sofrimento e angústia na Terra, chamado de Grande
Tribulação, ou septuagésima semana de Daniel. A Igreja não passará por esse
tenebroso período (1Ts.1:10). Será a era do Anticristo (2Ts.2:7-9),
identificado como a Besta (Ap.13:2-8).
Quando analisamos a profecia das
setenta semanas de sete anos de Daniel, observamos que o profeta recebe uma
mensagem que divide a Grande Tribulação em dois períodos distintos, cada um de
três anos e meio (ou 42 meses, ou, ainda, 1.260 dias, períodos que são
mencionados no livro do Apocalipse – respectivamente: Ap.11:2 e 13:5; Ap.11:3 e
12:6).
- O Primeiro período. Descrito nos
capítulos 6 a 9 do livro do Apocalipse, é chamado por alguns de “Tribulação” ou
“princípio das dores”. Neste período haverá uma sensação de paz e de segurança
no mundo, ao mesmo tempo em que o Anticristo angariará o poderio sobre todo o
mundo. Ele assumirá o poder com uma mensagem de paz (Ap.6:1,2) e sua mensagem
encontrará guarida nos corações dos homens. Ao mesmo tempo, porém, o Anticristo
estará agindo conforme seu caráter, porque violará o acordo com três das dez
nações que lhe entregaram o poder e as dominará diretamente, retirando-lhes a
independência (cf. Dn.7:8,20,24), ou seja, falando em paz, promoverá a guerra
e, à medida em que proclama a paz, irá fazendo guerra aos seus inimigos,
vencendo-os, pois, como a Bíblia afirma, nada mais lhe resistirá.
Ao trazer uma mensagem de paz e
esperança aos homens, o Anticristo cuidará de mudar uma série de estruturas
políticas, econômicas e sociais, modificações estas que revelarão excelentes
intenções e uma coragem e ousadia nunca antes vistas na história da humanidade.
Isto, certamente, trará algumas resistências, o que explica o seu gesto de
abatimento de três das dez nações que o apoiaram. Esta demonstração de força,
ademais, servirá para impor seu poderio sobre a sua base política, o que será
suficiente para, então, iniciar seu intento de dominação mundial. Seu pacto com
Israel, também, insere-se dentro desta ótica da paz mundial e, sem dúvida
alguma, a solução para o conflito do Oriente Médio trará a ele credibilidade e
respeito de todo o mundo. Por isso, Daniel afirma que o Anticristo “…por causa
da tranquilidade destruirá muitos…” (Dn.8:25).
-
O Segundo período. É a “Grande Tribulação propriamente
dita”, ou seja, o período em que os juízos de Deus, descritos nos capítulos 10
a 16 de Apocalipse, irão se manifestar com todo rigor. O Segundo período da
Grande Tribulação inicia-se com a quebra do pacto entre o Anticristo e Israel,
com a profanação do templo reconstruído e a cessação dos sacrifícios (Dn.9:27).
Jerusalém voltará a ficar sob o controle dos gentios (Ap.11:2), passando o
templo a ser local de adoração da imagem do Anticristo (cf.Ap.13:15); é a
chamada “abominação da desolação” de que fala Mt.24:15. Nesse período,
Jerusalém passará ser local de visitação pública dos corpos das duas
testemunhas (Ap.11:8).
Nesse período tenebroso, o Anticristo
consolidará a nova religião mundial, de adoração a sua pessoa, pois todo o
mundo se convencerá dos seus poderes sobrenaturais, provavelmente em razão de
uma suposta ressurreição, como será pregado por parte do falso profeta (Ap.13:8,12-15).
Também, consolidará o seu poder político-econômico-militar, estabelecendo um
governo mundial ditatorial (o “domínio” de Dn.7:25, o “rei” de Dn.8:25 e o
“poder” de Ap.13:7b, o “oitavo rei” de Ap.17:11). Terá, então, todo o controle
sobre as transações econômicas e exigirá que todos os homens ponham sobre
si o seu sinal, mas quem o fizer estará irremediavelmente perdido na eternidade
(Ap.13:8-11,14:11). Iniciará a implacável perseguição sobre Israel a fim de
destruí-lo totalmente, o que somente não conseguirá porque o Senhor Jesus,
pessoalmente, o impedirá.
