2º
Trimestre/2018
Texto Base:
Provérbios 28.1-10
"Melhor é
o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há
inquietação" (Pv.15:16).
Nesta Aula trataremos da “Ética Cristã, Vícios
e Jogos”. O vício está relacionado com tudo o que é prejudicial à saúde física
e mental do indivíduo, de sua família ou da sociedade. O vício atenta contra o
domínio próprio; priva o ser humano de suas faculdades normais, e por isso
atenta contra a imagem de Deus no ser humano. A pessoa que se deixa aprisionar
por algum vício (ex.: droga, bebida, jogo), não só passará por sofrimentos
terríveis de dependência como colocará sua família e todos os que os conhecem
em sofrimento contínuo. O vício, seja ele qual for, escraviza a pessoa; é
degradante e vergonhoso. Jesus, porém, morreu na Cruz do Calvário e ressuscitou
para libertar o ser humano dos vícios malditos que o levam à degradação moral e
à vergonha eterna. Pela fé no Salvador nos tornamos livres (João 8:36).
I. VÍCIOS: A DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA
“Tudo o que escraviza o homem e o faz perder
seus valores é denominado de vícios que resultam na degradação da essência
humana”.
1. O pecado do alcoolismo. Segundo uma pesquisa, no Brasil o consumo de álcool já é maior do que o
consumo de leite. A cada 36 horas um jovem morre vítima do consumo abusivo do
álcool. Cerca de 60% dos índices de cirrose hepática entre os brasileiros têm
relação com o álcool.
O alcoolismo não é somente um vício, mas uma
doença que precisa de tratamento. Brincar com um copo desse vírus é perigoso, é
brincar com veneno. Portanto, devemos ter em mente que o uso de qualquer marca
ou quantidade de bebida alcoólica é um perigo de crime contra si próprio e
contra o seu próximo. Está escrito: "O vinho é escarnecedor, e a bebida
forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio”(Pv.20:1).
Aqui, está sendo enfatizado o princípio bíblico geral contra as bebidas
entorpecentes.
Observando o texto de Provérbios 23:29-35,
vamos notar quão maléficos sãos os efeitos da bebida alcoólica. O texto diz:
“Para quem são os ais? Para quem os pesares?
Para quem as pelejas, para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E
para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os
que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho quando se mostra
vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim morderá
como a cobra, e como o basilisco picará. Os teus olhos verão coisas estranhas,
e tu falarás perversidades. O serás como o que se deita no meio do mar, e como
o que dorme no topo do mastro. E dirás: Espancaram-me, e não me doeu;
bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? Ainda tornarei a buscá-lo
outra vez”.
Os escritores do Antigo Testamento estavam cientes
dos perigos da bebida alcoólica: que entorpece os sentidos e limita a pessoa a
fazer um julgamento claro (Pv.31:1-9); que diminui sua capacidade de autocontrole
(Pv.4:17); que destrói sua eficiência (Pv.21:17). Mantenha-se longe das bebidas
alcoólicas, para não sofrer esses danos. O apóstolo Paulo foi peremptório e
irredutível ao dizer: "Não vos embriagueis com vinho em que há
contenda..." (Ef.5:18).
Veja o exemplo de Noé, ele deixou-se levar
pelo vinho e as consequências foram terríveis para a sua vida (Gn.9:21). Perdeu
a sua dignidade de pai de família, perdeu o respeito do seu filho mais novo,
Cão; de bênção para todos os homens, passou a ser instrumento de maldição para
seu próprio neto. Esta é a degradação trazida pela bebida alcoólica, pelas
substâncias entorpecentes em geral. Devemos não só evitar usá-las, como também
ter uma participação mais ativa na sociedade para a diminuição de seus efeitos
deletérios na comunidade. Infelizmente, o que se constata hoje é que grupos
como os Alcoólicos Anônimos e outros similares estão a fazer muito mais por
isto do que as igrejas locais.
O homem dado à bebida alcoólica é comparado ao
homem soberbo, cuja alma está inchada e que não é reta, o oposto do fiel
(Hc.2:4,5). Um dos requisitos bíblicos para o ministério é, precisamente, o de
não ser alguém dado ao vinho (1Tm.3:3; Tt.1:7).
O apóstolo Paulo adverte: “Não erreis: nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os
sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados...herdarão o
Reino de Deus” (1Co.6:10).
Veja
algumas referências bíblicas contrárias às bebidas fermentadas.
- O vinho e a
bebida forte fazem errar e desencaminhar até o sacerdote e o profeta (Is.28:7,8).
