2º Trimestre/2019
Texto Base: Êxodo 40:34-38; Números 9:15,16
“Sê
exaltado, ó Deus, sobre os céus; seja a tua glória sobre toda a terra”
(Sl.57:5).
34-Então,
a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o
tabernáculo,
35-de
maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem
ficava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
36-Quando,
pois, a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel
caminhavam em todas as suas jornadas.
37-Se
a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até ao dia em que ela se
levantava;
38-porquanto
a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre
ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.
Números 9
15-E,
no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do
Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até
à manhã.
16-Assim
era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo.
INTRODUÇÃO
Nesta Aula, estudaremos a respeito da experiência de Israel com a glória
de Deus. Ao construir o Tabernáculo estritamente conforme às ordenanças de Deus,
os israelitas foram recompensados com a glória de Deus, pois ela encheu a
Tenda e a Nuvem do Senhor permaneceu sobre ela. Igualmente conosco, se
desejamos a presença e a bênção de Deus, temos de cumprir as condições
expressas na Palavra de Deus.
Assim como a Nuvem de glória nunca se separou do povo de Israel enquanto
ele caminhava rumo à Terra Prometida, o Espírito Santo, desde o dia em que Ele
foi derramado sobre a Igreja no dia de Pentecostes, nunca nos desamparou.
Assim como a Nuvem era o selo que indicava o povo de Israel como
propriedade peculiar de Deus, o Espírito Santo é o selo que nos indica que
somos propriedade de Cristo Jesus (2Co.1:22). O selo é a marca de identificação
e de segurança. É a marca de legitimidade, propriedade, inviolabilidade e
garantia. Somos propriedade exclusiva de Deus, e ninguém pode nos arrancar de
seus braços. Quando Deus nos sela, Ele deixa gravada a própria imagem do seu
Filho em nós (Rm.8:20). Esse selo de Deus garante a autenticidade do nosso
relacionamento com Ele (Ef.1:13; 4:30).
Assim como a Nuvem era o passaporte do povo de Deus da Antiga Aliança, o
selo do Espírito Santo é nosso passaporte para o Céu, nossa verdadeira e
definitiva “Pátria” (Fp.3:20). Vivamos, pois, e desfrutemos da glória de Jesus
Cristo, que nos é revelado pela presença constante do Espírito Santo.
I. A COLUNA DE
NUVEM: A GLÓRIA DIVINA SOBRE ISRAEL (Êx.40:34)
“Então, a nuvem cobriu a tenda da
congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo”.
1. “A Nuvem
cobriu a tenda da congregação”
Quando o Tabernáculo ficou pronto, a glória do Senhor cobriu e encheu a
Tenda. Que amor e delicadeza do Senhor em lhes dar a Nuvem e a coluna de fogo.
Eram um sinal, dia e noite, de que Deus se preocupava e tomava conta de seu
povo.
Quando a Nuvem se elevava acima do Tabernáculo, então os filhos de
Israel reiniciavam sua jornada (cf. Êx.40:34-38). Deve ter sido uma experiência
maravilhosa para eles. Aquele povo escravo que fora desprezado, agora
desfrutava da divina presença. A escravidão durou 400 anos, o que nos alerta
para o fato de que várias gerações dos hebreus não conheceram coisa alguma além
de trabalho pesado e a pressão dos senhores. Suas tarefas ficavam cada vez mais
árduas e as punições mais cruéis com o passar dos anos. Agora, veem de perto a
presença gloriosa do Todo-Poderoso protegendo-os e provendo para eles.
Anos mais tarde, à época do Rei Salomão, na dedicação do Templo, esta
"nuvem de glória" chama-nos a atenção.
Os sacerdotes trouxeram a Arca da Aliança do Senhor para seu lugar no
santuário interno do Templo, o Santo das Santos. Quando os sacerdotes saíram do
santuário, a Nuvem encheu o Templo - "E não podiam ter-se em pé os
sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor
enchera a Casa do Senhor" (1Rs.8:11). Deus testificara outra vez que era
com eles. Quer seja no deserto, quer seja em Canaã, Deus estava presente junto
ao seu povo querido.
Quando terminarmos a nossa peregrinação, contemplaremos bem de perto, e
para sempre, na Sião Celeste, a presença inefável de nosso Deus. O apóstolo
Paulo afirmou que “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não
subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam”
(1Co.2:9).
