3º
Trimestre/2022
Texto
Base: 1Timóteo 4:1-5
“Mas o
Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm.4:1).
1
Timóteo 4:
1.Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos,
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas
de demônios,
2. pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo
cauterizada a sua própria consciência,
3. proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares
que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem
deles com ações de graças;
4.porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que
rejeitar, sendo recebido com ações de graças,
5.porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.
INTRODUÇÃO
Iniciamos mais um trimestre letivo da EBD. Estudaremos, através
das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o seguinte tema: “Os Ataques contra a
Igreja de Cristo – As Sutilezas de Satanás nestes dias que Antecedem a Volta de
Jesus Cristo”. O comentarista das Lições é o pastor José Gonçalves. Espero
que o Espírito Santo nos ajude nesta empreitada; sem Ele nosso trabalho não terá
nenhuma eficácia.
Nesta primeira Aula trataremos do seguinte tema: “A sutilezas de
Satanás contra a Igreja de Cristo”. Sutileza é a arte de agir sem ser
notado, ou de conseguir um objetivo sem ter que revelar a verdadeira intenção,
apenas insinuando, ou despertando a curiosidade da possível vítima; é usar de
astúcia, de artimanha, de artifícios enganadores. A primeira vez que esta
palavra surge nas Escrituras é, precisamente, em relação a Satanás, que é
apresentado como a serpente, a "mais astuta de todas as alimárias do campo
que o Senhor Deus tinha feito" (Gn.3:1). Satanás desde a sua primeira
aparição no relato bíblico já é apresentado como sendo um ser que tem a
capacidade de quase não ser percebido, que tem uma grande sensibilidade para
perceber ou sentir as coisas com antecedência e, desta maneira, elaborar coisas
muito engenhosas, que tem grande capacidade de insinuação e que, assim agindo,
consegue atingir os seus objetivos. Jamais devemos ignorar as sutilezas de
Satanás (2Co.2:11).
I. A IGREJA SOB ATAQUE
1. A sutileza
do ataque
Atacar a Igreja é a principal tarefa de satanás, e sempre ele
utiliza dos seus ardis para lograr êxito. O seu maior alvo sempre foi destruir
a Igreja, e tem se utilizado dos métodos mais variados, e a mais perigosa que a
igreja tem enfrentado é a perseguição camuflada. Porém, todas as perseguições
que a Igreja sofreu não foi suficente para debelar ou arrefecer o seu progresso.
No passado ele usou a força bélica, matando milhares, talvez milhões de
cristãos inocentes, mas isso apenas fez crescer o número de crentes; mas hoje a
perseguição tem sido de forma sutil e quase imperceptivel. Os incautos não
conseguem perceber isto. As perseguições ocorrem, por exemplo, com a
normalização de comportamentos e práticas contrárias à fé cristã; por falta de discernimento
espiritual, a sutileza do ataque do inimigo quase não é percebida. Não importa
onde esteja ou a que época se encontre, você está debaixo do ataque do Inimigo.
Às vezes, o ataque é previsto, mas em outros momentos, a surpresa é total. Como
podemos nos preparar para que nossa vida espiritual seja defendida? O apóstolo
Paulo responde: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar
firmes contra as ciladas do diabo” (Ef.6:11).
2.
O alerta para o povo de Deus
Estamos vivendo os últimos tempos da Igreja, e neles o Espírito
Santo faz um alerta ao povo de Deus acerca de falsos mestres e das falsas
doutrinas. As falsas doutrinas têm um poder mais destrutivo que a perseguição
física. A sedução da “serpente” é mais letal que o rugido do leão. Paulo, na
sua primeira Epístola a Timóteo, escreveu sobre o grande alerta que o Espírito Santo
dá à Igreja: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos,
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de
demônios”. O mesmo Espírito que havia inspirado Paulo a alertar os presbíteros
de Éfeso acerca da chegada dos falsos mestres (Atos 20:29,30), agora leva Paulo
a alertar Timóteo, pastor da igreja de Éfeso, de que esse tempo chegaria e o
resultado seria a apostasia de alguns. É no campo da doutrina que as sutilezas
de satanás se destacam com maior engenhosidade. Foi neste campo que Satanás
procurou enganar a Igreja Primitiva. Com Eva, ele falou pessoalmente; no
princípio da Igreja, ele procurou infiltrar-se através de seus instrumentos,
aqueles que a Bíblia denomina de falsos obreiros, introduzindo falsas doutrinas.
