domingo, 3 de junho de 2018

Aula 11 – ÉTICA CRISTÃ, VÍCIOS E JOGOS


2º Trimestre/2018

Texto Base: Provérbios 28.1-10

"Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação" (Pv.15:16).


INTRODUÇÃO

Nesta Aula trataremos da “Ética Cristã, Vícios e Jogos”. O vício está relacionado com tudo o que é prejudicial à saúde física e mental do indivíduo, de sua família ou da sociedade. O vício atenta contra o domínio próprio; priva o ser humano de suas faculdades normais, e por isso atenta contra a imagem de Deus no ser humano. A pessoa que se deixa aprisionar por algum vício (ex.: droga, bebida, jogo), não só passará por sofrimentos terríveis de dependência como colocará sua família e todos os que os conhecem em sofrimento contínuo. O vício, seja ele qual for, escraviza a pessoa; é degradante e vergonhoso. Jesus, porém, morreu na Cruz do Calvário e ressuscitou para libertar o ser humano dos vícios malditos que o levam à degradação moral e à vergonha eterna. Pela fé no Salvador nos tornamos livres (João 8:36).

I. VÍCIOS: A DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA

“Tudo o que escraviza o homem e o faz perder seus valores é denominado de vícios que resultam na degradação da essência humana”.

1. O pecado do alcoolismo. Segundo uma pesquisa, no Brasil o consumo de álcool já é maior do que o consumo de leite. A cada 36 horas um jovem morre vítima do consumo abusivo do álcool. Cerca de 60% dos índices de cirrose hepática entre os brasileiros têm relação com o álcool.

O alcoolismo não é somente um vício, mas uma doença que precisa de tratamento. Brincar com um copo desse vírus é perigoso, é brincar com veneno. Portanto, devemos ter em mente que o uso de qualquer marca ou quantidade de bebida alcoólica é um perigo de crime contra si próprio e contra o seu próximo. Está escrito: "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio”(Pv.20:1). Aqui, está sendo enfatizado o princípio bíblico geral contra as bebidas entorpecentes.

Observando o texto de Provérbios 23:29-35, vamos notar quão maléficos sãos os efeitos da bebida alcoólica. O texto diz:

“Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas, para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará. Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades. O serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme no topo do mastro. E dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? Ainda tornarei a buscá-lo outra vez”.

Os escritores do Antigo Testamento estavam cientes dos perigos da bebida alcoólica: que entorpece os sentidos e limita a pessoa a fazer um julgamento claro (Pv.31:1-9); que diminui sua capacidade de autocontrole (Pv.4:17); que destrói sua eficiência (Pv.21:17). Mantenha-se longe das bebidas alcoólicas, para não sofrer esses danos. O apóstolo Paulo foi peremptório e irredutível ao dizer: "Não vos embriagueis com vinho em que há contenda..." (Ef.5:18).

Veja o exemplo de Noé, ele deixou-se levar pelo vinho e as consequências foram terríveis para a sua vida (Gn.9:21). Perdeu a sua dignidade de pai de família, perdeu o respeito do seu filho mais novo, Cão; de bênção para todos os homens, passou a ser instrumento de maldição para seu próprio neto. Esta é a degradação trazida pela bebida alcoólica, pelas substâncias entorpecentes em geral. Devemos não só evitar usá-las, como também ter uma participação mais ativa na sociedade para a diminuição de seus efeitos deletérios na comunidade. Infelizmente, o que se constata hoje é que grupos como os Alcoólicos Anônimos e outros similares estão a fazer muito mais por isto do que as igrejas locais.

O homem dado à bebida alcoólica é comparado ao homem soberbo, cuja alma está inchada e que não é reta, o oposto do fiel (Hc.2:4,5). Um dos requisitos bíblicos para o ministério é, precisamente, o de não ser alguém dado ao vinho (1Tm.3:3; Tt.1:7).

O apóstolo Paulo adverte: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados...herdarão o Reino de Deus” (1Co.6:10).

Veja algumas referências bíblicas contrárias às bebidas fermentadas.