2. A Glória de
sua presença
A Nuvem de Glória cobria toda a Tenda da Congregação, e isto revelava
que o Altíssimo se encontrava de modo especial no Santuário; era o sinal
visível e glorioso da presença do Todo-poderoso.
Foi muito bom para o povo de Israel saber que tinha a constante presença
do Senhor em seu meio. Tal presença os acompanharia por sua jornada até
chegarem à Terra Prometida.
Onde quer que estivessem os filhos de Israel, certos estavam de que o
Senhor era com eles. Para seguir adiante, tudo o que tinham a fazer era olhar
para o alto e ver a Nuvem que pairava sobre a Arca. Desta maneira o Senhor
sempre lhes provia um lugar de descanso (cf. Nm.10:33-36).
Assim também é hoje! Em nossa jornada pelo deserto da vida podemos ter
descanso em Jesus, porque o Seu Espírito vai adiante de nós. Ele está sempre
presente com o povo de Deus da Nova Aliança até chegar à Terra Prometida (João
14:1-3).
3. “Icabô” –
foi-se a Nuvem de glória de Israel
Mais tarde, já em Canaã, infelizmente, a Nuvem de glória, que havia
entre os querubins no Santo dos Santos, foi-se embora, por causa da iniquidade
do povo de Israel.
À época de Jeremias, Deus enviou o profeta Ezequiel para avisar ao povo
de Israel e a seus líderes espirituais do desagrado do Senhor por causa das
abominações do seu povo. Ezequiel viu que Israel havia se apartado do Senhor a
ponto de desonrar o Templo com adoração ao sol e outras abominações (cf.
Ez.8:16,17).
No capítulo 10 de Ezequiel, ele vê como a Nuvem de glória abandona o
Templo. Em Ezequiel 10:3, a nuvem ainda enche o Átrio Interior, mas se eleva
dos querubins e vai para a entrada do Templo. A casa estava ainda cheia da
glória do Senhor.
Em Ezequiel 10:18, porém, lemos o seguinte: "Então, saiu a glória
do Senhor da entrada da casa e parou sobre os querubins". Estes não eram
os querubins de ouro do Propiciatório, porém criaturas viventes, na visão de
Ezequiel. Assim, a nuvem de glória juntou-se aos querubins que saíam do Templo.
Em Ezequiel 11:22, a atenção do profeta volta-se de novo para os
querubins e a Nuvem de glória. No versículo 23, ele narra como a glória do Senhor
subiu do meio de Jerusalém e se pôs sobre o Monte das oliveiras, a leste da
cidade. A glória de Deus foi-se e o povo ficou desamparado e vulnerável aos
ataques impiedosos do seus ferozes inimigos. Israel foi expulso de sua Terra
Prometida.
A tragédia do exílio não pode ser interpretada como apenas a deportação
de um povo para outra terra, ou a destruição de uma cidade e seu santuário
central. Na verdade, Deus havia se retirado do meio de seu povo, uma ausência
simbolizada por uma das visões de Ezequiel, na qual a Shekinah movia-se do
Templo (Ezequiel – cap.1).
De certa forma, portanto, o fim do cativeiro dos judeus em 539/538 não
pode ser sinônimo do fim do exílio, porque Jeová não retornou na ocasião para
habitar no Templo. Pelo contrário, os profetas predisseram que seu retorno
aconteceria apenas na era escatológica, quando o próprio Messias seria a glória
de Deus (Ag.2:7-9). Deus não terminou ainda de lidar com Israel, cujo Dia mais
grandioso está por vir.
II. A SHEKINAH QUE
ESTEVE PRESENTE NAS PEREGRINAÇÕES DE ISRAEL
“Quando, pois, a nuvem se levantava de
sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel caminhavam em todas as suas
jornadas. Se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até ao dia em que
ela se levantava; porquanto a nuvem do SENHOR estava de dia sobre o
tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a
casa de Israel, em todas as suas jornadas” (Êx.40:36-38).
“Shekinah” é um termo que, segundo o sentido aramaico, descreve a manifestação
visível da glória de Deus.