- Há uma maldição para
os que seguem a bebedice (Is.5:11), e outra maldição
para os que dão bebida ao seu próximo (Hc.2:15).
- As bebidas
alcoólicas são escarnecedoras e alvoroçadoras (Pv.20:1).
- O ideal é nem olhar
para o vinho, pois é traiçoeiro, quanto mais usá-lo (Pv.23:31,32).
- O beberrão cai em pobreza
(Pv.23:20,
21).
- “Não vos embriagueis
com vinho...” (Ef.5:18).
- O bispo não deve ser
dado ao vinho (1Tm.3:3; Tito 1:7). Mas o bom mesmo é não beber vinho devido ao escândalo que pode
provocar em outros (Rm.14:21). A bebida está
relacionada com as obras da carne (Gl.5:21).
- Normalmente, os que
hoje são bêbados não começaram com a intenção de sê-lo. Cuidado! Os
bêbados não entrarão no reino de Deus (1Co.6:10).
- No Antigo
Testamento, a bebida era incompatível com o serviço a Deus, pois os
encarregados de atividades no Santuário não podiam beber (Lv.10:9).
- Mesmo no conceito
liberal da mãe do rei Lemuel (Pv.31:6) os que ministravam
a justiça e os nobres não deviam beber (Pv.31:4,5).
- Em Provérbios
31:6 acha-se a opinião
da mãe do rei Lemuel e não uma posição divina sobre o assunto. Os amigos
de Jó, embora piedosos, também deram opiniões religiosas equivocadas pelo
que foram posteriormente repreendidos por Deus (Jó
42:7-9).
- Miquéias adverte que
um povo mau teria profetas falsos e mentirosos que defenderiam o vinho e a
bebida forte (Mq.2:11).
- O vinho e o mosto
tiram a inteligência (Os.4:11).
- Pessoas dadas ao
vinho são desleais, soberbas e não se contém (Hc.2:5).
- Segundo estudiosos,
nas bodas de Caná, Jesus transformou a água em vinho novo, sem fermento (TIROSH, no Antigo Testamento), o
puro suco de uva, o vinho de melhor qualidade.
- Em 1Tm.5:23, o vinho é recomendado para uso medicinal, conforme crença do
apóstolo, usado pouco com água e não puro como bebida de prazer. Este
texto, portanto, não serve para defender o uso ou o vício da bebida.
2. A escravidão das drogas. As drogas são terríveis, são decepcionantes. Elas causam dependência
física e psíquica. As drogas reduzem a capacidade da personalidade. Elas deixam
o homem completamente enfermo. Elas afetam também o funcionamento do coração,
do fígado, dos pulmões e até mesmo do cérebro. Há vários tipos de drogas com
diferentes efeitos sobre a personalidade humana. Um é o efeito da cocaína,
outro é o efeito da maconha, outro o efeito do LSD, outro o efeito da heroína.
Todas essas drogas e muitas outras geram a destruição e a morte. As drogas mais
usadas são a maconha, a cocaína, o crack, o ecstasy, o álcool e o fumo. Todas
elas são, fatalmente, prejudiciais à saúde.
A droga tira a tranquilidade e a alegria das
famílias. Uma pessoa viciada em drogas poderá facilmente começar a roubar,
prostituir-se, matar, praticar homossexualismo, cometer até mesmo o suicídio.
Por causa das drogas injetáveis, os seus dependentes correm o risco constante
de contrair AIDS.
Os viciados em drogas, semelhantes aos
alcoólatras, são pessoas infelizes. Hoje o comércio das drogas caminha na mesma
direção do comércio do álcool. As pessoas compram e bebem até se embriagarem em
qualquer esquina. Fazem isso movidas por um desejo de preencherem um profundo
vazio interior. Querem vencer os traumas remotos e recentes de suas vidas. Não
obstante, o que tais pessoas conseguem é apenas mais decepções, depressão e
infelicidade.
As drogas escravizam os homens, fazendo-os
seus dependentes. Para serem libertas da escravidão das drogas só há uma
solução: Jesus Cristo. Ele afirma: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt.11:28). Mas, não é fácil para uma pessoa
escrava das drogas libertar-se assim tão rapidamente. É preciso um trabalho
sério, espiritual, psicológico, social e médico. Daí a importância das casas de
recuperação para esses viciados que, aceitando a Cristo, desejam libertar-se
das drogas; ou desejando libertar-se das drogas, acabam aceitando a Cristo como
seu Salvador.