  • O vinho e a bebida forte fazem errar e desencaminhar até o sacerdote e o profeta (Is.28:7,8).
  • Há uma maldição para os que seguem a bebedice (Is.5:11), e outra maldição para os que dão bebida ao seu próximo (Hc.2:15).
  • As bebidas alcoólicas são escarnecedoras e alvoroçadoras (Pv.20:1).
  • O ideal é nem olhar para o vinho, pois é traiçoeiro, quanto mais usá-lo (Pv.23:31,32).
  • O beberrão cai em pobreza (Pv.23:20, 21).
  • “Não vos embriagueis com vinho...” (Ef.5:18).
  • O bispo não deve ser dado ao vinho (1Tm.3:3; Tito 1:7). Mas o bom mesmo é não beber vinho devido ao escândalo que pode provocar em outros (Rm.14:21). A bebida está relacionada com as obras da carne (Gl.5:21).
  • Normalmente, os que hoje são bêbados não começaram com a intenção de sê-lo. Cuidado! Os bêbados não entrarão no reino de Deus (1Co.6:10).
  • No Antigo Testamento, a bebida era incompatível com o serviço a Deus, pois os encarregados de atividades no Santuário não podiam beber (Lv.10:9).
  • Mesmo no conceito liberal da mãe do rei Lemuel (Pv.31:6) os que ministravam a justiça e os nobres não deviam beber (Pv.31:4,5).
  • Em Provérbios 31:6 acha-se a opinião da mãe do rei Lemuel e não uma posição divina sobre o assunto. Os amigos de Jó, embora piedosos, também deram opiniões religiosas equivocadas pelo que foram posteriormente repreendidos por Deus (Jó 42:7-9).
  • Miquéias adverte que um povo mau teria profetas falsos e mentirosos que defenderiam o vinho e a bebida forte (Mq.2:11).
  • O vinho e o mosto tiram a inteligência (Os.4:11).
  • Pessoas dadas ao vinho são desleais, soberbas e não se contém (Hc.2:5).
  • Segundo estudiosos, nas bodas de Caná, Jesus transformou a água em vinho novo, sem fermento (TIROSH, no Antigo Testamento), o puro suco de uva, o vinho de melhor qualidade.
  • Em 1Tm.5:23, o vinho é recomendado para uso medicinal, conforme crença do apóstolo, usado pouco com água e não puro como bebida de prazer. Este texto, portanto, não serve para defender o uso ou o vício da bebida.

2. A escravidão das drogas. As drogas são terríveis, são decepcionantes. Elas causam dependência física e psíquica. As drogas reduzem a capacidade da personalidade. Elas deixam o homem completamente enfermo. Elas afetam também o funcionamento do coração, do fígado, dos pulmões e até mesmo do cérebro. Há vários tipos de drogas com diferentes efeitos sobre a personalidade humana. Um é o efeito da cocaína, outro é o efeito da maconha, outro o efeito do LSD, outro o efeito da heroína. Todas essas drogas e muitas outras geram a destruição e a morte. As drogas mais usadas são a maconha, a cocaína, o crack, o ecstasy, o álcool e o fumo. Todas elas são, fatalmente, prejudiciais à saúde.

A droga tira a tranquilidade e a alegria das famílias. Uma pessoa viciada em drogas poderá facilmente começar a roubar, prostituir-se, matar, praticar homossexualismo, cometer até mesmo o suicídio. Por causa das drogas injetáveis, os seus dependentes correm o risco constante de contrair AIDS.

Os viciados em drogas, semelhantes aos alcoólatras, são pessoas infelizes. Hoje o comércio das drogas caminha na mesma direção do comércio do álcool. As pessoas compram e bebem até se embriagarem em qualquer esquina. Fazem isso movidas por um desejo de preencherem um profundo vazio interior. Querem vencer os traumas remotos e recentes de suas vidas. Não obstante, o que tais pessoas conseguem é apenas mais decepções, depressão e infelicidade.

As drogas escravizam os homens, fazendo-os seus dependentes. Para serem libertas da escravidão das drogas só há uma solução: Jesus Cristo. Ele afirma: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt.11:28). Mas, não é fácil para uma pessoa escrava das drogas libertar-se assim tão rapidamente. É preciso um trabalho sério, espiritual, psicológico, social e médico. Daí a importância das casas de recuperação para esses viciados que, aceitando a Cristo, desejam libertar-se das drogas; ou desejando libertar-se das drogas, acabam aceitando a Cristo como seu Salvador. 

