2º Trimestre/2018
Texto Base: 1Coríntios 15:35-45
“Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos
dar a vida pelos irmãos” (1João 3:16).
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos a respeito da Ética Cristã e Doação de Órgãos. O
ato de doar órgãos para transplante é uma expressão concreta de amor cristão
(1João 3:16); é a boa obra que expressa o amor que sentimos pelo outro. O nosso
amor a Deus está proporcionalmente ligado ao nosso amor ao próximo. Quem ama,
doa. O problema na doação de órgão é a falta de confiança em algumas
instituições que gerenciam banco de órgãos. A imprensa já chegou a noticiar
casos em que sangue e outros órgãos foram objeto de venda, causando
desconfiança entre muitas pessoas. Também, existem muitas famílias que rejeitam
a doação por dilemas éticos e por falta de informação. Apesar disso, o cristão
não deve esmaecer neste bom intento. A doação de órgãos é uma atitude meritória
e que deve ser tomada por quem vive a fazer o bem neste mundo, como são os
servos de Jesus Cristo, já que sabemos que o nosso corpo, após a morte, para
nada mais servirá senão para tornar ao pó, uma vez que o corpo que receberemos
quando do arrebatamento da Igreja será um corpo glorificado. Por que, então,
mesmo após a nossa morte, não fazermos o bem a quem precisa de nossos órgãos
para continuar sobrevivendo?
I. DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: CONCEITO GERAL
Doção de Órgãos
é a concordância expressa,
ou presumida, por parte de uma pessoa, consentindo que seus órgãos sejam
retirados após sua morte para serem aproveitados por pessoas portadoras de
doenças crônicas, visando aumentar-lhes sua sobrevida. Doar órgãos do corpo
humano é uma dádiva, é a permissão de colheita de tecidos ou órgãos do seu
próprio corpo, para fins de diagnóstico ou para fins terapêuticos e de
transplantação. Em suma, podemos definir Doação de Órgãos como a liberação por
parte do indivíduo, que após sua morte “constatada pela medicina”, seus órgãos
sejam retirados e postos em pessoas que precisem, dando mais vida temporal. É
válido ressaltar que a transfusão de sangue, a dádiva de óvulos e de esperma, e
a transferência e manipulação de embriões, são objeto de legislação especial,
bem como a colheita de órgãos para fins de investigação científica.
Doação de
órgãos de recém-nascido anencéfalo. A retirada de órgãos do ser humano nesta situação não está ultrapassando os
limites tolerados pela ética e pela lei? Não podemos esquecer que a norma alusiva à utilização de órgãos e tecidos
humanos para transplantes faz referência à morte encefálica, traduzida pelos
critérios adotados pelo Conselho Federal de Medicina. Alguns médicos, porém,
dizem que a retirada de órgãos de um recém-nascido anencéfalo é uma questão que
já está contemplada na nossa legislação.
Ato que não deve
comprometer a vida do doador. Existem transplantes que são considerados comuns, estes geralmente
expressam a viabilidade da vida e o amor que se tem pelo ente querido ou até
mesmo por um estranho, denotando amor ao próximo; são aqueles transplantes que
são marcados pela retirada de uma parte do corpo para que outro o receba de
forma que lhe assegure a vida; o importante aqui é que o doador continua vivo,
e do ponto de vista até dos que são contrários a doação de órgãos, neste
aspecto, é perfeitamente aceitável. Portanto, quando se fala de doação de
órgãos do corpo, está-se falando em um ato que não compromete a vida do doador,
ou seja, ou ele já está morto ou, então, trata-se de órgão duplo ou
regenerável. Jamais se pode conceber uma doação de órgãos que venha a causar a
morte de alguém, pois, como vimos na lição sobre a eutanásia e o suicídio, só
Deus é o dono da vida (1Sm.2:6), não podendo o homem dela dispor, ainda que sob
o argumento de permitir a sobrevida ao próximo.
Doar órgãos é
fazer o bem sem olhar a quem. Quem faz o bem, colhe o bem; é a lei universal da semeadura. Não resta
dúvida de que doar órgãos do corpo humano é fazer bem ao seu próximo. Se alguém
precisa de um órgão para sobreviver e nós podemos fornecê-lo, enquanto servos
de Deus nós devemos fazê-lo, pois a Bíblia é bem clara ao afirmar que devemos
fazer o bem que está a nosso alcance e, se não o fizermos, estaremos pecando
(Tg.4:17; 1João 3:17,18).