II. JOGOS DE AZAR: UMA ARMADILHA PARA A FAMÍLIA
Jogo de Azar é qualquer atividade de
risco que envolve dinheiro, que se pode ganhar ou perder mediante uma aposta,
em que o elemento do acaso ou sorte é o elemento primordial. O jogo sempre
envolve ganho em dinheiro mediante uma aposta, ou seja, arrisca-se certa
quantia na sorte, no acaso, para que se possa obter mais do que se arriscou.
Logo se percebe que o intento do jogo é ganhar dinheiro rápido e fácil sem o
esforço do trabalho, apenas por força da sorte, do acaso. Entretanto, não é
este o padrão divino estabelecido para o homem. Após a queda, Deus determinou
ao homem que, do suor do seu rosto haveria ele de obter a sua sobrevivência (Gn.3:19).
Portanto, o jogo de azar é uma tentativa humana de escapar ao juízo divino, é mais
uma ilusão trazida ao ser humano pelo adversário no intuito de ludibriá-lo a se
sentir autossuficiente e se libertar de uma ordenação divina. Não é por outro
motivo, pois, que ao jogo de azar sempre se associa o que é reprovável e abjeto
na sociedade sem temor a Deus. No Brasil, o jogo do bicho é o grande
financiador do narcotráfico e do crime organizado, que hoje está sem controle,
formando um poder paralelo nas grandes metrópoles, em especial São Paulo, Rio
de Janeiro e Belo Horizonte. O jogo, enfim, é um chamariz para toda atividade
maléfica e danosa à moral e aos bons costumes.
Quem joga está dizendo que não
confia em Deus e nas Suas promessas de que dará sempre o necessário aos Seus
servos. Quem joga, portanto, não pode orar como o Senhor nos ensinou, pedindo o
pão nosso de cada dia, pois não confia que Deus possa dar-lhe, e recorre ao
jogo para obtê-lo. Quem joga está dizendo que prefere o dinheiro a qualquer
outra coisa na vida, pois está usando dinheiro para ganhar mais dinheiro e,
assim, corre o risco de trazer para si grandes tribulações, problemas, perda de
dignidade e de caráter (1Tm.6:9,10).
O jogo é um ótimo negócio, para
quem banca o jogo. Exemplo disso são os cassinos americanos e os bingos
brasileiros, que enriquecem apenas seus donos. O jogo do bicho no Brasil,
enriquece apenas os banqueiros do bicho. As loterias, só enchem as burras do
governo. Enquanto isso, milhares e milhares de jogadores são lançados à penúria
e à ruína.
A obtenção do dinheiro pelo jogo é tão agradável aos olhos do mundo que, não raro, se criam jogos,
sorteios, rifas e concursos para se angariar recursos para obras beneméritas e
filantrópicas. Com efeito, se não houver a promessa de vantagem, as pessoas não
se dispõem a ajudar uma obra de caridade pública. Entretanto, nem mesmo assim,
o crente deve praticar esta atividade. Se quiser ajudar uma obra que tem um fim
caritativo, que o faça sem querer nada em troca, pois o amor do cristão
autêntico é desinteressado. Deste modo, não podemos concordar com práticas que,
lamentavelmente, têm aumentado no meio evangélico, de se criarem sorteios,
concursos, bingos, verdadeiros jogos com o objetivo de angariar recursos para a
obra do Senhor. Se os crentes não se dispõem a ajudar a obra de Deus
voluntariamente, para que angariar recursos por estes meios? A Bíblia ensina
que Deus ama ao que dá com alegria, ao que dá de coração, não ao que ajuda
buscando, com isto, levar vantagem, obter ganho ou lucro. A igreja não deve se
conformar com o mundo, praticando seus atos (Rm.12:1,2).
(Adaptado da postagem “O Cristão, o Vício e os
Jogos de Azar”. PortatlEBD_2002. Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco).
“A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1992, concluiu que jogar jogos de azar faz mal a saúde,
incluindo o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças (CID). Assim
como o álcool, o cigarro e as demais drogas, os jogos de azar causam
dependência psíquica e química. Quando em crise de abstinência, o jogador sofre
com tremores, náuseas, depressão e graves problemas cardíacos. Cerca de 80% dos
viciados em jogos de azar relatam algum tipo de ideação suicida como uma forma
de fugir da vergonha moral e de suas dívidas. Tal como outros viciados, os
jogadores compulsivos tendem ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas. Maltratar
o próprio corpo é insensatez e afronta contra o dom da vida outorgado por Deus
(1Sm.2:6; Ef.5:29,30). Além disso, os jogos de azar são uma armadilha e levam a
disfunção familiar, causam destruições irreparáveis no ambiente familiar. O
vício do jogo leva a pessoa a uma compulsão, que a obriga a jogar mais e mais,
na esperança de superar as perdas. O indivíduo torna-se escravo do jogo. Começa
com dinheiro, depois entrega a roupa, os sapatos, o relógio, os bens, e por
fim, a honra, a dignidade. O jogo vicia e escraviza a ponto de migrar todos os
recursos de uma família para o pagamento de dívidas contraídas pelo jogador. As
Escrituras nos advertem a zelar pela família (1Tm 3:4,5) e não cair em
armadilhas, pois ‘um abismo chama outro abismo’" (Sl.42:7) (LBM_CPAD).
