2º Trimestre/2022
Texto Base: Mateus
5:13-16
“Vós sois o sal da
terra; [...] Vós sois a luz do mundo” (Mt.5:13,14).
Mateus 5:
13.Vós
sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para
nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
14.Vós
sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15.nem
se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz
a todos que estão na casa.
16.Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
INTRODUÇÃO
Nesta
Aula trataremos do seguinte tema: “SAL DA TERRA, LUZ DO MUNDO”. No sermão do monte,
Jesus disse que os Seus discípulos são luz do mundo e sal da terra
(Mt.5:13-16). A ilustração do sal fala do nosso caráter; a luz fala do nosso
testemunho. Note-se que, como Cristo falou primeiro no sal da terra e depois na
luz do mundo, assim o caráter precede o testemunho. Tanto a luz quanto o sal
modificam, alteram o ambiente onde se encontram, e se constituem em dois
excelentes símbolos para que entendamos o valor do testemunho cristão.
Jesus
usou essas duas metáforas para descrever a influência da Igreja no mundo. O sal
trata da sua influência interna; a luz descreve a sua influência externa. O sal
influencia sem ser visto; a luz influencia sem deixar de ser visto. O sal
influencia ao infiltrar-se, a luz influencia ao irradiar-se. O sal, embora não possa
ser visto, é sentido; a luz, embora não possa deixar de ser vista, é reveladora.
É
oportuno que venhamos a verificar estas duas figuras, pois elas são um ensino
precioso para que saibamos estabelecer os parâmetros de nosso comportamento,
para sabermos se, efetivamente, temos sido discípulos do Senhor ou se, ao
contrário, temos sido apenas motivo de escândalo, obstáculos à propagação do
Evangelho e à salvação das almas. Ser “luz” e ser “sal” é afirmar que há uma
contradição, uma oposição entre o modo de viver da Igreja e o modo de viver do
mundo. A realidade é que o Reino de Deus e o mundo são distintos, é como luz e
trevas, porém estão relacionadas entre si: de um lado, a decomposição; do
outro, a preservação; de um lado, a escuridão; do outro, a iluminação. O efeito
preservador faz cessar a decomposição, e a iluminação faz enxergar na
escuridão. Assim, ao apresentar estas duas figuras para indicar qual deve ser o
comportamento da Igreja, Jesus simplesmente está a Se apresentar como o modelo
desta Igreja. Por isso, como afirmou o escritor Charles M. Seldon em seu famoso
livro, a principal diretriz da ética cristã é perguntar, antes de tomar
qualquer atitude ou decisão: “Em seus passos, que faria Jesus?”.
I. SAL TEMPERA E CONSERVA
1.
Definição
Segundo
os estudiosos, o sal é uma substância cristalina e ordinariamente branca,
solúvel em água e crepitante ao lume. Trata-se do cloreto de sódio, que se pode
encontrar na água do mar ou em algumas massas sólidas. A química
descreve que sal é todo produto resultante da reação entre um ácido e
uma base, que, quando dissolvidos em água, liberam um cátion diferente do H+ e
um ânion diferente do OH-. O sal que consumimos, o cloreto de sódio
(NaCl), é produto da reação entre ácido clorídrico e hidróxido de sódio.
Os
registros do uso do sal pelo ser humano remontam há cinco mil anos.
Ele já era usado na Babilônia, no Egito, na China e em civilizações antigas,
principalmente como moeda, como forma de conservar alimentos e para lavar,
tingir e amaciar o couro. Também, é usado como condimento (para temperar as
refeições) e para a conservação de carnes. Devido à sua escassez e importância,
o sal chegou a ter o valor equivalente ao ouro, e foi o pivô de guerras
e disputas; só para se ter uma ideia, as primeiras estradas construídas tinham
como objetivo transportar o sal. Hoje, devido ao avanço da tecnologia e à
produção em larga escala, o sal está ao alcance de todos.
Segundo
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sal para
consumo humano refere-se ao “cloreto de sódio cristalizado extraído de fontes
naturais, adicionado obrigatoriamente de iodo”. O sal pode ser
classificado de acordo com a sua composição e processamento (comum, refinado e
marinho) e características dos grãos (grosso, peneirado, triturado e moído), cada
qual com suas especificações definidas pela legislação.
Na
Bíblia o sal é mencionado como tempero (Jó 6:6; Mc.9:50), remédio e conservante
(Ez.16:4). Também é usado em simbolismo, onde os cristãos são chamados de “sal
da terra”. Essa descrição faz alusão ao tempero; assim, quem é sal da
terra é alguém que tempera o ambiente; essa pessoa, por meio de sua crença e fé
inspira e gera um gosto especial no meio em que se encontra.