Conquanto o termo não se encontre no texto original do Antigo Testamento
é uma palavra adotada pela tradição judaica. O termo “Santíssima Trindade”,
também, não aparece no Novo Testamento, mas ela retrata com perfeição o que os
textos apostólicos ensinam sobre essa doutrina. Portanto, proferir o termo Shekinah para referir-se à glória de
Deus, é plenamente válido.
A Nuvem da glória de Deus acompanhou o povo de Deus durante toda a sua
peregrinação no deserto. Sempre que ela se movia, o povo a seguia; se não se
movia, o povo permanecia onde estava.
Durante toda a sua peregrinação no deserto rumo à Canaã, o povo de Deus
foi beneficiado com a proteção, orientação e descanso à sombra da Nuvem da
glória de Deus.
Não sabemos como era essa Nuvem, mas com certeza abrigava a
presença de Deus. Ela era a sombra do próprio Deus, que protegia o Seu
povo do sol escaldante e da gélida escuridão.
1. A Glória
permanente de Deus
A glória de Deus esteve presente durante toda a peregrinação de Israel
no deserto, porque Ele cuida do Seu povo. Está escrito que Deus “nunca tirou de
diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de
noite” (Êx.13:22).
Obstáculos assustadores, inimigos impiedosos e tempestades repentinas e
destruidoras surgiam ao longo da peregrinação, mas Deus, por meio da Nuvem e do
fogo, esteve sempre presente. O apóstolo Paulo fez menção da fidelidade de Deus
para com o seu povo:
“Ora, irmãos, não quero que ignoreis
que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e
todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar” (1Co.10:1,2).
As colunas da Nuvem e de fogo constituem exemplos de teofania (uma
manifestação física de Deus). Desse modo, Deus iluminou o caminho de Israel, o
guiou e o protegeu ao longo de sua jornada no deserto. Quando os inimigos
impiedosos chegaram para destruir o povo de Deus, Ele os protegeu com sua Nuvem
e com o seu fogo (Êx.14:19,20).
Deus providenciou segurança e controlou os movimentos do seu povo,
inspirando o ardente zelo que este deveria ter pelo seu Deus. Também Deus lhes
proveu de alimento durante os quarenta anos da jornada pelo deserto.
“Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis
que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção
para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não” (Êx.16:4).
O Senhor não mudou e nem mudará (Hb.13:8). Ele cuidou do seu povo na
travessia do deserto e também cuida de nós, o povo da Nova Aliança, porque,
também, o “deserto” faz parte de nossa jornada rumo à “Terra Prometida”, o Céu.
Portanto, não nos desesperemos, pois o Espírito Santo conduz sua Igreja. Ele é
o nosso Paracleto.
2. A Nuvem de
Deus no Monte Sinai e nos desertos
Quando Moisés subiu ao Monte Sinai para receber de Deus o Decálogo e as
instruções para construção do Tabernáculo, ele entrou no meio da Nuvem da
glória de Deus. Foram 40 dias e 40 noites sob a Shekiná de Deus (Êx.24:15-18). No deserto, enquanto o povo marchava,
a Nuvem guiava o povo de Deus (Ex.13:21,22; 40:36-38). Que momentos gloriosos e
ímpares!
“E o SENHOR ia adiante deles, de dia
numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de
fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de
diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de
noite” (Êx 13:21,22).
Deus colocou a Nuvem e o fogo como evidências da sua presença, do seu
amor e do seu cuidado por Israel (cf.Êx.40:38; Nm.9:15-23; 14:14; Dt.1:33;
1Co.10:1). Segundo comentário no rodapé da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal,
Deus concedeu aos hebreus as colunas de nuvem e de fogo para que eles soubessem
que a presença de Deus os acompanharia dia e noite durante sua peregrinação
rumo à Terra Prometida.
Hoje, o que Deus nos tem oferecido para que possamos ter esta mesma certeza?
A Bíblia Sagrada; Ela é algo que o povo de Deus da Antiga Aliança não possuía.
Devemos ler e estudar a Palavra de Deus para assegurarmos da presença de
Deus junto a nós. Assim como os hebreus olhavam para aquelas colunas de Nuvem e
fogo, também podemos ler a Palavra de Deus de dia e de noite para sentirmos que
Ele está conosco e nos ajuda em nossa peregrinação rumo ao Céu.