III. VIVAMOS UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA E FIEL A DEUS
“A vitória do cristão contra os vícios e os
jogos de azar engloba a Sobriedade, a Honestidade e a Fidelidade ao autor da
vida”.
1. A bênção da Sobriedade. Sóbrio é aquele que está sem nenhum distúrbio físico ou mental por uso
de álcool ou drogas. É aquela pessoa que não se encontra sob o efeito do álcool,
que não é alcoólatra. Sóbrio, portanto, é estar no pleno controle de si mesmo. Se
não nos dominarmos a nós mesmos, o que só é possível mediante a ação do
Espírito Santo em nossas vidas, seremos dominados pelo pecado do vício.
O apóstolo Paulo exortou a Timóteo da seguinte
forma: “Sê sóbrio em tudo [...] (2Tm.4:5). O apóstolo Pedro exortou aos
destinatários de sua Epístola: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo,
vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar” (1Pd.5:8). O apóstolo Paulo faz a seguinte exortação à Igreja de
Éfeso: “E não vos embriagueis com vinho [...]” (Ef.5:18).
Martyn Lloyd-Jones, médico e pastor, disse: “O
vinho e o álcool, farmacologicamente falando, não são estimulantes, mas
depressivos. O álcool sempre está classificado na farmacologia entre os
depressivos. O álcool é um ladrão de cérebros. A embriaguez, deprimindo o
cérebro, tira do homem o autocontrole, a sabedoria, o entendimento, o
julgamento, o equilíbrio e o poder para avaliar as coisas. Ou seja, a
embriaguez impede o homem de agir de maneira sensata”.
O Rev. Hernandes Dias Lopes disse: “O
resultado da embriaguez é a dissolução. As pessoas que estão bêbadas
entregam-se a ações desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Perdem o pudor e
a vergonha, profanam a vida e envergonham o lar. Trazem desgraças, lágrimas,
pobreza, separação e opróbrio à família. Buscam uma fuga para seus problemas no
fundo de uma garrafa, mas o que encontram é apenas um substituto barato, falso,
maldito e artificial para a verdadeira alegria. A embriaguez leva à ruina”.
A orientação bíblica é de abstinência de toda
a imundícia, inclusive a dos vícios e a dos jogos de azar - “... renunciando à
impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria,
justa e piamente” (Tt.2:12).
2. Honestidade. Honestidade é a obediência incondicional às regras morais existentes. A Bíblia Sagrada é a regra de fé
e prática do Cristão verdadeiro. Exorta o apóstolo Paulo: “Andemos
honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em
desonestidades...”(Rm.13:13). No princípio da Igreja os cristãos eram ensinados
a andar em honestidade. O apóstolo Pedro ensinava: “Amados, peço-vos, como a
peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que
combatem contra a alma, tendo o vosso viver honesto entre os
gentios...”(1Pd.2:11-12).
Honestidade é uma característica de
uma pessoa que é decente, que é honrada, que é moralmente irrepreensível. Ser
um cidadão honesto significa ser uma pessoa confiável, que tem zelo pelo seu
nome e pela sua palavra. A Bíblia Sagrada ensina que um bom nome é considerado
algo muito precioso – “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as
muitas riquezas...”(Pv.22:1). E pensar que existem pessoas que não se importam
com a dignidade de seu nome, permitindo, inclusive, que ele seja atirado na
“lama” das trapaças!
Ser honesto está no rol das virtudes
necessárias para alguém que “deseja o episcopado” - “Convém, pois, que o bispo
seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar” (1Tm.3:2). Que bom poder tratar de negócios
com um Obreiro, comprar e vender para ele, ouvi-lo pregar e saber que se pode
confiar em tudo que ele está falando, pois, biblicamente, um Obreiro tem que
ser um homem confiável, porque ele é um salvo. Vivendo em honestidade ele é
incapaz de mentir, de enganar, de prometer e não cumprir, pois, ele tem zelo
pela sua palavra.