II. JOGOS DE AZAR: UMA ARMADILHA PARA A FAMÍLIA

Jogo de Azar é qualquer atividade de risco que envolve dinheiro, que se pode ganhar ou perder mediante uma aposta, em que o elemento do acaso ou sorte é o elemento primordial. O jogo sempre envolve ganho em dinheiro mediante uma aposta, ou seja, arrisca-se certa quantia na sorte, no acaso, para que se possa obter mais do que se arriscou. Logo se percebe que o intento do jogo é ganhar dinheiro rápido e fácil sem o esforço do trabalho, apenas por força da sorte, do acaso. Entretanto, não é este o padrão divino estabelecido para o homem. Após a queda, Deus determinou ao homem que, do suor do seu rosto haveria ele de obter a sua sobrevivência (Gn.3:19). Portanto, o jogo de azar é uma tentativa humana de escapar ao juízo divino, é mais uma ilusão trazida ao ser humano pelo adversário no intuito de ludibriá-lo a se sentir autossuficiente e se libertar de uma ordenação divina. Não é por outro motivo, pois, que ao jogo de azar sempre se associa o que é reprovável e abjeto na sociedade sem temor a Deus. No Brasil, o jogo do bicho é o grande financiador do narcotráfico e do crime organizado, que hoje está sem controle, formando um poder paralelo nas grandes metrópoles, em especial São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O jogo, enfim, é um chamariz para toda atividade maléfica e danosa à moral e aos bons costumes.

Quem joga está dizendo que não confia em Deus e nas Suas promessas de que dará sempre o necessário aos Seus servos. Quem joga, portanto, não pode orar como o Senhor nos ensinou, pedindo o pão nosso de cada dia, pois não confia que Deus possa dar-lhe, e recorre ao jogo para obtê-lo. Quem joga está dizendo que prefere o dinheiro a qualquer outra coisa na vida, pois está usando dinheiro para ganhar mais dinheiro e, assim, corre o risco de trazer para si grandes tribulações, problemas, perda de dignidade e de caráter (1Tm.6:9,10).

O jogo é um ótimo negócio, para quem banca o jogo. Exemplo disso são os cassinos americanos e os bingos brasileiros, que enriquecem apenas seus donos. O jogo do bicho no Brasil, enriquece apenas os banqueiros do bicho. As loterias, só enchem as burras do governo. Enquanto isso, milhares e milhares de jogadores são lançados à penúria e à ruína.

A obtenção do dinheiro pelo jogo é tão agradável aos olhos do mundo que, não raro, se criam jogos, sorteios, rifas e concursos para se angariar recursos para obras beneméritas e filantrópicas. Com efeito, se não houver a promessa de vantagem, as pessoas não se dispõem a ajudar uma obra de caridade pública. Entretanto, nem mesmo assim, o crente deve praticar esta atividade. Se quiser ajudar uma obra que tem um fim caritativo, que o faça sem querer nada em troca, pois o amor do cristão autêntico é desinteressado. Deste modo, não podemos concordar com práticas que, lamentavelmente, têm aumentado no meio evangélico, de se criarem sorteios, concursos, bingos, verdadeiros jogos com o objetivo de angariar recursos para a obra do Senhor. Se os crentes não se dispõem a ajudar a obra de Deus voluntariamente, para que angariar recursos por estes meios? A Bíblia ensina que Deus ama ao que dá com alegria, ao que dá de coração, não ao que ajuda buscando, com isto, levar vantagem, obter ganho ou lucro. A igreja não deve se conformar com o mundo, praticando seus atos (Rm.12:1,2).

(Adaptado da postagem “O Cristão, o Vício e os Jogos de Azar”. PortatlEBD_2002. Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco).

“A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1992, concluiu que jogar jogos de azar faz mal a saúde, incluindo o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças (CID). Assim como o álcool, o cigarro e as demais drogas, os jogos de azar causam dependência psíquica e química. Quando em crise de abstinência, o jogador sofre com tremores, náuseas, depressão e graves problemas cardíacos. Cerca de 80% dos viciados em jogos de azar relatam algum tipo de ideação suicida como uma forma de fugir da vergonha moral e de suas dívidas. Tal como outros viciados, os jogadores compulsivos tendem ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas. Maltratar o próprio corpo é insensatez e afronta contra o dom da vida outorgado por Deus (1Sm.2:6; Ef.5:29,30). Além disso, os jogos de azar são uma armadilha e levam a disfunção familiar, causam destruições irreparáveis no ambiente familiar. O vício do jogo leva a pessoa a uma compulsão, que a obriga a jogar mais e mais, na esperança de superar as perdas. O indivíduo torna-se escravo do jogo. Começa com dinheiro, depois entrega a roupa, os sapatos, o relógio, os bens, e por fim, a honra, a dignidade. O jogo vicia e escraviza a ponto de migrar todos os recursos de uma família para o pagamento de dívidas contraídas pelo jogador. As Escrituras nos advertem a zelar pela família (1Tm 3:4,5) e não cair em armadilhas, pois ‘um abismo chama outro abismo’" (Sl.42:7) (LBM_CPAD).