2. A importância
do sal
A
importância do sal é sobremaneira destacável em todos os ambientes, largamente
utilizado em todos os estratos sociais nos tempos antigos (cf. Ed.7:21,22; Mc.9:50;
Cl.4:6). Dentre muitos efeitos, destacamos alguns:
a)
A sua função monetária. Nos tempos antigos, entre outras formas de uso,
destacava-se a sua função monetária nas transações comerciais. É tanto que o
termo salário deriva do latim salarium, que significa “dinheiro de sal”,
como parte do pagamento aos soldados romanos.
b)
O valor médico do sal. Para além do valor nutritivo do sal, principalmente quanto
ao sabor dos alimentos (cf. Jó 6:6), há que se considerar, também, o seu
elevado valor medicinal. Enquanto o consumo excessivo traz prejuízos ao
organismo, a abstenção absoluta e continuada provoca danos à saúde; daí porque
o crente não só tem que tornar suas ações espiritualmente palatáveis, no
ambiente em que está, como também precisa exercer papel restaurador entre os doentes
(cf. Is.61:1; Lm.1:16).
c)
O poder de preservação do sal. Nos tempos antigos, e até mais recentes, este
era o recurso para evitar a deterioração dos alimentos perecíveis, de modo que
podiam ser ingeridos a qualquer tempo, sem a perda de seus valores
nutricionais. O que mais se destaca no sal, quanto à relevância do crente no
mundo, é o seu poder de preservação. Ora, o mundo não está pior porque as ações
do crente submisso ao Espírito Santo contribuem para evitar a sua deterioração
(cf. 2Ts.2:1-8).
3. O cristão
como sal
No
Sermão do Monte, Jesus tratou da relevância cristã, aludindo inicialmente ao
sal. Ele disse, referindo aos discípulos, e estendendo a todos os crentes: “Vós
sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o
sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”
(Mt.5:13). Jesus não disse que somos o mel do mundo, mas o sal da terra; também
não disse que somos sal no saleiro, mas sal da terra. O sal precisa entrar em
contato com aquilo que deve ser salgado para exercer o seu papel. O sal precisa
ser esfregado na carne e, quando isso acontece, ele arde, mas seu resultado é
preservador. Note que a Igreja não influencia o mundo isolando-se dele, mas entrando
em contato com ele, sendo diferente dele, penetrando nele com sua saneadora
influência. Muitas pessoas, ao se tornarem crentes, isolam-se das outras
pessoas, trancam-se numa estufa, escondem-se numa redoma de vidro, numa bolha
espiritual, e se tornam sal no saleiro, e depois sal insípido. Elas não se
apresentam, não se inserem, não influenciam, não salgam; tornam-se antissociais
e antiespirituais. John Stott é muito oportuno ao escrever:
“O sal cristão não tem nada de ficar
aconchegado em elegantes e pequenas despensas eclesiásticas; nosso papel é o de
sermos “esfregados” na comunidade secular, como sal é esfregado na carne, para
impedir que apodreça. E, quando a sociedade apodrece, nós, os cristãos, temos a
tendência de levantar as mãos para o Céu, piedosamente horrorizados, reprovando
o mundo não cristão; mas não deveríamos, antes, reprovar-nos a nós mesmos? Ninguém
pode acusar a carne fresca de deteriorar-se. Ela não pode fazer nada. O ponto
importante é: onde está o sal?”.
É
importante registrar que a eficácia do sal é condicional; ele precisa conservar
sua salinidade (Mt.5:13). Johan Stott afirma corretamente que o cloreto de
sódio é um produto químico muito estável, resistente a quase todos os ataques. Não
obstante, pode ser contaminado por impurezas, tornando-se, então, inútil e até
mesmo perigoso. O que perdeu a sua propriedade de salgar não serve nem mesmo
para adubo. É óbvio que a salinidade do cristão é o seu caráter transformado pela
graça de Jesus, conforme descrito nas bem-aventuranças. Segue-se que, se os
cristãos forem assimilados pelo mundo em vez de influenciarem o mundo, perderão
completamente sua utilidade. Concordo plenamente com Stott quando ele descreve:
“a influência dos cristãos na sociedade e sobre a sociedade depende da sua
diferença, e não da sua identidade”. Nessa mesma linha de pensamento, Martyn
Lloyd-Jones diz que “a glória do evangelho é que, quando a Igreja é
absolutamente diferente do mundo, ela invariavelmente o atrai. É então que o
mundo se sente inclinado a ouvir a sua mensagem”.