Assim, o ato de Doação de Órgãos se apresenta como uma manifestação do
amor de Deus na vida do cristão, um amor altruísta, ou seja, um amor que não
pensa em si mesmo, mas que leva em consideração o outro, o próximo, a quem
devemos amar como a nós mesmos (Lv.19:18; Mt.22:39). Portanto, todo cristão
deve doar seus órgãos “post mortem” ou, se lhe for solicitado, contribuir para
a saúde de outrem doando um órgão duplo ou regenerável (como o sangue ou o
leite, por exemplo).
II. QUESTIONAMENTOS PERTINENTES
1. Há na Bíblia alguma proibição de doação de
órgãos? Não, não há. É
verdade que sempre há aqueles que gostam de encontrar nas entrelinhas da Bíblia
profecias e previsões sobre situações futuras; são os desnutridos
intelectualmente, ou que possuem um subdesenvolvimento intelectual, que acham
de forma explicita que até a doação de sangue é pecado, pois segundo eles o
sangue é a vida, logo não se pode doar; mas, se o sangue é a vida, Jesus deu a
própria vida por nós; portanto, não há motivos para que não sigamos o Seu exemplo,
uma vez que ele mesmo mandou-nos ser seus imitadores. Portanto, não há na
Bíblia nada, pelo menos especificamente, nem a favor nem contra a doação de
órgãos humanos.
2. Deve ser obrigatória a doação de órgãos? Não. O
próprio Deus não invade o livre-arbítrio do homem, não podendo, pois, qualquer
governo querer fazê-lo. É preciso que o Governo conscientize seus cidadãos da
importância da doação de órgãos, do significado deste gesto, mas não prive o
indivíduo do direito de dar o destino que quiser a seu corpo. A igreja, também,
não deve forçar pessoa alguma a fazer doação de órgãos, mas deve ensinar que
este gesto é uma revelação do verdadeiro amor cristão e que, quem o fizer de
coração, certamente será abençoado e é um poderoso instrumento de Deus para a
vida de outra pessoa. Não é por força nem por violência, mas pelo Espírito de
Deus (Zc.4:6). O ato de doação de órgãos, para ter validade perante Deus, há de
ser voluntário, pois Deus ama a quem o faz com alegria, de coração, e não por
necessidade ou imposição (2Co.9:7; Mc.12:43,44; Lc.7:44-50).
3. Há algum benefício espiritual aos doadores de
órgãos? Não, não há nenhum
benefício espiritual, nem nesta vida nem no porvir. Existem alguns conceitos
errôneos de que, na doação de órgãos, a pessoa alcançará sobrevida no corpo de
um terceiro, algo disseminado pela milenar e antibíblica crença na
transmigração das almas; ou que este gesto representa um ato de caridade ou uma
boa obra que representará evolução espiritual (entendimento dos espíritas
kardecistas); ou purgação de pecados (entendimento de católicos romanos). Quem
doa órgãos com esta motivação está sendo interesseiro, egoísta, podendo ser
comparado a Judas Iscariotes no episódio da mulher que ungiu o corpo de Jesus
(João 12:3-6), uma filantropia que visa o próprio interesse. Estes já têm aqui
o seu galardão e, como o fariseu da parábola de Jesus (Lc.18:9-14), nenhuma
justificação obterão, até porque as obras não salvam pessoa alguma (Gl.2:16).
4. Doação de órgãos é uma demonstração de falta de
fé em Deus na cura de enfermidades? Claro que não. Deus opera, também, pela ciência e se há possibilidade
de nós cedermos um órgão para a cura da enfermidade de alguém, estaremos
mostrando o amor de Deus que está em nossos corações e contribuindo para a
sobrevida. O desenvolvimento da ciência é resultado do amor de Deus para com o
homem e podermos servir de instrumento para a cura de alguém, ainda que pelas
mãos dos médicos, é uma grande bênção. Jamais a Bíblia Sagrada condenou a
prática da medicina ou a utilização de seus recursos. Tanto assim é que até o
apóstolo Paulo, cujos lenços e aventais tinham até virtude (At.19:11,12), não
deixou de receitar um remédio a seu filho na fé, Timóteo (1Tm.5:23). Uma
atitude desta natureza, ademais, é querer impor a Deus o modo pelo qual Ele
deve operar, o que é inadmissível, pois Deus é o Senhor e nós somos apenas Seus
servos.
