2º
Trimestre/2018
Texto Base:
1Crônicas 29:10-14; 1Timóteo 6:8-10
Estudaremos nesta Aula sobre Ética Cristã e
Vida Financeira. Num
mundo dominado pela obsessão do ter e pelo amor ao dinheiro, o cristão
apresenta-se como alguém que sabe que tudo pertence a Deus e que somos apenas
mordomos, devendo prestar contas ao verdadeiro dono do universo do que nos foi
dado para administrar. Cada ser humano prestará contas de tudo o que recebeu
nesta vida para administrar (Rm.14:12), inclusive na esfera financeira
(Mt.25:19). Como todos sabem, estamos enfrentando uma grave crise econômica,
que tem gerado desemprego e dificuldades financeiras em todos os setores e
esferas da sociedade. Por isso, é preciso muita sabedoria para que as nossas
finanças não sejam afetadas e possamos honrar os nossos compromissos. Deus é
bom e podemos esperar nEle, mas isso não significa que não tenhamos que ter um
planejamento financeiro afim de consumir de forma consciente. O consumismo
exagerado, infelizmente, tem levado muitos crentes ao caos financeiro, com
reflexos negativos às igrejas locais.
I. UMA TEOLOGIA PARA A VIDA FINANCEIRA
Ao criar o homem e a mulher, Deus concedeu a
eles o domínio sobre toda a criação (Gn.1:26,28), domínio este que não
representa senhorio, mas uma autoridade, uma autorização para administrar a
criação terrena. Partindo deste pressuposto, não pode o homem achar-se dono de
coisa alguma sobre esta terra e deveria comportar-se desta maneira, ou seja,
plenamente consciente de que é apenas um administrador daquilo que Deus lhe
deu. É exatamente esta a consciência do cristão: a de que é apenas um mordomo,
um despenseiro de Deus (1Co.4:1,2; Tt.1:7; 1Pd.4:10).
1. Vida financeira equilibrada. Qual é o ensinamento bíblico a respeito da vida financeira? Este
ensinamento é o do equilíbrio, ou seja, Deus sabe que necessitamos de bens para
sobrevivermos, principalmente depois da queda do ser humano, que fez com que
nossa sobrevivência fosse obtida com esforço e dificuldades (Gn.3:17-19).
Sabendo que precisamos de bens para sobreviver, Deus promete no-los dar, se
dermos prioridade às coisas realmente importantes, que são as relativas à
eternidade (Mt.6:31-34). Se colocarmos a comunhão com Deus como nossa
prioridade em nossas vidas, Deus dará o necessário para nossa sobrevivência e
é, precisamente, o necessário, o suficiente para a nossa sobrevivência, que
Deus se compromete a dar a cada servo seu. O sábio Agur orou por uma condição
financeira equilibrada, para poder escapar das tristes consequências de uma
vida, tanto de necessidade como de fartura; pediu o pão diário, para ele e sua
família: “... não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha
porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: quem é o
SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus”(Pv.30:8,9).
Agur não queria muito dinheiro, objetivando, assim, evitar a soberba; mas
também não desejava que lhe faltasse para não ser desonesto. Nesse propósito,
ele apenas aspirava à porção necessária para cada dia (Pv.30:8c). Esse pedido foi
repetido por Jesus quando ensinou seus discípulos a orar (Mt.6:11). Deus tem um
compromisso com o Seu povo: de lhe dar o pão de cada dia. Este compromisso o
Senhor tem e vela para cumpri-lo (cf.Jr.1:12).
Se Deus nos conceder riqueza, que nós a usemos
para agradar a Deus; se nos der pobreza, que nós a usemos para agradar a Deus.
O importante é que não façamos dos bens materiais o objetivo e a intenção de
nossas vidas. Quem passa a viver em função dos bens materiais, quem passa a pôr
o seu coração nos tesouros desta vida, passa a ser um avarento, um ganancioso
e, como tal, será um idólatra (Cl.3:5) e, assim, está fora do reino dos céus (Ap.22:15).
2. O perigo do amor do
dinheiro. Segundo o Rev. Hernandes
Dias Lopes, “o dinheiro é mais que uma moeda, é um ídolo, é Mamom. O dinheiro é
o maior senhor de escravos do mundo. Milhões de pessoas se prostram em seu
altar todos os dias e dedicam tempo, talentos, vida e devoção a esse deus.