Enquanto o Anticristo terá todos estes
pontos de êxito e de vitória sobre os homens, Deus começará a mostrar a Sua
soberania sobre todas as coisas, derramando sobre a Terra todos os juízos
estabelecidos para o “Dia do Senhor”, o “Dia da vingança do nosso Deus”, “Tempo
da angústia de Jacó”, “Dia de trevas”, “aquele Dia”, “o grande Dia”, “Dia de
ira”, “ira futura”, entre outros. Durante os sete anos de Tribulação, Deus
enviará três julgamentos à Terra: o Julgamento dos Selos (Ap.6); o Julgamento
das Trombetas (Ap.8, 9); o Julgamento das Taças (Ap.16).
A Grande Tribulação terminará com a
batalha do Armagedom (Ap.19). Antes disso, João mostra alguns episódios
parentéticos, que ocorrerão nos capítulos 17 e 18. Nestes dois capítulos, o
escritor sagrado nos revela a falsa igreja do Anticristo (a Babilônia religiosa)
e a capital do reino do Anticristo (a Babilônia comercial). O falso profeta
será o porta-voz do Anticristo, que enganará o povo por meio dos falsos
milagres (Ap.16:13,14).
3. O Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro. Acontecimentos que ocorrerão na
transição entre o Arrebatamento e a Vinda de Jesus em glória.
a) O Tribunal de Cristo. O Tribunal de Cristo é o Juízo
aonde se dará o julgamento da Igreja, que ocorrerá logo após o Arrebatamento,
antes das Bodas do Cordeiro. Acontecerá nas regiões celestiais. Neste Tribunal,
os crentes serão julgados pelas obras que tiverem feito por meio do corpo, ou
bem, ou mal (Rm.14:10; 2Co.5:10). Enquanto a Grande Tribulação acontece
na terra, no Tribunal de Cristo os santos estarão recebendo a recompensa por
aquilo que cada um fez em vida pela causa do evangelho (1Co.3:12-15; Ap.22:12).
- Este julgamento não envolve salvação ou perdição, pois todos os crentes que forem
arrebatados estarão salvos, mas serão julgadas as obras com vistas à entrega de
recompensas, de “galardão”. Nesta oportunidade, muitos serão surpreendidos,
pois Deus conhece o coração do homem (1Sm.16:7) e sabe a qualidade de tudo o
que está sendo feito em Sua obra, não atentando para a aparência. Diante disto,
muitos que, aparentemente, terão feito muito pela obra do Senhor, nada
receberão, porquanto suas obras serão consideradas como palha, como madeira,
sem condição de resistir ao crivo divino; porém, outros, que, aparentemente,
nada teriam feito pelo Senhor, receberão galardões, pois trabalharam em silêncio,
sem alarde, mas com dedicação e real devoção. Os critérios do julgamento e o
seu tratamento são descritos em 1Co.3:11-15:
“Porque ninguém pode pôr outro
fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém
sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas,
madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a
declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra
de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá
galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será
salvo, todavia como pelo fogo” (1Co.3:11-15).
- Esse julgamento será meticuloso. Levará em conta todos os nossos
atos e palavras e não apenas o caráter geral da nossa vida (Gl.6:7,8).
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará
a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna”.
- Esse julgamento será recompensador. O objetivo final do Tribunal de Cristo é
galardoar aqueles que trabalham na obra do Mestre. Esta é a razão que o
apóstolo Paulo nos exorta a sermos firmes na obra, pois não é vão o nosso
trabalho (1Co.15:58).
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes
na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.
É
bom ressaltar que Jesus não galardoará o crente pelo seu título, não. Não será
levado em consideração o crente pastor, diácono, evangelista, presbítero,
missionário, reverendo... O prêmio da soberana vocação (Fp.3:14) será dado aos
“servos bons e fiéis” (Mt.25:21,23).
- Nesse julgamento Deus irá coroar seus filhos. Ali teremos as seguintes coroas:
·
da vida (Tg.1:12; Ap.2:10) - para aqueles
que estiverem dispostos a morrer por amor a Jesus Cristo.
·
da justiça (2Tm. 4:8) – para todo aquele que
amaram a sua vinda.
·
incorruptível (1Co.9:25) - para aqueles que não andaram
fazendo a vontade da carne.