O apóstolo Pedro também advertiu contra esse perigo das
sutilezas de Satanás - "E também houve entre o povo falsos profetas, como
entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente
heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si
mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais
será blasfemado o caminho da verdade"(2Pd.2:1-2).
O Senhor Jesus também advertiu contra esse perigo. Disse
Jesus: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós
vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt.7:15).
Acautelar significa ficar de sobreaviso, prevenido, para não ser pego de
surpresa. O Senhor Jesus sabia que eles viriam, por isso afirmou: "que vêm
até vós". Ele não disse: "que poderão vir". Ele afirmou que
viriam; e vieram; não perderam tempo. Vestir-se de "ovelha" seria a
forma de poder agir, livremente, com sutileza. O Senhor Jesus falou em
"falsos profetas" que seriam como "lobos vestidos de
ovelhas". Pedro identificou-os com "falsos doutores". Oremos e
vigiemos (Mt.26:41) para que não venhamos a cair nas muitas ciladas do Diabo.
3.
A Igreja na reta final
A Igreja está em sua reta final, e as sutilezas de satanás têm se
intensificado fortemente, pois o seu desejo é levar consigo muita gente para o terrível lugar que está reservado a ele – o lago de fogo e enxofre (Mt.25:41). Os
apóstolos descreveram o comportamento, ações e práticas que marcariam o tempo
final; se eles, que viveram há mais de dois mil anos, disseram já vivenciar os
últimos dias (Atos 2:17; 1Co.10:11; 2Pd.3:3; 2Tm.3:1; 1Tm.4:1), o que podemos
afirmar da presente época? Não estamos na reta final, no princípio do fim de
todas as coisas?
A Igreja, no seu princípio, foi muito perseguida pelos falsos
mestres; com suas sutilezas enganaram muitos cristãos; muitos se apostataram da
fé. Ora, se no princípio da Igreja, muitos caíram, quanto mais agora nestes
últimos dias da Igreja na Terra. O apostolo Paulo alertou Timóteo que isto
ocorreria com grande intensidade nos “últimos tempos” (1Tm.4:1). A expressão
“últimos tempos” (1Tm.4:1) não se refere apenas a um período escatológico do
fim, mas compreende todo o período da era cristã, inaugurado por Jesus em sua
primeira vinda e que se consumará na segunda vinda. Esse tempo do fim será
caracterizado pela manifestação dos falsos profetas (Mt.24:11) e falsos cristos,
que enganarão a muitos (Mc.13:22), culminando na apostasia e na manifestação do
homem da iniquidade (2Ts.2:4).
Deus adverte o seu povo quanto ao cuidado que deve tomar para não
cair no mesmo erro de muitos irmãos no princípio da Igreja; não caminhar pela
mesma estrada; não ter o mesmo comportamento. Quem não aprende com as lições da
História comete os mesmos erros da História. Precisamos fazer da História a
nossa pedagoga e não a nossa coveira.
II. A NATUREZA DO ATAQUE
1. O
ataque é de natureza espiritual
Conforme 1Tm.4:1, a natureza do ataque à Igreja é eminentemente
espiritual, e os agentes principais envolvidos são: Satanás e seus demônios –
“...dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”. Paulo,
quando escreveu aos Efésios, alertou-nos que a nossa luta não é contra carne ou
sangue, mas contra os principados e potestades do mal (Ef.6:12). Portanto, quem
está por trás das heresias são os espíritos enganadores, os próprios demônios.