Muitas pessoas pisam arrogantemente no próximo e sacrificam até a família para satisfazerem
os caprichos insaciáveis dessa divindade. Há indivíduos que fazem do dinheiro a
razão da sua vida; o dinheiro passou a ser mais importante que o caráter. O
brilho do ouro tem entenebrecido a mente de muitas pessoas e corrompido suas
almas. O dinheiro é a mola que gira o mundo”.
Por que as pessoas amam tanto o dinheiro? Há duas razões: Primeiro, elas pensam que se
tiverem dinheiro poderão comprar muitas coisas e exercer influência sobre
outras pessoas. Mas será que a posse de bens materiais e a influência sobre
outras pessoas nos garantirão felicidade?
Segundo, elas pensam que se tiverem dinheiro,
posses, se sentirão seguras. Muitas pessoas pensam: Ah! Se eu morasse naquele
bairro, em um apartamento tríplex; se eu trabalhasse na empresa que gosto, e
tivesse o carro dos sonhos, eu seria feliz! Pensam que a felicidade está nas
coisas. Pensam que a felicidade está no ter. Assim, só se preocupam com o que é
terreno e correm atrás de ilusões. Se essa teoria fosse verdadeira, os ricos
seriam felizes e os pobres infelizes. No entanto, a experiência prova o
contrário. A riqueza tem sido fonte de angústias. Os ricos vivem tensionados
pelo desejo insaciável de ganhar sempre mais e com o pavor de perder o que
acumularam. Muitas pessoas que ceifam a própria vida são abastadas
financeiramente.
Há indivíduos que fazem do dinheiro a razão da
sua vida. Pessoas se casam, divorciam, matam e morrem pelo dinheiro. Muitas
pessoas, sem uma dimensão da eternidade, tem sua vista obscurecida pelas coisas
temporais e passageiras e, portanto, acaba se deixando dominar pela avareza,
pelo desejo de acumulação de riquezas, que é uma insensatez total, como deixou
bem claro Jesus na parábola do rico insensato (Lc.12:13-21) - “porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui”(Lc.12:15). Lamentavelmente,
não são poucos os que acabam se perdendo na caminhada para o céu por causa do
dinheiro.
Riquezas e glórias vêm de Deus, contudo, o
dinheiro não é um tesouro para ser usado de forma egoísta, apenas para o nosso
deleite. Deus nos dá o dinheiro para O glorificarmos com ele, e fazemos isso
quando cuidamos da nossa família, dos necessitados, inclusive nossos inimigos
(Mt.5:44). A Bíblia revela que a avareza tem sido um obstáculo para muitos
alcançarem a salvação: como nos casos do mancebo de qualidade (Mt.19:22; Lc.18:23);
de Judas Iscariotes (Lc.22:3-6; João 12:4-6); de Ananias e Safira (At.5:1-5,8-10);
de Simão, o mago (At.8:18-23) e; de muitos outros, como afirmou Paulo em sua
carta a Timóteo (1Tm 6:9,10). Deus assim nos exorta: “se as vossas riquezas
aumentam, não ponhais nelas o vosso coração” (Sl.62:10).
Que lugar o dinheiro ocupa na sua vida? O relato de Lucas 18:18-24 revela a situação
espiritual de muita gente. O texto fala de um homem que sentia sede de
salvação, porém, tinha o grande obstáculo da riqueza, dos bens materiais, um
dos maiores inimigos da vida espiritual. De todas as pessoas que vieram a
Cristo, esse homem é o único que saiu pior do que chegou. Ele foi amado por
Jesus, mas, mesmo assim, desperdiçou a maior oportunidade da sua vida. A
despeito do fato de ter vindo à pessoa certa, de ter abordado o tema certo, de
ter recebido a resposta certa, ele tomou a decisão errada. Ele amou mais o
dinheiro do que a Deus, mais a terra do que o céu, mais os prazeres
transitórios desta vida do que a salvação da sua alma.
II. MEIOS HONESTOS PARA GANHAR DINHEIRO
A Bíblia afirma que o trabalho é uma das
principais características humana que o fazem imagem e semelhança de Deus. A
Bíblia inicia a história do universo pela narrativa da ação criativa de Deus,
mostrando-nos um Deus Criador, um Deus que trabalha, trabalho este que persiste,
segundo nos revelou o Senhor Jesus (João 5:17).
Ganhar dinheiro é uma necessidade
indispensável, mas deve ser adquirido por meios honestos. Quais são eles?
Citamos dois.