II. A LUZ ILUMINA LUGARES EM TREVAS
1. Conceito
físico e metafórico da Luz
Outro
símbolo de forte impacto empregado por Jesus no Sermão do Monte foi a luz. Mas,
o que é a luz? Segundo os físicos, é uma forma de radiação eletromagnética cuja
frequência é visível ao olho humano. A luz pode propagar-se no vácuo com
velocidade de aproximadamente 300 mil km/s. Do latim lux, a luz é o
agente físico que permite que os objetos sejam visíveis. O termo também é usado
para fazer alusão à claridade irradiada pelos corpos, à corrente elétrica
(eletricidade) e ao utensílio que serve para iluminar (as lâmpadas, os
candeeiros, as velas, etc.).
Uma
característica importante da luz é que ela ilumina tudo; não deixa lugar para
trevas. A escuridão não consegue jamais prevalecer ante a luz. Quando esta
chega, as trevas desaparecem. Por outro lado, a ausência absoluta de luz
permite que a escuridão prevaleça em termos absolutos de modo que nada fica
visível aos olhos humanos. Por isso, a afirmação metafórica de Jesus: “Vós sois
a luz do mundo” (Mt.5:14). Ou seja, o meio de os homens conhecerem na prática a
verdade divina é através do testemunho de cada crente.
Pela
sua própria natureza a luz tem visibilidade, haja vista os faróis marítimos
construídos junto à costa para orientar os navios. Estes, ao contemplá-los, são
capazes, mesmo à distância, de ajustar o seu posicionamento na região costeira.
Ora, Jesus afirmou que não se põe a candeia debaixo do alqueire (Mt.5:15); isto
posto, onde o crente estiver a visibilidade positiva de sua fé tem o efeito de
atrair outros a Cristo.
O
fato de estarmos acostumados à luz, por outro lado, leva-nos muitas vezes a não
compreendê-la como algo essencial à vida. Só quando desaparece damos conta da
sua real importância. As plantas, por exemplo, sobrevivem porque metabolizam
substâncias orgânicas através da energia oriunda da luz do sol. Na verdade, a
Terra depende da energia solar para a sua sobrevivência. Aplicando à vida
espiritual, isto significa que só a presença de Cristo - o Sol da justiça - é
capaz de pôr ordem no mundo e permitir que os crentes reflitam o brilho dessa
luz para trazer vida aos que os cercam (cf. João 8:12).
2. O cristão
como luz
“Vós
sois a luz do mundo” (Mt.5:14). Em que sentido podemos ser a luz do mundo,
quando o próprio Cristo o é (João 8:12), e o maior dos profetas testificou que
ele mesmo não era? (João 1:6-8). A resposta é que brilhamos como luz refletida.
Cristo é como o sol que brilha com a sua própria luz. Nós somos como a lua que
brilha com a luz espelhada do sol. Cristo não disse no Sermão do Monte: “Brilhai
diante dos homens”, mas disse: “Brilhe a vossa luz...” (Mt.5:16). Como
testemunhas do Senhor Jesus, passamos a ser luz do mundo e podemos ser chamados
de “cristãos”, ou seja, “parecidos com Cristo”, “semelhantes a Cristo”. O
apostolo Paulo diz que devemos resplandecer como luzeiros no mundo (Fp.2:15).
Essa luz inclui o que o cristão diz e faz, ou seja, o seu testemunho verbal e
as suas boas obras. Concordo com John Stott quando diz que essas obras são
obras da fé e do amor; expressam não apenas a lealdade a Deus, mas também nosso
interesse por nossos semelhantes. Sem essas obras, o nosso evangelho perderia
sua credibilidade; e Deus, a sua honra.
3. A luz
em lugares de trevas
O
fato de a Igreja ser luz do mundo implica que o mundo está em trevas. O diabo
cegou o entendimento dos incrédulos (2Co.4:4). O reino do diabo é o reino das
trevas (Cl.1:13); ele é o príncipe das trevas. As pessoas andam em trevas; suas
obras são conhecidas como obras das trevas. Os pecadores não sabem de onde
vieram nem para onde vão; eles nem sabem em que tropeçam; não apenas vivem nas
trevas, mas aborrecem a luz (João 3:20,21). O papel da Igreja como luz do
mundo, portanto, é vital.