Os falsos mestres são inspirados por demônios, assim como os apóstolos eram
inspirados pelo Espírito de Deus. Satanás tem seus próprios ministros e suas
próprias doutrinas. As Escrituras descrevem o diabo não apenas como tentador,
atraindo pessoas para o pecado, mas também como enganador, seduzindo as pessoas
ao erro. Os falsos mestres são escravizadores das pessoas e difamadores de Deus;
eles proíbem o que Deus ordena e escravizam pessoas, impondo a elas restrições
que Deus nunca fez.
2. O
ataque é de natureza moral
Também, o ataque à Igreja é de natureza moral, conforme 1Timóteo
4:2 – “pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua
própria consciência”. Estes comportamentos descritos aqui por Paulo se
encontram na esfera moral. Aqui, o apóstolo fala de hipocrisia e de mentira,
que são comportamentos invertidos das virtudes morais cristãs da autenticidade
e da verdade.
Os falsos mestres são como atores: representam um papel diferente
da vida real; falam uma coisa e fazem outra - são hipócritas. Eles não revelam
sua verdadeira identidade; ao contrário, escondem-se atrás de máscaras para
enganar as pessoas. Os falsos mestres possuem não apenas um ensino errado, mas
também uma motivação errada; não apenas teologia falsa, mas também uma vida
torta. Segundo Pr. Hernandes Dias Lopes, o problema dos falsos mestres não é
apenas teológico, mas também moral.
Paulo também demonstra a esfera moral desse ataque quando faz
referência àqueles que têm “cauterizada a sua própria consciência”. O termo grego, “suneidesis”,
usado em 1Tm.4:2 para “consciência”, é uma referência à capacidade humana de
julgar, de entender o certo e o errado. Em outras palavras, é a faculdade
humana por meio da qual se distingue o que é moralmente bom ou ruim. A consciência
dos falsos mestres não tem sensibilidade espiritual; está cauterizada,
anestesiada, amortecida; eles perderam o temor de Deus e não sentem mais
tristeza pelo pecado; são insensíveis. Outro termo dito em 1Tm.4:2 é “cauterizada”.
A palavra grega “kauteriazo”, traduzida por “cauterizada”, traz a ideia de
“marcar com um ferro quente”, como era feito no passado com os escravos e hoje
com o gado, deixando o lugar queimado insensível; significa dizer que a
consciência se tornou insensível para julgar entre o certo e o errado. Warren
Wiersbe diz que “sempre que alguém afirma com os lábios o que nega com a vida,
a consciência é amortecida”.
III. AS ESFERAS DO ATAQUE
1. A
esfera religiosa
Diversas esferas da Igreja estão sob ataque, dentre elas está a religiosa.
Nesta esfera, satanás tem feito um grande estrago, fazendo com que muitos
abandonem a fé em Cristo. Veja o que vaticinou o apostolo Paulo em 1Tm.4:1:
“...nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé...”. Relacionada à fé cristã,
apostasia significa abandonar a fé cristã de forma consciente e deliberada. Para que haja apostasia é necessário que a pessoa tenha experimentado o novo
nascimento, ou seja, que tenha certeza de sua salvação e aí, de forma consciente
e deliberada, abandona a fé e passa a negar toda verdade por ela experimentada.
Na maioria das vezes, os apóstatas tornam-se inimigos da Igreja. Concordo com o
pr. Jose Gonçalves quando ele diz que “as pessoas que mais causam danos e
escândalos ao Evangelho são aquelas que já lutaram em suas trincheiras; por
alguma razão abandonaram a fé e se tornaram inimigo da Igreja”. Quem é crente
há muitos anos podem confirmar isso.
O arqui-inimigo da Igreja, juntamente com suas hostes
espirituais da maldade, não tem dado trégua; pelejam sem parar contra o povo de
Deus (Ef.6:12). Entretanto, a prática do pecado é uma responsabilidade pessoal
e intransferível do indivíduo (Ez.18:4,20; cf. Rm.6:23). Nesse sentido, a
apostasia sempre será praticada de maneira consciente, deliberada e voluntária.