3. A Nuvem se
manifestou sobre o Propiciatório (Lv.16:2)
Sobre o Propiciatório (tampa da Arca) se manifestava a Shekinah, o fogo
ou glória de Deus, que representava sua própria presença. Deus ordenou a Moisés
que lembrasse Arão que ele só podia entrar na presença de Deus conforme a ordem
dEle e da maneira prescrita. Se não estivesse devidamente preparado, morreria
(Lv.16:2,13).
“E porá o incenso sobre o fogo, perante
o SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o
Testemunho, para que não morra” (Lv.16:13).
Nesse momento, Deus se encontrava com Arão no Propiciatório (Lv.16:2).
“Disse, pois, o SENHOR a Moisés: Dize a
Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do
véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque
eu apareço na nuvem sobre o propiciatório”.
O sumo sacerdote Arão, ao entrar no Lugar Santíssimo, primeiramente
tinha de oferecer “incenso”, de tal maneira que fossasse uma “nuvem de fumaça” espessa
que cobrisse totalmente o Propiciatório (Lv.16:13). Ali, Deus se manifestava
por meio da Nuvem de Sua glória (Lv.16:1,2; Nm.7:89).
“E, quando Moisés entrava na tenda da
congregação para falar com o SENHOR, então, ouvia a voz que lhe falava de cima
do propiciatório, que está sobre a arca do Testemunho entre os dois querubins;
assim com ele falava”.
Na Antiga Aliança, a glória de Deus habitava no Santo dos Santos do
Tabernáculo. Na Nova Aliança, a glória de Deus habita nos crentes (1Co.6:19).
A Igreja glorificada, a Noiva do Cordeiro, tem sobre si a plenitude do
esplendor de Deus. A Shekiná de Deus
brilhará sobre a Sua Igreja eternamente. Assim como a lua reflete a luz do sol,
a Igreja glorificada vai refletir a glória do Senhor. Essa glória é
indescritível (Ap.21:11), como indescritível é Deus (Ap.4:3).
III. OS BENEFÍCIOS
DE ESTAR DEBAIXO DA NUVEM DA GLÓRIA DE DEUS
“Assim era de contínuo: a nuvem o
cobria, e, de noite, havia aparência de fogo. Mas, sempre que a nuvem se alçava
sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem
parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial. Segundo o dito do
SENHOR, os filhos de Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o
arraial; todos os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o
arraial” (Nm.9:16-18).
O apóstolo Paulo, em 1Coríntios 10:1,2, chamou o aspecto da Nuvem
de Deus, no deserto, de batismo:
“Ora, irmãos, não quero que ignoreis
que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e
todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar”.
Como o batismo simboliza a graça de Deus na vida da pessoa, a Nuvem
simbolizava a graça protetora, provedora e orientadora de Deus na vida do povo
de Deus.
1. Debaixo da
Nuvem de Deus teremos Proteção de Deus (Nm.9:16)
“Assim era de contínuo: a nuvem o
cobria, e, de noite, havia aparência de fogo”.
Quando andamos sob a Nuvem de Deus, contamos com a Sua proteção
(Sl.121:5-8).
“O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é
a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite.
O SENHOR te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma. O SENHOR guardará a
tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre”.
A Nuvem de Deus protegeu o povo no deserto: durante o dia, do sol
escaldante e do calor impiedoso; durante a noite, do frio e da escuridão
tenebrosa. O salmista diz que “aquele que habita no abrigo do Altíssimo
descansa à sombra do Todo-Poderoso” (Sl.91:1).
2. Debaixo da
Nuvem de Deus encontramos Orientação certa de Deus (Nm.9:17)
“Mas, sempre que a nuvem se alçava
sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem
parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial”.
Quando a Nuvem se erguia do Tabernáculo, o povo de Israel marchava.
Aonde a Nuvem parava, o povo acampava. A Nuvem era, obviamente, símbolo da
presença de Deus guiando seu povo.
Embora nos dias de hoje o Senhor não conduza seu povo de maneira
visível, pois “andamos por fé e não pelo que vemos” (2Co.5:7), o princípio
ainda é o mesmo: caminhamos quando o Senhor se move, nunca antes, já que a
incerteza sobre partir representa um bom sinal para permanecer onde estamos.
Não devemos nos mover sem ser da vontade de Deus.
Imagine aquelas centenas de milhares de pessoas - homens, mulheres e
crianças - viajando através de um impiedoso e inóspito deserto onde não havia
um referencial de rota. Sem nenhum equipamento por mais rústico que fosse.