III. VIVAMOS UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA E FIEL A DEUS

“A vitória do cristão contra os vícios e os jogos de azar engloba a Sobriedade, a Honestidade e a Fidelidade ao autor da vida”.

1. A bênção da Sobriedade. Sóbrio é aquele que está sem nenhum distúrbio físico ou mental por uso de álcool ou drogas. É aquela pessoa que não se encontra sob o efeito do álcool, que não é alcoólatra. Sóbrio, portanto, é estar no pleno controle de si mesmo. Se não nos dominarmos a nós mesmos, o que só é possível mediante a ação do Espírito Santo em nossas vidas, seremos dominados pelo pecado do vício.

O apóstolo Paulo exortou a Timóteo da seguinte forma: “Sê sóbrio em tudo [...] (2Tm.4:5). O apóstolo Pedro exortou aos destinatários de sua Epístola: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pd.5:8). O apóstolo Paulo faz a seguinte exortação à Igreja de Éfeso: “E não vos embriagueis com vinho [...]” (Ef.5:18).

Martyn Lloyd-Jones, médico e pastor, disse: “O vinho e o álcool, farmacologicamente falando, não são estimulantes, mas depressivos. O álcool sempre está classificado na farmacologia entre os depressivos. O álcool é um ladrão de cérebros. A embriaguez, deprimindo o cérebro, tira do homem o autocontrole, a sabedoria, o entendimento, o julgamento, o equilíbrio e o poder para avaliar as coisas. Ou seja, a embriaguez impede o homem de agir de maneira sensata”.

O Rev. Hernandes Dias Lopes disse: “O resultado da embriaguez é a dissolução. As pessoas que estão bêbadas entregam-se a ações desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Perdem o pudor e a vergonha, profanam a vida e envergonham o lar. Trazem desgraças, lágrimas, pobreza, separação e opróbrio à família. Buscam uma fuga para seus problemas no fundo de uma garrafa, mas o que encontram é apenas um substituto barato, falso, maldito e artificial para a verdadeira alegria. A embriaguez leva à ruina”.

A orientação bíblica é de abstinência de toda a imundícia, inclusive a dos vícios e a dos jogos de azar - “... renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt.2:12).

2. Honestidade. Honestidade é a obediência incondicional às regras morais existentes. A Bíblia Sagrada é a regra de fé e prática do Cristão verdadeiro. Exorta o apóstolo Paulo: “Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades...”(Rm.13:13). No princípio da Igreja os cristãos eram ensinados a andar em honestidade. O apóstolo Pedro ensinava: “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma, tendo o vosso viver honesto entre os gentios...”(1Pd.2:11-12).

Honestidade é uma característica de uma pessoa que é decente, que é honrada, que é moralmente irrepreensível. Ser um cidadão honesto significa ser uma pessoa confiável, que tem zelo pelo seu nome e pela sua palavra. A Bíblia Sagrada ensina que um bom nome é considerado algo muito precioso – “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas...”(Pv.22:1). E pensar que existem pessoas que não se importam com a dignidade de seu nome, permitindo, inclusive, que ele seja atirado na “lama” das trapaças!

Ser honesto está no rol das virtudes necessárias para alguém que “deseja o episcopado” - “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (1Tm.3:2). Que bom poder tratar de negócios com um Obreiro, comprar e vender para ele, ouvi-lo pregar e saber que se pode confiar em tudo que ele está falando, pois, biblicamente, um Obreiro tem que ser um homem confiável, porque ele é um salvo. Vivendo em honestidade ele é incapaz de mentir, de enganar, de prometer e não cumprir, pois, ele tem zelo pela sua palavra.