Os crentes que caem neste terrível erro, dificilmente retornarão à fé cristã,
pois suas mentes ficam cauterizadas. Diz o escritor aos Hebreus: "Porque
é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa
palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez
renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o
Filho de Deus e o expõem ao vitupério" (Hb.6:4-6).
2. A
esfera social
Outra esfera de ataque à Igreja é a social. Isso pode ser visto na
expressão de Paulo: “proibindo o casamento” (1Tm.4:3). Como pode alguém
desprezar o casamento, e ainda proibi-lo, quando ele foi instituído por Deus? O
casamento não foi apenas instituído, mas também ordenado por Deus (Gn.2:18;
2:24; Mt.19:3-12; 1Co.7:1-24). Quando os falsos mestres ensinam que é errado
casar-se, proibindo o casamento, estão abertamente se rebelando contra a
Palavra de Deus e atacando o que Deus instituiu e ordenou.
Proibir o casamento é se opor à família, e opor-se à família
significa opor-se à Igreja, pois a Igreja é formada de famílias. A família é
uma das instituições criadas por Deus que mais tem sido atacada “nestes últimos
tempos”, pois atacando a família, Satanás atinge a Igreja - famílias fracas significa
igrejas fracas. Satanás tem usado pessoas poderosas em todas as instituições
governamentais – no poder executivo, no legislativo e judiciário – no afã de
desfazer o padrão familiar instituído por Deus. As mais variadas leis, decretos
e decisões do judiciário têm sido criados com o intuito de desconstruir a
família; há uma força infernal poderosa do inimigo contra essa instituição
sagrada. Precisamos pedir a Deus para que Ele tenha misericórdia e guarde o seu
povo dos ataques de satanás.
IV. A IGREJA PROTEGIDA
1. A exposição
da Palavra de Deus
O apóstolo Paulo apresenta duas ferramentas importantes capazes de
paralisar os ataques do inimigo: a Palavra de Deus e a oração – “porque, pela
palavra de Deus e pela oração, é santificada” (1Tm.4:5). Os falsos
ensinadores, talvez sob a influência dos judeus, davam regras rígidas, exigindo
abstinência de determinados alimentos. Mas Paulo nos ensina que todos os
alimentos são aceitáveis por aqueles que consideram Deus como seu Provedor e
agradecem a Ele por esses alimentos (Rm.14:6; 1Co.10:30). Os cristãos verdadeiros
conhecem o Criador; então, eles podem desfrutar ao máximo da sua criação,
recebendo-a alegremente, com ações de graças. Todas as coisas, “pela palavra de
Deus e pela oração, são santificadas”. Deus disse que a sua criação é boa; portanto,
nós estamos de acordo com a declaração de Deus quando vemos toda a criação como
adequada para um uso especial.
Os ensinos dos falsos mestres sobre a abstinência de determinados
alimentos estimularam, posteriormente, o surgimento da falsa doutrina do gnosticismo
– uma crença de que o espírito é bom, mas o mundo físico é mau. Assim, qualquer
coisa feita para o prazer do corpo ou para suprir as suas necessidades (tais
como praticar sexo ou comer) é considerada má. Para ser “boa” e atingir um
estado espiritual mais elevado, uma pessoa precisa negar todo o mal, inclusive
os desejos físicos naturais. As exigências desses falsos ensinadores os faziam
parecer autodisciplinados e justos, mas a disciplina rígida para o corpo não
conseguia remover o pecado. O apóstolo Paulo, então, mostra que a Palavra de
Deus possui poder santificador; ela é um antídoto contra este tipo de doutrina e
toda forma de culto falso que o Diabo possa criar.
Paulo, escrevendo aos crentes de Éfeso, diz que devemos nos
revestir da armadura de Deus, pois há uma batalha, não contra sangue e carne,
mas sim contra o império do diabo (Ef.6:11-13). Uma dessas armaduras
apresentadas por Paulo é a Espada do Espírito” (Ef.6:17). Espiritualmente
falando, essa Espada representa a Palavra de Deus. Paulo está dizendo que quem
usa esta Palavra é o Espírito. Talvez a melhor ilustração seja a tentação de
Jesus no deserto. Jesus foi levado ao deserto para ser tentado. Primeira
tentação: “se tu és o Filho de Deus, mande que estas pedras se tornem em
pães” (Mt.4:3). “Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de
pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de
Deus” (Mt.4:4); e assim foi com a segunda e a terceira tentação. Todas
elas Jesus respondeu dizendo: “está escrito”. É isto que significa, na
guerra espiritual, a “Espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus - é você
responder as dúvidas, questionamentos, repelir a mentira, as acusações, a culpa
com “está escrito”.