Certamente que, sozinha, essa multidão de pessoas não podia fazer planos
para o dia seguinte. Não sabia onde acampar. Não sabia quando deveria pôr-se em
marcha, ou quando em marcha. Não sabia onde iria acampar. A única solução era
olhar para cima a fim de receber a orientação de Deus. Todos os seus movimentos
e decisões eram orientados por Deus. A Nuvem de Deus os orientava.
Nós, povo de Deus da Nova Aliança, enfrentamos um deserto impiedoso em
nossa jornada rumo à Sião Celeste. Desta feita, não teremos êxito em nossa
jornada sem a orientação do Espírito Santo, a nossa gloriosa Nuvem.
Devemos olhar sempre para Jesus. O texto sagrado é contundente: “olhando
para Jesus, autor e consumador da fé...” (Hb.12:2).
Jesus é quem nos dá direção certa. Ele mesmo falou: "Eu sou a luz
do mundo; quem me segue não andará em trevas; mas terá a luz da vida"
(João 8:12).
Israel teve a direção gloriosa de Deus. Está escrito:
“E o SENHOR ia adiante deles, de dia
numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de
fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite” (Êx.13:21).
Somente Deus conhece o caminho do deserto. O pastor não conhece, o padre
não conhece, o papa não conhece, Maria não conhece, Paulo não conhece, Pedro
não conhece, Tiago não conhece. Somente Deus conhece o caminho certo.
Israel tinha a coluna de Nuvem e coluna de fogo, símbolos da presença de
Deus. Logo, sem a direção de Deus a nossa peregrinação é improfícua. Moisés
disse ao Senhor: “se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui”
(Êx.33:15).
Sem Jesus, não temos o rumo certo, logo, estaremos perdidos. Somente Ele
é o Caminho. Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém
vem ao Pai senão por mim” (João 14:6.).
Muitos ignoram a orientação de Deus para tomar suas próprias decisões;
seguem suas próprias vontades ignorando a orientação da Nuvem de Deus, O
Espírito Santo. O resultado disso é a frustração, a decepção e, em muitos
casos, a morte no deserto da vida, a morte espiritual. Foi o que aconteceu com
Jonas. Ele, a bel prazer, achou que a direção certa era Tarsis, enquanto a
direção correta era Nínive. Jonas teve consequências nefastas por não estar
debaixo da Nuvem de Deus: foi parar na barriga de um grande peixe, ou seja, no
abismo. É isto que acontece quando se está fora da direção de Deus: o abismo.
Amados irmãos, qualquer decisão a tomar durante a nossa jornada neste
deserto da vida, precisamos da orientação da Nuvem de Deus. Caso contrário,
padeceremos. Deus tem a direção certa, o rumo certo para o seu povo. Devemos,
pois, obedecê-lo, confiar nEle. Devemos seguir as suas pisadas.
Orienta-nos o apóstolo Pedro: “Porque para isto sois chamados, pois
também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas
pisadas” (1Pd.2:21).
Que possamos nos firmar nas pisados do Senhor, como fez Jó, e não se
desviar dos seus caminhos (Jó 23:11)
“Nas suas pisadas os meus pés se
afirmaram; guardei o seu caminho e não me desviei dele”.
“Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o
caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. Não sejais como o
cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de
cabresto e freio, para que se não atirem a ti” (Sl.32:8,9).
3. Debaixo da
Nuvem de Deus Descansaremos à Sua sombra (Nm.9:18)
“Segundo o dito do SENHOR, os filhos de
Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o arraial; todos os dias
em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial”.
Quando a Nuvem parava, o povo acampava para descansar debaixo da sombra
do Senhor. Podiam ficar despreocupados,
descansados, porque a Nuvem de Deus estava li.
Quem está debaixo da Nuvem não tem o que temer, pois descansa à sombra
do Onipotente Deus. Ele cuida de tudo para nós quando lhe entregamos a direção
da nossa vida em todos os aspectos.
Está escrito em Deuteronômio 29:5 que tudo estava debaixo da providência
de Deus.
“Durante os quarenta anos em que os
conduzi pelo deserto, nem as suas roupas, nem as sandálias dos seus pés se
gastaram”.
O Salmista confirma isso (Sl.9:10,11).