III. DISCIPULOS QUE INFLUENCIAM
1. Sendo “sal”
O
discípulo tem uma função importante: ser sal da terra, isto é, viver os termos
do discipulado descrito nas bem-aventuranças e no decorrer do Sermão do Monte.
Se ele falhar em exibir essa realidade espiritual, seu testemunho será pisado
pelos homens (Mt.5:13). O mundo se deleita quando um crente não é fiel. Jesus
disse aos seus discípulos que se quisessem fazer a diferença no mundo, também
teriam que ser diferentes do mundo. Devemos ser diferentes se quisermos fazer a
diferença. Assim como o sal conserva e realça o melhor sabor dos alimentos, os crentes
devem ser o “sal da terra” e influenciar as pessoas positivamente.
2. Sendo “luz”
Jesus
também chamou os discípulos de “luz do mundo”. Também falou de si mesmo como “a
luz do mundo” (João 8:12; 12:35,36,46). A relação entre essas duas afirmações é
que Jesus é a fonte da luz; os discípulos são o seu reflexo. Sua função é
brilhar por Ele da mesma forma como a lua reflete a glória do sol. Somos a luz
do mundo, e a nossa luz deve refletir Cristo. A luz aponta para algo ou alguém,
e não para si mesma. Como luz, devemos “brilhar” na família, na escola, na
universidade, no trabalho e em todos os extratos da sociedade, refletindo a luz
de Cristo. Na medida em que espargimos no mundo a luz de Cristo, por meio das
boas obras, o Pai é glorificado no Céu e os homens são servidos na terra
(Mt.5:16).
3. A influência
cristã
Disse
Jesus: “...não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”
(Mt.5:14). Da mesma forma que o sal para ser útil precisa conservar sua
salinidade, a luz para ser útil não pode ser escondida. A Igreja precisa ser
como uma cidade edificada sobre um monte ou como uma luz no velador. A verdade não
pode ser escondida, mas proclamada. A Igreja não pode se esconder, mas deve
resplandecer. Portanto, não é a intenção de Jesus que estoquemos a luz dos seus
ensinamentos para nós mesmos, mas que compartilhemos com outros.
Devemos
deixar que nossa luz brilhe de tal modo que as pessoas vejam nossas boas obras
e glorifiquem a Deus. A ênfase está no ministério do caráter cristão. William Macdonald
afirmou que o atrativo de uma vida por meio da qual Cristo é visto fala mais
alto que a persuasão de palavras. Pr. Hernandes Dias Lopes argumenta que para
influenciar o mundo, a Igreja precisa ser, antes de fazer; pregar aos olhos,
antes de pregar aos ouvidos; ter a vida certa, e não apenas a doutrina certa.
Há muitas pessoas que são ortodoxas de cabeça e hereges de conduta; são ortodoxas
na teoria e liberais na prática; defendem doutrinas certas e vivem uma vida
errada; são zelosas das tradições da Igreja, mas vivem na prática do pecado;
pregam o que não vivem; exigem dos outros o que não praticam; coam um mosquito
e engolem um camelo. Isso não é ser luz do mundo. Ser “luz do mundo” é iluminar
o mundo, e isto significa fazer resplandecer a luz do Evangelho de Cristo (2Co.4:4),
o que somente se faz quando praticamos a verdade, quando temos um comportamento
de total submissão às Escrituras (2Co.4:2). Quando vivemos conforme a Palavra
de Deus, os homens veem que estamos na luz e identificam que somos filhos de
Deus e, por isso, glorificam ao nosso Pai que está nos céus, pois sabem que
nossas obras são boas (Mt.5:16).
CONCLUSÃO
O
sal e a luz são relevantes pelo efeito que exercem; sem eles não haveria
qualidade de vida. Portanto, cada cristão deve ser relevante, isto é, brilhar o
máximo por Jesus, primar pela excelência espiritual, realçar a distinção entre
o crente e o mundo. Com isto todos perceberão que ser crente é muito mais do
que frequentar o templo, é demonstrar amor ao próximo na mesma medida de Cristo
(João 13:34). Portanto, a relevância dos crentes, como sal da terra e luz do mundo,
tem como propósito maior glorificar a Deus (Mt.5:16). Quando o perdido se
converte mediante o labor da Igreja, Deus é exaltado em sua glória, pois trata-se
do resgate de sua imagem em vidas antes corrompidas pelo pecado.
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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e
Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo
e Novo Testamento).
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.
CPAD.
Pr.
Hernandes Dias Lopes. Mateus – Jesus, o Rei dos reis.
Pr.
Caramuru Afonso Francisco. A Beleza do testemunho cristão. PortalEBD_2008.
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