Em 1Coríntios 8:21
Paulo está falando como Obreiro e fazendo referencia a si próprio quando diz: “Pois zelamos o que é honesto, não só
diante do Senhor, mas também diante dos homens”. Paulo não apenas tinha um
viver honesto como ensinava aos irmãos a procurarem as coisas honestas: “A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas
honestas, perante todos os homens”(Rm.12:17). Certamente que todos
gostavam de negociar com os cristãos, de vender para os cristãos, de fazer e de
dar serviços para um cristão. Cristão era confiável. Cristão era, e,
certamente, continua sendo confiável, pois vivia, e ainda vive, em honestidade.
Cristão cumpria e cristão, hoje, vivendo como salvo, cumpre contratos, e, mesmo
que não haja contrato escrito, mesmo assim, ele cumpre porque tem um nome para
zelar. Crente que vive como salvo não aceita seu nome na sarjeta; ele aprendeu
com Jesus e cumpre a sua palavra no sentido de que seu falar é “... Sim, sim;
Não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna”(Mt.5:37).
Para viver como salvo é preciso viver em
honestidade. Uma pessoa honesta não explora o seu próximo, mas conduz seus
negócios temendo no Senhor (Sl.112:1-5). Não retira seu sustento da jogatina à
custa de quem perde dinheiro nos jogos de azar, enganando-o e defraudando-o
(1Ts.4:6). Você está vivendo com honestidade?
3. Fidelidade. Fidelidade é a característica de quem é leal.
Houve um tempo em que a palavra de um homem tinha grande valor, e um aperto de
mão era tão bom quanto um contrato assinado. Isto não parece ser verdade em
nossos dias. Mas o homem que anda com Deus é diferente, porque nele está a
lealdade, honestidade e sinceridade. A Fidelidade como Fruto do Espírito nos
torna leais a Deus, leais a nossos companheiros, amigos, colegas de trabalho,
empregados e empregadores. O homem leal apoiará o que é certo mesmo quando for
mais fácil permanecer calado. Ele é leal, quer esteja calado, quer esteja sendo
observado. Este princípio é ilustrado na Parábola dos Talentos, em Mateus
25:14-30. Os servos que eram fiéis e fizeram como foram instruídos mesmo na
ausência do senhor foram elogiados e recompensados. O servo infiel foi
castigado.
Fidelidade é a característica de quem tem bom
caráter, é fiel e demonstra respeito por alguém e pelo compromisso assumido com
outrem; é sinônimo de lealdade. Se Deus procura os fiéis da terra para que
estejam com Ele, a Fidelidade, entre outras virtudes, é algo que atrai a
atenção de Deus.
A Fidelidade do cristão é com a Palavra de
Deus. Mesmo que alguns vícios e jogos de azar sejam considerados legais pelas
leis do Estado, o salvo em Jesus não se permite contaminar. Os ensinos e os
princípios bíblicos devem pautar a vida dos que são fiéis ao Senhor – “Lâmpada
para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (Sl.119:105).
CONCLUSÃO
Tenhamos cuidado com a doutrina do “nada a
ver”, que está deflagrando tudo e todos que se opõe ao sistema do mundo. Os
fatores sociais e a mídia que influenciam as pessoas a deleitarem-se em vícios e
jogos de azar são diversos, mas por mais que sejam fortes não podem sucumbir ao
poder transformador de Jesus. Cabe ao salvo resistir ao pecado e não se deixar
dominar por coisa alguma.
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma” (1Co.6:12).
Não importa se o jogo é legalizado ou não, o
importante é manter uma postura santificada, idônea, repleta da graça e da
benção de Deus, pois a separação da luz e das trevas é um dos principais sinais
daqueles que servem ao Senhor.
“Então, vereis outra vez a diferença entre o
justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Ml.3:18).
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Luciano de Paula
Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 74. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Rev. Hernandes Dias Lopes. Dinheiro, a prosperidade que vem de Deus.
Pr. Antônio Sebastião da Silva. A mensagem de Deus nos corações.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. O Cristão, o Vício e os Jogos de Azar.
PortalEBD_2002.
Elinaldo Renovato de Lima. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais
do Nosso Tempo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015).
Meu irmão a Paz do Senhor Jesus, o versículo que você colocou na parte ( A benção da sobriedade ), 2 Pe 5:8 está errado,na verdade é 1 Pe 5:8, a segunda epístola do apostoap Pedro so tem três capítulos.
ResponderExcluirSeu blog tem mi ajudado muito nos auxílios para que eu possa dá boas aulas na EBD pela a misericórdia de Deus. Um forte abraço fique com Deus e que ele continue te abençoando como tudo sua família.
Muito grato prezado irmão Sávio pela observação. Corrigido.
ExcluirAbraços!