·
de glória (1Pd.5:4) – para aqueles que trabalharam
por amor na obra do Senhor e não por amor ao lucro.
Neste
juízo, Deus avaliará a qualidade da vida, da influência, do ensino e do
trabalho na igreja, de cada pessoa e, especialmente, de cada obreiro. Se uma
obra for julgada indigna, ele perderá o seu galardão, mas, pessoalmente será
salvo - “todavia como pelo fogo” (1Co.3:15).
A alusão ao “fogo”, provavelmente, significa “salvo por um triz”. Como alguém
que está numa casa incendiada e escapa através do fogo, só com vida.
b) Bodas
do Cordeiro. Após o julgamento e a distribuição dos
galardões, no Tribunal de Cristo, a Igreja será levada às mansões celestiais
para celebração das Bodas do Cordeiro, o casamento entre Cristo e a Igreja (2Co.11:2;
Ap.10:9). Em linguagem simbólica, o Senhor Jesus é apresentado como Noivo,
sendo que a Igreja é chamada e descrita como Sua Noiva, ou a Noiva do Cordeiro,
conforme lemos em Apocalipse 19:7,8:
“Regozijemo-nos,
e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e
já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro
e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos”.
Esta passagem bíblica descreve um evento
futuro, quando o Senhor Jesus receber, na glória, a Sua Igreja. A Bíblia
compara esta união como se fosse uma festa
de casamento, chamando-a de “Bodas
do Cordeiro”.
O termo “Bodas” deriva-se do latim, “vota”, que significa votos, referindo-se
aos votos matrimoniais por ocasião do casamento. O termo é sempre usado no
plural, ou seja, Bodas, visto que, no
passado, a festa de casamento costumava durar até sete dias, conforme podemos
constatar no casamento de Sansão – “Disse-lhes,
pois, Sansão: eu vos darei um enigma a adivinhar, e, se nos sete dias das bodas mo declarardes e descobrirdes, vos darei trinta lençóis e
trinta mudas de vestes”(Juízes 14:12). Portanto, Bodas no seu sentido material e linguístico significa festa de
casamento. Todavia, no seu sentido espiritual e bíblico, significa a consumação
plena da união entre Cristo e sua Igreja, após o Arrebatamento e depois do
Julgamento diante do Tribunal de Cristo.
4. A vinda de Cristo em glória. Na sua gloriosa
vinda, as nuvens serão a sua carruagem; os anjos, a sua escolta; o arcanjo, o
seu arauto e; os santos, o seu glorioso cortejo - “Eis que vem com as nuvens, e
todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra
se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” (Ap.1:7).
Na Primeira Vinda a glória de Cristo
não era perceptível, pois veio ao mundo de maneira muito singela e modesta,
como um bebê, em meio a uma grande pobreza. Mas, na sua vinda em glória será
diferente: sua glória será mui grandemente perceptível (Mc.14:62); Ele virá
"com poder e grande glória" (Mt.24:30); Ele virá cercado de anjos (2Ts.1:7)
e; virá com seus santos para reinar sobre a Terra (Jd.14). Aleluia!
“Então aparecerá no céu o sinal do
Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do
homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt.24:30).
Aquele no qual cuspiram e a quem
crucificaram será vindicado como o Senhor da vida e da glória. O Cordeiro
sacrificial descerá como Leão vencedor. O desprezado carpinteiro de Nazaré virá
como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Suas carruagens serão as nuvens dos
céus. Ele virá em régio poder e resplendor. Jesus virá em majestade e glória
para a última batalha contra a trindade satânica (ler Ap.19:11-15).
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre
ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos
eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um
nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste
salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E
seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho
fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as
nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do
vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso”.
Ele virá como Rei dos reis e o Senhor
dos senhores. Se em sua primeira vinda, Jesus veio para ser humilhado, levar
todos os nossos pecados sobre si e morrer por nós, em sua segunda vinda, Jesus
virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap.19:16).
“E na veste e na sua coxa tem escrito
este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”.