5. Doar sangue é pecado segundo a Bíblia? A doação de sangue é um ato de amor ao
próximo, portanto, um ato que se harmoniza com a ética bíblica. A Bíblia nos
manda amar ao próximo com amor sacrificial (cf. João 15:13). Ora, se oferecer a
vida em favor dos que precisam é incentivado, uma simples doação de sangue, que
é capaz de aliviar a dor dos que sofrem enfermidades graves, é um gesto ínfimo,
porém sobremodo significante. Aliás, o primeiro grande doador de sangue foi
Jesus Cristo, que derramou todo seu sangue na cruz para nos salvar (Lc.22:20).
Argumentos
contrários à doação de órgãos sempre estão relacionados a noções errôneas sobre
o ser humano ou sobre a Palavra de Deus. Os argumentos contrários à transfusão
de sangue, desenvolvidos notadamente por algumas seitas, são fruto de uma
errônea concepção do sangue como sendo a “alma” das pessoas, o que, na verdade,
não corresponde ao ensinamento bíblico a respeito. Sendo assim, dizer que a
transfusão de sangue é pecado e que doar sangue é pecado é forçar os textos
bíblicos a dizer o que não dizem, é colocar na boca dos autores bíblicos
conceitos que eles não ensinaram, pois doação e transfusão de sangue são coisas
relativamente modernas e não existiam nas épocas bíblicas. E também tentar
ligar a ingestão de sangue na forma de alimentos com a transfusão, não tem
qualquer sentido dentro do contexto bíblico devido as singularidades de cada
uma delas.
6. Doar órgãos compromete a ressurreição do crente? Em absoluto. Há quem não permite a doação de
órgãos porque entende que a ressurreição ficaria comprometida. Afinal, “como
entrarão na Jerusalém Celeste sem o coração, ou sem os pulmões, ou desprovidos
de rins?”. As pessoas que pensam assim, frutos de conceitos errados e sem
respaldo bíblico, esquecem de que a
ressurreição, no momento do arrebatamento, se fará em corpo glorioso, pois a
carne e o sangue não herdarão o reino de Deus (1Co.15:44,50,52-54).
“Semeia-se
corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também
corpo espiritual. E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem
herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante
a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista
da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então,
cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”.
Há pessoas mutiladas, sem
pernas e sem braços, sem olhos, mas que, ao ressuscitarem, terão corpo
espiritual perfeito.
“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o
senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido para ser conforme o
seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as
coisas” (Fp.3:20, 21).
Na eternidade, todos
seremos perfeitos, como perfeitos são os santos anjos. O corpo será “corpo
glorioso” e “corpo espiritual” (1Co.15:42,43), que não precisará de órgãos
físicos.
“Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção,
ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória.
Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor”.
Também, a ressurreição
para o juízo do trono branco será uma restauração milagrosa, não ficando Deus
adstrito a peculiaridades como a decomposição dos organismos (Ap.20:12,13).
Para Deus, no dia da ressurreição, não haverá nenhum problema, estejam onde
estiverem as
partes de um determinado
corpo.
“E
vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os
livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida, e os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o
mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles
havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras”.
7. Existe o risco da comercialização? Sim. Mas não é por causa disto que deixaremos
de fazer o bem. Um
grande entrave para a doação de órgãos é o receio de que os mesmos sejam objeto
de comercialização, o famoso “tráfico de órgãos”, negócio escuso que tem
crescido enormemente no mundo e que está, inclusive, relacionado com o aborto,
com a adoção ilegal e com o tráfico de crianças em todo o mundo. Se alguém utilizar indevidamente os órgãos
doados, ele prestará contas diante de Deus (quiçá diante dos homens) pela sua
conduta; todavia, teremos feitos a nossa parte. A responsabilidade pelos atos é
individual. Nunca devemos deixar de aproveitar uma oportunidade para fazer o
bem, pois foi assim que Jesus procedeu em Seu ministério terreno – “...o qual
andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era
com ele” (At.10:38).