1. Trabalho e emprego. A Bíblia nos mostra que a aquisição de bens materiais é uma necessidade
para o homem depois da sua queda, pois deverá, do seu trabalho, obter o seu sustento
(Gn.3:19). Deste modo, a obtenção dos meios necessários para a nossa
sobrevivência deve vir do trabalho. É por isso que Paulo, numa afirmação dura,
mas que é a verdade nua e crua, disse que “se alguém não quiser trabalhar, não
coma também”(2Ts.3:10), máxima que foi, inclusive, incorporada em várias Constituições
de países comunistas no século XX, mas que traduz um princípio bíblico.
Portanto, a primeira fonte de aquisição de bens materiais deve ser o trabalho,
devendo, pois, o cristão valorizar o trabalho e buscá-lo como forma de sustento
seu e de sua família.
O apóstolo Paulo, ao
chegar a Tessalônica, tratou de trabalhar com as próprias mãos para obter seu sustento
(1Ts.2:9), passando, então, a fazer tendas, que era o seu ofício (At.18:3), a
fim de que pudesse dar o exemplo de que o trabalho é digno e que deve ser
apreciado pelos servos de Deus. Assim, ainda em Tessalônica, enquanto
trabalhava dia e noite, produzindo o seu próprio sustento, o apóstolo pôde ter
autoridade moral para ensinar àqueles crentes o valor e a dignidade do
trabalho, desfazendo os falsos conceitos da cultura greco-romana a respeito do assunto
(os gregos tratavam o trabalho manual com desprezo). Por esta razão, Paulo
admoestou os tessalonicenses a trabalharem arduamente e a viverem
tranquilamente. Porém, no afã de obter o seu salário, o cristão não pode
envolver-se com meios ilícitos ou criminosos (Pv.11:1; 20:10), nem tampouco
explorar ou extorquir seu semelhante (Am.2:6).
A responsabilidade
individual de trabalhar para o próprio sustento é tão relevante que a Bíblia
condena o preguiçoso (Pv.21:25; 22:13). Por que Deus condena o preguiçoso?
Porque a preguiça e a falta de produtividade resultam naturalmente em
necessidades. A Bíblia deixa claro que nosso trabalho é um dos veículos que
Deus utiliza para suprir as necessidades. Deus quer que estejamos em uma
posição tal, que possamos desfrutar dos resultados do nosso trabalho. O Senhor
Jesus ensinou que "digno é o trabalhador do seu salário" (Lc.10:7 -
ARA)
2. Escolarização e
Mobilidade Social. Quer
conseguir um bom emprego e ter uma vida financeira melhor para você e sua
família? Um dos meios disponíveis para isso é a escolarização, ou seja, a
educação acadêmica. Os que alcançam maior escolarização possuem maior
probabilidade de encontrar empregos com bons salários. Todavia, o mercado de
trabalho está cada vez mais competitivo e exigente. Por isso, mais do que
nunca, é importante planejar a continuidade dos estudos mesmo após concluir a
graduação. Diploma de uma boa faculdade e fluência em inglês ajudam bastante,
mas não é só isso que as empresas esperam de um profissional. Hoje em dia,
fazer um curso de especialização na área desejada pode ser um bom investimento
para a sua carreira. Dentro dessa nova tendência, as universidades oferecem
cursos de formação especializada, com um conteúdo estruturado para atender às
necessidades atuais do mercado de trabalho.
É perfeitamente bíblico
usarmos a escolarização e a ascensão social para servir melhor o Reino de Deus.
O que se precisa é ter muita cautela e não aceitar as iguarias contaminadas que
os meios acadêmicos oferecem nestes tempos pós-modernos. Estamos vivendo tempos
difíceis e trabalhosos, e as universidades, lotadas de esquerdistas-marxistas-fundamentalistas,
têm sido instrumentos poderosos para desconstruir o caráter cristão de muitas pessoas
e tentar desfazer os absolutos morais de Deus exarados nas Escrituras Sagradas.
Daniel, na Babilônia, foi um exemplo de caráter ilibado, não se contaminou com
a cultura adversa do meio acadêmico da Babilônia (Dn.1:3,4). Ele e seus amigos
correram sério risco de aculturamento nos costumes e nas ciências babilônicos.
Nabucodonosor queria educá-los nas ciências dos caldeus para que tivessem
conhecimento de astrologia e adivinhação. Mas, Daniel, no meio de uma cultura
sem Deus e sem absolutos morais, não se corrompeu. Ele manteve-se íntegro, fiel
e puro diante de Deus e dos homens. Seu caráter não era feito de vidro, não se
quebrava com facilidade. Tinha um caráter ilibado, formado em um lar temente a
Deus, de convicção de fé infringível no Deus vivo. Daniel e seus companheiros
possuíam uma maturidade espiritual inexorável, que não foi adquirida em uma
universidade secular, mas na Palavra de Deus.