Observe que a Espada do Espírito é arma de ataque. Vencemos os
ataques do diabo e triunfamos sobre ele por meio da Palavra. É pela Palavra que
os cativos são libertos. A Palavra é poderosa, viva e eficaz. Moisés quis
libertar os israelitas do Egito com a espada do homem carnal, e fracassou; mas
quando usou a Espada do Espírito o povo foi liberto. Pedro quis defender a
Cristo com a espada humana, e fracassou; mas quando brandiu a Espada do
Espírito, multidões se renderam a Cristo. Precisamos conhecer bem a Palavra de
Deus. A Bíblia nos afasta do pecado ou o pecado nos afasta da Bíblia.
Infelizmente, há multidões de crentes mais comprometidos com as mídias sociais
do que com a Palavra de Deus. Isso é lamentável!
2. A prática
da oração
Outra ferramenta imprescindível para combater os ardis de satanás
é a oração. Não podemos lutar nessa guerra com nossas próprias forças, no nosso
próprio poder. A oração é o canal pelo qual o crente recebe poder para a
vitória; é a energia que capacita o soldado crente a usar a armadura e
brandir a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Moisés orou, e Josué
brandiu a espada contra os amalequitas. Oração e ação caminham juntas
(Ex.17:8-16).
Escrevendo aos Efésios, Paulo ensinou que a oração é uma das
armaduras de Deus para o crente combater o inimigo - “orando em todo tempo com
toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e
súplica por todos os santos” (Ef.6:18). Devemos, portanto, orar com
perseverança (Ef.6:18). A igreja primitiva orou com perseverança (At.1:14;
2:42; 6:4), e devemos orar da mesma forma (Rm.12:12). Robert Law disse: "A
oração não é para fazer a vontade do homem no céu, mas para fazer a vontade de
Deus na terra".
É muito triste vermos, atualmente, pregadores buscando se formar e
se aprimorar no conhecimento de técnicas que levem o povo à emoção, ao frenesi
(delírio), em especial a chamada "neurolinguística"; gastam horas e
horas no aperfeiçoamento destas técnicas ao invés de buscarem a face do Senhor
na oração, no jejum e na meditação da Palavra do Senhor. O resultado tem sido
desastroso, porquanto há já centenas de pregadores que em nada se distinguem
dos "gurus" e "mestres" de movimentos ligados direta ou
indiretamente ao movimento Nova Era e, naturalmente, o povo não sente a
presença do Senhor e é enganado por emoções e sentimentos que são causados por
técnicas persuasivas, que nada têm a ver com a verdadeira manifestação da
glória do Senhor. Tomemos cuidado para não sermos presas desses mestres do
engano, dando ouvidos a espíritos enganadores (1Tm 4.1). A prática da oração
nunca pode deixar de existir na agenda espiritual dos santos.
CONCLUSÃO
Nesta Aula aprendemos que o diabo tem atacado a Igreja de Cristo usando
os seus ardis. As sutilezas do Inimigo têm se alastrado com maior intensidade
no campo doutrinário, pois os falsos ensinos não são facilmente verificáveis,
principalmente para aqueles que se encontram distraídos como era o caso de Eva
e, pior, que não têm conhecimento da Palavra de Deus. Como Igreja do Senhor,
estejamos devidamente preparados, alicerçados na Palavra de Deus, para detectar
e combater as muitas sutilezas de Satanás.
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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico
e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico
popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal. CPAD.
Pr. Hernandes Dias Lopes. 1Timóteo – O pastor,
sua vida e sua obra.
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