Deus O exaltou sobremaneira, deu-lhe o Nome
que está acima de todo nome. Diante dele todos os seus inimigos devem se
dobrar: o Diabo, o Anticristo, o Falso profeta, os reis da terra, os ímpios. Portanto,
Jesus virá em poder e glória. Tanta será esta glória e tanto será este poder
que Filipenses 2:9-11 afirma o seguinte:
“Pelo que também Deus o exaltou
soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus
Pai”.
Enquanto que no Dia do Arrebatamento a
Igreja sairá da terra para encontrar o Senhor Jesus, nos ares, no Dia da
Revelação do Senhor, o Senhor Jesus virá à terra e, dentre outras coisas,
julgará as Nações. Descerá no mesmo lugar onde ele subiu, depois de sua
Ressurreição, ou seja, no Monte das Oliveiras (Atos 1:12), conforme falou o
Profeta Zacarias:
“E naquele dia estarão os seus pés
sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o
Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e
haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a
outra metade para o sul”(Zc.14:4).
“... e haverá um vale muito grande...”.
Este vale será, certamente, o vale de Jeosafá. Embora a Bíblia fale do vale de
Jeosafá, este vale até hoje nunca existiu, segundo os estudiosos. Porém, será
nesse tempo que acontecerá o julgamento das Nações no vale de Jeosafá, conforme
afirmou o Profeta Joel:
“Portanto, eis que naqueles dias, e
naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém. Congregarei
todas as nações, e as farei descer ao Vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei
em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a que espalharam
entre as nações, repartindo a minha terra... Multidões, multidões no Vale da
decisão! Porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão. O sol e a lua
se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplender”(Joel 3:1-2, 14-15).
Também o Senhor Jesus, no seu Sermão
escatológico falou desse Julgamento das Nações, ligando-o ao Dia da Revelação do
Senhor, quando disse: “E quando o filho do homem vier na sua glória, e todos os
santos com ele...”. Parece que foi esse
dia que Judas viu, quando disse: “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus
santos, para fazer juízo...”(Judas, 14). O Senhor Jesus prosseguiu, dizendo:
“...então se assentará no trono de sua glória; E todas as nações serão reunidas
diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as
ovelhas”(Mt.25:31-32).
O Julgamento das Nações que acontecerá
no Dia da Revelação do Senhor irá definir sobre as Nações que poderão entrar no
Milênio. Após o julgamento das nações, o lançamento do Anticristo e do Falso
profeta no lago de fogo e enxofre e a prisão de Satanás, Jesus Cristo
inaugurará o reinado de mil anos de paz e de justiça verdadeira sobre
a Terra. Na próxima Aula trataremos sobre o Milênio, no tópico I.
CONCLUSÃO
O crente salvo jamais duvida da vinda
de Cristo, mas vive a convicção que Jesus vem realmente, a convicção de que Ele
vem breve e a convicção de estarmos preparados para o Dia de sua Vinda. Não
basta crer que Jesus vem, é preciso crer que Jesus vem breve, para não cair no
erro do servo mau, mencionado por Jesus (cf. Mt.24:48-51). O servo mau sabia
que tinha um senhor e que ele viria, mas, imaginou que demoraria para vir: “porém,
se aquele mau servo disser consigo: o meu senhor tarde virá, e começar a
espancar os seus conservos, e a comer, e a beber com os bêbados”. Acontece que
seu senhor veio mais cedo do que ele havia pensado e as consequências foram
drásticas; ele pagou pela negligência. Portanto, é preciso crer que Jesus vem
breve para não cair no erro dos escarnecedores que diziam: “...Onde está a
promessa da Sua Vinda?”. É preciso crer
que Jesus vem breve, e que o dia pode ser hoje, que o momento pode ser agora e
que precisamos também dizer: “...ora vem, Senhor Jesus!”(Ap.22:20).
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Luciano
de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) -
William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 71. CPAD.
Pr. Esequias Soares. A Razão de nossa Fé. CPAD.
Ev. Caramuru Afonso Francisco. A promessa da Segunda
Vinda de Cristo.PortalEBD_2007.
Ev. Caramuru Afonso Francisco. O Arrebatamento da
Igreja.PortalEBD_2016.
Caramuru Afonso Francisco. As Bodas do Filho de
Deus. PortalEBD_2005.
Caramuru Afonso Francisco. A Grande Tribulação.
PortalEBD_2004.
Wayne Grudem. Teologia Sistemática Atual e
exaustiva.
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