Infelizmente, hoje, muitos
jovens não têm suportado as pressões do meio acadêmico, têm caído na teia do
mundo. Muitos se envolvem de tal maneira que perdem o referencial, mudam os
marcos, abandonam suas convicções, transigem com os absolutos e naufragam na
fé. O cristão precisa tomar cuidado na busca de seu aprimoramento intelectual
para não ser enredado por meio de filosofias e vãs sutilezas (Cl.2:8).
III. COMO ADMINISTRAR O DINHEIRO?
Concordo com o Rev.
Hernandes Dias Lopes ao dizer que “o problema não é possuir dinheiro, mas ser
possuído por ele. O problema não é ter dinheiro, mas o dinheiro nos ter. O
problema não é carregar dinheiro no bolso, mas carregá-lo no coração”. Como o
cristão deve administrar o seu dinheiro?
1. Administrando bem o seu
dinheiro. Como imitadores de
Cristo (1Co.11:1), devemos ser como Jesus: administrar bem as finanças. Ao
contrário do que muitos pensam, Jesus não era uma pessoa totalmente
despreocupada ou alienada em relação aos bens materiais. Não era preso a eles,
como o cristão não deve sê-lo também, mas jamais mostrou ser pessoa que não
tivesse organizadas as suas finanças. Vemos que Jesus tinha uma bolsa, ou seja,
um verdadeiro caixa para a assistência social (cf. João 12:5,6), também tinha
um grupo de mulheres que sustentava o Seu ministério com recursos (cf. Lc.8:3),
tendo, inclusive, tido o cuidado de recolher o tributo que lhe foi cobrado (Mt.17:24-27).
Jesus sempre foi uma pessoa responsável para com o que tinha de administrar,
tanto que, às vésperas da morte, tratou de deixar amparada a Sua mãe, que era
Sua responsabilidade, como filho primogênito (João 19:26,27).
2. Não gastando mais do que ganha. O cristão, na administração de suas finanças, deve partir de um
princípio fundamental, a saber, o de que não pode, em hipótese alguma, gastar
mais do que ganha. O consumismo é como uma doença que invadiu nossas entranhas.
O comércio esfomeado e guloso apela de forma eloquente aos nossos sentidos
todos os dias. Na busca de uma felicidade ilusória, muitos se rendem aos
encantos dessa propaganda sedutora. A cada dia as pessoas compram o que não
precisam, com o dinheiro que não possuem, para impressionar pessoas que não
conhecem.
Graças a uma eficaz
publicidade e a pregação da busca de bens materiais a qualquer custo, as
pessoas ingressam numa corrida pelo consumo sem medir as consequências. O
resultado é o endividamento sem medida, a inserção nos diversos órgãos de
restrição ao crédito (SPC, SERASA etc.), o que faz com que as pessoas sejam
aviltadas em sua dignidade e, não poucas vezes, levadas a situações
angustiantes. Lamentavelmente, muitos cristãos têm se deixado levar por esta
"febre consumista", e já não são poucos os crentes que têm seus
"nomes sujos" na praça e que são tratados como
"caloteiros", envergonhando o Evangelho e dando motivo para que o
nome do Senhor seja blasfemado. Tudo como consequência de uma má administração
do seu dinheiro.
Na perspectiva cristã, o
dinheiro, como valor material, não deve ser visto como senhor, mas apenas como
um servo. Desta feita, não deixe o dinheiro dominá-lo, domine-o. Não deixe o
dinheiro ser seu patrão, faça dele um servo.
3. Sendo fiel nas Finanças. Como bons administradores, devemos ser fiéis (1Co.4:2), e isto significa
sermos cumpridores de nossas obrigações para com Deus, com a família e com a
sociedade. A fidelidade que se exige do servo de Deus também alcança o aspecto
financeiro e, num mundo materialista como o que vivemos; esta fidelidade é a
que mais fará realçar o nome do Senhor entre os incrédulos. Nunca nos
esqueçamos de que os homens devem nos considerar despenseiros dos mistérios de Deus
(1Co.4:1) e ver as nossas obras e, ao vê-las, glorificar ao nome do nosso Pai (Mt.5:16),
e isto passa necessariamente pelo aspecto financeiro de nossas vidas.