“Se você fizer do Altíssimo o seu abrigo, do
Senhor o seu refúgio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua
tenda. Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam
em todos os seus caminhos”.
Portanto, quem está debaixo da Nuvem, não deve se preocupar com nada,
deve, sim, descansar à sombra da Nuvem de Deus.
- O Apóstolo Pedro
exorta desta maneira: “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele
tem cuidado de vocês” (1Pd.5:7).
- O salmista,
também, nos aconselha desta maneira: “Lança o teu cuidado [preocupação] sobre o SENHOR, e ele te
susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado” (Salmos 55:22).
Se você tem sido uma pessoa ansiosa, preocupada, saiba que debaixo da
Nuvem de Deus há esperança. Há um Deus que tudo pode fazer quando estamos
debaixo de seus cuidados.
“Bendito o varão que confia no SENHOR,
e cuja esperança é o SENHOR” (Jr.17:7).
Quem confia no Senhor, quem caminha debaixo da Nuvem de Deus, mesmo que
esteja em perigo, correndo riscos, fica em paz e descansa.
“O ímpio tem muitas dores, mas aquele
que confia no SENHOR, a misericórdia o cercará” (Sl.32:10).
“Confia no SENHOR e faze o bem;
habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado” (Sl.37:3).
4. O perigo de
não estar debaixo da Nuvem de Deus
Os israelitas foram alvos da graça de Deus no Êxodo:
ü Foram libertos da escravidão do Egito de forma milagrosa (1Co.10:1).
ü Foram protegidos e providos sob a Nuvem de Deus (Nm.9:16-18).
ü Viram bem de perto, e de forma visível, o fogo da glória de Deus.
A despeito dessas bênçãos, abandonaram o Senhor Deus que os tirou da
escravidão do Egito, e cometeram pecados terríveis de idolatria e abominações.
Por causa disso, e de mais outros erros, a maior parte deles foi destruída no
deserto (1Co.10:5). Eles perderam a sua eleição divina e, por conseguinte, não
alcançaram a Terra Prometida (Nm.14:30).
“Não entrareis na terra, pela qual
levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné,
e Josué, filho de Num”.
Portanto, assim como Deus não tolerou a idolatria, pecado e imoralidade
de Israel, assim também Ele não tolera o pecado do seu povo da Nova Aliança.
Ficar fora do abrigo de Deus é perigo certo. Pense nisso!
CONCLUSÃO
Em nossa caminhada rumo à Sião Celeste, nós não passamos somente por
desertos; na verdade, o deserto é a nossa trajetória rumo à Terra Prometida, o
Céu.
Para sobrevivermos nessa jornada da vida é necessário nos abrigarmos sob
a Nuvem de Deus. Caso contrário, a nossa trajetória não será segura e nem
proveitosa.
Se você não quer morrer no deserto da vida, se você não quer ficar
perdido nessa vida, se você quer uma caminhada segura e proveitosa para poder
atingir o objetivo que você pretende alcançar, então, é imprescindível que você
esteja debaixo da Nuvem de Deus. Ali encontramos proteção, encontramos
orientação e descanso para nossas almas.
Assim como Israel teve a experiência da Nuvem de Glória, nós podemos ter
uma experiência com a glória do Altíssimo por intermédio do seu bendito
Espírito.
Ainda é possível viver uma vida cheia do Espírito Santo de Deus. É
possível ter experiências gloriosas com o nosso Deus.
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo
Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 78. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal. CPAD.
Paul
Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.
Leo
G. Cox - O Livro de Êxodo - Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Victor
P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD.
Elienai
Cabral. O Tabernáculo – Símbolos da Obra redentora de Cristo. CPAD.
Alvin
Sprecher. Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto. CPAD.
Abraão
de Almeida. O Tabernáculo e a Igreja. CPAD.
valeu Luciano pelo subsidio dessa liçao com certeza os ajudara muito esclarecera nossas duvidas como professora com certeza sempre vou acessar seu blog para ajuda valeu muito obrigada
ResponderExcluirParabéns muito edificante Deus abençoe
ResponderExcluirGlória a Deus. Estou estudando esta preciosa lição. Com este precioso Esboço. Deus abençoe o irmão Luciano. Amém
ResponderExcluirDeus te abençoe por este estudo maravilhoso
ResponderExcluir