Em 1Coríntios 8:21 Paulo está falando como Obreiro e fazendo referencia a si próprio quando diz: “Pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens”. Paulo não apenas tinha um viver honesto como ensinava aos irmãos a procurarem as coisas honestas: “A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens”(Rm.12:17). Certamente que todos gostavam de negociar com os cristãos, de vender para os cristãos, de fazer e de dar serviços para um cristão. Cristão era confiável. Cristão era, e, certamente, continua sendo confiável, pois vivia, e ainda vive, em honestidade. Cristão cumpria e cristão, hoje, vivendo como salvo, cumpre contratos, e, mesmo que não haja contrato escrito, mesmo assim, ele cumpre porque tem um nome para zelar. Crente que vive como salvo não aceita seu nome na sarjeta; ele aprendeu com Jesus e cumpre a sua palavra no sentido de que seu falar é “... Sim, sim; Não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna”(Mt.5:37).

Para viver como salvo é preciso viver em honestidade. Uma pessoa honesta não explora o seu próximo, mas conduz seus negócios temendo no Senhor (Sl.112:1-5). Não retira seu sustento da jogatina à custa de quem perde dinheiro nos jogos de azar, enganando-o e defraudando-o (1Ts.4:6). Você está vivendo com honestidade?

3. Fidelidade. Fidelidade é a característica de quem é leal. Houve um tempo em que a palavra de um homem tinha grande valor, e um aperto de mão era tão bom quanto um contrato assinado. Isto não parece ser verdade em nossos dias. Mas o homem que anda com Deus é diferente, porque nele está a lealdade, honestidade e sinceridade. A Fidelidade como Fruto do Espírito nos torna leais a Deus, leais a nossos companheiros, amigos, colegas de trabalho, empregados e empregadores. O homem leal apoiará o que é certo mesmo quando for mais fácil permanecer calado. Ele é leal, quer esteja calado, quer esteja sendo observado. Este princípio é ilustrado na Parábola dos Talentos, em Mateus 25:14-30. Os servos que eram fiéis e fizeram como foram instruídos mesmo na ausência do senhor foram elogiados e recompensados. O servo infiel foi castigado.

Fidelidade é a característica de quem tem bom caráter, é fiel e demonstra respeito por alguém e pelo compromisso assumido com outrem; é sinônimo de lealdade. Se Deus procura os fiéis da terra para que estejam com Ele, a Fidelidade, entre outras virtudes, é algo que atrai a atenção de Deus.

A Fidelidade do cristão é com a Palavra de Deus. Mesmo que alguns vícios e jogos de azar sejam considerados legais pelas leis do Estado, o salvo em Jesus não se permite contaminar. Os ensinos e os princípios bíblicos devem pautar a vida dos que são fiéis ao Senhor – “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (Sl.119:105).

CONCLUSÃO

Tenhamos cuidado com a doutrina do “nada a ver”, que está deflagrando tudo e todos que se opõe ao sistema do mundo. Os fatores sociais e a mídia que influenciam as pessoas a deleitarem-se em vícios e jogos de azar são diversos, mas por mais que sejam fortes não podem sucumbir ao poder transformador de Jesus. Cabe ao salvo resistir ao pecado e não se deixar dominar por coisa alguma.

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1Co.6:12).

Não importa se o jogo é legalizado ou não, o importante é manter uma postura santificada, idônea, repleta da graça e da benção de Deus, pois a separação da luz e das trevas é um dos principais sinais daqueles que servem ao Senhor.

“Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Ml.3:18).

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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 74. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Rev. Hernandes Dias Lopes. Dinheiro, a prosperidade que vem de Deus.
Pr. Antônio Sebastião da Silva. A mensagem de Deus nos corações.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. O Cristão, o Vício e os Jogos de Azar. PortalEBD_2002.
Elinaldo Renovato de Lima. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015).

2 comentários:

  1. Meu irmão a Paz do Senhor Jesus, o versículo que você colocou na parte ( A benção da sobriedade ), 2 Pe 5:8 está errado,na verdade é 1 Pe 5:8, a segunda epístola do apostoap Pedro so tem três capítulos.
    Seu blog tem mi ajudado muito nos auxílios para que eu possa dá boas aulas na EBD pela a misericórdia de Deus. Um forte abraço fique com Deus e que ele continue te abençoando como tudo sua família.

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    1. Muito grato prezado irmão Sávio pela observação. Corrigido.
      Abraços!

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