Vejamos algumas atitudes que o cristão deve ter em relação às suas
finanças.
a) Reconhecer a soberania de Deus em sua vida. O verdadeiro cristão reconhece que é apenas
um mordomo dos bens divinos que lhe foram confiados e, deste modo, tem noção e
consciência de que Deus é o dono de tudo que temos e de tudo que somos.
b) Cumprir as suas obrigações. O cristão fiel é santo e diferente do mundo.
Os ímpios, diz a Bíblia Sagrada, se caracterizam por serem infiéis nos contratos
(Rm.1:31). Por isso, deve o cristão ser muito cauteloso ao contrair obrigações,
fugindo do consumismo que tem dominado as consciências dos homens sem Deus.
Devemos ter todo o cuidado na montagem do orçamento doméstico, para assumir
apenas obrigações que possam ser fielmente cumpridas.
c) Suprir as necessidades de seu lar. Para a maioria das pessoas, as principais
necessidades são: alimentação, habitação, despesas com tributos, tarifas públicas,
transportes, saúde, educação e previdência social. Devemos fugir daquilo que
não é necessário, do supérfluo e do dispensável. Na aquisição de bens, o
cristão deve ser econômico, pesquisar e pechinchar preços, tendo, aqui, papel
fundamental a mulher no lar (Pv.31:13,14,18). Neste ponto, vemos que o cristão
deve ser previdente e sempre, quando possível, ter uma poupança para os dias de
adversidade (cf. 2Co.12:14).
d) Ser voluntário e estar disposto em ajudar os
necessitados. O cristão deve ser
generoso, usando parte de sua economia para ajudar, dentro da medida do
possível, o necessitado. Jesus tinha uma caixa de assistência durante o Seu
ministério. É de uma administração cautelosa que surgirão os recursos que
poderão mitigar as dificuldades dos mais necessitados. Neste contexto, também,
estão as ofertas alçadas que se devem dar nas igrejas, bem assim as
contribuições específicas para determinadas obras na casa do Senhor e para a
obra missionária. Seria muito bom que, na administração de seus bens, o cristão
pudesse dedicar sempre uma parcela fixa de seu rendimento para esta parte.
Lembremo-nos de que vivemos no país de maior desigualdade social do mundo e
que, como cristãos, devemos demonstrar o amor de Deus que há em nossos
corações. A verdadeira religião é amar a Deus e o próximo (Tg.1:27).
e) Fugir dos agiotas (Êx.22:25; Lv.25:36). Quem cai na mão dessas pessoas, que cobram
“usura” ou juros extorsivos, não tem quietude. O crente que for sábio haverá de
se safar das armadilhas proporcionadas pelos agiotas. Deus quer que todos os
seus filhos tenham uma vida sossegada e abençoada.
f) Não ser fiador de ninguém. “Ser fiador significa aceitar a
responsabilidade pela dívida de outra pessoa, se esta deixa de pagá-la. Esse
ato torna a situação financeira do cossignatário dependente dos atos do amigo e
fica sujeita a fatos que escapam ao seu controle. Pode levar à pobreza (cf.Pv.22:26,27)
e à perda de amizades vitalícias. Isso não significa, porém, que devemos
recusar-nos a ajudar alguém que esteja realmente sofrendo, sem meios para
atender às necessidades básicas da vida (Ex.22:14; Lv.25:35; Mt.5:42). Quanto
aos pobres, não devemos emprestar e sim dar-lhes (cf.Mt.14:21; Mc.10:21)"(Bíblia
de Estudo Pentecostal).
No Livro de Provérbios
está escrito que o homem não deve ser fiador de pessoa alguma: “Decerto sofrerá severamente aquele que fica
por fiador do estranho, mas o que aborrece a fiança estará seguro” (Pv.11:15). Trata-se,
portanto, de uma prática que o cristão não deve desempenhar e muito menos a igreja
local exigir de seus membros.
CONCLUSÃO
O Cristão, rico ou pobre,
no exercício da mordomia cristã das finanças, faz dos recursos que possui,
adquiridos com honestidade, uma bênção para a Obra de Deus, para si mesmo, para
sua família, bem como para a comunidade que o cerca. Devemos, portanto, fazer tudo
ao nosso alcance para administrar bem os recursos que Deus nos deu. Amém?
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Luciano de Paula
Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 74. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco – Bildade e a teologia da prosperidade.
PortalEBD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Os Males do Consumismo. PortalEBD_2008.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. A Mordomia Cristã das Finanças.
Rev. Hernandes Dias Lopes. Dinheiro, a prosperidade que vem de Deus.
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