III. DOAR ÓRGÃOS É UM ATO DE
AMOR
Doar órgãos e tecidos
humanos é um ato de amor, de empatia e de solidariedade. O verdadeiro cristão
precisa atentar para a sua consciência, que deve estar sempre alinhada aos
parâmetros bíblicos para que possa atuar segundo a reta justiça.
1. O princípio da empatia e da solidariedade. A Doação de Órgãos é um gesto altruísta e revelador do verdadeiro amor que Cristo coloca
em nossos corações; é um gesto de empatia e de solidariedade com o próximo; é
uma expressão do verdadeiro amor cristão e uma atitude em defesa da vida, que
deve ser, sempre, incentivada e estimulada por atitudes práticas pela igreja. A
doação deve ser altruísta e voluntária, ou seja, deve ser feita sem qualquer
interesse que não seja o bem-estar do próximo, bem como deve partir do interior
do coração; deve ser algo voluntário e decidido, sem o que não terá valor algum
do ponto-de-vista espiritual.
O corpo pertence a Deus (1Co.6:20), mas ele nos foi dado para ser por nós
administrado com responsabilidade, e doar um órgão para ajudar alguém a
continuar vivendo, quando nós não temos mais condições de vida, pode significar
apenas um empréstimo, pois na ressurreição, se for o caso, o órgão voltará para
o seu devido lugar, pela infinita sabedoria de Deus.
É de bom alvitre que a doação de órgãos seja acompanhada pela família do
cristão, a fim de impedir que este gesto altruísta seja desvirtuado por
interesses comerciais ou escusos, lembrando que a lei brasileira reconhece este
direito aos familiares. Entendemos, inclusive, que, se houver fortes indícios
de que os órgãos serão retirados por pessoas escusas e sem qualquer
credibilidade, que a família do doador exerça o direito de recusa de retirada
dos órgãos do ente querido falecido. A Bíblia diz que tudo deve ser feito por
fé e sem problema de consciência, não devendo consentir com os que praticam o
pecado.
2. O princípio do verdadeiro amor. Salvar a vida de alguém é uma demonstração de elevado sentido espiritual
e moral. Cristo ensinou que não existe maior amor do que doar a sua vida em
benefício do próximo (João 15:13). Nosso Senhor Jesus Cristo não apenas doou
algum órgão por nós, mas deu toda sua vida em nosso lugar, na cruz do Calvário.
Ele se doou, de corpo e alma, para que não morrêssemos. O apóstolo João nos
exorta: “Conhecemos a caridade nisto: que
ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois,
tiver bens do mundo e, vendo seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração,
como estará nele a caridade de Deus? ” (1João 3:16,17). Nesse texto, vemos
o apóstolo do amor ensinar que devemos “dar a vida pelos irmãos”, e que os
proprietários de “bens” no mundo que fecham o coração para o irmão necessitado
não têm o amor de Deus. Podemos entender que um órgão a ser doado é um “bem” do
mais alto valor para a salvação da vida orgânica de um doente. Então, “não nos cansemos de fazer o bem, porque a
seu tempo colheremos, se não houvermos desfalecido” (Gl.6:9).
CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto
esperamos que o elevado gesto de doar órgãos tenha o seu real alcance nos
corações das pessoas, principalmente dos cristãos, a ponto de não recuar em
momentos oportunos, cônscios de que esta ação, conforme vimos, em nada
contraria os preceitos éticos ou bíblicos. Lembre-se que a doação de órgãos é
um ato de consciência e amor ao próximo, e que este ato pode salvar vidas. É
bom ressaltar, porém, que o ideal é manifestar a vontade de doar e informá-la à
família. Não adianta deixar o desejo expresso por escrito nem um registro,
mesmo gravado em vídeo ou declarado em uma rede social, por exemplo. A decisão
final é dos familiares; são eles que definirão quais órgãos e tecidos serão
doados. Por isso, é fundamental que os doadores deixem seu desejo claro para os
parentes.
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Luciano de Paula
Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 74. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Hans Ulrich Reifler. A ética
dos Dez Mandamentos. Vida Nova.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. O cristão e a doação de órgãos do corpo.
PORTALEBD_2002.
Pr. Elinaldo Renovato. O cristão e a doação de órgãos. EBD_2002.
MuirM bom,Deus abençoe
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